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Apostila de Quimica inteira faspec

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Como Estudar na Uniorka? 
 
Apostila Nossa apostila foi elaborada para um melhor aproveitamento da sua 
dedicação. Ela consiste em conteúdo das disciplinas, exercícios de fixação 
e juntamente com os vídeos aulas para seu sucesso nas avaliações e no 
mercado de trabalho. 
 
 
Ambiente Virtual Utilizando a internet, o Estudante pode ter acesso ao Ambiente Virtual 
de Aprendizagem, por meio do endereço 
www.uniorka.com.br no link Acesso Estudante com 
seu login e senha fornecida pela Uniorka para rever 
as teles aulas, participar de fóruns, tirar dúvidas, 
realizar leituras, exercícios, receber e enviar trabalhos. Além de se 
comunicar com o professor e com os colegas, todas as informações sobre 
a utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem estão no final desta 
apostila. 
 
 
Tele-aulas Nossas Tele-aulas são transmitidas ao vivo para polos, ministradas por 
professores especialistas. Assim, os Estudantes podem interagir em 
tempo real com perguntas a qualquer momento. Confira o dia da semana 
e horário da tele aula do seu curso. Caso o Estudante perca alguma tele 
aula ao vivo, elas estarão gravadas no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem na internet. 
 
 
 
Plantão Tira Dúvidas A Uniorka possui um exclusivo serviço de tele atendimento ao Estudante, 
com professores de plantão preparados para responder suas dúvidas 
sobre conteúdo do curso, provas e simulados. O horário de atendimento 
do Plantão Tira Dúvida é de segunda à sexta-feira das 14h00 às 18h00 
horas pelo nosso 0800 600 2828. 
 
 
Secretaria 
 
Nossa Secretaria está pronta atender os Estudantes com informações 
sobre o curso como: matrícula, documentação, atestado, prova, 
certificado, mensalidade entre outros. Não deixe de entrar em contato 
conosco, nosso horário de atendimento são de segunda a sexta–feira das 
08h00 às 21h00 e aos Sábados das 08h00 às 12h00, ligue gratuitamente 
0800 600 2828 ou e-mail atendimento@uniorka.com.br 
http://www.uniorka.com.br/
mailto:atendimento@uniorka.com.br
Instituição de Ensino Charles Babbage 2 
 
Conteúdo 
Como Estudar na Uniorka? ............................................................................................................................................... 1 
FUNDAMENTOS BÁSICO DE QUÍMICA .............................................................................................................................. 3 
Técnica de Coleta e Manuseio de Materiais ................................................................................................................. 3 
Normas de segurança em laboratório química........................................................................................................... 13 
Microbiologia .............................................................................................................................................................. 16 
Princípios de Bioquímica ............................................................................................................................................. 19 
Estatística .................................................................................................................................................................... 19 
APROFUNDAMENTO EM QUÍMICA ................................................................................................................................. 28 
Química Orgânica ........................................................................................................................................................ 28 
Química Geral e Inorgânica ......................................................................................................................................... 35 
Introdução a Analise Instrumental ............................................................................................................................. 62 
Princípios de Físico- Químico ...................................................................................................................................... 72 
Química Analítica Qualitativa ...................................................................................................................................... 83 
Química Analítica Quantitativa ................................................................................................................................... 94 
Gestão de Processos Químicos ..................................................................................................................................... 105 
Gestão de Resíduos de Laboratório .......................................................................................................................... 105 
Processos e Instrumentação industrial ..................................................................................................................... 116 
Química Ambiental ................................................................................................................................................... 124 
Noções sobre Operações Unitárias ........................................................................................................................... 137 
Gestão de Qualidade ................................................................................................................................................. 148 
ANEXO- Gestão de Resíduos ......................................................................................................................................... 163 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 3 
 
FUNDAMENTOS BÁSICO DE QUÍMICA 
 
Técnica de Coleta e Manuseio de 
Materiais 
 
SOLUÇÕES E INTRODUÇÃO A ANÁLISE 
INSTRUMENTAL 
Análise Química 
A análise química visa identificar os elementos (ou 
substância) existentes em um dado material e também 
determinar quanto há (dosagem) de cada elemento (ou 
substância) presente no material estudado. 
Uma aplicação importante da análise é a determinação 
da fórmula química. É por meio de análise química que 
ficamos sabendo, por exemplo, que a fórmula do ácido 
sulfúrico é H2SO4, isto é, que ele é formado por H, S e O na 
proporção de 2:1: 4 átomos, respectivamente. A análise 
química é utilizada, nos laboratórios e nas indústrias 
químicas, para milhares de determinações diferentes, tais 
como o grau de pureza dos reagentes, a concentração das 
soluções, as impurezas existentes na água, a composição 
das ligas metálicas, etc. 
O grande desafio da análise química moderna é 
identificar diferentes materiais, como por exemplo: 
quantidades mínimas de metais tóxicos na água, de gases 
nocivos ao ar, de impurezas existentes nos chips de 
computadores, de agentes de doping em atletas, de 
venenos usados em crimes quase perfeitos, etc. 
Para a realização de uma análise química, é necessário 
seguir os seguintes passos: 
a) definição do problema 
b) escolha do método → pesquisa bibliográfica 
c) amostragem → reduzir a um volume condizente com as 
condições de análise 
d) pré-tratamento da amostra → abertura da amostra e 
remoção dos interferentes 
e) calibração e medição 
f) avaliação → análise estatística dos resultados 
g) ação → o que fazer com o resultado 
Alguns fatores afetam diretamente na escolha do 
método analítico. São eles: 
O tipo de análise que ser quer fazer: elementar ou 
molecular, rotineira ou episódica, etc. 
 Problemas decorrentes da natureza do material 
investigado. Ex.: substâncias radioativas, substâncias 
corrosivas, substâncias afetadas pela água, etc. 
 A possível presença de interferentes. 
 A faixa de concentração a ser investigada. 
 A exatidão requerida. 
 A disponibilidade de equipamento. 
 O tempo necessário para completar a análise. 
 O número de análises de mesmo tipo a serem efetuadas 
(o analista fará um número limitado de determinações ou a 
situação exigirá análises freqüentes e repetitivas?) 
 A necessidadede se usar um método não-destrutivo. 
 O custo da análise. 
 
Quando se escolhe o método mais apropriado para 
uma determinação, efetua-se a análise em duplicata ou, 
preferencialmente em triplicata. Deve-se então fazer uma 
avaliação para decidir sobre o melhor resultado a registrar, e 
tentar estabelecer os prováveis limites de erro desse valor. 
Nessa etapa, o analista deve preocupar-se com a chamada 
precisão, ou seja, a concordância entre um conjunto de 
resultados de uma mesma quantidade, bem como com a 
diferença entre o valor medido e o verdadeiro valor para a 
quantidade que foi determinada. Os métodos estatísticos 
são utilizados para se demonstrar o grau de confiança dos 
resultados obtidos. 
VOLUMETRIA 
A análise volumétrica, ou titulometria, consiste, 
basicamente, em determinar o volume de determinada 
solução de concentração conhecida, necessário para reagir 
com outra solução, cuja concentração quer se determinar. 
Classificação da volumetria 
 Acidimetria: A determinação da quantidade de um ácido 
com o emprego de uma solução titulada de uma base. 
 Alcalimetria: O inverso da anterior, aqui, determina-se à 
quantidade de uma base (álcali) com o emprego de uma 
solução titulada de um ácido. 
OBS: A acidimetria e a alcalimetria são os dois casos da 
chamada volumetria da neutralização. 
 
Volumetria de precipitação 
 Quando as duas soluções reagem produzindo um 
precipitado. Em geral. Ocorre entre dois sais com a 
formação de um sal insolúvel. 
 Volumetria de oxi-redução 
Quando determinamos a quantidade de um oxidante 
com o emprego de uma solução titulada de um redutor, ou 
http://www.unionline.com.br/professor.php?lessons_ID=224&from_course=44
http://www.unionline.com.br/professor.php?lessons_ID=224&from_course=44
Instituição de Ensino Charles Babbage 4 
 
vive-versa, nesse tipo de volumetria aparece vários casos 
particulares importantes como: 
4.1. Permanganometria quando usamos solução titulada de 
KMnO4 
4.2. Iodometria quando medimos o iodo liberado do KI por 
um oxidante. 
 
Soluções Químicas 
Em Química, solução é o nome dado a dispersões cujo 
tamanho das moléculas dispersas é menor que 1 nanômetro 
(10 Angstrons). A solução ainda pode ser caracterizada por 
formar um sistema homogêneo (a olho nu e ao microscópio), 
por ser impossível separar o disperso do dispersante por 
processos físicos. 
As soluções compostas por moléculas ou íons comuns. 
Podem envolver sólidos, líquidos ou gases como 
dispersantes (chamados de solventes – existentes em maior 
quantidade na solução) e como dispersos (solutos). A 
solução também pode apresentar-se nesses três estados da 
matéria. 
É importante destacar que soluções gasosas são 
formadas apenas por solvente e soluto gasoso. 
Mistura de um soluto com um solvente: 
Aproximadamente 90% das reações químicas 
acontecem com os reagentes dissolvidos em algum líquido. 
Muitas das coisas que consumimos também são soluções. 
Daí a importância de entendermos algumas coisas sobre 
soluções. 
Uma solução é sempre composta de duas coisas: uma 
que dissolve que chamaremos de solvente, e outra que é 
dissolvida, que chamaremos de soluto. Assim, quando 
tomamos um susto e nossa avó prepara um copo de água 
com açúcar para que nos acalmemos, ela prepara uma 
solução onde a água é o solvente e o açúcar é o soluto. 
Nosso "calmante da vovó" pode estar muito ou pouco 
doce. Quimicamente falando, o que está variando é a 
concentração. Quanto mais doce estiver, mais açúcar 
encontra-se dissolvido e mais concentrado a solução estará. 
 
Classificações 
As soluções podem ser classificadas de diversas 
maneiras: de acordo com o estado da matéria, conforme 
visto anteriormente; de acordo com a condução de corrente 
elétrica: soluções eletrolíticas (compostas por íons) e 
soluções não-eletrolíticas (compostas apenas por 
moléculas); de acordo com as quantidades proporcionais de 
soluto e solvente: solução concentrada e solução diluída; 
Soluções saturadas, insaturas e supersaturadas 
Para entendermos esses conceitos, primeiramente 
precisamos saber o que é Coeficiente Solubilidade. Ele é 
definido como a máxima quantidade de soluto que é 
possível dissolver de uma quantidade fixa de solvente, a 
uma determinada temperatura. 
A saturação é uma propriedade das soluções que 
indica a capacidade das mesmas em suportar quantidades 
crescentes de solutos, mantendo-se homogêneas. Uma 
solução é dita insatura se ainda tem capacidade de diluir 
soluto, sem precipitar excessos. A solução saturada é 
aquela em que o soluto chegou à quantidade máxima: 
qualquer adição de soluto vai ser precipitada, não-dissolvida. 
Porém, em alguns casos especiais é possível manter 
uma solução com quantidade de soluto acima daquela que 
pode ser dissolvida em condições normais. Nesse caso fala-
se em solução supersaturada, que é instável: com 
alterações físicas mínimas a quantidade extra de soluto 
pode ser precipitada. 
Solução Insaturada (ou não saturada) 
É quando a quantidade de soluto usado se dissolve 
totalmente, ou seja, a quantidade adicionada é inferior ao 
coeficiente de solubilidade. 
Solução Saturada 
É quando o solvente (ou dispersante) já dissolveu toda 
a quantidade possível de soluto (ou disperso), e toda a 
quantidade agora adicionada não será dissolvida e ficará no 
fundo do recipiente. 
Solução Sobressaturada (ou superssaturada) 
Isto só acontece quando o solvente e soluto estão em 
uma temperatura em que seu coeficiente de solubilidade 
(solvente) é maior, e depois a solução é resfriada ou 
aquecida, de modo a reduzir o coeficiente de solubilidade. 
Quando isso é feito de modo cuidadoso, o soluto permanece 
dissolvido, mas a solução se torna extremamente instável. 
Qualquer vibração faz precipitar a quantidade de soluto em 
excesso dissolvida. 
Concentração 
Concentração de uma solução expressa a quantidade 
de soluto (em gramas) contida em um litro de solvente, 
conforme a expressão C = m/V. A determinação da 
concentração de uma solução também pode ser 
determinada com base em sua molaridade, sendo a 
expressão utilizada para esta conversão C = M.MM, ou seja, 
a concentração de uma solução é sua molaridade 
multiplicada por sua massa molar. 
Molaridade 
Expressa a concentração molar de uma solução. A 
molaridade, representada pela letra M, é calculada pela 
expressão: M=n/V. Sua unidade é expressa em mol/L. 
Número de mols 
O número de mols é representado pela letra n e 
expressa pela unidade mols (ou moles). Refere-se, numa 
Instituição de Ensino Charles Babbage 5 
 
equação química, ao número que é escrito na frente da 
fórmula química, e este número, por sua vez, representa 
quantas vezes se utiliza a massa molar (MM) de um 
elemento ou fórmula química. 
A massa molar é a somatória da massa expressa na 
tabela periódica, definida para cada elemento químico, de 
todos os elementos químicos presentes na fórmula química. 
A fórmula utilizada para calcular o número de mols de 
um elemento é representada da seguinte forma: n = m/MM, 
onde m é a massa em gramas disponível do elemento ou 
composto a ser calculado o número de mols. 
Número de Avogadro 
Número de Avogadro é um número que representa 
quantas moléculas ou quantos átomos de um elemento 
estão contidos em 1 mol do mesmo. Assim como se sabe 
que uma dúzia são doze unidades e que uma dezena são 
dez unidades, 1 mol de qualquer elemento químico equivale 
a 6,02x1023 moléculas ou átomos deste elemento químico. 
Normalidade 
O cálculo da normalidade leva em consideração os 
íons formados durante a diluição do soluto no solvente. É 
representada pela letra N e seu cálculo é através da 
expressão: N = m/Eq.V, onde m é a massa em gramas, V é 
o volume em litros e Eq é o equivalente-grama. 
Equivalente-grama 
O cálculo do equivalente-grama considera qual o 
composto utilizado e sua dissociação. É calculado pela 
expressão: Eq = e/MM.Quando se trata de ácidos ou bases, 
a letra e (que representa o equivalente) será o número de 
hidrogênios ou de hidroxilas ionizáveis, respectivamente. 
Quando se tratar de sais ou óxidos, a letra e será o número 
total de cargas positivas ou negativas. 
Molaridade x Normalidade 
O cálculo da normalidade de uma solução pode ser 
realizado partindo-se de sua molaridade, através da 
expressão: N = M.k (onde k representa o Eq). 
Densidade 
Densidade é a relação entre a massa (em gramas) e o 
volume (em litros ou mililitros) de uma determinada 
substância. Seu cálculo é efetuado da seguinte forma: D = m 
/ V. Quando o volume utilizado for em litros, a unidade da 
resposta deve ser g/L, quando o volume calculado for em 
mililitros, a unidade da resposta deve ser g/mL ou g/cm3. 
Gravimetria 
Em uma análise gravimétrica utiiiza-se uma série de 
operações para se determinar a quantidade de um 
constituinte de uma amostra, por pesagem direta do 
elemento puro ou de um de seu derivado, cuja composição é 
conhecida e bem definida. Este procedimento analítico 
constitui-se num método de extensa aplicação na 
determinação de macro constituintes de uma amostra. 
As principais vantagens da análise gravimétrica são: as 
operações unitárias são de fácil execução e utilizam-se 
equipamentos simples; entretanto, as desvantagens são: 
tempo muito longo para sua execução e sujeito a uma série 
de erros acumulativos. 
Solubilidade nos gases 
Os gases apresentam propriedades particulares para a 
solubilidade. Quando se aumenta a pressão, a solubilidade 
aumenta (Lei de Henry). O mesmo não acontece quanto à 
temperatura. Quando se aumenta a temperatura, diminui a 
solubilidade. Assim, a solubilidade é diretamente 
proporcional à pressão e inversamente proporcional à 
temperatura. Vale lembrar que essas leis são válidas para 
qualquer gás, mas não para substâncias em outros estados 
físicos, como foi mostrado acima. 
Expressões de concentração 
A quantidade de soluto dissolvida em uma quantidade 
de solvente nos dá um valor que chamamos de 
concentração da solução. A concentração de uma solução é 
tanto maior quanto mais soluto estiver dissolvido em uma 
mesma quantidade de solvente. 
A unidade usual para concentração é gramas por litro 
(g/L). 
Quando duas soluções têm a mesma concentração, 
elas são chamadas isotônicas ou isosmóticas (iso= igual). 
Quando a concentração é diferente, a mais 
concentrada é chamada hipertônica ou hiperosmótica 
(hiper=superior) e a menos concentrada é chamada 
hipotônica ou hiposmótica (hipo=inferior). 
Soluções- padrão 
São soluções de concentração rigorosamente 
conhecida, que podem ser preparadas por dois processos 
diferentes, conforme se dispõe ou não de uma substância 
primária ou padrão.Uma substância primária ou substância- 
padrão é aquela que apresenta características como: um 
elevado grau de pureza, não ser higroscópica, ser estável, 
reagir nas proporções indicadas pela equação química, ser 
bastante solúvel, ter elevada massa molar. 
Quando se dispõem de uma substância primaria pode 
preparar-se diretamente a solução- padrão, medindo com 
rigor a massa correspondente a quantidade necessária e 
dissolvendo no volume de água necessário para obter a 
concentração pretendida. Quando não se dispõe de uma 
substância primária, prepara-se uma solução de 
concentração aproximada, mais concentrada do que a que 
se pretende e, por titulação com uma solução- padrão 
determina-se a sua concentração exata. 
Método Instrumental 
Instituição de Ensino Charles Babbage 6 
 
Também conhecido como físico-químico, o qual se 
baseia na comparação de propriedades físico-químicas das 
amostras, que possui o componente de interesse a analisar, 
com as mesmas propriedades físico-químicas da amostra 
padrão. 
Há uma grande variedade de métodos instrumentais 
disponíveis atualmente e a sua escolha vai depender das 
necessidades do laboratório em termos de recursos 
disponíveis, pessoal especializado e treinado com a 
metodologia a implantar, substâncias a serem analisadas e 
outros. Como exemplos podem citar: espectroscopia ou 
técnicas espectroscópicas do Ultra Violeta – Visível 
(UV/Visível), onde ocorre a interação da radiação 
eletromagnética com a matéria na faixa de comprimento de 
onda correspondente ao UV/Visível; espectrometria de 
absorção atômica (EAA); espectrometria de absorção no 
infravermelho; espectrometria de ressonância magnética 
nuclear; espectrometria de raios-X; espectrometria de 
massas etc. 
Ao se decidir por qual método instrumental a ser usado 
você deve saber a respeito do desempenho dos mesmos. 
Alguns fatores que devem ser levados em consideração: 
seletividade (isto é, livre de interferência), capacidade de 
determinação de vários componentes de interesse, 
sensibilidade, limite de detecção, velocidade, amestrador 
automático, facilidade de calibração, quantidade de 
amostras e necessidade de pré-tratamento. 
Além destes fatores as propriedades correspondentes 
das amostras devem ser consideradas: por exemplo, quanto 
está disponível, se ela necessita de algum pré tratamento 
químico, como o pré-tratamento irá contaminar a amostra se 
for necessária uma etapa de pré-concentração. 
Tendo feito tudo isto, você estará apto a exercitar, com 
certa probabilidade de sucesso, uma análise química. 
Qualquer método que estiver sendo avaliado terá que 
ser submetido ainda em sua precisão e exatidão. 
 Calibração de métodos instrumentais 
Com duas exceções, todos os métodos analíticos 
requerem calibração, um processo que relaciona o sinal 
analítico medido com a concentração do analito. Os três 
tipos mais comuns de calibração incluem a preparação e o 
uso de uma curva de calibração, o método de adição de 
padrão e o método todo de padrão interno. 
 
 
 
 
 
 
 
Curvas de Calibração 
Para o uso da técnica de curva de calibração, vários 
padrões que contêm concentrações do analito conhecidas 
exatamente são introduzidos no instrumento, e a resposta 
instrumental é registrada. Normalmente, essa resposta é 
corrigida para o valor obtido com o branco no instrumento. 
Idealmente, o branco contém todos os componentes da 
amostra original exceto o analito. Os dados resultantes são 
então colocados em um gráfico com a resposta do 
instrumento corrigida versus à concentração do analito, 
como mostra a Figura: 
 
Gráfico de calibração linear para método de adição de 
padrão. A concentração da solução desconhecida pode ser 
calculada a partir da inclinação m e o intercepto b. 
Na Figura é mostrada uma curva de calibração típica. 
Gráficos, tais como este, que são lineares em um intervalo 
de concentração significativo (a faixa dinâmica) geralmente 
são obtidos e almejados porque estão menos sujeitos a 
erros do que curvas não-lineares. Entretanto, de modo não 
raro são observados gráficos não-lineares que requerem um 
grande número de dados de calibração para estabelecer 
grande número de dados de calibração para estabelecer 
exatamente a relação entre a resposta do instrumento e a 
concentração. Usualmente, a equação é ajustada à curva de 
calibração pela técnica de mínimos quadrados de forma que 
as concentrações da amostra possam ser calculadas 
diretamente. 
O sucesso do método da curva de calibração é muito 
dependente da exatidão com que são conhecidas as 
concentrações dos padrões e quão próxima a matriz dos 
padrões está da matriz das amostras a serem analisadas. 
Infelizmente, estabelecer esta similaridade de matriz entre 
amostras complexas e padrões geralmente é difícil ou 
impossível de ser feita, e os efeitos da matriz levam a erros 
de interferência. Para minimizar os efeitos da matriz, 
normalmente é necessário separar analito da interferência 
antes de obter a resposta medida do instrumento. 
 
Métodos de adição de Padrão 
Acesse WWW.uniorka.com.br- Portal 
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http://www.uniorka.com.br-/http://www.uniorka.com.br-/
Instituição de Ensino Charles Babbage 7 
 
Os métodos de adição de padrão são particularmente 
úteis na análise de amostrar complexas, nas quais a 
probabilidade de efeitos de matriz é alta. Um método de 
adição de padrões pode ser implementado de diversas 
formas. Uma das mais comuns envolve a adição de um ou 
mais incrementos de uma solução-padrão a alíquota da 
amostra de mesmo volume. Esse processo é 
freqüentemente denominado de spiking. Deve ser observado 
que, quando a quantidade de amostra é limitada, as adições 
podem ser feitas por sucessivas introduções de incrementos 
do padrão a um único volume medido da amostra. As 
medidas são realizadas com a amostra original e depois 
com a amostra mais o padrão, após cada adição. Na maioria 
das versões do método de adição de padrão, a matriz da 
amostra permanece quase inalterada após cada adição, a 
única diferença é a concentração do analito ou, em casos 
que envolvem a adição de um excesso de um reagente 
analítico, a concentração do reagente. Todos os outros 
constituintes da mistura reacional deveriam ser idênticos 
porque os padrões preparados em alíquotas da amostra. 
 
Método de Padrão Interno 
 Um padrão interno é uma substancia que é 
adicionada em quantidade constante a todas as amostras, 
aos brancos e os padrões de calibração em uma análise. 
Alternativamente, pode ser um componente principal das 
amostras e padrões que está presente em uma quantidade 
suficientemente grande de modo geral que sua 
concentração pode ser considerada constante para todos os 
casos. A calibração envolve, então colocar em m gráfico a 
razão entre o sinal do analito e o sinal do padrão interno em 
função da concentração do analito para obter as 
concentrações de analito a partir da curva de calibração. 
 Uma grande dificuldade da aplicação do método do 
padrão interno é a de encontrar uma substancia adequada 
para servir como padrão interno e introduzir essa substancia 
tanto na amostra como nos padrões de modo reprodutível. O 
padrão do analito em vários aspectos, mas suficientemente 
diferente para ser facilmente distinguível pelo instrumento. O 
padrão interno deve estar ausente da matriz da amostra de 
forma que a única fonte de padrão seja a quantidade 
adicionada. Por exemplo, o lítio é um bom interno para a 
determinação de sódio ou potássio em soro sanguíneo 
porque o comportamento químico do lítio é similar a ambos 
os analitos, mas não ocorre naturalmente no sangue. 
 Como exemplo, o método do padrão interno é 
freqüentemente usado na determinação de traços de 
elementos em metais por espectroscopia de emissão. 
Assim, em determinações de partes por milhão de antimônio 
e estanho em chumbo para ser usado por fabricantes de 
baterias, a intensidade relativa de uma linha forte de cada 
um dos componentes minoritários pode ser comparada cm a 
intensidade de uma linha fraca para o chumbo. 
 Para que tal procedimento seja bem-sucedido, 
muito tempo e esforço são necessários na preparação de 
um conjunto de amostras de chumbo puro que contenham 
concentrações de antimônio e estanho exatamente 
conhecidas. 
Seleção de um método analítico 
A escolha de um método apropriado para a abordagem 
do problema analítico requer respostas para as questões: 
 Que exatidão e precisão são necessárias?• Qual é a 
quantidade de amostra disponível? 
 Qual é o intervalo de concentração do analito? 
 Que componentes da amostra poderão causar 
interferência? 
 Quais as propriedades físicas e químicas da matriz? 
 Quantas amostras serão analisadas? 
Recursos disponíveis (instrumentos, pessoal, etc.) 
É importante ressaltar que, exceto na gravimetria e 
coulometria, toda análise química quantitativa requer a 
realização de uma calibração, por meio da qual encontra-se 
uma relação funcional entre o sinal analítico e a 
concentração do analito. 
Este processo encontra-se descrito adiante: 
 
 
Escolha do método: 
 Eficiente, simples e rápido 
 Não deve implicar em danos aos materiais usados na 
análise 
Instituição de Ensino Charles Babbage 8 
 
 Não deve ser passível de erros sistemáticos 
 Ter boa seletividade 
 Se possível, ter mínima manipulação 
 Resultados devem ser obtidos com a máxima segurança 
operacional 
 
Introdução aos Métodos Instrumentais de Análise 
Classificação: 
 Métodos Qualitativos, de Identificação ou Caracterização 
 Espectrometria no Infravermelho 
 De Ressonância Magnética Nuclear 
 De Massa 
 De Raio X 
 De Ressonância de Spin Eletrônico 
 
 Métodos Quantitativos 
 Métodos Espectroanalíticos 
 Eletroanalíticos 
 Radioanalíticos 
 Termoanalíticos 
 Cromatográficos 
 
Métodos Espectroanalíticos 
São aqueles baseados em medidas da absorção e da 
emissão da radiação UV-Visível por espécies químicas 
atômicas ou moleculares. 
 Espectrometria de Absorção Molecular 
 Espectrometria de Emissão Atômica 
 Espectrometria de Emissão de Fluorescência Atômica e 
Molecular 
 Espectrografia de Emissão. 
 
Métodos Eletroanalíticos 
São aqueles baseados em medidas de propriedades 
elétricas (corrente, tensão e resistência) das espécies 
químicas. 
 Potenciometria 
 Coulometria 
 Voltametria 
 Condutometria 
 Eletrogravimetria 
 
Métodos Radioanalíticos 
São os que se baseiam em medidas das 
radioatividades emitidas por espécies químicas. 
 Análise por Ativação Neutrônica 
 Análise por Diluição Isotópica 
 
Métodos Termoanalíticos 
Baseiam-se em medidas de calor emitido ou absorvido 
por espécies químicas. 
 Termogravimetria 
 Análise Térmica Diferencial 
 Calorimetria Diferencial Exploratória 
 
 Métodos Cromatográficos 
São aqueles baseados na combinação de um método 
instrumental de análise com uma técnica de separação, 
usando colunas empacotadas ou superfícies porosas. 
 
 Cromatografia em camada delgada 
 Cromatografia Líquida 
 Cromatografia Gasosa 
 
Espectro eletromagnético 
É o intervalo completo da radiação eletromagnética, 
que contém desde as ondas de rádio, as microondas, o 
infravermelho, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, 
até a radiação gama. 
Os diversos tipos de ondas eletromagnéticas diferem 
pelo valor de sua freqüência e, também, pela maneira como 
elas são produzidas. 
 
Todas as ondas que constituem o espectro 
eletromagnético propagam-se no vácuo a mesma velocidade 
(V = 3,0 x 108 m/s) e podem ser originadas pela aceleração 
de uma carga elétrica. Então, sempre que uma carga 
elétrica é acelerada, ela irradia certo tipo de onda 
Instituição de Ensino Charles Babbage 9 
 
eletromagnética, o qual irá depender do valor da aceleração 
da carga. 
 
Espectro Visível 
As ondas eletromagnéticas cujas freqüências estão 
compreendidas entre 4,6 x 1014 Hz e 6,7 x 1014 Hz 
constituem uma região do espectro eletromagnético de 
importância especial para nós. Estas radiações são capazes 
de estimular a visão humana; são as radiações luminosas 
(luz). 
Espectro ultravioleta 
A espectroscopia no ultravioleta visível (UV/VIS) 
envolve a espectroscopia de fótons (espectrofotometria). Ela 
utiliza luz na faixa do visível, do ultravioleta (UV) próximo e 
do infravermelho próximo. Freqüências imediatamente 
superiores às da região visível 
 
Raios-x 
É constituído pelas ondas eletromagnéticas de 
freqüências superiores às radiações ultravioletas. , 
Os raios X foram descobertos em 1895 pelo físico 
alemão W. Rontgen, que recebeu o Prêmio Nobel de Física, 
em 1901, por essa descoberta. 
A denominação raios X foi usada por Rontgen porque 
ele desconhecia a natureza das radiações que acabava de 
descobrir. 
Espectrometria no Infravermelho 
A espectroscopia de infravermelho é um tipo de 
espectroscopia de absorção a qual usa a região do 
infravermelho do espectro eletromagnético. 
Estas ondas eletromagnéticas tem freqüência desde 
cerca de 1011 Hz até 1014 Hz. 
 A radiação infravermelha é emitida em grande 
quantidadepelos átomos de um corpo aquecido, os quais se 
encontram em constante e intensa vibração. O calor que 
sentimos quando estamos próximos de um metal aquecido 
é, em grande parte, devido aos raios infravermelhos que são 
emitidos por esse metal e absorvidos por nosso corpo. Esse 
processo de transmissão de calor é denominado radiação 
térmica. 
Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear 
Explora as propriedades magnéticas de certos núcleos 
atômicos para determinar propriedades físicas ou químicas 
de átomos ou moléculas nos quais eles estão contidos. 
Baseia-se no fenômeno da ressonância magnética 
nuclear e podem prover informações detalhadas sobre a 
estrutura, dinâmica, estado de reação e ambiente químico 
das moléculas. 
Espectrometria de Massa 
Um espectrômetro de massa bombardeia uma 
moléculas na fase vapor com um feixe de elétrons de alta 
energia para produzir íons, ou átomos eletricamente 
carregados. Os íons atravessam um campo magnético que 
curva suas trajetórias de modos diferentes, dependendo de 
suas massas. O campo separa os íons em um padrão 
chamado espectro de massa. 
A massa e a carga dos íons podem ser medidas por 
sua posição no espectro. Os cientistas identificam assim os 
elementos e isótopos presentes na amostra. 
 
Espectrometria de Raio X 
Consiste em se iluminar uma amostra com raios X e 
coletar os fotoelétrons por ela emitidos em um analisador de 
elétrons, dispositivo esse capaz de resolvê-los em função 
das respectivas velocidades (energias cinéticas) e de, então, 
contá-los. 
Espectrometria de Ressonância de Spin Eletrônico 
É uma técnica espectroscópica que detecta espécies 
contendo elétrons desemparelhados, ou seja, espécies 
paramagnéticas. Em geral, esta condição verifica-se quando 
a espécie é um radical livre, se é uma molécula orgânica, ou 
quando possui metais de transição, em complexos 
inorgânicos ou metaloproteínas. 
Esta técnica é menos usada que a espectroscopia de 
ressonância magnética nuclear (rmn) porque a maioria das 
moléculas possui uma configuração eletrônica de valência 
completa, sem eletros desemparelhados. 
 
Espectroanalítica 
Os métodos espectroscópicos de análise são 
baseados na quantidade de radiação emitida ou absorvida 
por moléculas ou espécies atômicas de interesse, ou seja, 
empregam as interações da radiação eletromagnética com a 
matéria para que sejam obtidas informações sobre uma 
determinada amostra. 
Na espectroscopia de absorção, mede-se a quantidade 
de luz absorvida em função do comprimento de onda desta 
radiação incidente. Desta forma é possível se obter 
informações tanto quantitativas quanto qualitativas sobre a 
amostra. 
Inicialmente o analito deve estar em seu estado 
fundamental, predominantemente. Ao receber um estímulo 
de radiação (P0), algumas espécies sofrem transições 
eletrônicas para um estado excitado. Em seguida, retornam 
para o estado fundamental, liberando parte dessa energia ( 
P). Então é possível determinar a fração de radiação 
incidente transmitida por uma solução do analito, isto é, a 
Transmitância (T) desta solução: 
Instituição de Ensino Charles Babbage 10 
 
 
 
 
A partir da Transmitância (T), define-se também a 
Absorbância (A) de uma solução, sendo dada por: 
A = - log T 
A Lei de Lambert-Beer permite-nos encontrar a 
Absorbância (A) de uma solução, estabelecendo que a 
intensidade de um feixe de luz monocromática, que passa 
por um caminho óptico de comprimento (b), diminui 
exponencialmente quando a concentração (c) da substância 
absorvente aumenta. Matematicamente tem-se que: 
A = εbc onde ε é uma constante chamada de 
absortividade. 
Um espectrofotômetro óptico é um instrumento que 
possui um sistema óptico que dispersa a radiação 
eletromagnética e permite a medida da quantidade de 
radiação transmitida em determinados comprimentos de 
onda selecionada da faixa espectral. 
No entanto, antes que a amostra seja analisada, é 
comum que ela seja previamente preparada, pois há 
variáveis que podem influenciar na absorbância de certos 
compostos. 
Algumas delas são: 
 Natureza do solvente, 
 Ph da solução, 
 Temperatura, 
 Altas concentrações de eletrólito e 
 Presença de substâncias interferentes. 
Os efeitos dessas variações devem ser conhecidos e 
as condições para análise devem ser escolhidas de maneira 
que as pequenas variações em suas grandezas não afetem 
de forma significativa a absorbância. 
Outra maneira de se determinar a Absorbância de uma 
solução é construindo-se uma curva de calibração. 
Usa-se soluções padrões do analito para determinar 
suas absorbâncias e então constrói-se o gráfico de 
absorbância versus concentração, que deve ser uma reta. 
Mediante uma interpolação, é possível determinar a 
concentração do analito na solução. É importante ressaltar 
que os padrões de calibração devem ser os mais 
semelhantes possíveis em relação à composição global das 
amostras verdadeiras e devem abranger uma faixa razoável 
de concentração do analito. 
O branco, constituído por água destilada ou por uma 
solução de composição semelhante à solução-teste sem o 
componente a ser determinado, deve ser primordialmente 
fornecido ao aparelho, representando o zero de 
absorbância. 
 
Eletroanalítica 
Compreende um grupo de métodos analíticos baseado 
nas propriedades elétricas de um analito em solução. 
 
Potenciometria 
Baseia-se na medida da diferença de potencial de uma 
célula eletroquímica na ausência de corrente. 
É um método utilizado para detectar o ponto final de 
titulações específicas (chamada, pelo uso do método, de 
titulação potenciométrica), ou para a determinação direta de 
um determinado constituinte em uma amostra. 
Coulometria 
Baseia-se na medida de quantidade de carga elétrica 
requerida para converter uma amostra de um analito 
quantitativamente a um diferente estado de oxidação. 
A coulometria (assim como os métodos gravimétricos) 
tem como vantagem comum não depender de padrões, pois 
as respectivas grandezas medidas (carga elétrica e massa) 
são parâmetros que podem ser medidos com precisão. 
 
Voltametria 
Envolve o registro de curvas corrente-potencial, feitas 
durante a eletrólise dessa espécie em uma cela 
eletroquímica constituída de pelo menos dois eletrodos, 
sendo um deles um microeletrodo (o eletrodo de trabalho) e 
o outro um eletrodo de superfície relativamente grande 
(usualmente um eletrodo de referência). 
O potencial é aplicado entre os dois eletrodos em 
forma de varredura, isto é, variando-o a uma velocidade 
constante em função do tempo. 
O potencial e a corrente resultante são registrados 
simultaneamente. A curva corrente vs. potencial obtida é 
chamada de voltamograma. 
 
 
 
 
Condutometria 
Monitora a capacidade da análise de conduzir uma 
corrente elétrica. 
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Instituição de Ensino Charles Babbage 11 
 
Em soluções líquidas a corrente é conduzida entre os 
eletrodos pelos íons dissolvidos. A condutância da solução 
depende do número e dos tipos de íons na solução. O 
tamanho dos íons são importantes porque eles determinam 
a velocidade com que os íons podem propagar-se através 
da solução. Os íons menores movem-se mais rapidamente 
do que os maiores. A carga é significante porque ele 
determina a quantidade da atração eletrostática entre o 
eletrodo e os íons. 
Eletrogravimetria 
É baseada na determinação da massa de um 
composto, ou elemento, a ser analisado, depositado 
eletroliticamente sobre um eletrodo, que havia sido 
previamente pesado. Pesando-se novamente o eletrodo 
após a deposição e subtraindo-se o seu peso inicial obtém-
se o peso do metal depositado. 
Radioanalítica 
Análise por Ativação com Nêutrons 
Análise por ativação com nêutrons (AAN) consiste no 
bombardeamento de um dado material seguido da medida 
da radioatividadeinduzida. Em geral, a irradiação é feita 
com nêutrons térmicos e a radioatividade resultante é 
medida usando-se a espectrometria dos raios gama emitido 
por cada radioisótopo. 
Uma vez que cada isótopo produzido no processo de 
ativação possui características de emissão próprias (meia 
vida e energia das partículas ou radiação gama emitidas) é 
possível efetuar determinações quantitativas da 
concentração por comparação com padrões. 
AAN é um método de análise não destrutivo que 
permite, em alguns casos, determinar as concentrações de 
20 a 40 elementos numa única amostra. Para uma análise 
multielementar completa, os elementos são divididos em 3 
grupos dependendo da meia-vida de seus produtos da 
irradiação com neutrons: 
a) curta (2min-15horas) 
b) intermediária (0,5 -5 dias) 
c) longa (maior que 5 dias) 
Alguns elementos aparecem em mais do que um 
grupo. As mesmas amostras usadas para a irradiação curta 
podem ser utilizadas para irradiações longas, ou novas 
amostras podem ser preparadas. 
Diluição Isotópica 
As propriedades químicas dos elementos são 
determinadas pelo número e arranjo dos elétrons na 
eletrosfera do átomo e que são dependentes da carga do 
núcleo, ou seja, do número de prótons. Consequentemente 
os isótopos de um mesmo elemento terão praticamente as 
mesmas propriedades químicas. Todavia, existem 
pequenas diferenças, nas propriedades físico-químicas 
devido às pequenas variações no tamanho do núcleo e das 
massas entre diferentes isótopos, que permitem a 
separação dos diferentes isótopos de um mesmo elemento 
químico. 
Não obstante as esses fatos, para a maioria dos casos, 
incluindo-se o uso de isótopos em estudos de fertilidade do 
solo e nutrição de plantas, as propriedades químicas dos 
isótopos podem ser consideradas como sendo iguais. 
A técnica de diluição isotópicabaseia-se na adição de 
uma quantidade conhecida de um traçador em uma 
quantidade conhecida do elemento desejado. 
Uma vez feita a mistura, qualquer alíquota da mistura é 
suficiente para a determinação do elemento desejado. 
A grande importância do método dos traçadores 
isotópicos é que eles, sejam radioativos ou estáveis, podem 
ser identificados numa mistura normal dos isótopos do 
elemento, conforme o mesmo é encontrado na natureza, 
possibilitando o acompanhamento qualitativo e quantitativo 
do elemento nos diferentes compartimentos do sistema em 
estudo. 
 O método da diluição isotópica pode ser usado com 
três finalidades distintas: 
a) no isolamento, purificação e identificação de 
intermediários desconhecidos numa cadeia de reações; 
Ex. clássico é o trabalho de Calvin e colaboradores em 
estudos sobre a fixação do no processo de fotossíntese. O 
emprego de 14CO2, em experimentos com algas expostas à 
luz, permitiu a elucidação do processo de assimilação do 
CO2 atmosférico envolvendo o ciclo de redução do carbono 
(ciclo de Calvin), que é um dos aspectos da fotossíntese 
mais bem estudados. 
b) na obtenção de evidências da síntese (incorporação) e 
relações precursor-produto entre compostos desconhecidos; 
Ex. clássico foi o estudo da origem do oxigênio molecular na 
reação de fotossíntese. 
c) como ferramenta analítica no acompanhamento no curso 
de uma reação de compostos conhecidos. 
 Nos estudos de fertilidade e nutrição de plantas 
com traçadores onde é necessária a quantificação dos 
isótopos (transferência), o princípio da diluição isotópica é 
de fundamental importância. 
Procedimentos Analíticos da Diluição Isotópica 
A) Dissolução da amostra desconhecida (em quantidade 
conhecida). 
B) Divisão a solução desconhecida em duas alíquotas. 
1) Adição do traçador em uma das alíquotas (em quantidade 
conhecida). 
2) Homogeneização da amostra + traçador. 
3) Extração do elemento desejado. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 12 
 
4) Medição em espectrômetro de massa das soluções. 
5) Cálculo da concentração do elemento na solução. 
 
Vantagens: 
A análise da amostra é absoluta por não requerer 
calibração com amostras de concentração conhecida. 
Se a medida de concentração do traçador for realizada 
no mesmo espectrômetro de massa, a discriminação do 
aparelho pode ser cancelada, uma vez que pode ser 
considerada igual. 
Como a técnica evolve apenas medidas de razões 
isotópicas, qualquer espectrômetro de massa pode ser 
utilizado. 
Quanto mais diferente a composição isotópica do 
traçador e da amostra, melhor a acuracidade da análise. 
 
Desvantagens: 
Poucos elementos para cada procedimento analítico. 
Muito sensível a problemas de contaminação. 
 
Termoanalítica 
Análise Térmica é um termo que abrange um grupo de 
técnicas nas quais uma propriedade física ou química de 
uma substância, ou de seus produtos de reação, é 
monitorada em função do tempo ou temperatura, enquanto a 
temperatura da amostra, sob uma atmosfera específica, é 
submetida a uma programação controlada. 
Esses métodos encontram ampla aplicação tanto em 
controle de qualidade como em pesquisa de produtos 
industriais, como polímeros, produtos farmacêuticos, argilas 
e minerais metais e ligas. 
 
 
Diferença dos métodos termoanalíticos 
 
Cromatografia 
É um processo de separação, identificação e 
quantificação no qual os componentes da amostra são 
arrastados por uma fase móvel através de um leito de fase 
estacionária, no qual as espécies são separadas por 
interações com a fase móvel e estacionária 
Com fins analíticos ou preparativos, muito utilizado em 
laboratórios industriais, de pesquisa e de ensino. Todas as 
técnicas cromatográficas utilizam uma fase estacionária e 
uma fase móvel. 
A fase estacionária é formada de um material escolhido 
para reter de forma diferenciada os componentes da 
amostra que se deseja separar. 
A fase móvel é o material que se desloca pela fase 
estacionária, arrastando os componentes da amostra. Após 
transitar pela fase estacionária, por um percurso de distância 
adequadamente escolhida, os componentes da amostra se 
separam e são assinalados pelo sistema detector na 
seqüência: do primeiro componente menos retido, ao último 
componente mais retido pela fase estacionária. 
Cromatografia em camada delgada (CCD) 
Utilizada para separar analíticos em solução, incluindo 
íons metálicos e compostos orgânicos. 
A fase móvel é um solvente 
A fase estacionária é um líquido sobre um suporte 
sólido ou um sólido, etc. 
Cromatografia Líquida em coluna clássica (CCC) 
Utilizada para separar analitos em solução, incluindo 
íons metálicos e compostos orgânicos. 
A fase móvel é um solvente 
A fase estacionária é um líquido sobre um suporte 
sólido, um sólido ou uma resina de troca iônica, etc. 
Cromatografia Gasosa (CG): 
 Aplicada a compostos orgânicos voláteis. 
 A fase móvel é um gás 
A fase estacionária é freqüentemente um líquido de 
alto p.e. Sobre um suporte sólido ou um adsorvente sólido 
 
 
 
 
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Instituição de Ensino Charles Babbage 13 
 
Normas de segurança em laboratório 
química 
INTRODUÇÃO 
 
 Toda e qualquer atividade prática a ser desenvolvida 
dentro de um laboratório apresentam riscos e estão 
propensas a acidentes. Devemos então utilizar normas de 
conduta para assegurar a integridade das pessoas, 
instalações e equipamentos. É importante manusear 
corretamente as substâncias químicas e equipamentos com 
os quais se vão trabalhar, a fim de evitar acidentes pessoais 
ou danos materiais. Neste contexto, é necessário saber os 
procedimentos gerais recomendados em casos de 
acidentes. 
Este manual é destinado aos acadêmicos dos Cursos 
da área biológica e da saúde e tem por finalidade 
conscientizá-los quanto as normas de segurança, requisito 
básico para garantir a qualidade e a segurança no 
laboratório. A segurança é um direito e uma obrigação 
individual. 
 
REGRASBÁSICAS 
 Estar consciente do que estiver fazendo, ser disciplinado e 
responsável; 
 O acesso ao laboratório é restrito quando experimentos 
estão em andamento; 
 Respeitar as advertências do professor sobre perigos e 
riscos; 
 Para utilizar os produtos químicos ou equipamentos, é 
necessário autorização de professores, técnicos ou 
estagiários. 
 Manter hábitos de higiene; 
 Não é permitido beber, comer, fumar ou aplicar cosméticos 
dentro do laboratório; 
 Usar o guarda-pó sempre que estiver dentro do 
laboratório; 
 Não usar sandálias ou outros sapatos abertos, 
 Usar preferencialmente calças compridas; 
 Tomar os devidos cuidados com os cabelos, mantendo-os 
presos; 
 Guardar casacos, pastas e bolsas, nas áreas indicadas, e 
não na bancada onde podem ser danificados pelos produtos 
químicos; 
 Trabalhar em local bem 
ventilado e bem iluminado, 
livre de obstáculos ao redor 
dos equipamentos; 
 Manusear as substâncias 
químicas com o máximo 
cuidado; 
 Não respirar vapores e gases; 
 Não provar reagentes de qualquer natureza; 
 Antes de iniciar as tarefas diárias, certifique-se de que haja 
água nas torneiras; 
 Sempre usar material adequado e seguir o roteiro de aula 
prática fornecido pelo professor, nunca fazer improvisações 
ou alterar a metodologia proposta; 
 Ao derramar qualquer substância, providenciar a limpeza 
imediatamente, utilizando material próprio para tal; 
 Não jogar nenhum material sólido ou líquido dentro da 
pia ou rede de esgoto comum; 
 Não trabalhar com produtos químicos sem identificação, 
ou seja, sem rótulo; 
 Ao aquecer qualquer substância em tubo de ensaio, 
segurá-lo com pinça voltando a extremidade aberta do tubo 
para o local onde não haja pessoa; 
 No local de trabalho e durante a execução de uma tarefa, 
falar apenas o estritamente necessário; 
 Nunca apanhar cacos de vidro com as mãos ou pano. 
Usar escova ou vassoura; 
 Ler com atenção os rótulos dos frascos e dos reagentes; 
 Evitar contato dos produtos com pele,olhos e mucosas, 
utilizar sempre que solicitado luvas e óculos de segurança; 
 Caso você tenha alguma ferida exposta, esta deve estar 
devidamente protegida; 
 Manter o rosto sempre afastado do recipiente onde 
esteja ocorrendo uma reação química; 
 Conservar os frascos de produtos químicos devidamente 
fechados e não colocar as tampas de qualquer maneira 
sobre as bancadas. Ela deve ser colocada com o encaixe 
para cima; 
 Não misturar substâncias químicas ao acaso; 
 É proibido misturar substâncias químicas voláteis fora da 
câmara de exaustão de gases; 
 É proibido adicionar água diretamente sobre os ácidos; 
 É expressamente proibido pipetar com a boca; 
 Não usar vidrarias trincadas ou quebradas; 
 As superfícies devem ser descontaminadas pelo menos 
uma vez por dia e sempre após o respingo de qualquer 
material, sobretudo material infeccioso; 
 O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e 
qualquer material não relacionado ás atividades nele 
executadas; 
 Para fins de pipetagem, devem ser utilizados dispositivos 
mecânicos auxiliadores tais como: pêras de borracha, 
pipetadores automáticos, etc. 
 É proibido o manuseio de maçanetas, telefones, 
puxadores de armários ou outros objetos de uso comum, por 
pessoas usando luvas durante a execução de atividades em 
que agentes infecciosos ou material corrossivo estejam 
sendo manipulados; 
 Quando necessário, fazer uso de máscara para poeira 
ou máscara de ar com filtro adequado para o tipo de produto 
químico que está sendo manipulado; 
 Todos os materiais tóxicos, sólidos ou líquidos, devem 
ser tratados adequadamente antes do descarte. O material a 
ser descartado deverá ser colocado em um recipiente à 
prova de vazamento e devidamente coberto, antes do seu 
transporte; 
 Sempre após a manipulação de substâncias químicas e 
antes de deixar o laboratório lavar as mãos; 
 Cada equipe é responsável pelo material utilizado na 
aula prática, portanto ao término do experimento limpar e 
guardar os materiais em seus devidos lugares; 
Instituição de Ensino Charles Babbage 14 
 
 No caso de quebra ou dano de vidrarias, materiais ou 
equipamentos, comunicar imediatamente ao professor ou ao 
técnico responsável; 
 Ao término da aula , desligar todos os equipamentos, 
fechar pontos de água e registro de gás; 
 Em caso de acidentes, avisar imediatamente o professor 
ou técnico responsável; 
 O não cumprimento destas normas poderá acarretar 
punição ao aluno ou à equipe. 
Ergonomia 
O laboratório clínico deve 
projetar o seu mobiliário conforme 
as características antropométricas 
dos colaboradores envolvidos nos 
processos, a fim de reduzir os 
riscos de doenças profissionais, 
devido à má postura, procurando 
atender à legislação vigente. 
 
Identificação dos riscos 
As áreas de risco devem ser identificadas, de acordo 
com a legislação vigente, de maneira clara e o pessoal deve 
ser treinado e possuir instruções específicas, incluindo os 
procedimentos de emergência. Deve ser elaborado um 
mapa de risco que identifique os tipos de riscos ambientais 
existentes em cada área do laboratório. 
O acesso às áreas técnicas do laboratório clínico deve 
ser restrito às pessoas autorizadas. As pessoas para terem 
acesso nas áreas técnicas devem ser identificadas e 
alertadas sobre os riscos nessas áreas, utilizando os 
símbolos de alerta aceitos internacionalmente, ou sinais que 
obedeçam às normas ou regulamentos nacionais. 
As instruções de trabalho devem incluir especificações 
detalhadas, para impedir a contaminação das áreas do 
laboratório clínico considerado limpo, por exemplo: 
telefones, teclados de terminais de computadores, 
maçanetas de portas e outros itens tocados pelas mãos. 
 
Segurança no trabalho 
Os laboratórios clínicos, de um modo geral, são 
classificados no nível 2 de segurança, mas trabalham com 
materiais biológicos que podem potencialmente conter 
microorganismos contaminantes e classificados nos níveis 3 
e 4, tais como vírus das hepatites B e C, CMV, HIV e outros 
patógenos transmissíveis pelo contato com o sangue ou 
outros fluidos corporais. Por esta razão o laboratório clínico 
deve ter procedimento de segurança adequado para a 
proteção do pessoal que usualmente manuseia estes 
materiais. 
As amostras recebidas no laboratório clínico devem ser 
consideradas potencialmente contaminadas por vírus da 
hepatite B (VHB), vírus da hepatite C (VHC), citomegalovírus 
(CMV) e vírus da imunodeficiência humana (HIV), entre 
outras doenças transmissíveis pelo contato com sangue e 
outros fluidos corporais. 
 
São os seguintes os objetivos da vigilância sanitária e de 
saúde do pessoal que trabalha no laboratório clínico: 
a) prevenir o aparecimento de doenças profissionais no 
pessoal que trabalha no laboratório clínico; 
b) aplicar a imunização ativa ou passiva sempre que houver 
indicação; 
c) providenciar o diagnóstico precoce dos casos de infecção 
laboratorial; 
d) avaliar a eficácia do equipamento e das medidas de 
proteção. 
A direção do laboratório clínico deve assegurar a 
avaliação adequada do estado de saúde do pessoal que 
trabalha no mesmo, através da elaboração do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 
O laboratório clínico deve ter um Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) visando a 
preservação da saúde e da integridade do pessoal, através 
da avaliação e controle dos riscos existentes no ambiente de 
trabalho. 
 
 Requisitos gerais para a segurança 
Estes requisitos visam garantir a segurança dos 
profissionais que prestam serviços em um laboratório clínico, 
assim como à comunidade em geral e ao meio ambiente. 
Os principais requisitos de segurança, consolidados 
nas precauções universais e nas barreiras de proteção 
devem ser seguidos independentemente da ordem de sua 
importância. 
 
Precauções universais 
 
É proibido colocar quaisquer materiaisna boca, tais 
como: etiquetas, envelopes ou selos. 
 
 Alimentação 
 
É proibido comer e beber na área técnica. Os 
alimentos devem ser armazenados em refrigeradores 
especificamente designados para esta finalidade e 
localizados em áreas onde é permitida a alimentação. 
Alimentos, amostras e reagentes não devem ser 
armazenados no mesmo refrigerador. 
 
Tabagismo 
 
É proibido fumar na área técnica do laboratório clínico. 
Além do risco potencial de incêndio, o manuseio de cigarros, 
charutos ou cachimbos propicia a exposição a 
microorganismos potencialmente perigosos. 
 
Cosméticos 
 
Não deve ser permitido maquiar-se na área técnica do 
laboratório clínico. O uso de creme hidratante para as mãos 
pode ser permitido, desde que recomendado pelo médico. 
8 NBR 14785:2001 
 
Cabelos, barba e adornos 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 15 
 
Os cabelos e barbas devem estar presos de forma que 
se previna o contato com materiais ou superfícies 
contaminados. É importante mantê-los longe de 
equipamentos como centrífugas e bicos de Bunsen. Podem 
ser utilizadas toucas descartáveis para os cabelos e barbas. 
Não devem ser usados adornos que possam ficar 
presos aos equipamentos, que podem ser contaminados por 
materiais infectantes e talvez afetados por uma interação 
química. 
 
 Lavagem das mãos 
 
As mãos devem ser lavadas com freqüência durante o 
dia de trabalho, antes e depois do contato com clientes ou 
pacientes, antes de comer ou fumar, imediatamente após o 
contato acidental com materiais potencialmente infectantes e 
após a retirada das luvas. O pessoal deve ser obrigado a 
lavar as mãos após cada manuseio de qualquer material 
biológico, bem como antes de saírem do laboratório. As 
mãos devem ser lavadas com água e sabão líquido, e deve-
se secá-las e realizar a anti-sepsia com álcool glicerinado a 
70% (v/v) ou qualquer outro detergente anti-séptico 
recomendado. 
 
Procedimentos de limpeza, desinfecção, esterilização 
e anti-sepsia 
A escolha dos procedimentos e produtos para estas 
finalidades deve estar condicionada ao potencial de 
contaminação das 
Áreas, dos materiais e dos possíveis riscos de 
contaminação. 
 
Estas áreas e materiais são assim definidos: 
 
a) áreas críticas: aquelas onde existe o risco aumentado de 
transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos 
de risco. Exemplo: áreas técnicas do laboratório clínico ou 
setor de lavagem e esterilização; 
b) áreas semi críticas: aquelas ocupadas por pacientes ou 
clientes com doenças infecto-contagiosas de baixa 
transmissibilidade 
e doenças não infecciosas. Exemplo: sala de coleta de 
material; 
c) áreas não críticas: aquelas não ocupadas por pacientes 
ou clientes. Exemplo: área administrativa; 
d) materiais críticos: aqueles que penetram através da pele 
e mucosas, atingindo os tecidos subepiteliais, até o sistema 
vascular, bem como todos os que estejam diretamente 
conectados com este sistema; 
e) materiais semi críticos: aqueles que entram em contato 
com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. 
 
A limpeza deve ser realizada com água e sabão em 
toda a área do laboratório clínico ou detergente de 
superfície, para a remoção de sujeiras e do mau odor, assim 
como reduzir a população microbiana do local. 
O processo de esterilização mais utilizado é a autoclavação, 
mas nada impede que o mesmo possa ser realizado através 
da aplicação de produtos químicos. 
A escolha do processo de esterilização deve ser condizente 
com o tipo de material a ser esterilizado, pois muitos não 
podem sofrer ação de calor ou sofrem deterioração pelo 
contato com algumas substâncias químicas. 
Os agentes físicos e químicos de esterilização e de 
desinfecção mais usados são: 
a) calor; 
b) calor e pressão associados; 
c) raios ionizantes; 
d) compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo: 
hipoclorito de sódio, de lítio e de cálcio; 
e) compostos fenólicos; 
f) compostos de amônio quaternário; 
g) iodo e derivados; 
h) álcoois e glicóis; 
i) aldeídos; 
j) biguanidas; 
l) óxido de etileno, etc. 
 
O laboratório clínico deve ser mantido limpo e organizado, 
de modo a reduzir os riscos de contaminação. 
 
Segurança química 
Os laboratórios clínicos armazenam alguns reagentes 
cáusticos e corrosivos. O armazenamento destas 
substâncias deve ser feito abaixo da altura dos olhos. Estes 
produtos não devem ser armazenados com reagentes 
inflamáveis e instáveis. 
Os produtos químicos perigosos devem ser rotulados com 
clareza, contendo inclusive os símbolos internacionais 
relacionados. 
 
Os produtos químicos perigosos são classificados nas 
seguintes categorias: 
 
a) corrosivos: qualquer substância química causadora de 
destruição visível ou alteração irreversível em tecido 
humano, no ponto de contato. Quando aplicado a resíduo 
químico, o termo implica pH inferior a 2,1 ou superior a 12,5; 
b) tóxicos: substância química que quando por inalação, 
ingestão ou ao contato com a pele, em quantidades 
pequenas, acarreta efeitos biológicos graves. Exemplo: HCl; 
 
c) cancerígenos: substância química que, quando absorvida 
pelo organismo, pode provocar o aparecimento de 
modificações celulares graves. Exemplo: benzeno; 
 
d) ignificável: substância química capaz de queimar. Esta 
tanto pode ser um combustível quanto um inflamável; 
 
e) explosivos: substâncias químicas reativas e instáveis que 
sofrem violentas alterações químicas rapidamente. 
 
Atendimento em caso de acidentes que envolvam os 
olhos e a pele 
Sempre que houver uso de ácidos, produtos cáusticos, 
corrosivos e outros materiais perigosos, deve haver 
dispositivos para a lavagem dos olhos. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 16 
 
Estes dispositivos podem ser um lava-olho 
convencional ou um dispositivo simples, de esguicho, ligado 
ao cano de água 
Por meio de mangueira flexível. Estes dispositivos 
devem ser testados periodicamente, para garantir o seu 
funcionamento e remover a água retida no seu interior. Além 
destas unidades fixas, podem também ser disponibilizados 
sistemas portáteis para a lavagem dos olhos. 
Quando necessário, dependendo do tipo de risco 
químico existente, deve haver um chuveiro de emergência 
ou similar, para os primeiros-socorros em caso de acidente. 
 
Segurança de radiação 
O laboratório clínico deve ter os equipamentos e o local 
apropriado para trabalhar com radionuclídeos de baixa 
radiação. 
Deve haver pessoal capacitado para manusear os 
reagentes que possuem radioisótopos, assim como 
procedimento de 
Aquisição, manuseio, descontaminação e descarte dos 
mesmos, de acordo com a legislação vigente. 
Os reagentes com radioisótopos devem ser 
armazenados em locais específicos, indicados por símbolos 
próprios de acordo com a CNEN - Comissão Nacional de 
Energia Nuclear. Se houver a utilização de luz ultravioleta, 
raios laser e equipamentos de microondas devem existir 
procedimentos sobre a sua utilização e os equipamentos de 
proteção necessários para o pessoal. Devem estar 
relacionadas às possíveis interferências que estes podem 
provocar em outros equipamentos eletrônicos. 
 
Prevenção de incêndio 
O risco de incêndio deve ser avaliado por pessoal 
especializado, e deve ser elaborado um procedimento 
específico para o caso de um sinistro dessa natureza. 
Devem ser levadas em consideração que as principais 
fontes de incêndio no laboratório clínico são as chamas 
abertas, as resistências elétricas usadas para aquecimento 
e as centelhas elétricas de interruptores, motores, fricção e 
eletricidade estática. 
Devem existir extintores portáteis bem distribuídos, de 
acordo com a legislação, para cobrir quaisquer tipos de 
materiais (combustível ou inflamável). 
Deve ser instituído um programa de treinamento contra 
incêndio para todo o pessoal do laboratório clínico. 
Deve haver se possível, uma segunda saída de 
emergência em caso deincêndio no local. 
 
Microbiologia 
 
INTRODUÇÃO 
A microbiologia estuda as doenças causadas por 
uma série de microorganismos. A palavra micro provém 
do grego mikrós, que significa pequeno. Esses 
microorganismos são encontrados em praticamente 
todos os lugares da natureza. 
Um dos principais objetivos do estudo da ecologia 
microbiana é promover a compreensão de tais 
processos, que são fundamentais para o conhecimento 
bioquímico, genético e estrutural de tais 
microorganismos. 
 
BACTÉRIAS 
São seres procariotas presentes em todo o 
ecossistema, atuando como decompositoras e sendo 
consideradas grandes causadoras de infecções. Suas 
várias espécies são classificadas e diferenciadas de 
acordo com sua morfologia e composição química, suas 
necessidades nutricionais, atividades bioquímicas e 
fontes de energia. 
As bactérias se reproduzem por meio do processo 
de bipartição ou cissiparidade (reprodução assexuada), 
em que uma única célula tem a capacidade de dar 
origem a outras. Durante o processo de reprodução, as 
bactérias necessitam de condições favoráveis para o seu 
desenvolvimento, que ocorre no período de 8 horas. 
 
FUNGOS 
 Os fungos são microorganismos aeróbios ou 
anaeróbios que apresentam deficiência para produzir seu 
próprio alimento. 
 A maioria dos fungos é decompositora, e 
poucos são parasitas de plantas. Os fungos apresentam 
variações de tamanho e morfologia, nas formas de bolor 
e levedura. Os bolores são estruturas que apresentam 
um talo e um conjunto de filamentos denominados hifas, 
estruturas responsáveis pela multiplicação e 
disseminação dos bolores no ambiente. 
As leveduras são fungos unicelulares não 
filamentosos, de aspecto oval ou esférico, que se 
multiplicam por meio do processo de fissão binária, 
produzindo novas células-filhas, iguais à original. 
 
Vírus 
Os vírus são seres 
acelulares que necessitam de 
uma célula viva para sua 
multiplicação, sendo 
Instituição de Ensino Charles Babbage 17 
 
constituídos basicamente de material genético (DNA ou 
RNA), glicoproteínas e proteínas, as quais se fixam nas 
células e protegem o material genético. 
Sua dimensão é muito pequena, bem menor que 
a das bactérias, só podendo ser visualizados através da 
microscopia eletrônica. 
Quando esses microorganismos entram na célula, 
passam por um período de incubação e, a partir daí, 
multiplicam-se no interior da célula, aumentando a sua 
quantidade. 
O termo virose é aplicado quando há uma 
patologia desencadeada por vírus. Muitas viroses podem 
caracterizar-se por um conjunto de sintomas que incluem 
diarréia, febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, 
irritabilidade e mal-estar. 
Embora a presença dos sinais clínicos seja 
importante durante o diagnóstico clínico e laboratorial, as 
vacinas continuam sendo uma forma bastante eficaz 
para o controle de doenças causadas por vírus. 
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO VÍRUS HIV 
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ews_cit/lqes_news_2007/lqes_news_novidades_961.htl 
 
PROTOZOÁRIOS 
 Os protozoários são seres eucariotas que se 
diferenciam de acordo com suas características 
morfológicas, nutritivas e fisiológicas. Seu papel na 
natureza varia de acordo com o local onde são 
encontrados. A maioria deles é causadora de doenças no 
homem e nos animais. 
Esses seres vivos podem ser encontrados em 
ambientes aquáticos e terrestres. Eles são classificados de 
acordo com sua estrutura de locomoção, como indicam os 
itens abaixo: 
Classe Sarcodina (Sarcodíneos): locomovem-se por 
expansões citoplasmáticas. Os sarcodíneos apresentam 
estrutura celular simples e possuem reprodução 
assexuada, que acontece por divisão binária. 
Classe Mastigophora (Flagelados): locomovem-se por 
estruturas denominadas flagelos. Trata-se de parasitas de 
vida livre, cuja reprodução ocorre por meio de divisão 
binária. 
Classe sporozoa (Esporozoários): são aqueles que se 
caracterizam essencialmente por não possuir estrutura de 
locomoção. 
 
MICROBIOTAS DE FLORA NORMAL 
 As microbiotas de flora normal constituem uma 
diversidade de microorganismos que colonizam diversas 
regiões do organismo humano. Quando nasce, a criança 
possui as mucosas da boca e da faringe estéreis e, a partir 
do momento em que ocorre a amamentação, o simples 
contato faz com que a flora da mãe passe para a criança. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICROBIOTAS 
 
Microbiotas residentes: são microorganismos presentes 
em determinada superfície ou cavidade (pele, boca, nariz, 
garganta, intestino grosso, vias do sistema urinário e 
genital). 
Microbiotas transientes: são microorganismos 
encontrados no ambiente, atuando como contaminantes e 
agentes patogênicos infecciosos. 
 
MICROBIOTAS DA PELE 
A pele é uma região onde se encontra uma grande 
variedade de microbiotas, devido ao contato com 
superfícies e com o ambiente externo. As regiões mais 
úmidas, como as axilas e a virilha, contém uma quantidade 
ainda maior, por conta da presença de nutrientes 
provenientes da descamação de células cutâneas e das 
secreções de glândulas sudoríparas. 
Dentre as principais bactérias encontradas na pele, 
destacam-se as gran-positivas, como o Staphylococcus sp 
e os micrococos. 
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_news/lqes_news_cit/lqes_news_2007/lqes_news_novidades_961.htl
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Instituição de Ensino Charles Babbage 18 
 
 
MICROBIOTAS DA FLORA ORAL 
 A cavidade oral é uma região úmida e propicia a 
colonização de bactérias, pois contém nutrientes 
provenientes de alimentação. 
As glândulas salivares secretam a saliva, que possui 
pH entre 6,0 e 7,0. Esse pH em conjunto com a enzima 
lisozima, tem a capacidade de destruir as bactérias. 
 
MICROBIOTAS DO TRATO INTESTINAL 
Ao nascimento o intestino é estéril, e os 
microorganismos ali presentes são introduzidos através 
dos alimentos e por meio do contato direto com a mãe 
durante a amamentação. 
 Nos lactentes alimentados com mamadeiras, a 
microbiota intestinal tende a ser mais mista e com menor 
quantidade de lactobacilos. As microbiotas presentes no 
trato intestinal são importantes para a síntese de vitamina 
K e a absorção de nutrientes. 
O nível de microorganismos no estômago mantém-se 
em grau mínimo, devido à acidez gástrica, a qual tem 
efeito protetor, principalmente contra infecções causadas 
por alguns patógenos entéricos, como a Salmonella sp e a 
Shigella sp. 
 MICROBIOTAS DO TRATO URINÁRIO 
 Tanto o trato urinário masculino quanto o 
feminino contêm uma pequena quantidade de 
microorganismos, sendo estes controlados pelo fluxo 
urinário e, também, pelo pH ácido. 
A urina desenvolve um papel importante no equilíbrio 
dessa flora microbiana, atuando na limpeza do trato 
urinário e evitando, assim, as futuras infecções urinárias. 
As microbiotas comumente encontradas no trato 
urinário são as da flora da pele e intestinal, sendo 
provenientes de contaminação local 
 
 
MICROBIOTA VAGINAL 
 A microbiota vaginal normalmente é constituída 
de estreptococos hemolíticos do grupo B – Streptococcus 
agalactiae –, que controla o pH, mantendo-o ácido e 
impedindo a colonização de bactérias patogênicas e 
fungos, os quais se desenvolvem com maior facilidade em 
pH neutro e alcalino. Além disso, o muco cervical contém 
lisozima, que possui atividade antibacteriana. 
 
MICROBIOTAS DO OLHO 
 Os microorganismos predominantes da conjuntiva 
são Staphylococcus epidermidis (pele) e Streptococcus sp. 
A microbiota da conjuntiva é controlada pelo fluxo de 
lágrimas, que também contém lisozima, impedindo a 
colonização de bactérias. 
 
CONTROLE DA POPULAÇÃO MICROBIANA 
 A população microbiana é composta por um grupo 
de microorganismos que têma capacidade de promover 
uma série de contaminações e o aparecimento de 
patologias infecciosas. 
O principal objetivo do controle dessa população é evitar o 
descontrole, por meio da inibição e eliminação de agentes 
que possam oferecer risco de aparecimento de doenças. 
Os principais métodos aplicados são os seguintes: 
 
Métodos físicos: incluem a utilização de altas 
temperaturas, baixas temperaturas e raio ultravioleta. 
 
Métodos químicos: incluem a utilização de substâncias 
químicas. 
 
MÉTODOS FÍSICOS UTILIZADOS 
Calor 
O calor é amplamente utilizado em processos de 
esterilização para a eliminação total de microorganismos. 
O tempo, o tipo de calor e a temperatura influenciam na 
destruição dos microorganismos. 
Incineração: processo utilizado na destruição de 
microorganismos presentes em agulhas, e lixos de origem 
Instituição de Ensino Charles Babbage 19 
 
hospitalar; é utilizada a fim de evitar o descontrole 
epidemiológico de uma doença. 
Autoclavação: processo capaz de promover a eliminação 
total de microorganismos, por meio da aplicação de calor 
úmido sob pressão. A temperatura utilizada nesse 
processo é de 121◦C por 30 minutos. 
Forno de ar quente ou forno de Pasteur: equipamento 
utilizado na esterilização de metais, vidros e outros 
materiais termo resistentes. A temperatura utilizada pode 
variar entre 160 e 180 ◦C. 
Pasteurização: método capaz de reduzir o número de 
microorganismos, principalmente em alimentos. A 
temperatura utilizada varia de 60 a 65◦C, seguida de um 
resfriamento. 
 Baixas temperaturas (refrigeração ou 
congelamento).As baixas temperaturas inibem o 
crescimento de diversos microorganismos. No cotidiano, 
geralmente são aplicadas nos alimentos, a fim de evitar a 
proliferação de bactérias e fungos. 
 
Radiação 
A radiação age diretamente nos ácidos nucléicos de 
vários microorganismos, promovendo a sua destruição. 
Um exemplo de radiação mais comumente aplicada são as 
microondas, o cobalto 60 e o raio UV, que são aplicados 
em laboratórios de microbiologia. 
 
MÉTODOS QUÍMICOS EMPREGADOS 
 
Agentes Químicos e Gases 
Além de esterilizantes, os agentes químicos exercem 
também ação bactericida e bacteriostática sobre os 
microorganismos, um exemplo disso são os Anti-sépticos, 
que ao ser aplicado sobre a pele e mucosas produz ação 
microbicida, promovendo a destruição de patógenos 
vegetativos. 
Os desinfetantes são aplicados em uma série de 
objetos, tais como mesas, bancadas, utensílios, etc, 
agindo de diversas maneiras: Destruindo as membranas 
celulares de bactérias. Desnaturando e precipitando 
proteínas presentes na parede celular das bactérias 
solubilizando lipídeos. 
 Os anti-sépticos e desinfetantes mais utilizados são: 
 Etanol (50 – 70%) 
 Isopropanol (50 – 70%) 
 Formaldeído (8%) 
 Tintura de iodo (2% em álcool 70%) 
 Cloro 
 Nitrato de prata 
 Detergentes 
 
Conservantes 
São agentes químicos utilizados para inibir o 
crescimento de microorganismos. Geralmente são 
utilizados em alimentos. 
 Antibióticos 
São agentes antimicrobianos produzidos em 
microorganismos, que matam e inibem outros 
microorganismos presentes em infecções. O uso 
indiscriminado pode induzir a uma resistência bacteriana e 
ao surgimento de germes multi-resistente. 
 
 
 
 
 
 
Princípios de Bioquímica 
 
Estatística 
A Estatística se interessa pelos métodos científicos 
para coleta, organização, resumo, apresentação e análise 
de dados, bem como na obtenção de conclusões válidas e 
na tomada de decisões razoáveis baseadas em tais 
análises. 
Na história, vemos que a palavra Estatística 
apareceu pela primeira vez no século XVIII e foi sugerida 
pelo alemão Gottfried Achemmel (1719-1772); palavra esta 
 
Teste seus conhecimentos no WWW.uniorka.com.br- 
Portal do aluno. 
 Bons exercícios! 
http://www.uniorka.com.br-/
Instituição de Ensino Charles Babbage 20 
 
que deriva de statu (estado, em latim). Como se pode 
perceber, Estatística é um nome que deriva de Estado; de 
fato, na origem, as atividades da Estatística eram, 
basicamente, atividades de Estado. Mas hoje isso mudou 
bastante. 
O primeiro levantamento estatístico de que se tem 
conhecimento se deve a Heródoto e se refere a um estudo 
da riqueza da população do Egito, cuja finalidade era 
averiguar quais eram os recursos humanos e econômicos 
disponíveis para a construção das pirâmides, isso no ano de 
3050 a. C. No ano de 2238 a. C., o Imperador Chinês Yao 
ordenou a realização de uma Estatística com fins industriais 
e comerciais. No ano de 1400 a. C., o famoso faraó egípcio 
Ramsés II ordenou um levantamento das terras do Egito. 
Sua influência pode ser encontrada nas mais 
diversas atividades: agricultura, biologia, comércio, química, 
comunicações, economia, educação, medicina, ciências 
políticas e muitas outras. 
Fases do Método Estatístico 
1) Coleta de Dados 
Após a definição do problema a ser estudado e o 
estabelecimento do planejamento do trabalho (forma de 
coleta dos dados, cronograma das atividades, custos 
envolvidos, levantamento das informações disponíveis, 
delineamento da amostra etc.), o passo seguinte é o da 
coleta de dados, que consiste na busca ou compilação dos 
dados das variáveis, componentes do fenômeno a ser 
estudado. 
A coleta de dados poderá ser realizada de maneira 
direta ou indireta. A coleta será direta quando os dados 
forem obtidos de fonte primária, isto é, sobre elementos 
informativos de registro obrigatório, como, por exemplo, 
elementos pertinentes aos prontuários dos alunos de uma 
escola. A coleta será indireta quando é proveniente de 
elementos já conhecidos (coleta direta) 
 2) Crítica dos dados 
À procura de falhas e imperfeições, os dados devem 
ser cuidadosamente criticados, a fim de não incorrermos em 
erros grosseiros que possam influenciar nos resultados. 
 
3) Apuração dos dados 
Criticados os dados, agora, eles devem ser 
processados, isto é, mediante algum critério de 
classificação, eles serão objeto de operações matemáticas. 
4) Exposição ou apresentação dos dados 
Os dados devem ser apresentados sob a forma de 
tabelas ou gráficos, a fim de tornar mais fácil o exame 
daquilo que está sendo estudado. 
5) Análise dos resultados 
Todas as fases anteriores se limitam à descrição. A 
análise dos resultados obtidos tem por base a indução ou a 
inferência com o intuito de tirarmos conclusões e fazermos 
previsões. Desse modo, buscamos atingir o fim último da 
Estatística, qual seja: tirar conclusões sobre o todo a partir 
de informações fornecidas por parte representativa do todo. 
População e Amostra 
Ao examinar um grupo qualquer, considerando todos 
os seus elementos, estamos tratando da população ou 
universo. Nem sempre isso é possível. Nesse caso, 
examinamos uma pequena parte chamada amostra. 
Uma população pode ser finita (isto é, possuir fim) ou 
infinita (não possuir fim). Por exemplo, a população dos 
alunos de sua escola é finita e a população constituída de 
todos os resultados (cara ou coroa) em sucessivos lances 
de uma moeda é infinita. Se uma amostra é representativa 
de uma população, podemos obter conclusões importantes 
sobre a população. Mas também, podemos analisar e 
descrever certo grupo sem tirar conclusões ou inferências 
sobre um grupo maior, nesse caso, a parte da Estatística 
que se preocupa com isso é a chamada estatística descritiva 
ou estatística dedutiva. 
Tabela 1: População escolar: sexo 
 
Essa Tabela se refere à população escolar, por sexo 
e por escola, de uma determinada localização. 
 
Arredondamento 
Entendemos por arredondamento de dados a técnica 
utilizada para suprimir unidades inferiores, isto é, arredondar 
um número significa reduzir a quantidade de algarismos 
após a vírgula. 
A rigor, na Estatística, precisamos seguir um critério 
rígido de arredondamento

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