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@samanthastudies_ ANAMNESE Baseada na queixa principal. PRINCIPAIS INDÍCIOS DE ENVOLVIMENTO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO: Cansaço Perda de performance Intolerância ao exercício Emagrecimento progressivo Tosse Edemas, veias jugulares e/ou mamarias dilatadas Fraqueza geral Decúbito Perda parcial de apetite ou anorexia Taquipneia, taquicardia Febre recidivante Mucosas cianóticas ou pálidas Morte súbita Deve se questionar o tipo de regime do animal, se possui as vacinas e vermífugos. Perguntar se é recidivante ou não. Histórico progresso Histórico atual: evolução do quadro + uso ou não de medicamentos Manejo: → Alimentação → Vacinas → Local em que o animal vive → Função a qual se destina EXAME FÍSICO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO INSPEÇÃO GERAL: Edema: submandibular, barbela, peito e membros Dilatação abdominal: ascite Grandes vasos Veia jugular: prova do garrote (ingurgitar- se apenas próximo a cabeça) Ex: estenose, insuficiência da tricúspide Obs: anasarca (insuficiência cardíaca grave). SINAL DE GODET: Palpar o animal e avaliar se ficou a digitar após a retirada do dedo. Se ficar a digital, significa que o animal testou positivo. AVALIAÇÃO DA JUGULAR: A jugular deve ser avaliada posicionando o dedo no meio e ela deve estar ergujitada na porção cranial. EXAME DOS VASOS SANGUÍNEOS Vasos ergujitados significa que o paciente tem problema no sistema circulatório. Os vasos episclerais devem ser avaliados. Ele deve estar rosa bem claro. @samanthastudies_ AVALIAÇÃO DA MUCOSA A mucosa do ruminante normocorada é rosa. Caso a mucosa oral seja preta, deve-se procurar outra mucosa. ASCITE Líquido na cavidade, seja abdominal ou torácica AVALIAÇÃO DE PULSO Amplitude e tensão. Fica mais fácil avaliar quando está com algum problema associada. AUSCULTAÇÃO: Local: esquerda, 3º ao 5º em bovino e 3º a 6º em pequenos ruminantes. Posicionado no espaço intercostal, altura média entre o codilho e a linha horizontal da escápula. 1. Bulha: válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide), mais longo e alto 2. Bulha: válvulas sigmóides (pulmonar e aórtica) 3. Bulha: vibração do enchimento ventricular rápido 4. Bulha: vibração da sístole atrial OBSERVA-SE QUE: Frequência em bovino adulto: 60 a 80bpm e em bezerros: 70 a 110bpm. Alterações: Taquicardia bradicardia VÁLVULAS CARDÍACAS @samanthastudies_ AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE: (FORTE E UNIFORME) Hiperfonese: adelgaçamento das paredes costais ou aumento das atividades cardíacas (hipertrofia e anemia) Hipofonese: diminuição da energia contrátil no miocárdio. (miocardite ou hipercárdio). AVALIAÇÃO DO RITMO CARDÍACO: (REGULAR) Alterações: arritmia, deve ser avaliada no eletrocardiograma. Avaliação completa: desordem completa (insuficiência cardíaca) Galope: sérias perturbações do miocárdio RUÍDOS: Devem ser nítidos do começo ao fim. ALTERAÇÕES: Sopros (1ª ou 2ª bulha): Lesões valvulares (sopros orgânicos): inflamação ou lesão cicatricial (estenose) Insuficiência funcional do musculo cardíacos (sopros funcionais) Acidentais ou anêmicos: não estão associados a lesões funcionais ou anatômicas (velocidade da passagem do sangue) MÉTODOS AUXILIARES DE DIAGNOSTICO: Avaliar após esforço e antes Pressão arterial Ultrassonografia com doppler Eletrocardiograma Radiografia Pericardiocentese DEFEITOS CONGÊNITOS: Defeito septal ventricular Defeito septal auricular Ectopia cardíaca (incompatibilidade) Persistência do arco aórtico (cirúrgico) Todos não têm solução devido a função do animal DEFEITO SEPTAL VENTRICULAR: Mais comum em terneiros das raças Holandês e Guernsey Ausência da cauda e microftalmia ECTOPIA CARDÍACA: Coração nasce fora do seu local anatômico. ENDOCARDITE: Processo inflamatório na região circulatória. É um processo inflamatório infeccioso que se torna crônica e generalizado. Normalmente existe uma proliferação bacteriana. PODE SER CAUSADA POR: Actinomyces Strepto Staphylococcus DESCOMPENSAÇÃO DURANTE A AUSCULTAS DAS ESTRUTURAS: Tricúspide Mitral Demais válvulas Endocárdio @samanthastudies_ SINAIS CLÍNICOS: Diminuição do apetite e produção Febre intermitente Taquicardia Sopro Sinais de IC Edema gerando tosse PATOLOGIA CLÍNICA: Neutrofilia Leucocitose Hiperfibrinogenemia OBS: pode estar associada a outras, podendo ser primaria ou associada a doenças do sistema circulatório. DIAGNOSTICO: Diferencial: ISC Sopro Repetição bulhas Taquicardia Demais sinais clínicos Ultrassonografia Eletrocardiograma LESÕES DE ENDOCARDITE NA VÁLVULA TRICÚSPIDE: OBS: é comum excesso de gordura no exterior do coração do animal na necropsia: TRATAMENTO: Penicilina: 22.000-33.000 UI/kg BID por 3 semanas no mínimo Em ovinos: 20.000-45.000 UI/kg SID, IM Furosemida por causa do edema 0,5 mg/kg SID ou BID Prognostico reservado Ampicilina: 10-20 mg/kg BID Anticoagulante parenteral: 12-24g BID Rifamicina: 5mg/kg VO, BID Tratamento é demorado já que o problema se torna generalizado MIOCARDIOPATIAS: TOXINAS: Ionóforos Plantas toxicas Gossipol Não existe tratamento especifico Remoção da toxina do ambiente Catárticos (sulfatos de magnésia 1-2g/kg VO Protetor de mucosa (caulim = pectina 15- 30 ml/45 kg VO) Carvão ativado 1-5g/kg 3-4 vezes ao dia PODE TER MICROORGANISMOS ASSOCIADOS: Cysticercus bovis Sarcocistis sp. DIAGNOSTICO: Sorologia Parasitológico PREVENÇÃO: Manejo do animal Manejo sanitário Manejo alimentar MIODEGENERAÇÃO NUTRICIONAL: Doença do musculo branco. É causada por deficiência de vitamina E e selênio. Nessa afecção, o animal definha até a morte. @samanthastudies_ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) ETIOLOGIA: Doença valvular: congênita: estenose ou insuficiência. Doença miocárdica: miocardite, degeneração. Congênita ou hereditária: substancias químicas. Doença pericárdica Hipertensão (pulmonar, a sistêmica e mais rara) Defeitos congênitos que resultam e desvios (vasculares ou septais) Quando é aguda é mais fácil de tratar do que quando é crônica e secundária CONSEQUÊNCIAS NA FUNÇÃO CARDÍACA Disfunção contrátil (insuficiência sistólica) Enchimento inadequado (insuficiência diastólica) Fluxo obstruído (estenose de válvulas) Fluxo regurgitante (insuficiência de válvulas) PODE SER ICC DE DIRETA OU DE ESQUERDA: ICC DIRETA: Sinais clínicos da grande circulação Congestão venosa da grande circulação Congestão dos grandes vasos Aumento da filtração vascular Edema subcutâneo nas cavidades Disfunção renal Fluxo sanguíneo diminuído Diminuição do debito urinário Lesão de glomérulos Aumento da permeabilidade Aumento da proteína plasmática na urina Congestão hepática Digestão de absorção deficiente ICC ESQUERDA: Sinais clínicos da pequena circulação Aumento da pressão venosa pulmonar Aumento da FR Aumento da profundidade da respiração Intolerância ao exercício Congestão capilar brônquica e edema Respiração mais profunda Baixa na eficiência ventilatória Edema torácico ou abdominal Pressão hidrostática excepcionalmente alta Edema pulmonar clínico Prejuízo nas trocas gasosas SINAIS CLÍNICOS: Começo da ICC: Desconforto respiratório em exercício suave Cabeça posicionada para frente, facilitando a respiração Demora para respiração e pulso voltarem ao normal FC em repouso levemente aumentada Baixa da condição corporal SINAIS CLÍNICOS DA ICC DIREITA Aumento da FC e FR Veias superficiais ingurgitadas Veia jugular: ingurgitada e apresentando pulsação Hidrotórax Hidropericárdio @samanthastudies_ Ascite Edema no peito, parede abdominal ventral, prepúcio, úbere e membros Diminuição da urinaPerda de apetite Apatia Depressa O aumento de liquido vai pressionando os órgãos causando desconforto no paciente. SINAIS CLÍNICOS DA ICC ESQUERDA: Aumento da FC e FR durante repouso Tosse seca Crepitações úmidas na base dos pulmões Aumento do som maciço a percussão das bordas ventrais dos pulmões Dispneia intensa Cianose PATOLOGIA CLÍNICA: Aspiração de liquido em cavidades: transudato edematoso, podendo ter aumento proteico. Urina: concentrada com proteinúria. TRATAMENTO: Melhorar a contratilidade: Glicosídeos digitálicos Digoxina: dose de ataque 2,2mg/100kg 0,3mg/100kg 4h sendo inviável Diuréticos: furosemida 0,5mg/kg (usado) A terapia dura 4 dias Acontece mais em animais de leite PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS DURANTE A ICC: Dieta hipossódica Diuréticos Dilatadores venosos e arteriais Digitálicos – inotrópicos positivos (não) Descanso Antiarrítmicos caso se faça necessário RETÍCULO PERICARDITE TRAUMÁTICA Corpo estranho no retículo que pode atingir o pericárdio. O corpo estranho não fica no rúmen devido a motilidade e as válvulas ruminais, então a gravidade leva até o retículo. É importante lembrar que o retículo está em contato com o pericárdio e a pleura, então pode causar uma perfuração na pleura, peritônio e pericárdio. Pode ser considerada aguda ou crônica. PATOGENIA Quando tem reticuloperitonite tem um processo inflamatório no peritônio que leva a uma atonia ruminal por causa do extravasamento de liquido -> aumento de desconforto -> animal para de caminhar por dor. Quando estiver na pleura, os sinais clínicos serão mais relacionados a sistema respiratório, podendo ser uma pleurisia ou uma pneumonia associada, já que o corpo estranho contamina essas regiões. Quando atinge o pericárdio, o corpo estranho atravessa o reticulo e lesiona o pericárdio. Pode causar uma toxemia e insuficiência cardíaca congestiva devido a contaminação. O liquido do pericárdio lubrifica o coração para ajudar na contração. Pode ocorrer o extravasamento desse liquido, contaminação do liquido, que pode aumentar. Isso leva a dificuldade de contração. A dificuldade de contração faz com que acontece uma hipertrofia para que seja possível a contração. Se torna crônico quando o peritônio se torna fibrosado devido a encapsulação. Quando isso ocorre o animal volta a ativa e morte devido a uma infecção secundaria. SINAIS CLÍNICOS: Peritonite aguda local: Baixa produção Baixa movimentação e alimentação Arqueamento do dorso Febre FC e FR aumentado MR Prova de dor: colocar o animal para subir uma rampa e observar se dói. Peritonite crônica local: @samanthastudies_ Dor pouco aparente Marcha dificultosa Liquido peritoneal aumentado Peritonite aguda difusa: Toxemia FC EXAME CLINICO: Auscultação: geralmente com taquicardia devido a presença de liquido no pericárdio. Ruído de líquido: pericardite traumática. Quando vivo, durante a auscultação é possível ouvir um ruído surdo. INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA PERIFÉRICA : Redução do volume sanguíneo circulante, a circulação se foca os órgãos vitais, fazendo com que a periferia do animal fique com insuficiência circulatória. POSSÍVEIS CAUSAS: Hemorragia (mais comum) Perda de líquidos Sequestro de líquidos Influencias toxicas/sépticas nos vasos sanguíneos HEMORRAGIA ETIOLOGIA: Ruptura espontânea ou traumática de grandes vasos Feridas cirúrgicas + distúrbios na coagulação Defeitos da coagulação ALGUMAS CAUSAS DA HEMORRAGIA PRIM ÁRIA INDIRETA: Ruptura da artéria uterina média Ruptura de baço PATOGÊNESE: Perda do volume sanguíneo, consequentemente diminuição da proteína plasmática e de hemácias. HEMORRAGIA AGUDA: → Insuficiência circulatória periférica → Anemia → Anorexia Hemorragia menos grave: → Mecanismos compensatórios mantem o volume → Anemia → Diminuição da pressão osmótica SINAIS CLÍNICOS: → Palidez das mucosas → Fraqueza → Decúbito → Pulso rápido → Extremidades frias → Hipotermia @samanthastudies_ → Respiração profunda → Coma PATOLOGIA CLÍNICA: → Hematócrito baixo → Hemoglobina baixa → Proteína total alta → Abdominocentese → Toracocentese → Hemorragia interna → Ultrassom: para achar o local → Avaliação de plaquetas e fatores de coagulação TRATAMENTO: → Determinação da causa e correção → Reposição do volume sanguíneo com transfusão sanguínea e hidroterapia → O melhor tipo de transfusão depende diretamente do caso, nas graves deve ser feita a total, nas mais simples deve ser feita apenas com papa de hemácias ou sangue parcial → Líquidos: solução saline hipertônica (somente depois de controlada a hemorragia) Tratamento com transfusão: → Hematócrito normal 30-39% e avaliação clinica → Menor que 12% -> transfusão → Hemorragia aguda, com 15% hematócrito → Reavaliar os paramentos vitais a cada 10 minutos Deve-se coletar o sangue em frascos que contenham citrato de sódio 3,85% (100mL de sangue). 10-15mL de sangue/peso corpóreo. Volume de sangue a ser transfundido: 2,2mL de sangue total/kg peso corpóreo aumentam o hematócrito em 1%. O objetivo é alcançar o volume globular de 25%. A velocidade é de 10-20mL/kg/h.
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