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Prof. Omar Sacilotto Donaires Aula 01 Principais elementos de uma arquitetura de IOT e suas aplicações Ciências da Computação Aplicação de Cloud, IOT e Indústria 4.0 em Python ARA0058 Principais elementos de uma arquitetura de IOT e suas aplicações • O que é a Internet das Coisas? • Arquitetura de IoT • Aplicações de IoT Objetivos Saber o quê Saber como Saber porque Como é a arquitetura de uma solução IoT Analisando os principais elementos de uma arquitetura de IoT Para ser capaz de entender a utilidade, as vantagens e limitações da tecnologia de IoT. Identificar aplicações de IoT Através de exemplos de aplicações Ser capaz de reconhecer aplicações existentes e potenciais para a IoT. Situação-problema • Suponha que uma empresa que já tem uma cultura de tecnologia e que está conectada na internet pretenda aumentar a sua oferta de serviços. • Dentro da empresa, já existe a ideia de usar a Internet das Coisas, mas ainda não está claro quais são as oportunidades. • Como podemos identificar que tipo de serviços podem ser oferecidos usando a tecnologia da Internet das Coisas? • Quais são as limitações? O que é a Internet das Coisas? IoT - Internet of Things | What is IoT? https://www.youtube.com/watch?v=6mBO2vqLv38 https://www.youtube.com/watch?v=6mBO2vqLv38 O que é a Internet das Coisas? • Do inglês Internet of Things (IoT) • Extensão da Internet atual, que proporciona aos objetos do dia-a-dia (quaisquer que sejam), mas com capacidade computacional e de comunicação, se conectarem à Internet. • Emergiu dos avanços de várias áreas como: • Sistemas embarcados • Microeletrônica • Comunicação • Sensoriamento • Pode ser vista como a combinação de diversas tecnologias complementares no sentido de viabilizar a integração dos objetos no ambiente físico ao mundo virtual. Perspectivas históricas da IoT • 1999: Kevin Ashton, executivo e diretor do laboratório Auto- ID Labs do MIT, criou o termo Internet of Things. • Usou-o pela primeira vez como título de uma apresentação que ele fez na Procter & Gamble (Ashton, 2009). • ~ 2005: o termo bastante procurado era Redes de Sensores Sem Fio (RSSF) (Wireless Sensor Networks – WSN). • Termo procurado tanto pela academia quando indústria. • Representavam avanços na automação residencial e industrial. • 2008-2010: o termo Internet das Coisas ganhou popularidade rapidamente. • Devido ao amadurecimento das RSSFs e ao crescimento das expectativas sobre a IoT. • 2012: Identificada como uma tecnologia emergente por especialistas da área (Gartner, 2015). • 2016: primeiras plataformas de IoT. Decreto Nº 9.854 de 2019 Assinado pelo residente da República • Versa sobre a internet das coisas. • Define: [A IOT É UMA] “INFRAESTRUTURA QUE INTEGRA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VALOR ADICIONADO COM CAPACIDADES DE CONEXÃO FÍSICA OU VIRTUAL DE COISAS COM DISPOSITIVOS BASEADOS EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EXISTENTES E NAS SUAS EVOLUÇÕES, COM INTEROPERABILIDADE”. IoT - Internet of Things | What is IoT? (Vídeo) • Conjunto de dispositivos inter-relacionados conectados à Internet para transferir e receber dados de um para o outro. • Até recentemente o acesso à Internet era limitado via equipamento como o computador, tablet ou smartphone. • Com IoT, praticamente todos os aparelhos podem ser conectados à Internet e monitorados remotamente. • Exemplo: • Casa inteligente. • A Internet ajudou as pessoas a interagirem umas com as outras. • Agora, objetos inanimados, ou coisas, têm a capacidade de perceber os arredores para interagir e colaborar uns com os outros. Objetos inteligentes (Smart objects) (Ruiz et al., 2004, Loureiro et al., 2003) • Dispositivos com ao menos uma das seguintes características: • unidade(s) de processamento • unidade(s) de memória • unidade(s) de comunicação • unidade(s) de sensor(es) ou atuador(es) • Unidade básica de hardware na IoT. • Ao estabelecerem comunicação com outros dispositivos, manifestam o conceito de estarem em rede. Objetos inteligentes • A capacidade de comunicação e processamento aliados a sensores transformam a utilidade destes objetos. • Permitem • Detectar seu contexto • Controlar esse contexto • Trocar informações uns com os outros • Acessar serviços da Internet • Interagir com pessoas. • Exemplos: • TVs, Laptops, automóveis, smartphones, consoles de jogos, webcams... • A lista aumenta a cada dia. Arquitetura de IoT Arquitetura distribuída Modelo básico em três camadas a • Camada de objetos inteligentes ou camada de percepção (coisas) • Sensores • Atuadores • Rede Mesh • Outros dispositivos de IoT • Camada de rede • Topologia • Estrela, anel, barramento, árvore, completamente conectado. • Protocolos de comunicação • Comunicação de dados (MQTT, HTTP) • Transporte (Wi-Fi, GSM e Bluetooth) • Gateway • Camada de aplicação • Plataformas na nuvem • Aplicações Blocos básicos da IoT Identificar os objetos unicamente. Tecnologias: RFID, NFC e endereçamento IP. Coleta de informações sobre o contexto onde os objetos se encontram, armazenamento ou encaminhamento desses dados para data warehouse ou nuvens ou para atuadores que manipulam o ambiente. Técnicas para conectar objetos inteligentes. Fator crítico: consumo de energia. WiFi, Bluetooth, IEEE 802.15.4 e RFID. Unidade de processamento. Executa algoritmos locais nos objetos inteligentes. Exemplos: microcontroladores, processadores e FPGAs. Identificação Agregação de Dados Colaboração e Inteligência Ubiquidade Descoberta de conhecimento e uso eficiente dos recursos da IoT, a partir dos dados do objetos, para prover determinado serviço. Técnicas: RDF, OWL e EXI. “Coisas” (“Things”) são dispositivos • Qualquer aparelho conectado capaz de minimamente coletar e transmitir dados, trabalhando de forma independente ou em sincronia com outros aparelhos. • Capazes de: • Coletar dados do ambiente em que se encontram. • Realizar algum processamento. • Transmitir tais dados pela Internet. • Estabelecer comunicação entre si e com servidores, chamados de gateways ou brokers. • Proveem interfaces para • Gerenciamento • Troubleshooting (solução de problemas) Arquiteturas básica dos objetos inteligentes Armazenamento de dados e programas. CPUs utilizadas em sistemas embarcados. Conversor A/D para receber sinais dos sensores. Consumo reduzido. Espaço reduzido. Pelo menos um canal de comunicação. Mais comum = sem fio→ Rádio de baixo custo e baixa potência. Curto alcance Perdas frequentes. Normalmente: bateria (recarregável ou não) e conversor AC-DC. Outras: energia elétrica, solar e colheita de energia. Monitoramento do ambiente. Sensores capturam valores de grandezas físicas (temperatura, umidade, pressão, presença, ...) Atuadores produzem alguma ação, mediante comandos manuais, elétricos ou mecânicos. Gateway • As RSSF e sua evolução, a IoT, cresceram em um ambiente com maior liberdade de desenvolvimento do que a Internet. • Diversas ideias surgiram tanto do ponto de vista de software quanto de hardware que não eram completamente interoperáveis com a arquitetura TCP/IP da Internet. • Tornou-se obrigatório usar um gateway para trocar informações entre os objetos inteligentes e elementos na Internet. • A implementação de um gateway é, em geral, complexa e o seu gerenciamento é complicado. • O gateway se tornou um gargalo. 1. Toda informação de e para a rede de objetos inteligentes transita através do gateway. 2. A inteligência da IoT fica no meio da rede, contradizendo os princípios da arquitetura fim-a-fim da Internet (a inteligência do sistema deve ficar nas pontas). Plataformas de prototipação Arduíno Família de placas de circuito de código aberto. Microprocessadores de baixo custo. Software embarcado, programado em C/C++. Pouca memória (normalmente 256KB). Módulos de expansão. Raspberry Pi Computador completo com Linux (open-source) embarcado. Pode ser conectado diretamentea um monitor. Portas de entrada e saída para conectar sensores. Maior poder de processamentos. Consome mais energia. ESP8266 Processador RISC Tensilica: 23 bits, 160MHz. Conv. A/D de 10 bits Comunicação Wi-Fi. Boa relação custo- benefício (< US$5) Muito pequeno, adequado para aplicações vestíveis. Aplicações de IoT Oportunidades e desafios • Conexão com a rede mundial de computadores → novas habilidades dos objetos comuns : • Controlar remotamente outros objetos • Funcionar como provedores de serviços. • Novas possibilidades → grande número de oportunidades • Tanto no âmbito acadêmico quanto no industrial. • Todavia, apresentam riscos e acarretam amplos desafios técnicos e sociais. • Perspectivas futuras: • Pluralidade crescente • Mais de 40 bilhões de dispositivos conectados até 2020 (Forbes, 2014). Surgimento de uma gama de novas aplicações • Casas inteligentes (Smart Home) • Cidades inteligentes (Smart Cities) • Carros inteligentes • Saúde inteligente (Smart Healthcare) • Coleta de dados de pacientes e monitoramento de idosos • Agricultura inteligente • Varejo inteligente • IoT Industrial (Indústria 4.0) • Sensoriamento de ambientes de difícil acesso e inóspitos Smart home Smart city Smart healthcare Smart healthcare https://www.youtube.com/watch?v=HmbUJEShA-8 IoT industrial https://www.youtube.com/watch?v=HmbUJEShA-8 Limitações e desafios • Os objetos possuem restrições • Processamento • Memória • Comunicação • Energia. • Os objetos são heterogêneos→ divergem em • Implementação • Recursos • Qualidade • Padronização das tecnologias: • Um dos elementos cruciais para o sucesso da IoT. • Regulamentações, segurança, padronizações. • Permitirá que a heterogeneidade de dispositivos conectados à Internet cresça. Questões Tanto teóricas quanto práticas • Prover endereçamento aos dispositivos • Encontrar rotas de boa vazão e que usem parcimoniosamente os recursos limitados dos objetos. • Adaptação dos protocolos existentes • Os paradigmas de comunicação e roteamento nas redes de objetos inteligentes podem não seguir os mesmos padrões de uma rede como a Internet. • Nível de confiança dos dados obtidos dos dispositivos • Podem apresentar imperfeições (calibragem do sensor), inconsistências (fora de ordem, outliers) • Podem ser de diferentes tipos (gerados por pessoas, sensores físicos, fusão de dados). • Como/onde pode-se empregar esses dados em determinados cenários? Alguns autores apontam que a IoT será a nova revolução da tecnologia da informação (Ashton, 2009; Forbes, 2014; Wang et al. 2015]. A IoT possivelmente não deve ser entendida como um fim, mas sim um meio de alcançar algo maior como a computação ubíqua. https://dcmferreira.audionainternet.com.br/2016/03/comunicacao-ubiqua.html https://dcmferreira.audionainternet.com.br/2016/03/comunicacao-ubiqua.html Leitura específica • Conteúdo digital, Tema 1, Módulo 1: "PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA ARQUITETURA DE IOT E SUAS APLICAÇÕES“ • IoT - Internet das Coisas (O que é?) • Disponível em: • https://www.youtube.com/watch?v=6mBO2vqLv38 • SANTOS, B. P. ; SILVA, Lucas A. M. ; CELES, Clayson S. F. S. ; BORGES NETO, J. B. ; PERES, B. S. ; Vieira, Marcos A.M. ; VIEIRA, L. F. M. ; GOUSSEVSKAIA, O. N. ; LOUREIRO, A. A. F. . Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos 2016 - Minicursos Livro Texto. 1ed.Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação - SBC, 2016, v. 1, p. 1-7. • Disponível em: • https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet- dascoisas.pdf https://www.youtube.com/watch?v=6mBO2vqLv38 https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-dascoisas.pdf Aprenda mais • BRASIL. Decreto nº 9.854, de 25 de junho de 2019. Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas. • Disponível em: • http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2019/decreto/D9854.htm#:~:text=Institui%20o%20Plan o%20Nacional%20de,M%C3%A1quina%20e%20Internet%20d as%20Coisas • O que é IoT? • Disponível em: • https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9854.htm#:~:text=Institui%20o%20Plano%20Nacional%20de,M%C3%A1quina%20e%20Internet%20das%20Coisas https://www.oracle.com/br/internet-of-things/what-is-iot/ Para próxima aula • Conteúdo digital, Tema 1, Módulo 2: “ESFORÇOS DE PADRONIZAÇÃO E OS PRINCIPAIS PROTOCOLOS USADOS PARA O ESTABELECIMENTO DA CONECTIVIDADE EM UMA REDE DE IOT”. • Google, Apple, Amazon Joint IoT Standard. • Disponível em: • https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w • SANTOS, B. P. ; SILVA, Lucas A. M. ; CELES, Clayson S. F. S. ; BORGES NETO, J. B. ; PERES, B. S. ; Vieira, Marcos A.M. ; VIEIRA, L. F. M. ; GOUSSEVSKAIA, O. N. ; LOUREIRO, A. A. F. . Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos 2016 - Minicursos Livro Texto. 1ed.Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação - SBC, 2016, v. 1, p. 7-10. • Disponível em: • https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das- coisas.pdf https://www.youtube.com/watch?v=nanNxvqud3w https://homepages.dcc.ufmg.br/~mmvieira/cc/papers/internet-das-coisas.pdf Mãos à obra Nesta aula aprendemos: • O que é Internet da Coisas (IoT). • Como é a arquitetura da IoT. • Como é um dispositivo de IoT. • Quais são as oportunidade de aplicação da IoT. • Quais os limites e desafios da tecnologia.
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