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Noções sobre Biomedicina 
 
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1 
 
 
Equipamentos e suprimentos de laboratório.......................................................2 
Conhecimentos químicos para uso em laboratório..............................................8 
Conceito de titulações, cromatografias, espectrofotometria..............................12 
Qualidade e segurança em laboratórios............................................................15 
Boas práticas de laboratório..............................................................................16 
Biossegurança...................................................................................................17 
Técnicas de coleta de materiais biológicos.......................................................18 
Referências bibliográficas..................................................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
 
O auxiliar de laboratório pode atuar em diversos lugares, tais como Institutos, 
Laboratórios, Prefeituras, Universidades e Hospitais. Portanto, é comum surgir 
oportunidades para esse setor, sendo sempre importante estar preparado. 
 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS E SUPRIMENTOS DE LABORATÓRIO 
 
 
Principais equipamentos utilizados em um laboratório: 
1. Agitadores 
2. Aquecedores 
3. Balanças de precisão 
4. Bico de Bunsen 
5. Destilador de água 
6. Cabine de fluxo laminar 
7. Capela 
8. Dessecador 
9. Espectrofotômetro 
10. Micropipetas 
11. pHmetro 
12. Vidrarias 
 
As vidrarias são fundamentais para manipulação de soluções, armazenamento 
de líquidos, realização de reações e medição de volumes. Dentre elas 
podemos destacar os diversos tipos de pipetas, beckers, erlenmeyers, 
provetas, buretas, balões volumétricos, dentre outros. 
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3 
 
 
Chama-se material de laboratório os instrumentos e equipamentos utilizados 
pelos cientistas para manipulação específica 
em química, física e bioquímica para realizar uma experiência, efetuar 
medições ou reunir dados. 
 
 
Agitador Magnético: Utilizado no preparo de soluções e em reações químicas 
quando se faz necessário uma agitação constante ou aquecimento; 
 
Balança Analítica: É usada para se obter massas com alta exatidão. Balanças 
semi-analíticas são também usadas para medidas nas quais a necessidade de 
resultados confiáveis não é crítica; 
 
Bastão de vidro: Serve para agitar ou transferir líquidos de um recipiente a 
outro. Ela é feita de vidro para não causar uma reação química na substância 
em questão; 
 
Pompete: é usada para auxiliar nos procedimentos de pipetagem; 
 
Microscópio: aparelho óptico utilizado para visualizar estruturas minúsculas, 
que não é possível enxergar a olho nu; 
 
Bico de gás: um dos aparelhos mais frequentemente usados em laboratório é 
o bico de gás, que pode receber várias designações de acordo com o seu 
aspecto, sendo o mais comum o Bico de Bunsen; 
 
Bico de Bunsen: funciona a gás e serve para o aquecimento de materiais não-
inflamáveis; 
Tela ou Rede de amianto: É um trançado de fios de ferro, tendo no centro um 
disco de amianto que recebe calor do bico de Bunsen e distribui o calor 
uniformemente para todos os recipientes sobre ela; 
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4 
 
 
Tripé de ferro: serve como apoio para a tela de amianto e para equipamentos 
que são colocados sobre ela; 
 
Suporte Universal: Um tipo de suporte que sustenta todos os tipos de 
materiais de laboratório, composto por uma placa de ferro, e uma barra de ferro 
onde se colocam garras, prendedores e argolas para segurar os equipamentos; 
 
Suportes, garras e argolas de ferro: servem para a montagem e a 
sustentação dos aparelhos de laboratório; 
 
Tubo de ensaio: usado para testar reações com pequenas quantidades de 
reagentes; 
 
Vidro de relógio: usado para pesar pequenas quantidades de substâncias, 
para evaporar pequenas quantidades de soluções e para cobrir béqueres e 
outros recipientes; 
 
Erlenmeyer: Muito utilizado em preparações de soluções químicas, devido o 
formato afunilado de seu bico, que não deixa a solução respingar; 
 
Balão de fundo chato: usado para aquecer e preparar soluções e realizar 
reações com desprendimento de gases; 
 
Balão de fundo redondo: de uso semelhante ao balão de fundo chato, mas 
mais apropriado a aquecimentos sob refluxo; 
 
Proveta ou cilindro graduado: para medir e transferir volumes de líquidos e 
solução (não é muito preciso); 
 
Balão volumétrico: para preparar volumes precisos de soluções; 
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5 
 
 
Pipeta graduada: para medir e transferir volumes variáveis de líquidos ou 
soluções, sem muita precisão; 
 
Pipeta volumétrica: para medir e transferir um líquido ou solução, porém mais 
preciso que a pipeta graduada; 
 
Bureta: para medir volume de líquidos ou soluções por escoamento; 
 
Trompa de vácuo: aproveita-se de uma corrente de água para aspirar o ar, por 
uma abertura lateral; é usada para as "filtrações a vácuo"; 
 
Cadinho ou porcelana (ou metal): usado para aquecimento e fusão de 
sólidos a altas temperaturas; 
 
Triângulo de porcelana: serve de suporte para cadinhos, quando aquecedidos 
directamente na chama de gás; 
 
Cápsula de porcelana (ou de metal): usada para a concentração e secagem 
de soluções; 
 
Almofariz e pistilo ou pilão: usado para a trituração e pulverização de sólidos; 
 
Centrífuga: É um aparelho que acelera o processo de decantação. Devido ao 
movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por inércia, são 
arremessadas para o fundo do tubo; 
Estufa: Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou secagem de 
substâncias sólidas, evaporações lentas de líquidos, etc; 
 
Capela: Local fechado, dotado de um exaustor onde se realizam as reações 
que liberam gases tóxicos num laboratório; 
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6 
 
 
Banho Maria: É um dispositivo que permite aquecer substâncias de forma 
indireta(banho-maria), ou seja, que não podem ser expostas a fogo direto; 
 
Frasco lavador ou pisseta: É empregada na lavagem de recipientes por meio 
de jactos de água ou de outros solventes. O mais utilizado é o de plástico pois 
é prático e seguro; 
 
Colher de deflagração: Utiliza-se para realizar pequenas combustões de 
substâncias ou observar o tipo de chama, reação, etc; 
 
Condensador: É empregado nos processos de destilação. Sua finalidade é 
condensar os vapores do líquido. É refrigerado a água; 
 
Funil de separação ou decantação: Recipiente de vidro em forma de pêra, 
que possui uma torneira. É Utilizado para separar líquidos imiscíveis. Deixa-se 
decantar a mistura; a seguir abre-se a torneira deixando escoar a fase mais 
densa; 
 
Funil de haste longa: Confeccionado em vidro, é utilizado na retenção de 
partículas sólidas, além da filtração. Mesmo sendo uma vidraria de laboratório, 
o funil de haste longa não deve ser aquecido; 
 
Tubos em U: Tubo recurvado em forma de U, quando preenchido com uma 
solução especial funciona como ponte salina permitindo a passagem de íons 
na montagem de uma pilha de Daniell; 
Cristalizador: São de vidro, possuem grande superfície que faz com que o 
solvente evapore com maior rapidez; 
 
Dessecador ou Exsicador: É usado para guardar substâncias em ambiente 
com pouco teor de umidade; 
 
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Papel de filtro: Papel poroso, que retém as partículas sólidas, deixando passar 
apenas a fase líquida; 
 
Mufla: tipo de estufa para altas temperaturas usada em laboratórios, 
principalmente de química. Consiste basicamente de uma câmara metálica 
com revestimento interno feito de material refractário e equipada com 
resistências capazes de elevar a temperatura interior a valores acima de 
1000°C. As muflas mais comuns possuem faixas de trabalho que variam de 
200°C a 1400°C; 
 
Colorímetro: instrumento que utiliza amostras de substâncias desconhecidas 
para determiná-las, através do nível de absorção, que modifica sua coloração; 
 
Gobelé: Copo de vidro de tamanho variado utilizado para aquecer e cristalizar 
substâncias, recolher filtrados, fazer decantações, misturar reagentes, preparar 
soluções, transferir soluções e pesar substâncias; 
 
Pinças: Madeira e Metálica: Instrumentos simples, destinado a manipular 
objetos aquecidos. 
 
 
Laboratório é uma sala ou espaço físico devidamente equipado 
com instrumentos de medida próprios para a realização 
de experimentos e pesquisas científicas diversas, dependendo do ramo 
da ciência para o qual foi planejado. 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
CONHECIMENTOS QUÍMICOS PARA USO EM LABORATÓRIO 
 
 
O átomo é a unidade básica de matéria que consiste de um núcleo denso 
central rodeado por uma nuvem de elétrons de carga negativa. O núcleo 
atômico contem prótons carregados positivamente e nêutrons eletricamente 
neutros (exceto o hidrogênio-1, que é o nuclídeo estável sem nêutrons). Os 
elétrons de um átomo interagem com o núcleo por força eletromagnética, e do 
mesmo modo, um grupo de átomos permanecem ligados uns aos outros por 
ligações químicas baseadas nesta mesma força, formando uma molécula. Um 
átomo que contém o mesmo número de prótons e elétrons é eletricamente 
neutro, caso contrário é carregado positivamente ou negativamente e é 
chamado de íon. Um átomo é classificado de acordo com o número de prótons 
e nêutrons no seu núcleo: o número de prótons determina o elemento 
químico e o número de nêutrons determina o isótopo do elemento. O modelo 
atualmente aceito para explicar a estrutura atômica é o modelo da mecânica 
quântica. 
 
Antiátomos constituem a antimatéria, possuindo cargas elétricas inversas às 
dos átomos. 
 
Elemento químico é o termo coletivo para todos os tipos de átomos com o 
mesmo número atômico. Assim, todos os átomos de um elemento químico 
possuem necessariamente o mesmo número de prótons no núcleo. Um 
elemento é identificado por um símbolo, uma abreviatura que é na maioria dos 
casos derivada do nome em latim do elemento [por 
exemplo, Pb (plumbum), Fe (ferrum)]. Os elementos estão dispostos na tabela 
periódica em ordem crescente do número atômico. Um total de 118 elementos 
são conhecidos até esta data (2018). 
 
Uma substância química é um tipo de matéria com composição e conjunto de 
propriedades definidos. Estritamente falando, uma mistura de compostos, 
elementos e compostos ou elementos não é uma substância química, mas 
pode ser chamado de produto químico. A maioria das substâncias que 
encontramos em nossa vida diária são misturas, como por exemplo o ar e 
a biomassa. 
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9 
 
Um composto químico é uma substância química pura composta por dois ou 
mais elementos químicos diferentes. Os compostos químicos têm uma 
estrutura química única e definida e consistem em uma razão fixa de átomos, 
que são mantidos juntos num arranjo espacial definido por ligações químicas. 
Os átomos de um composto químico podem ser unidos por ligações 
covalentes, ligações iônicas, ligações metálicas ou por ligações covalentes 
coordenadas. Os elementos químicos não são considerados compostos 
químicos, mesmo que consistam em moléculas que contenham múltiplos 
átomos de um único elemento (como H2, S8, etc), sendo estas chamadas 
moléculas diatômicas ou moléculas poliatômicas. A nomenclatura de 
compostos químicos é uma parte crucial da linguagem química. 
 
As moléculas são distinguidas dos íons pela ausência de carga elétrica. No 
entanto, em Física Quântica, Química Orgânica e Bioquímica, o 
termo molécula é usado frequentemente com menor rigor, sendo aplicado 
também aos íons poliatômicos. Na teoria cinética dos gases, o termo molécula 
é frequentemente utilizado para qualquer partícula gasosa, independentemente 
da sua composição. De acordo com essa definição, átomos de gases 
nobres são considerados moléculas, apesar do fato de que elas são compostas 
por um único átomo sem ligação química. Uma molécula pode ser constituída 
por átomos de um único elemento químico, tal como com o oxigênio gasoso 
(O2), ou de diferentes elementos, como acontece com a água (H2O). Átomos e 
complexos ligados por ligações covalentes, como pontes de hidrogênio ou 
ligações iônicas geralmente não são considerados moléculas individuais. 
 
Substâncias possuem propriedades ácidas e/ou básicas. Existem diferentes 
teorias que explicam o comportamento ácido-base. A mais simples é a teoria 
de Arrhenius, que diz que um ácido é uma substância que produz íons hidrônio, 
quando dissolvida em água; e uma base é uma substância que produz 
íons hidroxila, quando dissolvida em água. De acordo com a teoria ácido-base 
de Brønsted-Lowry, ácidos são substâncias que doam um cátion hidrogênio a 
outra substância em uma reação química; por extensão, uma base é a 
substância que recebe estes íons hidrogênio. A terceira teoria é teoria ácido-
base de Lewis, o qual é baseado na formação de ligações químicas. A teoria 
de Lewis explica que um ácido é uma substância que é capaz de aceitar 
um par de elétrons de uma outra substância durante o processo de formação 
da ligação química, enquanto que a base é uma substância que cede um par 
de elétrons para formar uma nova ligação. Existem várias outras maneiras em 
que uma substância pode ser classificada como um ácido ou de uma base, 
como é evidente na história deste conceito. 
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10 
 
A acidez pode ser mensurada especialmente por dois métodos. Uma delas, 
com base na definição de Arrhenius de acidez, é o potencial 
hidrogeniônico (pH). O pH é definido como o logarítmo decimal do inverso 
da atividade de íons hidrogênio, aH+, em uma solução. Assim, as soluções que 
têm um baixo pH tem alta concentração de íons hidrônio, e pode-se dizer que 
são mais ácidas. 
Outra maneira, que tem como base a definição de Bronsted-Lowry, é 
a constante de dissociação de um ácido (Ka), que medem a capacidade 
relativa de uma substância para agir como um ácido sob a definição de 
Bronsted-Lowry. Isto é, as substâncias com um Ka maior são mais propensas a 
doar íons hidrogênio em reações químicas do que aquelas com menores 
valores de Ka. 
 
Uma ligação química ocorre quando uma interação entre os átomos permite a 
formação de substâncias químicas que contêm dois ou mais átomos. A ligação 
é provocada por força de atração eletrostática entre as cargas opostas, quer 
entre elétrons e os núcleos, ou como o resultado de uma atração dipolar. A 
força das ligações químicas varia consideravelmente em termos energéticos; 
existem "ligações fortes", como as ligações covalentes ou iônicas e "ligações 
fracas", tais como interações dipolo-dipolo, a força dispersão de 
London e ligações de hidrogênio. A muitos compostos, a teoria da ligação de 
valência, o modelo de repulsão dos pares eletrônicos (VSEPR) e o conceito 
do número de oxidação são usados para explicar a estrutura molecular e 
formação das ligações químicas. Outras teorias de ligação, como a teoria do 
orbital molecular também são muito utilizadas. 
 
Uma reação química é um processo que leva a transformação de uma 
substâncias a outra. Classicamente, as reações químicas compreendem 
alterações que envolvemo movimento dos elétrons na formação e quebra de 
ligações químicas entre os átomos. A substância (ou substâncias) inicialmente 
envolvida numa reação química é chamada de reagente. As reações químicas 
produzem um ou mais produtos, que em geral têm propriedades diferentes das 
dos reagentes. Reações muitas vezes consistem de uma sequência de 
subetapas e as descrição exata sobre o curso destas reações ilustram 
um mecanismo de reação. As reações químicas são descritas com equações 
químicas que apresentam graficamente os materiais de partida, os produtos 
finais e os intermediários, por vezes, as condições de reação. 
Reações químicas acontecem a uma taxa reacional característica a uma dada 
concentração e temperatura. Reações que ocorrem rapidamente são descritas 
como espontâneas, que não exigem o fornecimento de energia extra. As 
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reações não espontâneas ocorrem tão lentamente que exigem a introdução de 
algum tipo de energia adicional (tal como o calor, luz ou de eletricidade), a fim 
de se completar ou atingir o equilíbrio químico. 
 
O mol é o nome da unidade de base do Sistema Internacional de Unidades (SI) 
para a grandeza quantidade de matéria. É uma das sete unidades de base 
do Sistema Internacional de Unidades. O seu uso é comum para simplificar 
representações de proporções químicas e no cálculo 
de concentração de substâncias. O Escritório Internacional de Pesos e 
Medidas define: "mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém 
tantas entidades elementares quanto são os átomos contidos em 
0,012 quilograma de carbono-12". 
 
 
Reações redox (redução-oxidação) incluem todas as reações químicas em que 
átomos têm o seu estado de oxidação alterado por transferência de elétrons, 
seja pelo ganho (redução) ou perda de elétrons (oxidação). As substâncias que 
possuem a capacidade de oxidar outras substâncias são chamadas de 
oxidantes (agentes oxidantes). Do mesmo modo, as substâncias que tem a 
capacidade de reduzir outras substâncias são ditas redutoras e são conhecidos 
como agentes redutores. Um redutor transfere elétrons a outra substância, 
então ele sofre oxidação. A oxidação e redução refletem a alteração no número 
de oxidação - a transferência efetiva de eletrões nunca pode ocorrer. Assim, a 
oxidação é melhor definida como um aumento no número de oxidação, de 
redução e como uma diminuição no número de oxidação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 
 
CONCEITO DE TITULAÇÕES, CROMATOGRAFIAS, 
ESPECTROFOTOMETRIA 
 
A cromatografia acontece pela passagem de uma mistura através de duas 
fases: uma móvel e uma estacionária. A grande variabilidade de combinações 
entre a fase móvel e estacionária faz com que a cromatografia tenha uma série 
de técnicas diferenciadas.Para o processo de separação de misturas, a mistura 
passa por duas fases sendo uma estacionaria (fixa, sendo um material poroso 
como um filtro) e outra móvel ( como um liquido ou um gás, que ajuda na 
separação da mistura), sendo que os constituintes dessa misturas interagem 
com as fases através de forças intermoleculares e iônicas, fazendo a 
separação. 
A mistura pode ser separada em varias partes distinta ou ainda ser purificada 
eliminando-se as substancia indesejáveis. Para a identificação usa-se a 
comparação dos resultados da análise com outros resultados previamente 
conhecidos, como por exemplo, usa-se tabela de gráficos conhecidos e através 
desta compara-se os resultados obtidos que também são em gráficos achando-
se os que mais se assemelham assim descobrindo quais as substancias que 
pertence a mistura. 
Existem várias classificações quanto à cromatografia, os quatro principais são: 
 Classificação pela forma física do sistema cromatográfico. 
 Classificação pela fase móvel empregada. 
 Classificação pela fase estacionaria utilizada. 
 Classificação pelo modo de separação. 
 
Analito é a substância a ser analisada posteriormente, após a separação com 
o processo de cromatografia. 
Volume de eluição de um soluto é o volume de tampão necessário para eluir 
a amostra que foi aplicada na fase estacionaria. 
 
 
Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
PC, do inglês "paper chromatography". É uma técnica de partição, utiliza dois 
líquidos, ou misturas de líquidos, um atuando como fase móvel (eluente) e 
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13 
 
outro, suportado sobre papel, atuando como fase estacionária. Ocorre a 
retenção das substâncias devido às diferentes afinidades para com as fases 
estacionária e móvel. Utiliza-se papel normal ou papel de filtro (mais utilizado) 
como suporte da fase estacionária. 
Exemplificando: a mistura é aplicada no papel e mergulhada na mistura das 
fases líquida e estacionária. A tira de papel de suporte é colocada em um cuba 
contendo o eluente. Esta fase móvel (solvente) sobe por capilaridade e arrasta 
a substância pela qual tem mais afinidade, separando-a das substâncias com 
maior afinidade pela fase estacionária. Como a maioria das substâncias 
separadas são incolores, utiliza-se um revelador. As manchas podem ser 
reveladas por meio de luz UV, vapores de iodo, soluções de cloreto férrico e 
tiocianoferrato de potássio, fluorescências, radioatividade, etc. 
É a técnica de separação cuja fase estacionária acontece dentro de um tubo. 
Utiliza-se uma coluna de vidro aberta na parte superior e munida de uma 
torneira na extremidade inferior, por onde elui o líquido. Dentro da coluna 
encontra-se a fase estacionária constituída por um enchimento sólido no caso 
da cromatografia de adsorção, ou por uma fase líquida no caso da 
cromatografia de partição. A fase móvel é líquida em ambos os casos. A ordem 
das substâncias dependerá da sua polaridade. 
A cromatografia de leito móvel verdadeiro (True moving bed, TMB) é uma 
forma de transformar a cromatografia de leito fixo num processo contínuo em 
contracorrente, e desta forma maximizar as taxas de transferência de massa 
entre fases. Nesta técnica, o absorvente move-se no sentido oposto ao do 
eluente com uma velocidade compreendida entre as velocidades de migração 
dos dois componentes. 
A espectrofotometria é o método de análises óptico mais utilizado nas 
investigações biológicas e físico-químicas. Baseia-se na medida quantitativa da 
absorção da luz pelas soluções, onde a concentração na solução da substância 
absorvente é proporcional à quantidade de luz absorvida. Estas medidas são 
efetuadas por equipamentos denominados espectrofotômetros. 
As soluções são coloridas para o olho humano quando absorvem toda a luz 
incidente, com exceção do intervalo de comprimento de onda observado pela 
visão. Desse modo, uma solução azul apresenta esta cor em virtude de as 
demais cores que constituem o espectro terem sido absorvidas. Assim, a cor 
de uma solução é complementar à luz absorvida. 
A transmitância consiste na medida da luz transmitida. Quando um raio de luz 
monocromática de intensidade inicial definida incide sobre uma solução 
colorida, a intensidade da luz emergente é menor que a luz incidente, ou seja, 
parte da luz foi absorvida. T=luz emitida pela solução:luz que entrou na solução 
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14 
 
 
A absorvância, por sua vez, consiste na medida da luz absorvida, onde mede-
se a intensidade de luz absorvida por uma solução corada pela redução da 
medida da intensidade da luz transmitida. 
Note que a absorvância não é uma quantidade medida diretamente, mas é 
obtida por meio do cálculo matemático a partir dos valores de transmitância. 
Bouguer e, em seguida, Lambert investigaram a relação entre a diminuição da 
intensidade de luz e a espessura do meio absorvente. Ao incidir-se um raio de 
luz sobre diversas camadas opticamente homogêneas e de espessuras 
conhecidas, observa-se uma proporção direta entre a espessuradas camadas 
e o logaritmo da transmissão, ou a transmissão da luz decresce 
logaritmicamente com o aumento linear da espessura da camada. Tem-se, 
então, uma relação direta entre a absorvância e a espessura da camada. 
Quanto maior a espessura da camada, maior a absorvância, e menor a 
transmitância. 
A lei de Beer-Lambert, ou simplesmente Lei de Beer, afirma que a 
concentração de uma substância é diretamente proporcional à quantidade de 
luz absorvida ou inversamente proporcional ao logaritmo da luz transmitida. 
Na prática laboratorial, a aplicação quantitativa da Lei de Beer é realizada pelo 
emprego de espectrofotômetros, onde são lidas as absorvâncias de uma 
solução teste e de uma solução padrão de concentração conhecida (após 
submetida a reações apropriadas), e a concentração do teste é calculada a 
partir da seguinte fórmula: 
 
[Amostra] = Absorvância do teste x [Padrão] / Absorvância do padrão 
 
 
Neste cálculo, considera-se que a espessura das cubetas que contêm as 
soluções lidas é constante. Esta relação só é aplicada quando a reação 
colorimétrica segue a lei de Beer e tanto o desconhecido como o padrão são 
lidos na mesma célula. 
 
 
 
 
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QUALIDADE E SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS 
 
 
A segurança laboratorial é uma das grandes preocupações dos gestores e 
profissionais que lidam no dia a dia com diversos materiais reagentes, 
substâncias perigosas e com o descarte de dejetos contaminados. 
É necessário cumprir rigorosamente as normas de segurança no laboratório, 
recomendadas pela ABNT e outras instituições de referência, e adotar ainda 
condutas e práticas que ampliam a qualidade em saúde e a credibilidade da 
organização. 
Existem diversas práticas e atividades realizadas nos laboratórios que podem 
ser otimizadas e aperfeiçoadas pela aplicação de protocolos clínicos, que 
auxiliam na organização dos processos, bem como pela adoção de 
ferramentas digitais que aumentam o controle das atividades. Tais 
procedimentos são essenciais para promover o bem-estar dos pacientes e a 
qualidade do atendimento. 
 
Coleta de sangue: é muito comum que a coleta de sangue dos pacientes seja 
realizada várias vezes em um único atendimento, pela dificuldade de pegar e 
visualizar as veias do paciente. Ao invés de empregar várias tentativas, 
estressando e provocando algum tipo de sofrimento ao paciente, um protocolo 
que pode ser aplicado nos laboratórios é a solicitação de outro enfermeiro mais 
experiente para coletar o sangue com maior velocidade. Esse protocolo 
também reduz o desperdício de materiais, que pode ser controlado com o uso 
de sistemas de gestão. 
 
Recoleta de amostra: quando são registradas falhas operacionais, acidentes 
com a amostra ou até o uso inadequado de algum reagente é realizado um 
processo de recoleta de amostras dos pacientes. Para ter o maior controle da 
quantidade de recoletas realizadas e os motivos da realização do processo, é 
possível acompanhar os indicadores de desempenho por meio de um sistema 
de BI ou pelo LIS. 
Caso haja alguma discrepância no resultado apresentado, isto é, se os 
números estiverem muito acima ou abaixo do volume aceitável, pode ser 
realizada uma nova análise da amostra. 
 
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BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 
 
 
Boas Práticas de Laboratório (BPL) – é o conjunto de normas que dizem 
respeito à organização e às condições sob as quais estudos em laboratórios 
e/ou campo são planejados, realizados, monitorados, registrados e relatados. 
 
 
No que se refere ao Programa de Reconhecimento da Conformidade aos 
Princípios das Boas Práticas de Laboratório, é importante destacar a Lei 
12.545, de 14 de dezembro de 2011, os Decretos nºs 6.275, de 28 de 
novembro de 2007 e 7.938, de 19 de Fevereiro de 2013, os quais estabelecem 
que o Inmetro, através da Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre), é 
competente para atuar como órgão oficial de monitoramento da conformidade 
aos princípios das Boas Práticas de Laboratório-BPL. 
Destaca-se também a Portaria Inmetro nº 220, de 23 de julho de 2009, a qual 
formaliza que a Cgcre é no Brasil a Autoridade Brasileira de Monitoramento da 
Conformidade aos Princípios das Boas Práticas de Laboratório - BPL, 
reconhecendo instalações de teste que realizam estudos/testes visando 
avaliação do risco ambiental e saúde humana para registro de produtos 
agrotóxicos, produtos químicos industriais e outras substâncias químicas. 
Ser um facilitador é o princípio das boas práticas de laboratório. Entre as 
tecnologias que envolvem as boas práticas de laboratório, e que merece 
destaque, está a possibilidade do auto agendamento. É quando a instituição 
oferece ao paciente a autonomia de fazer a marcação de um exame de 
qualquer lugar e por diferentes meios. A pessoa pode simplesmente acessar ao 
celular em casa e deixar agendado seu horário. Rápido e simples. 
Os laboratórios poderão receber as informações online, sem precisar deslocar 
um profissional para fazer ligações e outras atividades operacionais. O que 
permite um foco maior da equipe no core business. É uma visão tecnológica, 
mas também mais facilitadora. 
As boas práticas de laboratório, como falamos, estão focadas em agilizar os 
processos para ambos participantes: pessoas e instituição. 
 
 
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BIOSSEGURANÇA 
 
O termo biossegurança pode ser definido como os princípios de contenção, 
tecnologias e práticas implementadas para evitar a exposição a agentes 
patogênicos, toxinas ou sua acidental liberação. A biossegurança inclui 
medidas de proteção contra os riscos de contaminação por microrganismos 
nos laboratórios que realizam testes e investigações médicas ou científicas de 
patógenos, manipulam produtos potencialmente contaminados, principalmente 
no que diz respeito à saúde das pessoas. 
Todos os procedimentos devem ser avaliados para verificar a capacidade de 
transmitir doenças: 
Contato direto com objetos cortantes contaminados; 
Contaminação por qualquer uma das quatro vias principais: inalação, 
inoculação, ingestão e contato com mucosas; 
Produção de aerossóis que podem ser inalados ou produzir gotículas, sendo 
transmitidos para as membranas mucosas ou ingerido devido ao contato 
indireto; 
Descarte de perfurocortante em recipiente adequado; 
Utilização de luvas em procedimentos de coleta e manipulação de amostras; 
Manuseio de materiais cortantes com cuidado; 
Quando for necessário, usar EPI (Equipamentos de Proteção Individual) como 
máscaras, luvas e jaleco; 
Identificar corretamente todos os materiais, principalmente os de risco 
biológico; 
Conhecer os procedimentos realizados, assim como manuseio de 
equipamentos e materiais. 
 
 
Um programa de biossegurança laboratorial deverá avaliar os riscos 
biológicos baseados nos agentes infecciosos e tipos de amostras que analisa. 
 
 
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TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS 
 
 
Acondicionamento de material biológico: procedimento de embalagem de 
material biológico com a finalidade de transporte, visando a proteção do 
material, das pessoas e do ambiente durante todas as etapas do transporte até 
o seu destino final. Cabe ressaltar que o acondicionamento é fundamental para 
garantir a conservação das propriedades biológicas do material e deve ser 
padronizado por meio de processos validados. 
 
Amostras de pacientes: aquelas coletadas diretamente de seres humanos, 
incluindo (mas não se restringindo a) excreção, secreção, sangue e seus 
componentes, tecidos e amostras de fluidos, e partes do corpo a serem 
transportadas para fins de pesquisa, diagnóstico, investigação, tratamento e 
prevenção de doenças. 
 
Processo de transporte: atividades e procedimentos definidos com a 
finalidade de transportar material biológicode um remetente a um ou mais 
destinatários, por meio de um transportador. O mapa do processo de transporte 
inicia-se no ato da intenção de transportar, com os devidos acordos e 
procedimentos de documentação. Em seguida vem a fase de 
acondicionamento do material em recipiente apropriado, sua expedição e 
acomodação no veículo transportador e o trânsito propriamente dito, seu 
transbordo do veículo (retirada do recipiente de transporte do veículo 
transportador), sua entrega ao destinatário e, por fim, a disposição final do 
material biológico em local apropriado no serviço destinatário. O 
armazenamento temporário, quando for o caso, está inserido no processo de 
transporte. 
 
Etiqueta: identificação afixada sobre o rótulo, sem rasuras e que não 
comprometa os dizeres originais do rótulo. A etiqueta é produzida 
posteriormente e tem como função a complementação dos dizeres do rótulo ao 
longo do processo de transporte. 
 
O sangue coletado em bolsas plásticas, em sistema fechado e estéril, é então 
transportado ao laboratório de processamento de hemocomponentes e em 
seguida armazenado para posterior etiquetagem, liberação para estoque, 
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distribuição e dispensação ao usuário, conforme solicitação médica. O material 
biológico é colhido à temperatura corporal, isto é, aproximadamente 37°C. Mas, 
a fim de manter as suas propriedades biológicas fundamentais, realizam-se 
técnicas de resfriamento e manutenção a temperaturas bem definidas. Daí o 
termo cadeia de frio do sangue, que começa no momento em que o sangue é 
coletado e continua até que seja transfundido. 
Se o sangue é armazenado ou transportado fora dessas temperaturas por 
muito tempo, ele perde suas características e consequentemente suas 
propriedades terapêuticas. Além disso, outros fatores de grande preocupação 
são, por exemplo, o risco de contaminação microbiana, quando o material é 
exposto a temperaturas mais altas, sendo esta uma ótima condição para o 
crescimento microbiológico, além do risco de deterioração do produto se 
exposto a temperaturas abaixo de zero. 
As diretrizes regulatórias para o transporte de materiais biológicos têm sua 
origem nas Recomendações do Comitê de Especialistas das Nações Unidas 
para o Transporte de Materiais Perigosos, um comitê do Conselho Econômico 
e Social da Organização das Nações Unidas (ONU). 
No Brasil, o transporte de amostras biológicas é regulamentado por diversos 
órgãos, de acordo com os tipos de transporte utilizados. 
As normas sanitárias que tratam do transporte de sangue e componentes têm 
como objetivo agregar a preocupação com o gerenciamento do risco na 
conservação das características biológicas às normas já existentes no âmbito 
do transporte. Essas normas contêm, em geral, os princípios estabelecidos 
pela OMS, definidos na Regulamentação para Transporte de Substâncias 
Infecciosas. 
A classificação de risco do material biológico para transporte é uma 
recomendação da OMS, dirigida aos governos e organizações internacionais 
preocupados com a regulação do transporte de mercadorias perigosas. O 
objetivo da OMS é fornecer um conjunto de regras básicas que podem ser 
utilizadas nos regulamentos nacionais e internacionais para os diversos modos 
de transporte, de forma a uniformizar o entendimento nesta matéria, com 
flexibilidade suficiente, entretanto, para acomodar necessidades especiais que 
possam surgir. 
A segui um modelo esquemático de embalagem para categoria A: 
 
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Imagem: OMS, 2011. portal.anvisa.gov.br 
 
 
O remetente deve manusear o material biológico com o devido cuidado 
requerido ao tipo de risco envolvido, bem como portar equipamentos de 
proteção individual e dispor de equipamentos de proteção coletiva. Maiores 
orientações devem ser solicitadas às autoridades sanitárias competentes 
(vigilância sanitária e vigilância epidemiológica), de forma a cumprir os 
requisitos de boas práticas laboratoriais com materiais biológicos de alto risco. 
O teste laboratorial remoto (TLR) também é conhecido como teste à beira do 
leito, teste rápido, teste ao lado do paciente, entre outras denominações. Uma 
característica do TLR é a ausência de transporte, já que é um teste realizado 
próximo ao paciente. Por fornecer resposta rápida, sua análise é simplificada, e 
os operadores podem não pertencer ao laboratório. Dessa forma, o tipo de 
coleta que melhor atende à necessidade de rapidez, com ausência de preparo 
da amostra, é a coleta de sangue capilar. 
O sangue obtido por punção transcutânea é uma mistura de proporções 
indeterminadas do sangue de arteríolas, vênulas capilares e dos fluidos 
intersticial e intracelular. Por efeito da pressão nas arteríolas, a proporção de 
sangue arterial na mistura é maior que a de sangue venoso. O aquecimento do 
local de coleta aumenta a proporção de sangue arterial na mistura e o fluxo de 
sangue em até sete vezes, facilitando a obtenção de maiores volumes da 
amostra. 
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Aparelhos para coleta de sangue capilar devem ser de uso único e possuir 
agulha retrátil protegida para impedir acidente com material perfurocortante. 
Aparelhos com agulha não retrátil ou que exijam retirada manual da agulha 
contaminada antes do descarte não devem ser utilizados. 
 
 
 
 
Modelo de embalagem de transporte para a categoria B: 
 
 
Imagem: OMS, 2011. portal.anvisa.gov.br 
 
 
O serviço de hemoterapia provavelmente irá realizar transporte de material 
biológico da categoria B em algum momento das suas atividades. Como 
discutido anteriormente, amostras de doadores de sangue, bolsas de sangue 
total e de hemocomponentes, bem como amostras de receptores (pacientes), 
com resultados reagentes, positivos, indeterminados ou inconclusivos para 
marcadores de agentes infecciosos transmissíveis pelo sangue, serão 
transportados nesta categoria. 
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Exame laboratorial é o conjunto de exames e testes realizados 
em laboratórios de análises clínicas visando um diagnóstico ou confirmação de 
uma patologia ou para um check-up (exame de rotina) 
 
 
 
É importante que se diga que o exame laboratorial é um meio para um dado 
profissional da saúde humana (médico, dentista) ou veterinária concluir a 
respeito do estado de saúde do paciente-cliente. 
 
Fase pré-analítica: o paciente-cliente é orientado, é realizado a coleta de 
material biológico, a manipulação e conservação do material que 
posteriormente será analisado. É nesta fase onde ocorrem a maioria dos erros. 
Os fluidos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração. 
No entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido 
sinovial, pleural, céfalo-raquidiano, pus, entre outros. 
 
Fase analítica: é realizada através de aparelhos automatizados de alta 
tecnologia e que garantem um maior percentual de acertos e alto número de 
exames realizados ao mesmo tempo (ganhos de escala). Este fato permite 
uma análise em maior escala e propicia aos clínicos uma resposta mais breve 
do estado fisiológico do paciente, possibilitando uma intervenção mais ágil, 
aumentando assim a possibilidade de salvar mais vidas humanas. 
As especialidades analíticas mais comuns são: 
 Hematologia, 
 Microbiologia, 
 Imunologia, 
 Química clínica, 
 Parasitologia 
 
Fase pós-analítica: Emissão de laudo. 
 
Listagem de exames mais comuns: 
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Bioquímica- substâncias não eletrolíticas: 
 Glicose 
 Ureia 
 Creatinina 
 Ácido úrico 
 Amoníaco 
 Proteínas plasmáticas 
 Lipídeos plasmáticos 
 Corpos cetônicos 
 Bilirrubina 
 
Bioquímica - substâncias eletrolíticas: 
 
 Cálcio 
 Fósforo 
 Potássio 
 Ferro sérico 
 Sódio 
 Magnésio Transferrina 
 Diagnósticos dos desequilíbrios hidreletrolíticos 
 Diagnóstico dos desequilíbrios ácido básicos 
 
Bioquímica- enzimas: 
Fosfatase alcalina e ácida, amilase, lipase, aldolase, lactato-
desidrogenase, transaminases, creatinofosfoquinase, gamaglutamiltranspeptida
se, isoenzimas de lactato-desidrogenase, isoenzimas de creatinofosfoquinase. 
 
Hemograma - série vermelha: 
Hemácias, hemoglobina, hematócrito, valores hematimétricos. 
 
Hemograma - série branca: 
Leucograma. 
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granulocitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. 
agranulocitos: linfócitos e monócitos 
 
Exame de urina: 
Análise bioquímica, análise macroscópica microscopia de sedimento, estudo 
bacteriológico, outros. 
 
Exame de fezes: 
Exame macroscópico, exame microscópico, parasitas e protozoários e 
coprocultura. 
 
Outros: 
Líquido cefalorraquidiano 
Escarro 
Líquido pleural 
Espermograma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 
Amanda Gerda. Blog Lab.12 equipamentos e materiais utilizados em 
laboratórios escolares de química. 
Disponível em: 
https://www.lojaroster.com.br/blog/materiais-equipamentos-laboratorios-
escolares-quimica/ 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Material de laboratório. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Material_de_laborat%C3%B3rio 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Laboratório. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Química. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Cromatografia. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatografia 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Espectrofotometria. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofotometria 
 
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José Roberto.Normas de segurança no laboratório: a importância dos sistemas 
digitais.Pixeon. 
Disponível em: 
https://www.pixeon.com/blog/seguranca-no-laboratorio/ 
 
Inmetro. 
Disponível em: 
http://www.inmetro.gov.br/monitoramento_bpl/ 
 
Tadeu Reche Teruel Junior (Pixeon). Boas práticas de laboratório: quais as 
tendências do mercado? 
Dispoonível em: 
https://www.pixeon.com/blog/boas-praticas-de-laboratorio/ 
 
KASVI.Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínicas. 
Disponível em: 
https://kasvi.com.br/biosseguranca-laboratorios/ 
 
AgênciA Nacional de Vigilância SanitÁRIA - ANVISA.2016.MANUAL DE 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA O TRANSPORTE DE SANGUE E 
COMPONENTES NO ÂMBITO DA HEMOTERAPIA.2ª edição. 
Disponível em: 
http://portal.anvisa.gov.br/ 
 
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (47. : 2013 : 
São Paulo) Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia 
Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) : coleta e preparo da amostra 
biológica. – Barueri, SP : Manole : Minha Editora, 2014.ISBN 978-85-786-8139-
5 1. Diagnóstico de laboratório 2. Laboratórios médicos 3. Patologia clínica I. 
Título. 
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27 
 
13-09724 CDD-616.07 NLM-QZ 00 
Disponível em: 
http://www.sbpc.org.br/ 
 
Wikipédia, a enciclopédia livre.Exame laboratorial. 
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_laboratorial 
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