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Circulação colateral - semiologia e fisiopatologia

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Synthya Bomtempo 
Circulação colateral 
DEFINIÇÃO 
Circulação colateral, do ponto de vista semiológico, significa a presença de circuito 
venoso anormal visível ao exame da pele. 
 
OBS: em pessoas de cor branca e de pele clara e delgada, pode-se ver com certa 
facilidade uma rede venosa desenhada no tronco ou nos membros. Isso não é circulação 
colateral; trata-se, simplesmente, do que se pode designar desenho venoso. Distinguir 
desenho venoso de circulação colateral é fácil na maioria das vezes: a rede visível está na 
topografia normal, simétrica, não é intensa, e as veias não são sinuosas. 
FISIOPATOLOGIA 
Circulação colateral indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos 
troncos venosos principais (cava inferior, cava superior, tronco venoso braquicefálico, 
ilíacas primitivas, veia cava). 
Por causa desse obstáculo, o sangue se desvia para as colaterais previamente 
existentes, tornando-se um caminho vicariante capaz de contornar o local ocluído, parcial 
ou totalmente. 
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS 
A circulação colateral deve ser analisada sob os seguintes aspectos: ■ Localização 
■ Direção do fluxo sanguíneo ■ Existência de frêmito e/ou sopro. 
LOCALIZAÇÃO 
Tórax, abdome, raiz dos membros superiores e segmento cefálico são as regiões em 
que se pode encontrar a circulação colateral, cuja avaliação contribui para o raciocínio 
diagnóstico. 
 Porém, para ser identificada, é necessário reconhecer a direção do fluxo sanguíneo. 
 DIREÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO 
Synthya Bomtempo 
É determinada com a seguinte técnica: comprime-se com as polpas digitais dos dois 
indicadores, colocados rentes um ao outro, um segmento da veia a ser analisada; em 
seguida, os dedos vão se afastando lentamente, mantida constante a pressão, de modo a 
deslocar a coluna sanguínea daquele segmento venoso (Figura 8.33). 
 
Quando os indicadores estão separados cerca de 5 a 10 cm, são imobilizados e se 
assegura se realmente aquele trecho da veia está exangue. 
Estando vazia a veia, executa-se a outra parte da manobra, que consiste em retirar 
um dos dedos, permanecendo comprimida apenas uma das extremidades. Feito isso, 
procura-se observar o reenchimento daquele segmento venoso: 
a) se ocorre o enchimento imediato da veia, significa que o sangue está fluindo no 
sentido do dedo que permanece fazendo a compressão; 
b) permanecendo colapsado o segmento venoso, repete-se a manobra, agora 
descomprimindo-se a outra extremidade e verificando se houve enchimento do 
vaso. 
A manobra deve ser repetida 2 ou 3 vezes para não haver dúvida, e, ao termina-la, 
o examinador terá condições de saber em que sem tido corre o sangue. 
REGISTRO 
Este fenômeno se registra usando-se as seguintes expressões: 
• Fluxo venoso abdome-tórax 
• Fluxo venoso ombro-tórax 
• Fluxo venoso pelve-abdome. 
EXISTÊNCIA DE FRÊMITO E/OU SOPRO 
Synthya Bomtempo 
A existência de frêmito, perceptível pelo tato, ou sopro, perceptível pela ausculta, 
necessita ser pesquisada. 
A única condição em que se costuma perceber frêmito e/ou sopro é quando há 
recanalização da veia umbilical (síndrome de CruveillierBaumgarten). 
TIPOS DE CIRCULAÇÃO COLATERAL 
• Braquicefálica 
• Cava superior 
• Cava inferior 
• Porta 
BRAQUICEFÁLICA 
Caracteriza-se pelo aparecimento de veias 
superficiais ingurgitadas em ambos os lados da parte 
superior da face anterior do tórax, com o sangue fluindo de 
fora para dentro, na direção das veias mamárias, 
toracoaxilares e jugulares anteriores. 
Esse tipo de circulação colateral pode apresentar 
variações, na dependência do tronco venoso 
comprometido. Assim, se o obstáculo estiver no tronco 
braquicefálico direito em decorrência de linfadenomegalia 
ou aneurisma do joelho anterior da crossa da aorta, haverá 
estase na veia jugular externa direita, que permanece não pulsátil. 
Se o obstáculo estiver no tronco braquicefálico esquerdo em consequência de 
linfadenomegalia ou aneurisma da convexidade da crossa da aorta, surgirão os seguintes 
sinais: jugular esquerda túrgida e não pulsátil e empastamento da fossa supraclavicular 
esquerda. 
 
Synthya Bomtempo 
 
 
CAVA SUPERIOR 
Esse tipo de circulação colateral se instala quando há um obstáculo na veia cava 
superior, seja compressão extrínseca por neoplasias ou outras alterações mediastinais, 
principalmente do mediastino superior 
A rede venosa colateral vai se distribuir na metade superior da face anterior do tórax; 
às vezes, também na parte posterior, nos braços e no pescoço. 
A direção do fluxo sanguíneo pode ficar restrita ao sistema venoso do tórax ou incluir 
as veias da parede abdominal, indicando que o sangue procura alcançar a veia cava 
inferior através das veias xifoidianas e torácicas laterais superficiais. 
Circulação colateral no tórax. Resulta de um obstáculo próximo à desembocadura 
da veia ázigo na veia cava superior. Essa eventualidade costuma ocorrer nas neoplasias do 
mediastino correspondentes a essa área. Classicamente são descritos três tipos principais 
de circulação colateral na dependência de onde se situa a obstrução: acima da 
desembocadura da veia ázigo; abaixo da desembocadura da veia ázigo; na 
desembocadura da veia ázigo 
 
Synthya Bomtempo 
SINAIS DA VEIA CAVA SUPERIOR 
Além da rede de veias, costumam surgir os seguintes sinais: estase jugular bilateral 
não pulsátil, cianose e edema localizado na porção superior do tronco, pescoço e face. 
TIPO PORTA 
O obstáculo pode estar situado nas veias suprahepáticas 
(síndrome de BuddChiari), no fígado (cirrose hepática) ou na veia 
porta (pileflebite). 
A rede venosa vicariante localiza-se na face anterior do tronco, 
principalmente nas regiões periumbilical, epigástrica e face anterior do 
tórax. 
A direção do fluxo sanguíneo será de baixo para cima, do 
abdome para o tórax, à procura da veia cava superior através das veias xifoidianas e 
torácicas laterais. ] 
Quando a circulação colateral se torna mais intensa, podem-se ver vasos nos flancos 
e fossas ilíacas. Neste caso, a direção da corrente sanguínea é de cima para baixo, do 
abdome para os membros inferiores, à procura da veia cava inferior. 
Outras vezes, a rede venosa colateral se concentra na região umbilical, de onde se 
irradia como os raios de uma roda, ou, melhor comparando, como as pernas de aranha 
que se destacam de um corpo central – o umbigo –, recebendo o nome de circulação 
colateral tipo “cabeça de Medusa” 
CAVA INFERIOR 
O obstáculo situa-se na veia cava inferior, e a circulação colateral vai se localizar na 
parte inferior do abdome, região umbilical, flancos e face anterior do tórax. O sangue fluirá 
no sentido abdome-tórax à procura da veia cava superior. 
A causa mais frequente desse tipo de circulação colateral é 
compressão extrínseca por neoplasias intra-abdominal.

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