Lagoftalmo

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lagoftalmo
Introdução
Condição em que há fechamento palpebral incompleto, podendo resultar em lubrificação ocular insuficiente, com exposição e ressecamento da córnea e conjuntiva.
Formas clínicas e causas
Lagoftalmo congênito. Disgenesia do músculo levantador da pálpebra superior, malformação palpebral, glaucoma congênito (buftalmia), ceratoglobo.
Lagoftalmo cicatricial. Cicatrizes palpebrais com comprometimento funcional palpebral (traumas mecânicos, queimaduras, sequelas de inflamação, pós-cirurgia plástica, esclerodermia).
Lagoftalmo paralítico. Paralisia do nervo facial (Figura 101.1), hanseníase, miastenia.
Lagoftalmo involucional ou senil. Ectrópio senil
Manifestações clínicas
•Fotofobia
•Dor
•Sensação de corpo estranho
Figura 101.1 Lagoftalmo por paralisia facial.
•Lacrimejamento reflexo
•Diminuição da acuidade visual leve
•Hiperemia conjuntival
•Ceratite (ver Capítulo 88, Ceratite)
•Leucoma (opacidade) corneano (em casos avançados).
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos
•Exames complementares de acordo com as manifestações clínicas.
Tratamento
•Tratamento da causa de base
•Lentes de contato terapêuticas (atuam como “curativo”, protegendo a córnea em casos de despitelização).
 Tratamento medicamentoso
•Pomadas e colírios lubrificantes.
 Tratamento cirúrgico
•Tarsorrafia provisória ou definitiva (em casos avançados).
Atenção 
•Em caso de lagoftalmo adquirido, deve-se estar atento às condições associadas, como hanseníase e lesões no SNC
•O acompanhamento oftalmológico é indispensável.
Evolução e prognóstico
•Dependem do diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar ceratites de exposição, ceratites infecciosas (úlcera de córnea), perfurações oculares, endoftalmites, leucomas e ceratinização conjuntival.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.