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PEDRO SANTOS – ANATOMIA III INTRODUÇÃO AS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÕES Junção entre dois ou mais ossos (ou partes rígidas do esqueleto). Apresentam nenhuma, pouca ou grande movimentação. Classificadas quanto à composição e quanto à mobilidade. CLASSIFICAÇÃO POR COMPOSIÇÃO: ARTICULAÇÃO SINOVIAL Ossos unidos por uma cápsula articular. A cápsula articular compreende: Membrana fibrosa externa: se funde ao periósteo Membrana sinovial interna Formam uma cavidade articular (potencial) onde contém líquido sinovial. Essa cápsula é reforçada por ligamentos, tendões e músculo esquelético. Esses ligamentos podem ser acessórios (extrínsecos) ou são espessamento da parte da cápsula articular (intrínsecos). Além disso, periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se com a camada fibrosa da cápsula articular. Reforçada por ligamentos; podem conter meniscos. ARTICULAÇÃO FIBROSA Ossos unidos por tecido fibroso. Mobilidade depende do tamanho das fibras. Ex: Suturas do crânio – ossos encaixados. Sindesmoses: ossos unidos por membrana ou ligamento fibrosos. Ex: Articulação dento-alveolar (gonfose): movimentação microscópica. Membrana interóssea. ARTICULAÇÃO CARTILAGÍNEA Estruturas unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Primária (sincondrose): ossos unidos por cartilagem hialina. Temporárias – posterior sinostose Lâminas epifisais, esterno. Secundárias (sínfise): ossos unidos por fibrocartilagem (ligeira mobilidade). Ex: Discos intervertebrais, sínfise púbica. PEDRO SANTOS – ANATOMIA III TIPOS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL Os seis tipos de cartilagens sinoviais são classificados de acordo com o formato da face articular e pelo tipo de movimento que permite. Articulação Plana: superfícies planas, movimentos limitados. Ex: Acromioclavicular. Articulação Gínglimo: apenas flexão e extensão – uniaxial. Ex: cotovelo. Articulação Selar: Tem esse nome porque as faces articulares dos ossos têm formato de sela, ou seja, uma concava e uma convexa. Flexão, extensão, abdução, adução (biaxial). Faces em forma de sela. Ex: articulação do carpo – 1º metacarpo. Articulação Elipsóidea: flexão, extensão, abdução, adução (biaxial). Porém, um eixo mais limitado que o outro. Ex: Metacarpo-falangeanas. Articulação Esferóidea: movimentos em vários eixos e planos, multiaxial. Uma superfície esférica sobre uma cavidade. Ex: quadril, ombros. Articulação Trocóidea: movimentação em torno de um eixo central (uniaxial). Ex: Atlantoaxial. FIBROSAS Suturas Sindesmose TIPOS DE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEA Síncondrose Sínfise Articulações Sinoviais - PEDRO SANTOS – ANATOMIA III ARTICULAÇÕES DOS MMII ARTICULAÇÕES DA CINTURA PÉLVICA Lombossacral Sacrococcígea Sacroilíaca Sínfise Púbica SACROILÍACAS Articulações compostas: Face sinovial anterior (auricular): permite leve deslizamento e amortecimento de impactos. Sindesmose posterior (tuberosidade): garante firmeza estabilidade da articulação. LIGAMENTOS SACROILÍACOS: Anteriores: delgado, fazem parte da cápsula fibrosa. Interósseos: porção mais firme, maior transmissão do peso. Posteriores: continuação posterior das fibras. São contínuos com: Ligamento sacrotuberal Ligamento sacroespinhal SÍNFISE PÚBICA Articulação cartilagínea secundária (sínfise). Sustentada por ligamentos púbicos superior e inferior. Inserções dos tendões dos músculos retos do abdome e dos oblíquos externos ajudam na estabilização. LOMBOSSACRAL E SACROCOCCÍGEA Articulações cartilagíneas secundárias do esqueleto axial que também estão associadas com o esqueleto apendicular. Lombossacral: L5 com S1. Estabilizada pela disposição das vértebras e pelos ligamentos iliolombares. Sacrococcígea: Estabilizadas por ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior. PEDRO SANTOS – ANATOMIA III ARTICULAÇÃO DO QUADRIL Sinovial, esferóidea e multiaxial. Estável e com grande amplitude de movimentos Segunda mais móvel do corpo. Flexão, extensão, abdução, adução, circundução e rotação. Faces articulares: Cabeça do fêmur: esfera, coberta por cartilagem articular. Acetábulo: cavidade – face semilunar, coberta por cartilagem articular, e fossa, coberta por membrana sinovial. Lábio do acetábulo (ganho de 10% na cavidade) Ligamento transverso do acetábulo: cobre a fossa do acetábulo. Cápsula: membrana fibrosa externa frouxa e membrana sinovial interna. Proximal: fixada circunferencialmente adjacente ao lábio do acetábulo e ligamento transverso. Distal: fixada anteriormente na linha intertrocantérica e raiz do trocânter maior. Posteriormente: cruza o colo, mas não se fixa a ele. Estabilizada por: Ligamentos intrínsecos (ileofemoral, isquiofemoral, pubofemoral) Músculos rotadores medial e lateral Zona orbicular: seguimento circular das fibras da cápsula articular. Ligamentos: Íliofemoral: Espinha Ilíaca Ântero-inferior para o fêmur. Impede hiperextensão. Considerado ligamento mais forte do corpo. Pubofemoral: entre o púbis e o fêmur. Impede abdução excessiva. Ísquiofemoral: posterior, mais fraco. Ligamento da cabeça do fêmur: pouca importância para fortalecimento. JOELHO Sinovial do tipo gínglimo. Porém, associada a pequenos movimentos de deslizamento, rolamentos e rotação. Maior e mais superficial articulação do corpo. Três faces articulares: Duas femorotibiais (entre os côndilos mediais e laterais de cada osso). Uma femoropatelar. Faces articulares incongruentes -> articulação mecanicamente fraca. Estabilizada por músculos, tendões e ligamentos. Fíbula não participa da articulação do joelho. Cápsula articular: membrana fibrosa externa e membrana sinovial interna. Superiormente: fixada ao fêmur, envolvendo os côndilos e fossa intercondilar. Inferiormente: fixada na borda do platô tibial. Obs: abertura posterior ao côndilo lateral da tíbia para passagem do músculo poplíteo. Anterior: ‘’ substituída’’ pelo tendão do quadríceps femoral, patela e ligamento da patela. ‘’ Divisão’’ medial pela prega sinovial infrapatelar. PEDRO SANTOS – ANATOMIA III Ligamentos externos: Ligamento da patela: parte distal do tendão do quadríceps femoral, forma a parte anterior da articulação do joelho. Do ápice da patela até a tuberosidade da tíbia. Ligamento colateral fibular: lateral, extracapsular, forte, semelhante a um cordão, do epicôndilo lateral até a face lateral da cabeça da fíbula. Separado do menisco lateral pelo músculo poplíteo. Ligamento colateral tibial: faixa plana, medial, menos forte, do epicôndilo medial do fêmur até o côndilo medial da tíbia. Fixado no menisco medial. Ligamento Poplíteo Oblíquo: Ligamento Poplíteo Arqueado: Estabilizado póstero-lateral do joelho. Ligamentos intra-articulares: Ligamento cruzado anterior: mais fraco, da área intercondilar anterior da tíbia para a parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur. Ligamento cruzado posterior: mais forte, da área intercondilar posterior da tíbia para a parte anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur. PEDRO SANTOS – ANATOMIA III Sinal da gaveta anterior: lesão do LCA. Sinal da gaveta posterior: lesão do LCP. Ligamentos intra-articulares: Meniscos: lâminas fibrocartilagíneas em forma de meia lua que aprofundam, adaptam e absorvem o choque. Fixados na periferia, não fixados nas faces articulares. Menisco medial: maior, em forma de C, mais espesso posteriormente. Aderido firmemente ao LCT. Menisco lateral: menor, quase circular, mais móvel que o medial. Aderido menos firmemente ao tendão do músculo poplíteo. Movimentos: gínglimo: flexão e extensão. Discretarotação e deslizamento em algumas posições. Travamento do joelho na extensão completa. Meniscos: se movem sobre o platô tibial quando os pontos de contato entre o fêmur e tíbia se modificam. Bolsas peri-articulares: pelo menos 12. ARTICULAÇÕES TIBIOFIBULARES Tíbia e fíbula estão unidas por: Articulação tíbiofibular (superior) Sindesmose tibiofibular (inferior) Membrana interóssea Articulação tíbiofibular (superior) Sinovial, plana. Cabeça da fíbula com face articular fibular da tíbia. Cápsula articular tensa fixada nas margens das faces articulares. Ligamentos anteriores e posteriores da cabeça da fíbula. Discreta movimentação durante a dorsiflexão do pé. Recesso poplíteo – comunicação em 20% dos casos. Sindesmose tibiofibular (inferior) Membrana interóssea: fibras descendentes da tíbia para a fíbula. Ligamento tibiofibular interósseo: distal, forte, contínuo com a membrana interóssea. Auxiliado pelos ligamentos tibiofibulares anterior e posterior (+ligamento transverso inferior) Pequeno movimento para permitir ajuste do tálus na dorsiflexão do pé. ARTICULAÇÃO TALOCRURAL Sinovial, gínglimo. PEDRO SANTOS – ANATOMIA III Tróclea do tálus + encaixe maleolar (extremidades distais da tíbia, fíbula e ligamento transversal inferior). Cápsula articular: fina nas partes anterior e posterior, mas com fortes ligamentos colaterais. Ligamentos: Ligamento colateral lateral: formado por três ligamentos separados: Talofibular anterior Talofibular posterior Calcaneofibular Ligamento colateral medial (deltoideo): Proximal: maléolo medial (tíbia). Distal: tálus, calcâneo e navicular, por 4 partes: Tibionavicular Tibiocalcânea Tibiotalar anterior Tibiotalar posterior Movimentos (gínglimo): Flexão dorsal: Realizada pelos músculos anteriores da perna. Limitada pela tensão nos ligamentos colaterais. Flexão plantar: Realizada pelos músculos posteriores da perna Leve instabilidade na posição de flexão plantar permite pequenos graus de abdução, adução, inversão e eversão. Articulação talocalcânea (subtalar): Anatômica: articulação sinovial somente entre o tálus e o calcâneo. Cápsula articular fraca, sustentada por ligamentos talocalcâneos medial, lateral, posterior e interósseo (bastante forte). Cirúrgica: anatômica + parte talocalcânea da articulação talocalcaneonavicular. Articulação transversa do tarso: composta, formada por: PEDRO SANTOS – ANATOMIA III Parte talonavicular da articulação talocalcaneonavicular + articulação calcaneocubóidea. Demais articulações intertarsais, tarsometatarsais e intermetatarsais: Pequenas, unidas firmemente por ligamentos, apenas pequenos movimentos. Importantes na função dos arcos do pé. Metatarsofalângicas e interfalângicas: importantes na flexão e extensão do pé. Potencializam a inversão e a eversão. Arcos do pé: permitem melhor absorção de impactos e também efeito trampolim. Arco longitudinal medial (mais encurvado, não toca o solo) Arco longitudinal lateral (mais plano, toca o solo) Arco transverso (de um lado para outro).
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