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Luísa Bombassaro – Medicina UFR PERICARDITE CONSTRITIVA DEFINIÇÃO ✓ Excesso do fluido que fica entre o pericárdio e o coração. ETIOLOGIAS FISIOPATOLOGIA ✓ Aumento da permeabilidade da membrana – inflamação ✓ Derrame de sangue diretamente no pericárdio – trauma e dissecção de aorta ✓ Obstrução da drenagem ✓ Hiperprodução – síndromes neoplásicas CLÍNICA ✓ Geralmente assintomático OU cansaço e dispneia aos esforços com abafamento de bulhas no exame. DIAGNÓSTICO ✓ Suspeitar sempre que: o Pericardite o Cardiomegalia inexplicada sem congestão pulmonar o Febre de origem indeterminada o Derrame pleural esquerdo isolado o Febre ou deterioração clínica em paciente que possa ter envolvimento do pericárdio em seu quadro. EXAMES COMPLEMENTARES ✓ ECG: o QRS de baixa voltagem, o taquicardia sinusal o alternância elétrica (muda o eixo de QRS a cada batimento) ✓ RX de tórax: o Derrame de 200 a 300 ml não costumam alterar. o Derrames volumosos: aumentar a silhueta cardíaca. ✓ Ecocardiograma: o Sensível e específico; o Informações hemodinâmicas – se o derrame está restringindo o enchimento ventricular; o Quantifica o derrame: leve se 50 a 100ml; moderado se 100 a 500 ml; importante se > 500 ml. Luísa Bombassaro – Medicina UFR ✓ Exames laboratoriais: o Hemograma completo; o Bioquímica e eletrólitos; o Hormônios tireoidianos; o Marcadores inflamatórios e de doença autoimune; ✓ TC o Espessamento do pericárdio - > 2mm; o Mostra se é localizado o Mostra se é sugestivo de constrição pericárdica na presença de calcificação o Baixa densidade – transudação o Alta densidade – neoplasia, exsudato ou hemorragia ✓ RM: o Avaliar espessura do pericárdio, presença e quantificação do derrame. TRATAMENTO: Drenagem – percutânea ou cirúrgica; ✓ INDICAÇÕES: se > ou = 20mm durante a diástole; colapso de câmaras cardíacas; instabilidade hemodinâmica; diagnóstico etiológico. ✓ Em derrames pericárdicos bacterianos, traumáticos, loculados ou de localização posterior, a pericardiocentese percutânea é tecnicamente mais difícil, sendo mais adequada a abordagem cirúrgica. ✓ Avaliação bioquímica do líquido: exsudato se proteínas > 3 g/dl, LDH > 200 mg/dl e LDHlíquido/LDHsoro > 0,6. Analisar a celularidade, glicose, adenosina deaminase, marcadores tumorais, cultura para fungos e bactérias, PCR para vírus cardiotópicos e bacilo da tuberculose TAMPONAMENTO CARDÍACO DEFINIÇÃO ✓ Restrição ao enchimento das câmaras cardíacas causado pelo acúmulo de líquido e aumento da pressão no espaço intrapericárdico. ✓ Aumento da pressão intrapericárdica determina redução da pressão miocárdica intramural e da complacência das câmaras cardíacas = redução do enchimento diastólico e queda do débito cardíaco e da PA. CLÍNICA ✓ Hemorragia – choque cardiogênico e/ou PCR em AESP ou assistolia. ✓ Processos inflamatórios de baixa intensidade – compressão cardíaca + sinais e sintomas de pericardite + sintomas de IC (fadiga, edema e dispneia). ✓ Derrame pericárdico com baixa pressão EXAME FÍSICO ✓ Tríade de Beck: hipotensão + abafamento de bulhas + turgência jugular ✓ Taquipneia com ausculta pulmonar indolente; ✓ Taquicardia; ✓ Pulso paradoxal; ✓ Sinal de Kussmaul – estase venosa jugular durante a inspiração profunda. EXAMES COMPLEMENTARES ✓ ECG: o Taquicardia sinusal o QRS de baixa voltagem com amplitude máxima de 5mm frontal e 10mm horizontal. Luísa Bombassaro – Medicina UFR o Alternância elétrica – alteração da amplitude do QRS a cada batimento. ✓ RX de tórax: o Aumento da área cardíaca se derrame > 200 ml. o Aumento da área cardíaca com morfologia globosa – secundário a hipotireoidismo ✓ Ecocardiograma: ✓ TC e RM: o Podem ser úteis para detectar: derrames loculados, espessamento e calcificação pericárdica, colapso de câmaras cardíacas e dilatação da veia cava inferior. TC – derrame que leva ao tamponamento ✓ Cateterismo cardíaco direito: o Não é rotina o Útil quando o cateter de artéria pulmonar foi utilizado por outros motivos. o Padrão clássico: pulso paradoxal, queda do débito cardíaco, perda do descendente Y e equalização das pressões de enchimento nas 4 câmaras cardíacas. TRATAMENTO ✓ Medidas gerais: o repouso no leito + MOV; o SF a 0,9% IV; o evitar ventilação mecânica não invasiva (reduz pré-carga e pressões de enchimento = colapso das cavidades); o não usar diuréticos (reduz pré- carga e pressões de enchimento = colapso das cavidades) ✓ Pericardiocentese
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