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EBOOK PROCEDIMENTOS ESPECIAIS- Ações de Consignação, Monitória, Possessórias, de Família

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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
 DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
1- Procedimentos Especiais 1
🔎
1- Procedimentos Especiais
1. MODELOS DE PROCESSO.
Processo de Conhecimento: aponta o direito no caso concreto.
Processo de Execução: busca concretizar um direito do qual já se tem conhecimento.
2. PROCESSO DE CONHECIMENTO.
Procedimentos Comuns: arts. 318 ss, CPC.
Procedimentos Especiais: arts. 539 a 770, CPC + Legislação Extravagante.
2.1. FUNDAMENTO PARA A CRIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS 
ESPECIAIS.
Leva em conta particularidades do direito material.
Exemplo: Lei de Alimentos (5.478/68), falência e recuperação judicial, inventário etc.
3. TIPOS DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS.
Fungíveis: podem ser substituídas por outras de mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Pode ser substituído pelo procedimento comum.
É a regra.
Infungíveis: exceção, são insubstituíveis.
O direito material não pode ser tutelado pelo procedimento comum.
Exemplo: Inventário ou Falência.
CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
2- Consignação em Pagamento 1
💰
2- Consignação em Pagamento
1. CONCEITO.
Devedor deseja adimplir, mas não consegue.
Permite que o devedor deposite o objeto da prestação, e deixe à disposição do credor, para que 
não conste que ele não quis adimplir a obrigação.
2. OBRIGAÇÕES CONSIGNÁVEIS.
Art. 334 do Código Civi e art. 539, caput do CPC.
Obrigações de dar:
Quantia.
Depósito em conta bancária.
Coisas.
Nomeação do depositário: nada impede que o juiz nomeie o próprio devedor.
💡 OBSERVAÇÃO! Não há consignação em pagamento de obrigações de fazer ou não 
fazer.
3. EFEITOS DA CONSIGNAÇÃO.
Quantia: afastar mora + juros.
Coisa: afastar mora + risco pelo perecimento.
4. IMPROCEDÊNCIA DA CONSIGNAÇÃO.
💡 LEMBRANDO: Ainda estamos no processo de conhecimento, então ainda será decidido 
o mérito.
Cobrança do restante + juros de mora.
Perdas e danos.
2- Consignação em Pagamento 2
5. COMPETÊNCIA E HIPÓTESES DE CABIMENTO.
5.1. COMPETÊNCIA MATERIAL.
É absoluta. O juiz pode alegar de ofício, não precisando de provocação.
Se reconhecida a incompetência, não há prorrogação de competência, ele é obrigado a passar o 
processo para o juiz competente ou extinguir a ação.
Justiça Estadual: é a regra.
Justiça Federal: art. 109, CF.
5.2. COMPETÊNCIA TERRITORIAL.
É relativa. Pode existir prorrogação de competência.
O juiz não poderá alegar de ofício a incompetência, se as partes não provocarem ele é obrigado a 
julgar aquele processo. Assim sendo, a prorrogação de competência torna o juiz incompetente, 
competente para a causa.
5.2.1. COISAS IMÓVEIS.
Art. 47, CPC.
Regra: local do imóvel.
É possível que as partes estabeleçam o foro de eleição.
5.2.2. QUANTIA E COISAS MÓVEIS.
Art. 540 do CPC.
Regra: será o local do pagamento, onde a obrigação deveria ser cumprida.
Estipulação: pode estar em contrato, em lei ou, em último caso, no domicílio do devedor.
5.3. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
Art. 335, CC.
Mora accipiens (I, II e III).
Atraso do credor em aceitar ou receber a prestação.
Incognitio (IV e V).
O devedor não sabe para quem entrega a prestação.
6. LEGITIMIDADE.
6.1. LEGITIMIDADE ATIVA.
Tem legitimidade para ser autor da ação:
2- Consignação em Pagamento 3
1. Devedor.
2. Terceiro.
3. Credor.
6.1.1. DEVEDOR.
Representa a possibilidade mais comum e óbvia à finalidade deste tipo de ação.
Objetivo: evitar sofrer qualquer prejuízo em razão da mora na obrigação.
6.1.2. TERCEIRO INTERESSADO.
É aquele que terá algum benefício jurídico em razão do cumprimento. 
Independe da concordância do devedor.
Sub-roga-se no crédito, ou seja, assume o crédito e vira credor com todas as garantias que o 
crédito tinha originalmente.
Ex: imóvel hipotecado, pagamento da dívida da hipoteca.
6.1.3. TERCEIRO DESINTERESSADO.
É aquele sem qualquer interesse jurídico no cumprimento da obrigação, sendo seu interesse 
meramente moral.
Depende de concordância do devedor.
Não sub-roga-se nas garantias, assumindo o crédito sem garantia nenhuma de pagamento.
Ex: o pai, que tem interesse de fato, mas não jurídico, em saldar dívida do filho.
6.1.4. CREDOR.
Parece absurdo, mas é um caso muito específico e especial, previsto no art. 345 do CC.
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se 
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a 
consignação.
Refere-se ao credor incognitio que recebeu o objeto da prestação.
É o caso do devedor que não sabia para quem pagar, podendo não ter sido decidido quem era o 
real credor da obrigação, e o devedor, diante do vencimento que se aproximava, acabou pagando 
um dos possíveis credores. Diante disso, pode o credor incerto que recebeu o montante consignar 
o pagamento nos autos para que o valor fique disponível ao verdadeiro credor na ocasião em que 
a dúvida for resolvida.
6.2. LEGITIMIDADE PASSIVA.
Credor (solidário ou não).
Litisconsórcio facultativo: não precisa todos os credores figurarem no polo passivo.
2- Consignação em Pagamento 4
Legitimidade passiva na incognitio.
O Juiz deverá decidir quem é o verdadeiro credor, garantindo a ampla defesa e contraditório.
Litisconsórcio necessário e simples: o juiz deve incluir todos no polo passivo para que o 
processo siga e seja válido. Além disso, é simples pois dá decisões diferentes para 
litisconsorces diferentes.
💡 Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a ação consignatória pode 
envolver a cumulação dos pedidos, como a revisão de cláusulas contratuais (Resp 
645756).
7. CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL.
Art. 539, §1º a 4º do CPC + Resolução 2814/2001 BACEN.
Procedimento facultativo e autotutela. Pode-se consignar em juízo, conta vinculada ao processo 
etc.
Obrigações consignáveis: somente pagar quantia.
Sempre feita em banco.
7.1. NÃO CABIMENTO.
Contra o Poder Público.
A Fazenda Pública possui um regime processual diferente, como quanto à intimação, aos prazos. 
Por isso, somente poderá ser através da via judicial.
Incognitio.
Desconhecimento de endereço ou dados essenciais do credor.
O devedor é responsável por dar os dados certos do credor, a fim de fazer o depósito.
7.2. RESPOSTA DO CREDOR.
10 dias: carta com AR em mãos próprias para o credor. Ele poderá:
a) Fazer levantamento do valor.
Considera-se quitada a obrigação. O credor abrirá mão de questionar. Não poderá ser ajuizada 
uma ação.
b) Inércia.
O silêncio importa anuência.
c) Recusa.
Forma: Carta escrita endereçada ao banco onde o valor foi depositado.
Efeitos para o devedor: mora fica afastada por 1 mês.
2- Consignação em Pagamento 5
O devedor poderá ajuizar uma ação e consignar judicialmente em pagamento.
8. PETIÇÃO INICIAL.
8.1. REQUISITOS.
Específicos (Art. 542, CPC) + Gerais (art. 319, CPC).
⚖ Sempre que as regras específicas forem omissas, recorrem-se às regras gerais.
Art. 542: A petição deve ter o pedido do depósito do valor e pedido da citação do réu.
Art. 319: Qualificação das partes etc.
⚖ Audiência de conciliação e mediação não se aplicará.
8.2. LIMITAÇÃO DAS MATÉRIAS ALEGADAS.
8.2.1. CAUSA DE PEDIR.
Limitada à cinco (que se resumem em duas) possibilidades de alegações pelo autor, que são as 
hipóteses do art. 335 do Código Civil. Quais sejam:
1. Mora accipiens.
Mora do credor em receber a prestação.
2. Incognitio.
Dúvida sobre quem seja o credor.
8.2.2. PEDIDO.
1. Depósito em 5 dias.
É o mais importante e indispensável.
É condição da ação, caso não ocorra, é extinta sem resolução de mérito.
2. Citação do réu.
3. STJ admite cumulação com revisional.
Não é obrigatório, mas pode ser feito.
Pedido revisional de contrato: o devedor deve, quer consignar o valor, mas também quer 
questionar o valor da dívida.
8.3. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
O juiz poderá:
2- Consignação em Pagamento 6
1. Deferir: admitir.
2. Indeferir: extingue a ação.
3. Emendar: se o autor não emendar, ele indefere.
A diferença está no fato do depósito ser uma condição específica da ação.
Exceção: tutela antecipada. O devedor acreditardever menos do que o credor alega, podendo 
depositar valor inferior ao previsto no contrato, e ainda assim dar prosseguimento na ação.
⚖ Observação: Consignação extrajudicial frustrada, não precisará depositar novamente.
8.4. ADMISSÃO DA INICIAL.
Três medidas devem ser tomadas pelo juiz:
1. Apreciar o pedido de tutela antecipada.
2. Autorizar depósito.
3. Citar réu para levantar depósito ou contestar em 15 dias.
9. CONTESTAÇÃO E SENTENÇA.
9.1. CONTESTAÇÃO.
9.1.1. LIMITAÇÃO DE MATÉRIAS ALEGÁVEIS.
Princípio da paridade de armas, por isso deve haver a mesma limitação da petição, na 
contestação. Princípio da celeridade, não podendo ser alegada toda e qualquer coisa, se não 
tornaria o processo mais demorado.
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível 
se o réu indicar o montante que entende devido.
9.1.2. ALEGAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA.
Autor: completar em 10 dias.
Réu: levantar valores incontroversos.
9.1.3. PROCEDIMENTO COMUM.
2- Consignação em Pagamento 7
Especialidade vai até a resposta do réu, seguindo para o procedimento comum.
9.2. SENTENÇA.
Procedente: O autor da ação estava certo, em prazo, forma e o valor.
Improcedente: O juiz reconhece que o devedor descumpriu de alguma forma.
9.2.1. AÇÃO DÚPLICE.
Quando a condição dos litigantes é a mesma, não podendo falar-se em autor e réu, pois ambos 
assumem concomitantemente as duas posições (...). A discussão judicial propiciará o bem da vida 
a uma das partes, independentemente de suas posições processuais. A simples defesa do réu 
implica exercício de pretensão; não formula pedido o réu, pois a sua pretensão já se encontra 
inserida no objeto de uma equipe com a formulação do autor (FREDIE DIDIER JR.).
Exemplo: cabo de guerra, a defesa é ao mesmo tempo ataque.
9.2.2. REMUNERAÇÃO DO DEPOSITÁRIO DA COISA.
Antes da sentença, a remuneração é encargo do autor da ação, mas, ao final do processo, deve-
se determinar quem é de fato, encarregado de pagar esses valores (ônus da sucumbência).
Se ficar determinado, na sentença, que a obrigação é do réu, ele deve reembolsar o autor pelos 
pagamentos já dados ao depositário e prosseguir com eles até a quitação do valor.
10. SITUAÇÕES ESPECIAIS.
10.1. INCOGNITIO.
10.1.1. HIPÓTESES.
Paira algum tipo de dúvida sobre quem é a pessoa.
Até se sabe quem são os potenciais credores mas existe um litígio entre eles, acerca da 
titularidade sobre a coisa.
Art. 547.  Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o 
pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares 
do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548.  No caso do art. 547: I - não comparecendo pretendente algum, 
converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; II - 
comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III - comparecendo mais 
de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, 
observado o procedimento comum.
2- Consignação em Pagamento 8
10.1.2. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO E SIMPLES.
Nesse tipo de ação, configurar-se-á litisconsórcio simples, vez que, os litisconsortes receberão 
tratamentos únicos peculiares à sua posição no processo, pois, dentre os possíveis credores, 
apenas um deles é o verdadeiro.
Ademais, tem-se que o litisconsórcio será necessário pois não se sabe ainda quem é o credor, 
então, para que a situação seja resolvida, será essencial a participação de todos os envolvidos, 
garantindo-se a ampla defesa e o contraditório a todos os possíveis credores.
10.1.3. SITUAÇÕES DE COMPARECIMENTO NO PROCESSO PELOS 
CREDORES.
1. Não comparecimento de nenhum deles: o juiz considera a obrigação quitada e determina a 
arrecadação de coisas vagas, ou seja, o dinheiro ficará na conta indefinidamente à disposição 
do credor até ele aparecer, mas este quando não poderá questionar o valor que encontrar;
Portanto há a quitação e arrecadação de coisas vagas.
2. Apenas 1 dos credores aparece: o juiz deverá apreciar suas alegações e decidir se é justa 
sua pretensão. Assim, poderá declarar revelia em relação ao credor que não apareceu, 
recebendo o outro o valor total do depósito.
O juiz já pode dar decisão.
⚖ Atenção: a revelia tem apenas os efeitos normais de tomar como verdadeiros os 
fatos alegados pelo réu que compareceu.
3. Mais de 1 credor apareceu: o processo prossegue normalmente quanto à existente relação 
entre o devedor e os possíveis credores, e surge mais uma relação processual dada entre os 
credores em si. 
Neste caso, se nenhum dos credores questionar o valor depositado pelo autor, este terá sua 
obrigação extinta e poderá retirar-se da ação, continuando esta comente a respeito das 
pendências entre os pretensos credores.
Prossegue processo para decidir, com ou sem exclusão do autor.
10.2. PRESTAÇÕES PERIÓDICAS.
Conexão: mesma causa de pedir e pedido.
Regra de prevenção do juízo: o devedor dará entrada no primeiro processo e as prestações 
seguintes ficarão conexas a esse procedimento inicial sem a necessidade de entrada com mais 
ações, atendendo a causa inteira um mesmo juiz, tornando-se um juízo prevento.
Prazo do depósito: este devedor não precisa depositar exatamente até a data do vencimento, 
pois possui um prazo extra de 5 dias.
10.3. LEI DO INQUILINATO (LEI 8.245/91). 
2- Consignação em Pagamento 9
As prestações periódicas mencionadas acima são a regra geral, mas a Lei do Inquilinato traz regra 
especial, tendo preferência em sua aplicabilidade.
10.3.1. PRINCIPAIS DIFERENÇAS (ART. 67).
Petição Inicial indica o valor a título de aluguéis e acessórios.
Autor deposita em até 24h.
Aluguéis consignados na data do vencimento, e não em até 5 dias, como nas prestações 
periódicas.
Possível reconvenção para despejo.
⚖ Reconvenção é um pedido realizado pelo réu de um processo ao apresentar 
contestação sobre as alegações do autor na petição inicial. Tem natureza de ação 
autônoma.
Complemento do depósito: depósito insuficiente, deverá ser complementado, tendo prazo de 
5 dias e multa de 10% no caso de perda do prazo.
AÇÕES POSSESSÓRIAS
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
3- Ações Possessórias 1
🔎
3- Ações Possessórias
1. ASPECTOS DE DIREITO MATERIAL.
Motivo: o possuidor da coisa normalmente é quem dá função social ao bem. Por isso, é 
importantíssimo que a posse seja protegida.
1.1. PROPRIEDADE.
É um direito real, que atribui ao proprietário de determinada coisa as faculdades de uso, gozo, 
fruição, disposição e perseguição do bem, corpóreo ou incorpóreo. 
Por ser um direito, sua transferência é feita mediante procedimentos formais e registros.
⚖ Apenas o registro transmite a propriedade: só é dono, quem registra.
1.2. POSSE.
Não é direito é muito menos um direito real! É uma 
situação de fato que possui proteção jurídica.
A posse é o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade (art. 1.196).
Ex: locatário, que exerce posse sobre o bem. Esta 
deve:
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, 
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, 
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua 
posse contra o indireto.
O possuidor pode, ou não, ser a mesma pessoa que o proprietário. Assim, pode-se deter a 
propriedade sem, no entanto, ter a posse. Esta deve:
Exercer um dos atributos do domínio.
Demonstrar uma destinação econômica à posse.
Aparentar ter domínio.
Garantir a pacificação social (é melhor uma posse injusta do que posse nenhuma).
3- Ações Possessórias 2
⚖ A posse, em si, não é registrável, sendo o exercício da posse, por certo tempo, de 
forma contínua, um ato registrável.
1.3. DETENÇÃO.
É a posse exercida em nome ou a mando de terceiros. Fâmulosda posse. Exemplo disso é o 
caseiro de um sítio.
2. TUTELA JURÍDICA DAS COISAS.
As ações possessórias podem objetivar tanto a proteção da propriedade como da posse.
2.1. PROTEÇÃO DA 
PROPRIEDADE.
São as ações petitórias que visam à proteção da 
propriedade.
1. Ações Edilícias.
Complementação da área comprada (quando 
dada área menor), desfazer-se relação de 
compra e venda (quando o bem for de menor 
qualidade à do comprado) ou adequar o valor 
pago ao bem entregue.
2. Ação Reivindicatória.
Quando o proprietário tiver perdido sua posse e pretende reavê-la.
A Ação de Reintegração de Posse é uma Ação Reivindicatória.
3. Usucapião.
A pessoa pretende ser declarada como proprietária do bem sobre o qual mantém posse. Além 
disso, a propriedade que já existe também poderá ser declarada pelo juízo por meio de tal 
ação.
Deve-se preencher os requisitos postos em lei.
4. Ação de Imissão na Posse.
É aquela que a pessoa já é proprietária do bem, mas não consegue exercer sua posse, seja 
por ameaça ou turbação.
2.2. PROTEÇÃO DA DETENÇÃO.
Não há nenhuma previsão de proteção judicial para que possa proteger este instituto, tendo em 
visto que isso seria proteger a posse contra quem é o verdadeiro proprietário. Contanto, caso este 
3- Ações Possessórias 3
veja o exercício da posse ameaçado, poderá exercer o Desforço Imediato da Posse, pois mesmo 
que em nome de terceiro, exerce a posse naquele momento.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver 
justo receio de ser molestado. 
§1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por 
sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de 
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição 
da posse.
2.3. PROTEÇÃO DA POSSE.
São as Ações Possessórias.
Exceção de domínio: é vedada pelo Código 
de Processo Civil. Isso significa que se o que 
está sendo discutido é a posse, não é 
permitido apresentar defesa alegando 
propriedade.
Súmula 497 do STF: Será 
deferida a posse a quem, 
evidentemente tiver o domínio, se 
com base neste for ela disputada.
Portanto, não se pode rebater uma ação possessória com uma petitória. Estas podem, ou não, 
coexistir. 
2.3.1. OBJETO DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS.
A posse consiste em um poder de fato sobre a coisa.
1. Corpóreos.
Súmula 228 do STJ. É inadmissível o interdito proibitório para a 
proteção do direito autoral.
2. Palatáveis.
Súmula 415 do STF. Servidão de trânsito não titulada, mas tornada 
permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se 
aparente, conferindo direito à proteção possessória.
3- Ações Possessórias 4
É o direito que se tem de passar pela propriedade de alguém, o que pode reivindicar 
judicialmente. Por isso, mesmo que ele não esteja conforme o art. 1.378 do Código Civil, ele é 
um direito palpável. 
3. ESPÉCIES DE AÇÕES POSSESSÓRIAS.
1. Ação de Reintegração de Posse.
Esbulho, que é a perda da posse.
2. Ação de Manutenção de Posse.
Turbação, que é o incômodo ao exercício da posse.
3. Ação de Interdito Proibitório.
Ameaça à posse.
4. LEGITIMIDADE.
Este é um requisito que precisa ter em todo 
processo, o que quer dizer que as partes 
devem ter interesse na demanda.
4.1. LEGITIMIDADE ATIVA.
Condições: quem está com a posse esbulhada, turbada ou ameaçada. Portanto, será o possuidor 
direto e o possuidor indireto.
Possuidor direto: quem tem a posse efetiva.
Possuidor indireto: é o proprietário; quem tem direito, mas não o exerce no momento.
Os dois poderão ajuizar em litisconsórcio facultativo.
4.1.1. LEGITIMIDADE ATIVA DO ESBULHADOR OU TURBADOR.
Função social da propriedade: defende que tem-se direito à posse, mesmo que não seja 
legítima. Antes posse que seja injusta e produtiva, do que posse sem função.
Poderão ajuizar ações contra outros que queiram esbulhar ou turbar a sua posse. Contudo, este 
poderá defender contra terceiro, mas contra o possuidor legítimo da coisa, este quem ganharia.
4.2. LEGITIMIDADE PASSIVA.
3- Ações Possessórias 5
Podem ser ajuizadas contra quem esbulhou, turbou ou ameaçou a posse. Se forem muitas 
pessoas ocupando aquele espaço, todas ela irão figurar no polo passivo.
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não 
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal 
correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. 
§1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande 
número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que 
forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, 
determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver 
pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria 
Pública. 
§2º Para fim da citação pessoal prevista no §1º, o oficial de justiça procurará 
os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem 
encontrados. 
§3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da 
ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para 
tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de 
cartazes na região do conflito e de outros meios.
5. FORÇA NOVA E FORÇA VELHA.
POSSE NOVA X POSSE VELHA
Posse nova: inferior a 1 ano e 1 dia.
Posse velha: superior a 1 ano e 1 dia.
FORÇA NOVA X FORÇA VELHA
Força nova: esbulho, turbação ou ameaça que dure MENOS de 1 ano e 1 dia.
Força velha: esbulho, turbação ou ameaça que dure MAIS de 1 ano e 1 dia.
Sendo assim, o critério será o espaço entre os impedimentos e o ajuizamento da ação 
possessória.
5.1. CONTAGEM DO TEMPO.
O esbulho, turbação ou ameaça podem ser:
3- Ações Possessórias 6
1. permanentes: início da conduta. 
Contínuos.
2. repetidos: a partir do último ato. Sem 
fixação plena. Sucessivos.
3. clandestinos: quando o possuidor toma 
ciência da situação. Indefinido.
5.2. CONSEQUÊNCIAS ÀS AÇÕES DE FORÇA NOVA OU 
VELHA.
Força nova: poderão ser Procedimento Especial. Pode ter a expedição de liminar, para que o 
possuidor legítimo ser mantido ou reintegrado na posse, mesmo que o réu não tenha se defendido. 
É mais vantajoso, por isso que é comum querer provar isso.
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem 
ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de 
reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente 
o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Assim sendo, só basta que a inicial esteja muito bem instruída, ou seja, não precisará comprovar 
nenhum risco de dano grave ou de difícil ou incerta reparação se houver demora na concessão de 
liminar nos casos de força nova.
Força velha: deve ser regida pelo Procedimento Comum. Não poderá ser expedida liminar, 
apenas com base na petição inicial.
5.3. INTERDITO PROIBITÓRIO.
A ameaça deve ser iminente, considerando a urgência. Por isso deve ser 
ação de força nova e SEMPRE deverá ir para o Procedimento Especial.
6. PROCEDIMENTO.
Considera-se aqui as ações de força nova.
6.1. PETIÇÃO INICIAL.
6.1.1. REQUISITOS GERAIS.
3- Ações Possessórias 7
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a 
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e 
a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou 
de mediação.
6.1.2. REQUISITOS ESPECÍFICOS.
Art. 561. Incumbe ao autor provar: 
I - a sua posse; 
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III - a data da turbação ou do esbulho; 
IV - a continuaçãoda posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a 
perda da posse, na ação de reintegração.
Poderá ser concedida liminar, mesmo que o Réu não tenha se defendido.
� Exceção: se o réu for Pessoa Jurídica de Direito Público, a liminar dependerá da oitiva 
dos representantes judiciais.
6.2. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS.
O autor poderá cumular pedidos, requerendo mais do que só a proteção da posse em sua petição 
inicial, o que não retira o caráter possessório da ação.
Princípio da Economia Processual.
O autor poderá solicitar tomada de medidas para que evite novas violações, como a multa diária, 
assim como o cumprimento da tutela provisória ou decisão final.
6.3. CONTESTAÇÃO.
Quando houver a citação, o réu já deverá apresentar contestação. Não haverá convocação para 
audiência, pois inexiste audiência de conciliação nas ações possessórias de força nova. Prazo: 
3- Ações Possessórias 8
15 dias.
Art. 556. É lícito ao réu, na 
contestação, alegando que foi o 
ofendido em sua posse, demandar 
a proteção possessória e a 
indenização pelos prejuízos 
resultantes da turbação ou do 
esbulho cometido pelo autor.
� O Réu poderá alegar que trata-se de uma ação de força velha, o que poderá impedir a 
liminar.
6.4. CONFLITOS COLETIVOS PELA POSSE DE IMÓVEL.
Art. 565. No litígio coletivo pela posse 
de imóvel, quando o esbulho ou a 
turbação afirmado na petição inicial 
houver ocorrido há mais de ano e dia, 
o juiz, antes de apreciar o pedido de 
concessão da medida liminar, deverá 
designar audiência de mediação, a 
realizar-se em até 30 (trinta) dias, que 
observará o disposto nos §§ 2º e 4º.
MP: deve ser intimado visando a questão social que envolve a moradia.
DP: caso sejam pessoas hipossuficientes, será intimada, garantindo o direito de defesa.
AÇÕES
MONITÓRIAS
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
4- Ação Monitória 1
💵
4- Ação Monitória
1. CONCEITO.
Fungibilidade.
Particularidade do direito material: credor com prova escrita da autenticidade da obrigação, 
mesmo que sem força para execução.
Benefícios: simplificar o processo e diminuir a lentidão do processo, declarando tão logo a 
existência da obrigação e concedendo, por conseguinte, a força executiva para que seja cumprida.
2. REQUISITOS.
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com 
base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir 
do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
Assim sendo, é necessário para a propositura dessa ação documento escrito, ser um devedor 
capaz, possuir um documento sem eficácia de título executivo e prova escrita.
Sendo o devedor incapaz, deverá ser discutida sobre a validade do negócio jurídico em um 
procedimento comum.
2.1. PROVA ESCRITA.
a. Confissão de dívida sem assinatura de duas testemunhas.
b. Carta escrita pelo devedor.
c. Contrato sem os requisitos de título executivo.
d. Cheque Prescrito (Súmula 299 do STJ).
e. Contrato de Abertura de Crédito em conta corrente, acompanhado do demonstrativo de 
débito (Súmula 247 do STJ).
2.1.1. PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA.
4- Ação Monitória 2
Art. 700. (...) §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, 
produzida antecipadamente nos termos do art. 381.
É possível, ainda, que a declaração escrita possa ser obtida na produção antecipada de prova, 
que ocorre quando houver risco de perecimento da prova, nos termos do art. 381 do CPC (art. 700, 
§1º, CPC).
Nesse caso, a prova oral será colhida e reduzida a termo, sendo, após, proposta ação monitória.
2.1.2. SEM EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
Não poderá ter eficácia executiva.
Caso fosse uma obrigação certa, líquida e exigível (art. 783 do CPC), não haveria razão para 
passar pelo processo de conhecimento, podendo ir diretamente para a execução.
Título extrajudicial x judicial: Contudo, mesmo que o credor tenha o título executivo extrajudicial 
(conforme art. 784 do CPC), nada impede que este ajuíze processo de conhecimento para que 
tenha reconhecido o seu título judicialmente. Portanto, a presença de título executivo não obsta o 
ajuizamento da ação monitória.
Vantagem da conversão: certeza garantida sobre o título, retirando quaiquer controvérsias.
3. CABIMENTO.
Pagar quantia;
Entregar coisa; ou
Fazer ou não fazer.
Art. 700. (...) §6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
Assim, nada impede que esta seja ré nessas ações.
4. PETIÇÃO INICIAL.
Art. 319 do CPC- Requisitos Gerais.
Art. 700, §2º do CPC- Requisitos Especiais.
4.1. REQUISITOS ESPECÍFICOS.
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: 
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; 
II - o valor atual da coisa reclamada; 
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico 
perseguido.
4- Ação Monitória 3
1. Juntada de documento escrito, provando a obrigação.
2. Demonstração do valor atual da obrigação e como tal valor se constituiu, através da memória 
de cálculo (torna a obrigação líquida).
DA ORIGEM DO DÉBITO.
Súmula 531 do STJ. Em ação monitória fundada em cheque prescrito 
ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico 
subjacente à emissão da cártula.
Segundo o entendimento do STJ não é necessário mencionar o negócio que deu origem à 
emissão do cheque prescrito. Os títulos de crédito possuem autonomia, se desprendendo do 
negócio predecessor, e podendo ser executado independentemente.
Exemplo: emissão de cheque para compra e venda nula. O título se mantém válido e executável, 
podendo trazer uma ação monitória.
5. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE.
Providências gerais: admissão, emendar ou indeferir (art. 319 do CPC).
Ação monitória: poderá ser indeferida ou determinada a sua emenda.
5.1. INÉPCIA.
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se 
permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Ação monitória: ocorrerá quando o credor não juntar o documento escrito ou não demonstrar a 
memória de cálculo, sendo assim não é permitido seguir com a ação. 
Posicionamento do juiz: poderá indeferir a inicial ou determinar a sua emenda.
5.2. FALTA DE VEROSSIMILHANÇA.
4- Ação Monitória 4
Ausência de elementos que comprovem a existência de obrigação que dê fé à monitória.
Dessa forma, o juiz não poderá admiti-la, contudo ainda poderá solicitar a emenda, dando 
oportunidade ao credor de prosseguir no procedimento comum para que sua obrigação possa ser 
constituída, através de ação de cobrança.
5.3. ADMISSÃO OU EMENDA.
Seguindo todos os requisitos necessários, ou ajustados os emendados pelo autor, o juiz poderá 
admitir a inicial.
NÃO HÁ AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO! Logo, não precisa ter na peça e não haverá a 
realização desta.
5.4. CITAÇÃO DO RÉU.
Pagamento: em até 15 (quinze) dias, sendo expedido mandado de pagamento e 5% do valor da 
causa.
Consequências da efetuação do pagamento: isenção das custas processuais.
6. RESPOSTAS DO RÉU E SENTENÇA.
Com a admissão da inicial, o réu poderá:
1. Cumprir a obrigação;
2. Manter-se inerte; e
3. Apresentar defesa.
6.1. CUMPRIDA A OBRIGAÇÃO.
Pagamento: até 15 dias.
Honorários: 5% do valor da causa.
O juiz, a partir disso, sentenciará, isentando o devedor das custas do processo.
🤑 A isenção ocorrerá independentemente da capacidade econômica do réu. Esta é um 
estímulo para o cumprimento da obrigação e diminuição da celeridade.
Possibilidade de parcelamento: a dívida restante poderá ser parcelada em até 6 (seis) parcelas 
mensais,com correção monetária e juros de 1% ao mês, mediante depósito de 30% do valor em 
execução (art. 916 do CPC).
6.2. DEVEDOR INERTE.
Este pode optar por não pagar e nem apresentar defesa, tornando-se revel. Consequentemente, 
considera-se que houve confissão da dívida e será constituído o título executivo judicial, dando 
início ao cumprimento de sentença.
4- Ação Monitória 5
🗣 No caso da Fazenda Pública, a revelia não produzirá o efeito de confissão (art. 344, II 
do CPC).
6.3. APRESENTAÇÃO DE DEFESA.
Pode não pagar e recorrer, através dos embargos à ação monitória.
Prazo para apresentação: 15 dias.
Garantia do juízo: não dependerá.
Possibilidade de reconvenção: novo pedido ao juiz no mesmo processo, desde que seja de 
matéria conexa com o objeto da ação ou matéria da sua defesa. 
Réplica à reconvenção: 15 dias.
� Não há reconvenção à reconvenção!
6.4. JULGAMENTO DOS EMBARGOS.
Possibilidades: acolhimento ou rejeição ou procedência parcial.
1ª fase: ocorre até a expedição do mandado de pagamento, sendo conhecida como de cognição 
sumária, portanto não há oportunidade de defesa.
2ª fase: ocorre após os embargos, conhecendo-se como cognição exauriente, oportunizando a 
ampla defesa ao devedor.
3ª fase (opcional): no caso de inércia na apresentação de embargos, permite-se ainda a ação 
rescisória (art. 701, §3º do CPC).
AÇÕES DE FAMÍLIA
LEANDRA LIMA - PRODUTORA VERIFICADA 
5- Ações de Família 1
5- Ações de Família
1. A FAMÍLIA NA CONSTITUIÇÃO.
“A família é afirmada como base da sociedade e tem especial proteção do 
Estado, mediante assistência na pessoa de cada um dos que a integram e 
criação de mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações. Não é mais só pelo casamento que se constitui a ‘entidade 
familiar’. Entende-se também como tal ‘a comunidade formada por qualquer 
dos pais e seus descendentes’ e, para efeito da proteção do Estado, 
também a ‘união estável’ entre homem e mulher, cumprindo à lei facilitar sua 
conversão em casamento.” (JOSÉ AFONSO DA SILVA).
Deveres da família, da sociedade e do Estado: proteção à criança, ao adolescente, ao jovem 
(arts. 227 a 229) e aos idosos (art. 230 e §§).
Família: reunião de pessoas pelos laços do matrimônio (art. 226, §§1º e 2º), da união estável 
(§3º) ou da monoparentalidade (§4º), como meio de resguardar a dignidade da pessoa humana.
� Não existe mais o termo família natural na CF, contudo ainda persiste no ECA.
Filiação socioafetiva: vínculo que se estabelece pelo afeto, sendo reconhecido socialmente.
Família decorrente da relação homoafetiva: o STF conferiu status familiar, o que foi apoiado 
pelo STJ. Assim, permitiu-se o acesso ao casamento, mediante habilitação junto ao Registro Civil.
2. NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DE FAMÍLIA.
Doutrina majoritária: Direito de Família no Direito Privado.
Doutrina minoritária: Direito de Família na Ordem Pública. Contudo, não converte o Direito de 
Família em Direito Público, mas o que há é apenas uma limitação na autonomia da vontade.
Exemplo disso é a necessidade de intervenção do MP em algumas demandas (art. 178, I e II do 
CPC), impedimentos judiciais (art. 144, III e IV do CPC), etc.
2.1. AS DENOMINADAS AÇÕES DE FAMÍLIA.
Presentes nos arts. 1.511 a 1.783 do Código Civil os direitos pessoais e patrimoniais, em relação 
ao matrimônio, parentesco, filiação, alimentos, bem de família, união estável, tutela e 
curatela.
Sentido amplo.
5- Ações de Família 2
1. Ações de anulação e declaratória de nulidade do casamento.
2. Divórcio e separação contenciosos ou consensuais.
3. Filiação (guarda, adoção, poder familiar e alimentos).
4. Investigatória e negatória de paternidade ou maternidade.
5. Extinção de União Estável contenciosa ou consensual.
6. Reivindicação de aquestos.
7. Partilha de Bens.
8. Ausência, tutela e curatela de incapazes.
9. Proteção dos Idosos.
Sentido estrito.
Instauração de processos contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção 
de união estável, guarda, visitação e filiação.
Ações de Família: art. 693 do CPC.
Procedimentos: arts. 694 a 699, CPC.
Peculiaridades: normas processuais específicas, tais como a obrigatoriedade de segredo de 
justiça (art. 189, inciso II do CPC) e o dever de depor sobre determinados fatos (art. 388, parágrafo 
único).
2.2. COMPETÊNCIA PARA AS AÇÕES DE FAMÍLIA.
Da Vara da Família.
1. Justiças Comuns Estaduais, em um dos foros dos incisos I e II do art. 53 do CPC; ou
2. Juízos Especializados em matéria de família; ou
3. Juízo Cível.
2.2.1. AÇÃO DE DIVÓRCIO.
1. Com filho incapaz: foro de domicílio do guardião do filho incapaz.
2. Sem filho: último domicílio conjugal do casal, caso ainda esteja alguém morando lá.
3. Regra geral: foro de domicílio do réu.
2.2.2. AÇÕES DE FAMÍLIA ENVOLVENDO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E 
FAMILIAR.
O juiz criminal pode decretar o divórcio.
Não poderá ser discutida questões de partilha, mas poderá ser dissolvido o vínculo.
2.2.3. AÇÕES DE FAMÍLIA ENVOLVENDO ESTRANGEIROS E BRASILEIROS 
IMIGRANTES COM BENS NO BRASIL.
A ação só pode ser proposta no Brasil. É jurisdição brasileira exclusiva (não é concorrente).
5- Ações de Família 3
3. PROCEDIMENTOS JUDICIAIS DAS AÇÕES DE 
FAMÍLIA.
Estabelecimento de Procedimentos Especiais de Jurisdição Voluntária para as ações de divórcio 
e separação consensuais, extinção da união estável e alteração do regime de bens do matrimônio.
Valorização da mediação e conciliação (art. 694). Prevê a divisão em várias sessões quando 
necessário, visando a solução consensual (art. 696).
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para 
a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio 
de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e 
conciliação. 
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a 
suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação 
extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
Técnica da constelação familiar: concilia terapia e psicologia e outros setores aliados para obter 
a solução do conflito.
4. O PROCEDIMENTO ESTATUÍDO PELO CPC DE 
2015.
Reconhecimento da necessidade de um tratamento mais humanizado.
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos 
contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união 
estável, guarda, visitação e filiação. 
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de 
criança ou de adolescente observarão o procedimento previsto em 
legislação específica, aplicando-se, no que couber, as 
disposições deste Capítulo.
O art. 693 não é taxativo, podendo ser adotada em outras relações familiares lato sensu que não 
estiverem elencadas. Por isso, ainda poderão ensejar a adoção de tal procedimento.
Legislações específicas: Lei nº 5.478/1968 (Lei de Alimentos) e Lei nº 8.069/1990 (ECA).
5- Ações de Família 4
5. A BUSCA DE SOLUÇÃO CONSENSUAL PARA 
A RESOLUÇÃO DO LITÍGIO.
Imposição de designação de audiência de mediação ou conciliação (art. 695). Se 
descumprida, prevê-se a imposição de multa à parte que injustificadamente não comparecer, 
figurando em ato atentatório à dignidade da justiça (art. 334, §8º).
Figura dos mediadores e conciliadores como efetivos auxiliares do juízo, ficando reservado ao 
juiz apenas a homologação da composição consensual (art. 694).
5.1. MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO.
Artigos: 165 a 175 do CPC.
Obrigatoriedade de designação de audiência, ressalvadas as hipóteses de rejeição liminar do 
pedido (art. 332) e as dos incisos do §4º, art. 334.
Oferta de vários mecanismos de realização de justiça.
5.2. A SUSPENSÃO DO PROCESSO.
Finalidade: que os envolvidos se submetam à mediação extrajudicial e ao atendimento 
multidisciplinar (art. 694).
Prazo: não pode exceder os 6 meses (art. 313, inc. II, §4º). Se não realizado, passará para o 
procedimento comum (art. 697).
6. CITAÇÃO E POSTURAS DO RÉU.
Se admitida a inicial (arts. 319 a 321), o juiz deverá conceder (caso tenha sido solicitada) uma 
tutela provisória parao autor (art. 695). A audiência é obrigatória.
Citação: até 15 dias (§2º), na pessoa do réu (§3º), trazendo dados relacionados à audiência, sem 
a apresentação ao réu, de imediato, da cópia da inicial (mas terá acesso).
Crítica: como chegar a uma audiência de conciliação sem saber do que se trata?
Audiência de mediação e conciliação: acompanhamento de advogados/defensores públicos.
Réu citado pessoalmente, contudo não comparece, nem constitui advogado para 
justificar a ausência.
Imposição de multa (art. 334, §8º) e decretação de revelia, observando o Procedimento 
Comum (art. 318). 
Não poderá ter o julgamento antecipado do pedido (art. 355, II), só podendo ser designada 
audiência de instrução e julgamento, coletando os depoimentos. Ao final, deverá ser proferida 
sentença (art. 366).
Edital (art. 256) e não comparece, nem mesmo há a constituição de advogado;
Intima-se o DP (art. 72, inc. II e parágrafo único), adotando o Procedimento Comum, 
oferecendo contestação (arts. 335 e ss), praticando os demais atos seguintes.
5- Ações de Família 5
Oferecimento de contestação; e
Conversão automática ao Comum.
Trâmite: arts. 347 e ss.
Comparece à audiência.
Faz a audiência, acompanhado de seus representantes.
7. FRACIONAMENTO DA AUDIÊNCIA.
Objetivo: composição das partes. Por isso, se necessária mais sessões, deverá ter, mesmo que 
com mediadores ou conciliadores diferentes (CPC, art. 168, §3º). 
Tudo dependerá da variedade e complexidade das questões afins (art. 696).
Se decorrer o prazo de 2 meses da realização da 1ª sessão (art. 334, §2º) e infrutífera a 
tentativa, deve-se adotar o procedimento comum para o trâmite do processo.
8. ADOÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM.
1. Se infrutífera a tentativa de composição consensual.
2. Nas já examinadas (v., supra, nº 200).
9. A INTERVENÇÃO DO MP.
Afasta-se, havendo apenas quando houver interesse de incapazes (art. 698) ou quando figurar 
vítima de violência doméstica e familiar (parágrafo único).
Será permitido nesses casos pois deve-se fiscalizar a ordem jurídica, resguardando os interesses 
indisponíveis destes hipossuficientes, bem como conferir efetividade à LMP.
Onde está essa garantia? Na CF, art. 127, caput, onde o MP deve defender os interesses 
individuais indisponíveis; além disso, as hipóteses não incluídas são interesses disponíveis, que 
podem ser, inclusive, realizados extrajudicialmente (Art. 733, CPC).
10. ABUSO OU ALIENAÇÃO PARENTAL.
Art. 2º. Interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente 
promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que 
tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância 
para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à 
manutenção de vínculos com este (LEI DE ALIENAÇÃO PARENTAL/ 
12.318/2010).
5- Ações de Família 6
Síndrome da Alienação Parental: danos na formação psicológica; repúdio; ou até mesmo 
rompimento definitivo. Deve-se adotar medidas para coibir, devendo o juiz utilizar-se de perícia 
psicológica ou biopsicossocial (arts. 5º e 6º).
Audiência de coleta de depoimento de menor: deve haver a presença de especialista (art. 699).
Dificuldade em ter auxílio de especialista: dificulta ou até mesmo inviabiliza a audiência, 
podendo até mesmo trazer nulidade dos atos já praticados (art. 694; supra nº 199). 
FLUXOGRAMA- PROCEDIMENTO DAS AÇÕES DE 
FAMÍLIA.
GUARDA COMPARTILHADA NA PANDEMIA.
👪 Guarda Compartilhada na Pandemia do COVID-19
REFERÊNCIAS.
MARCATO, Antonio Carlos. Procedimentos Especiais. São Paulo: Grupo GEN, 2020. 
9788597026221. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597026221/>. Acesso em: 28 set. 2021.
https://www.notion.so/Guarda-Compartilhada-na-Pandemia-do-COVID-19-3f62e6eba4dd4a3088c34181a4440b65
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597026221/
5.1. Ações de Família- Análise do CPC. 1
5.1. Ações de Família- Análise do CPC.
CAPÍTULO X- DAS AÇÕES DE FAMÍLIA
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de 
divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e 
filiação.
Contencioso: necessita de uma solução judicial.
Rol: não é taxativo.
Reconhecimento da necessidade de um tratamento mais humanizado nessas ações.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou 
de adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, 
aplicando-se, no que couber, as disposições deste Capítulo.
Leis específicas: Lei nº 5.478/1968 (Lei de Alimentos) e Lei nº 8.069/1990 (ECA).
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução 
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de 
outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação. Parágrafo único. A 
requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto 
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento 
multidisciplinar.
Técnica da constelação familiar: alguns estados já adotaram. Terapia + Psicologia + Etc.
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências 
referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à 
audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
Se admitida a inicial (arts. 319 a 321), o juiz deverá conceder (caso tenha sido solicitada) uma tutela 
provisória para o autor.
A audiência é obrigatória.
§1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá 
estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de 
examinar seu conteúdo a qualquer tempo.
5.1. Ações de Família- Análise do CPC. 2
Crítica: como chegar a uma audiência de conciliação sem saber do que se trata?
§2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data 
designada para a audiência. §3º A citação será feita na pessoa do réu. §4º Na 
audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de 
defensores públicos.
Citação: até 15 dias (§2º), na pessoa do réu (§3º), trazendo dados relacionados à audiência, sem a 
apresentação ao réu, de imediato, da cópia da inicial (mas terá acesso).
Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões 
quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de 
providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.
Não incide o artigo 334, §2º do CPC/15. Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à 
mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que 
necessárias à composição das partes.
Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do 
procedimento comum, observado o art. 335.
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando 
houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de 
acordo.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da 
ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: I - 
interesse público ou social; II - interesse de incapaz; III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou 
urbana. Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção 
do Ministério Público.
Parágrafo único. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas ações de 
família em que figure como parte vítima de violência doméstica e familiar, nos 
termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).           
  (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
Depoimento sem dano – Recomendação n. 33/2010 do CNJ
STJ – PROCESSO CIVIL. PROVA. PERÍCIA. 1) INTIMAÇÃO DE ASSISTENTES TÉCNICOS. 
NECESSIDADE – 2) FILMAGEM DE ENTREVISTA. REQUERIMENTO DA PARTE INDEFERIDO. 3) 
DISTINÇÃO DO CHAMADO DEPOIMENTO SEM DANO. 1. De acordo com precedentesdesta Corte, na 
perícia psicológica os assistentes técnicos devem ser previamente intimados para entrevista do perito judicial 
com o menor. 2. Não tem a parte direito de exigir a filmagem ou a gravação da entrevista pericial com o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm#art2
5.1. Ações de Família- Análise do CPC. 3
menor, assinalando-se que já dispõe, a parte, da presença do seu assistente técnico no ato. 3. A pretendida 
filmagem ou gravação de entrevista pericial com o menor não se confunde com o chamado “depoimento sem 
dano”, objeto da Recomendação CNJ n. 33, de 23.11.2010, ato judicial, reservado à opção do Juízo, ante a 
necessidade, ao seu prudente arbítrio e sem imposição das partes, para efeito de formação de convicção 
necessária ao julgamento. 4. Recurso Especial provido em parte, apenas para determinar a intimação dos 
assistentes técnicos, mantido o indeferimento de filmagem ou gravação da entrevista pericial com os menores. 
(REsp 1324075/PR, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2012, DJe 
03/10/2012)
Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a 
alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar 
acompanhado por especialista.
Ver a Lei 12.318/2010- Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho 
de 1990.
Alienação parental: incluído no novo CPC.

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