RELATÓRIO DE ESTÁGIO PEDAGOGIA- ANOS INICIAS

Prévia do material em texto

(
 
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
Pedagogia
) (
VALÉRIA JAQUELINE COSTA
) (
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO 
CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - PED
)
 (
Betim
2020
)
 (
valéria jaqueline costa
)
 (
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO 
CURRICULAR OBRIGATÓRIO II: ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - PED
)
 (
Relatório apresentado à 
Universidade Pitágoras 
Unopar
, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina 
de 
Estágio Curricular Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental 
do 
Curso de Pedagogia.
)
 (
Betim
2020
)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1	LEITURAS OBRIGATÓRIAS	5
2	PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)	7
3	ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC	9
4	ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA	11
5	CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS	13
6	PLANOS DE AULA	15
CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
REFERÊNCIAS	20
INTRODUÇÃO
Apresenta-se esse estagio para a efetivação concreta de habilidades adquiridas no decorrer do curso de graduação. Para a prática dessas habilidades discorrerá a reflexão do termo interdisciplinaridade, bem como seus reflexos no processo de ensino aprendizagem.
Será relatada a analise do Projeto Político Pedagógico, bem como sua importância, sua prática relacionada com a BNCC e o processo de avaliação para os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Também será apresentada as possibilidades de trabalho com os Temas Contemporâneos Transversais para esses alunos.
Outro ponto importante abordado será a interrelação do professor com a equipe pedagógica e administrativa da instituição de ensino a fim de perpetuar uma educação de qualidade.
Por fim, mas não menos importante, concernirá a utilização de Metodologias ativas com o uso de tecnologias, para a resolução de uma situação problema que emerge uma escola que enfrenta dificuldades em seu processo educacional. Assim como, apresentar –se –à planos de aula com o uso das TICs com Metodologias ativas e também de cunho interdisciplinar e transversal , na tentativa de promover a educação integral. 
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
 	A forma do ato de ensinar, bem como o de aprender, está cada vez mais, em pauta nos debates de pesquisadores que buscam melhor método para a construção do conhecimento integral do indivíduo. Fato é que, a sociedade contemporânea exige a formação de um sujeito crítico, que saiba articular conhecimento e ideias para a resolução de problemas e primordialmente para a edificação de um propósito. Nesse viés, a escola deve atuar de forma interdisciplinar na formação desse sujeito.
 Em seu artigo, Thiesen (2008) destaca as concepções de vários autores acerca do termo interdisciplinaridade, bem como sua origem. Todas elas levando a consideração da importância do termo em questão. Sobre o surgimento a autora nos traz a denominação de Gadotti (2004) que aponta a origem devido a urgência da desfragmentação e também do ato de ensino especializado. Cada autor aponta para uma visão sistêmica, mas como ressalta Thiesen (2008) “ [...] uma definição unívoca e definitiva deve ser a princípio rejeitada, por tratar-se de proposta que inevitavelmente está sendo construída [...]”. Assim sendo, fica claro que o modo interdisciplinar deve acompanhar a evolução da época em que se decorre.
A definição do escritor e jornalista Japiassu nos leva a uma reflexão profunda do sentido da palavra interdisciplinaridade. Como bem interpreta Thiesen (2008) sobre a visão de Japiassu (1976):
A interdisciplinaridade visa à recuperação da unidade humana pela passagem de uma subjetividade para uma intersubjetividade e, assim sendo, recupera a idéia primeira de cultura (formação do homem total), o papel da escola (formação do homem inserido em sua realidade) e o papel do homem (agente das mudanças do mundo). THIESEN (2008, p.548) 
 
Entende-se que mais importante que o conceito da palavra, é o ato de aplicá-la na prática, em um movimento de diálogo, interação, cooperação dos saberes. Sendo assim torna-se fundamental a formação do docente sustentada em um método interdisciplinar, a fim de formar profissionais cada vez mais capacitados em articular o conhecimento em favor da formação do sujeito crítico e reflexivo. 
 Para Gallo (2009), a interdisciplinaridade é uma antivisão intencional da correlação das disciplinas, a fim de promover ao sujeito uma totalidade do conhecimento, para que o mesmo se torne um sujeito de visão emancipada, livre da alienação. O autor ainda ressalta a necessidade de superação da dificuldade de professores que tiveram sua formação fragmentada em disciplinas, atuarem de forma interdisciplinar. Percebe-se que para a educação contemporânea a necessidade de inter-relacionamento dos conteúdos é emergente ao anseio da sociedade. Pode-se afirmar que os profissionais devem estar em constante atualização para o atendimento educacional, através de estudos e da formação continuada.
 Atentando-se para a necessidade de desfragmentação do ensino para construção de uma educação interdisciplinar, a preocupação para a formação de professores da contemporaneidade traz consigo a priorização para uma formação pautada no eixo da pluralidade dos saberes. O professor da atualidade deve ter a clareza de articular conhecimentos para a compreensão do saber como um todo.
 Considerando as necessidades dos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, toma crucial a necessidade da interdisciplinaridade no processo de ensino aprendizagem. “Em relação à organização dos conteúdos, há necessidade de superar o caráter fragmentário das áreas, buscando uma integração no currículo que possibilite tornar os conhecimentos abordados mais significativos [...].” (DCNs 2013, p. 118). Observa- se que o impacto do termo na educação contemporânea condiciona a um aprendizado em sua totalidade.
 Nesse sentido, o professor deve estar sempre na busca de novos conhecimentos e no entendimento de suas ações, de maneira contínua, para que saiba manobrar os conteúdos de forma a praticar a interdisciplinaridade como metodologia. Sendo ele o principal orientador das crianças no percurso da construção do conhecimento, a responsabilidade com as metodologias de ensino utilizadas tornam-se inerente a suas práticas educacionais.
.
 
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
Para melhor estudo sobre o projeto político pedagógico faz-se necessária a reflexão de pontos estratégicos na construção deste documento que passa a ser a identidade da escola, por ser elaborado por toda a comunidade escolar. 
A partir das indagações abaixo, busca-se melhor compreensão do PPP:
· O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar? 
· . A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura que você realizou como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP? 
· A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação? 
O projeto político pedagógico apresenta-se como um documento que organiza os objetivos de uma instituição de ensino visando uma uniformidade em seus propósitos, a fim de alcançar êxito e regularidade em suas ações. Como podemos ver na definição de Veiga:
[...] o processo inovador orienta-se pela padronização, pela uniformidade e pelo controle burocrático. O projeto político-pedagógico visa à eficácia que deve decorrer da aplicação técnica do conhecimento. Ele tem o cunho empírico-racional ou político-administrativo. Neste sentido, o projeto político-pedagógico é visto como um documento programáticoque reúne as principais idéias, fundamentos, orientações curriculares e organizacionais de uma instituição educativa ou de um curso. (VEIGA, 2003, online)
 
Em sua elaboração, o referido documento baseia – se em uma ação democrática, onde toda a comunidade escolar traçam em consenso suas metas e métodos, tendo em vista as suas peculiaridades inerentes as suas especificidades regionais. Portanto, entende-se que se trata de um documento flexível que outorga autonomia a escola.
Aprofundando a análise no específico PPP, nota-se que as competências gerais da Educação Básica, se organizam em três grupos: Cognitivas: Conhecimento, Pensamento Científico, Crítico e Criativo, Repertório Cultural; Comunicativas: Linguagens, Cultura Digital, Argumentação; Sociemocionais: Autoconhecimento e Autocuidado, Trabalho e Projeto de Vida, Empatia e Cooperação, Responsabilidade e Cidadania.
Segundo o Projeto Político Pedagógico estudado, o material didático da escola é atualizado constantemente, para que se possa obter a formação de um sujeito crítico e reflexivo. Especificamente para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental essas competências são trabalhadas dentre as seguintes áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Religioso. 
Observa – se que a escola prioriza uma avaliação pautada na observação e reflexão do eixo ensino – aprendizagem, em um processo contínuo. Para os alunos do 1º Ano do Ensino Fundamental, não são aplicadas avaliações quantitativas. O registro da avaliação se dá a partir de uma Ficha de Avaliação e do Direito da Aprendizagem e Desenvolvimento, onde constam conceitos/habilidades oriundos dos Campos da experiência previstos na BNCC. Já a partir do 2º Ano do Ensino Fundamental, além da observação e reflexão que continuam presentes no processo, as crianças passam por avaliações somativas e formativas. 
Vale ressaltar que, para a aplicação das avaliações somativas é necessário utilizá-las de forma articulada com a formativa, em todo o desenvolvimento da aprendizagem, não apenas no final do processo, para que ela não tenha apenas o cunho classificatório, mas também o de contribuir na formação da criança. Sendo que elas contam com um repertório variado de instrumentos e procedimentos, contendo atividades individuais e em grupo, o que garante uma formação integral do aluno.
 
8
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC
Para melhor reflexão do papel do professor dos Anos Iniciais da Educação Básica, faz – se necessária reportar as seguintes indagações:
· Como podemos entender o termo Transversalidade? 
· Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola? 
· Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu curso de graduação? 
· O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua perspectiva sobre essa metodologia. 
Em Brasil (2019), entende-se por Transversalidade como o eixo motivador de integração de temas contemporâneos nas demais áreas do conhecimento para a compreensão do saber como um todo. O seu papel é articular saberes sistematizados com temas atuais para a formação do sujeito em sua integralidade. Sua aplicação torna-se inevitável quando se pensa em uma formação para uma transformação social. Analisando a responsabilidade social da escola, conclui-se então que a Educação é inerente a Transversalidade.
Os Temas Contemporâneos Transversais trazem contribuições valiosas e insubstituíveis na formação do aluno. Uma vez aplicados, promovem a Educação para a cidadania, aquela que com sujeitos aptos a entenderem e praticarem seu papel social.
 De acordo o Guia Prático, para trabalhar os TCTs nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, deve-se reportar a seis macroáreas: Meio Ambiente: Educação Ambiental, Educação para o consumo; Cidadania e Civismo: Vida Familiar e Social, Educação para o trânsito; Educação em Direitos Humanos; Direitos da Criança e do Adolescente, Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; Economia: Trabalho, Educação Financeira, Educação Fiscal; Saúde: Saúde, Educação Alimentar e Nutricional; Ciência e Tecnologia; Ciência e Tecnologia e por fim, Multiculturalismo: Diversidade Cultural, Educação para valorização do multiculturalismo matrizes históricas e culturais Brasileiras.
Nota-se que há um vasto campo de temas possíveis de trabalhar no Ensino Fundamental. Cabe ao professor manobrar o conhecimento de forma interdisciplinar e transversa, a fim de contemplar ao aluno um leque de diversidade e conhecimento que irá garantindo uma formação totalitária na construção do seu conhecimento. 
Ainda, sobre o Guia Prático dos Temas Contemporâneos, é possível articular os TCTs em quatro pilares: Problematização da realidade e das situações de aprendizagem; Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica; Integração das habilidades e competências curriculares à resolução de problemas; e Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como uma construção coletiva. Nota-se que esses pilares tornam-se norteadores para os profissionais pedagógicos, uma vez que eles despertam a criatividade para a aplicação dos TCTs. Já para os alunos trazem, nessa fase específica do ensino( Anos Inicias do Ensino Fundamental), um novo olhar para as formas de aprendizagens e aquisição do conhecimento, possibilitando assim “novos” caminhos para a compreensão dos saberes.
Os quatro pilares vêm para subsidiar o trabalho do professor, de forma a garantir que os Temas Contemporâneos Transversais sejam abordados em sua integralidade, proporcionando assim, uma formação crítica e reflexiva do sujeito na sociedade em que está inserido. 
 
 
21
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
A relação do professor com a equipe escolar requer uma postura ética e colaborativa entre ambas as partes. Considerando que todo o trabalho escolar encontra-se interligado, a relação entre professor-direção e professor-pedagogo, exige uma ação de cooperação, a fim de se alcançar os objetivos institucionais.
Para melhor entendimento de como acontece essa relação, faz-se necessária a reflexão sobre as seguintes indagações:
· A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das regulamentações apresentadas na BNCC? 
· Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular. 
· No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos educativos no contexto escolar. 
A base Nacional Comum Curricular é um documento que traz apresenta as aprendizagens essenciais para cada etapa da educação básica. O professor, por sua vez, seguindo o currículo, deve ter clareza em cada uma das aprendizagens, entender os motivos e saber articular a metodologia na aplicação do conteúdo, visando sempre o êxito no processo de ensino aprendizagem.
Conforme Brasil (2017, p.53) “A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crianças [...]”. Considerando as especificidades de cada aluno, nota-se que as ações do docente, para o cumprimento das aprendizagens e principalmente para o progresso do discente, são desafiadoras. 
Trabalhar a interdisciplinaridade com habilidade, de forma a transcender os limites dos alunos, exige um comprometimento do professorcom a sua própria formação, que para superação de tantos desafios, deve ser de forma continuada, sempre em busca de um saber maior.
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente. (BRASIL, 2017, p.59)
Todavia, vale ressaltar que as ações do professor são auxiliadas e orientadas pela equipe pedagógica. Esta, por sua vez, embasadas no PPP e na Proposta Curricular, direcionam caminhos possíveis ao educador na elaboração do planejamento e planos de aula, para que os mesmos atendam os objetivos contidos nos documentos mencionados. É a equipe pedagógica que auxilia na formação continuada dos professores, indicando cursos de capacitação, para o crescimento do profissional e dos alunos. 
Observa-se que a escola é um espaço colaborativo, onde as partes se unem em decorrência de um propósito. A respeito das funções de cada área de atuação dos setores escolares, o administrativo é quem dá a sustentação, seja financeira ou administrando recursos que tragam o desenvolvimento do ensino e a harmonização do ambiente escolar, para que todos possam desenvolver suas atividades. 
A direção escolar deve atentar-se para as necessidades e especificidades de cada momento da educação, para que seu agir seja conciso com as propostas determinadas no Projeto Político Pedagógico, aplicando assim, recursos, coordenando as equipes para que o sucesso curricular seja garantido. 
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
Para melhor compreensão do uso das metodologias ativas com o uso de tecnologias digitais, discorre a seguinte situação problema: Iniciando o estágio em uma escola que enfrenta diversas dificuldades como baixos recursos financeiros e tecnológicos, alto índice de evasão escolar e uso indiscriminado de aparelhos celulares que distrai a atenção das crianças, como (e quais) aplicar novas metodologias e tecnologias para reverter à realidade que a escola está vivendo?
Analisando a situação problema apresentada, faz-se necessária a reflexão de pontos importantes do papel do professor frente ao ensino. Para a efetivação de um ensino de qualidade, o docente deve adotar metodologias que despertem o interesse do aluno no caminho da construção do conhecimento.
As metodologias ativas com o uso de tecnologias são uma ferramenta, que principalmente, nos dias atuais causam uma curiosidade e interesse nas crianças. Nesse sentido, o educador deve elaborar planos de aula voltados para as metodologias e métodos que além de atraírem a atenção do aluno, perpetue a educação para a cidadania.
Conforme a DCN (2013), as crianças nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, passam a apreciar novas formas de aprendizagem, com a aquisição da leitura e conceitos básicos matemáticos, oportunizando ao professor a levar novas formas de aprendizagem para a sala de aula. Ainda segundo o documento devem-se levar em consideração as especificidades de cada criança, que neste período passam a “sofrer” maior exposição dos meios digitais. Nesse sentido o docente deve analisar as possibilidades de utilização das metodologias ativas para o progresso do processo de ensino aprendizagem.
Em um artigo publicado pela Revista de Estudos Pedagógicos, Santos, Almeida e Zanotello (2018), refletem sobre uma experiência vivenciada em sala de aula por uma professora de uma turma do 1º Ano do Ensino Fundamental Dos Anos Iniciais. Segundo os autores, a professora faz indagações aos alunos sobre a massinha, se realmente eles conseguiriam cria - lá manualmente e como fariam. Prontamente uma das crianças afirma que bastaria pesquisar na internet. A partir daí a professora aprofunda o estudo a respeito das mídias sociais, investigando a familiaridade dos alunos com a internet. Pode-se concluir que a internet atualmente passa a fazer parte da construção da identidade do sujeito desde cedo.
Observam-se diversas metodologias ativas para as crianças, nesta etapa do ensino. Contudo, analisando a realidade da referida escola, que conta com recursos precários, deve-se adaptar as metodologias ativas com o uso das TICs a realidade da instituição de ensino. Porém, é oportuno lembrar que os alunos usam o celular para fins de distração. Nesse viés, o professor pode adotar metodologias ativas que utilizem o celular como ferramenta de aprendizagem. 
O celular pode ser utilizado em diversas metodologias ativas. A Gamificação é dentre elas, umas das mais versáteis por ser de fácil adaptação a realidade do contexto escolar. Ela desperta o interesse dos alunos, que nessa idade estão familiarizadas com os jogos digitais. Vale ressaltar que o professor deve sempre analisar os benefícios de cada jogo para a sua aplicação em sala de aula, considerando, os diferentes perfis e necessidades de seus alunos, 
Dentre os elementos de jogos digitais, consideramos significativos no contexto educacional aqueles que, desenvolvidos em atividades gamificadas possam aprimorar competências relevantes ao estudante em seu tempo histórico, tais como: colaboração, cooperação, reflexão (pensamento crítico), autonomia, domínio de conteúdo, hábitos de estudo, limites, etc. Competências que auxiliem no desenvolvimento da fluência digital e permitam formar cidadãos adaptados e articulados ao contexto sociocultural em que vivemos. (MARTINS, GIRAFFA, 2018, p.11)
Em seu livro “ Aprendizagens Baseadas em Projetos: Educação diferenciada para o século XXI”, Bender (2014), destaca essa metodologia de ensino, que se define na elaboração de projetos para a resolução de um problema. Seu papel é promover ao aluno o entusiasmo, envolvimento e melhor desempenho. Sendo assim essa metodologia de ensino se torna eficaz no processo de ensino aprendizagem, garantindo ao aluno motivação e principalmente autonomia.
Conclui-se, contudo que para o sucesso da aplicação das metodologias ativas, cabe ao professor analisar a realidade da escola e adaptar as Metodologias Ativas com o uso das TICs para ofertar aos seus alunos uma formação integral.
 
6 PLANOS DE AULA
	Plano de Aula 1
	
Identificação
	Disciplina
	Língua Portuguesa
	
	Série
	3º Ano
	
	Turma
	301
	
	Período
	Matutino
	Conteúdo
	· Soletração
· Ditado 
	Objetivos
	Objetivo geral
· (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação
· (EF01LP04) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos.
· (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala.
· (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras. 
Objetivos específicos 
· Desenvolver a reflexão sobre a categorização gráfica e funcional das letras; 
· Incrementar o reconhecimento das unidades fonológicas através de um jogo;
· Desenvolver estratégias de leitura e o reconhecimento global das palavras;
· Apresentar o gênero “texto instrucional;”
· Ampliar a Percepção entre os modos de falar e escrever; 
	Metodologia
	1. Propor o jogo “Soletrando” na sala de aula, como forma de escolha do ajudante da semana;
2. Elaborar com a turma as regras do jogo
3. Apresentar e Afixar, no mural da sala e no caderno, as listas com palavras que ficarão expostas até o dia do jogo;
4. No dia do jogo cada criança deverá sortear umapalavra e consequentemente soletrar para a turma
	Recursos
	· Mural de palavras
· Lista de palavras para o caderno
· Tabela de Palavras
	Avaliação
	Atividades 
A avaliação será de forma contínua e observatória em todo o processo de desenvolvimento do jogo, respeitando as habilidades e dificuldades de cada criança. A cada semana será desenvolvido uma atividade de ditado para melhor fixação das palavras.
Critérios
 A avaliação será feita através das observações e registro, será observado o desenvolvimento das crianças durante cada momento da atividade. 
	Referências
	EMILIAO, S. V. Jogando o Soletrando – estratégias alfabetizadoras. Portal do Professor, 2019. Disponivel em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=6713>. Acesso em: 17 out. 2020.
	Plano de Aula 2
	
Identificação
	Disciplina
	Ciências e Artes
	
	Série
	4º Ano
	
	Turma
	401
	
	Período
	Matutino
	Conteúdo
	· Natureza e sociedade;
· Lixo;
· Poluição;
· Sustentabilidade
	Objetivos
	Objetivo geral
· EF15AR26, Explorar o celular para a criação;
· EF15AR04 Utilizar matérias de forma sustentável
· EF04CI02 Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia,
Objetivos específicos 
· Conscientizar os alunos de que qualquer ser humano é um produtor de lixo;
· Identificar os tipos de lixo que podem ser reciclados;
· Diferenciar os tipos de lixo produzidos;
· Despertar o interesse dos alunos para a reciclagem;
· Reconhecer a importância da reciclagem seletiva do lixo para o meio ambiente.
	Metodologia
	 1º – Iniciar a aula perguntando se os alunos sabem: O que é lixo? O que é reciclar? Para onde vai o lixo? Quem coleta o lixo? Como podemos reduzir o consumo?.
2º – Oportunizar a utilização do celular e também da biblioteca para a pesquisa em grupos 
3º – Reunir todo o material resultante das pesquisas e juntamente com os alunos debater sobre a importância da reciclagem do lixo para o meio ambiente.
4º – Apresentar a reutilização do óleo como um material que pode ser reciclado.
5º – Pedir aos alunos para pesquisarem a receita de sabão com a reutilização do óleo
6º –- Propor aos alunos que tragam as sobras de óleos para a confecção de um sabão de barras.
7º-- Desenvolver a receita (o professor manipula as misturas) pesquisada pelos alunos para que se reparta o sabão entre a turma, para que eles vejam a transformação da matéria e a importância da sustentabilidade.
	Recursos
	· Celular;
· Biblioteca;
· Sobras de óleo 
· Álcool 70°
· Glicerina
	Avaliação
	Atividades 
 A avaliação será de trabalho em grupo, de forma contínua e observatória em todo o processo de desenvolvimento do projeto, respeitando as habilidades e dificuldades de cada criança. Observando cada criança em sua individualidade. 
Critérios
 A avaliação será feita através das observações e registro, será observado o desenvolvimento das crianças durante cada momento da atividade, incluindo participação nas atividades e discussões, interesse e criação.
	Referências
	Plano de aula: reciclando o lixo. Pedagogia ao Pé da Letra, 2018. Disponível em: >https://pedagogiaaopedaletra.com/plano-de-aula-reciclando-o-lixo/< Acesso em: 16 de outubro de 2020.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização de referido estágio, a oportunização da ressignificação dos saberes se torna evidente, uma vez que a prática possibilita colocar em ação saberes decorrido do curso de graduação.
Primeiramente refletiu-se a cerca da importância do termo interdisciplinaridade nas ações do professor e nota-se que para uma educação integral e para o exercício da cidadania, o termo em ação deve estar presente em sala de aula ocasionando a desfragmentação do ensino. Posteriormente foram elencados os adjetivos, e definições do Projeto Político Pedagógico, que como pôde ser visto possui caráter participativo, para assim direcionar as metas e objetivos de cada instituição. 
Subsequentes foram refletidos o uso dos Temas Contemporâneos Transversais no processo de ensino aprendizagem, o que garante a formação do aluno para a cidadania. Em um processo de escola colaborativa as equipes escolares (professor, pedagógico e administrativo), também asseguram uma formação integral do aluno, uma vez que todo o trabalho escolar se encontra interligados. 
Foram, também, apontados estudos sobre o uso das TICs no contexto escolar, o que causou motivação e maior interesse aos alunos, em uma ressignificaçao do ensino. Com o uso de metodologias ativas desenrolou a resolução da situação problema, que apontou as metodologias, como a Gamificação e a ABP - Aprendizagens Baseadas em Projetos, para os alunos dos Anos Iniciais Ensino Fundamental, mostrando também planos de aula interdisciplinares e transversais, bem como também utilizando as TICs no processo.
Finalmente pode-se afirmar que a importância do exposto estágio para a formação acadêmica foi se construindo no desenrolar de cada atividade, a cada desafio proposto, oportunizando a vivência de possíveis situações que certamente são geradoras de aprendizagem. Este trabalho está intrinsecamente ligado a uma formação acadêmica integral.
REFERÊNCIAS
BENDER, Willian N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Penso Editora, 2015. Disponível em: > https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=mBazCAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=APRENDIZAGEM+BASEADA+EM+PROJETO+%E2%80%93+ABP+&ots=AmVABXiUBV&sig=V_1Emf6NePMyeGvc2nv9N7CXaZs#v=onepage&q=APRENDIZAGEM%20BASEADA%20EM%20PROJETO%20%E2%80%93%20ABP&f=false.< Acesso em: 17 out. 2020.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. MEC/CONSED/UNDIME, Brasília, 2017.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, Brasília, DF, 2013.
UNOPAR. Portal do aluno. Projeto Político Pedagógico - PPP, 2020. Disponivel em: <https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/2124360506?ofertaDisciplinaId=1333371>. Acesso em: 24 outubro 2020.
BRASIL. TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC. Proposta de Práticas de Implementação, Brasília, DF, 2019.
GALLO, Silvio. Currículo: entre disciplinaridades, interdisciplinaridades... e outras ideias. Programa Salto para o Futuro. Currículo: conhecimento e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação a Distância, Ano XIX, n. 1, 2009.
MARTINS, Cristina; GIRAFFA, Lucia Maria Martins. Possibilidades de ressignificações nas práticas pedagógicas emergentes da gamificação. ETD-Educação Temática Digital, v. 20, n. 1, p. 5-26, 2018. Disponível em: >https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8645976.< Acesso em: 15 out. 2020.
SANTOS, Verônica Gomes dos; ALMEIDA, Sandra Estefânia de; ZANOTELLO, Marcelo. A sala de aula como um ambiente equipado tecnologicamente: reflexões sobre formação docente, ensino e aprendizagem nas séries iniciais da educação básica. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 99, n. 252, p. 331-349, 2018. . Disponível em: > https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2176-66812018000200331&script=sci_arttext&tlng=pt < Acesso em 10 de outubro de 2020.
THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista brasileira de educação, v. 13, n. 39, p. 545-554, 2008.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Inovações e projeto político-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória?. Cadernos Cedes, v. 23, n. 61, p. 267-281, 2003. Disponível em:> https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622003006100002&script=sci_arttext&tlng=pt<. Acesso em 03 de setembro de 2020