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Resumo de Enfermagem TAC 1

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Kit – T22
Resumo de Enfermagem - Tac 1
MATERIAIS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARENTERAIS
A agulha é constituída por um:
- Bisel
- Haste ou cânula
- Canhão ou base
Medidas das agulhas:
A distância do bisel ao fim da haste indica o comprimento da cânula em mm.
O comprimento da região do bisel indica o diâmetro externo da cânula em mm. 
Calibres das agulhas
Agulha com calibre mais grossos: Aspiração
Agulhas com calibre mais finos: Aplicação
Agulhas de intradérmica (ID)
Possuem calibres menores, são utilizadas para administração de medicamentos pelas vias intradérmica e subcutânea.
Tamanhos:
- 8 x 0,3
- 10 x 0,55
- 13 x 0,45
Agulha de intramuscular (IM)
Tamanho: 20 x 0,55
Aplicada em crianças ou pacientes com massa muscular menor
Volume máximo de medicamento que pode ser administrado na via IM: 5 ml
Localização das agulhas
Intramuscular: 90°
Subcutânea: 45° ou 90°
Intradérmica: 15°
Calibre das agulhas
Seringas
São graduadas em ml ou em unidades internacionais UI.
Quanto maior o volume de líquido presente na seringa menor sua pressão.
As seringas são formadas por:
- Base
- Êmbolo
- Flange
- Corpo ou tubo
- Rolha de retenção
- Bico
Bicos das seringas:
· Bico não luer-lok (utilizado para medicamentos injetáveis, acopla-se a agulha na ponta do bico, vai no soro)
· Bico luer-lok (utilizado para medicamentos injetáveis e só acopla a agulha na ponta do bico)
É possível coletar sangue em ambas as seringas.
Seringa com dispositivo de segurança e prevenção de reuso (utilizada para que o produto contido dentro da seringa seja dosado e não volte para dentro da seringa novamente) 
SCALP (utilizado na punção de veias para administração de soro, administração de medicamentos (ex: glicose) e na coleta de sangue de bebês)
Quanto menor o número do SCALP, maior será o calibre da agulha
 
Butterfly (tem a mesma utilização do scalpe, porém será utilizado apenas para soro. Usado em pacientes que ficam muito tempo internados, afim de evitar lesões pois contém um plástico bem molinho)
Cateter periférico flexível (Utilizado na punção venosa para administração de soro ou medicamentos)
Quanto maior o número do cateter menor o calibre
Torneira de 3 vias (Dânula) Quando a pessoa está tomando várias medicações e as mesmas já estão puncionadas, são fechadas umas torneiras pois as vezes medicações colocadas no mesmo tudo precipitam-se. E ai com o fechamento de uma das torneiras não é necessário puncioná-lo novamente e diferentes administrações podem ser feitas.
Utilizado em UTI, onde o paciente recebe vários medicamentos diferentes.
Equipo conector (é utilizado para que não precise furar o paciente enquanto ele toma soro (por exemplo) e precisa injetar outro medicamento (com horário, por exemplo) )
Equipo
Macrogotas: Geralmente utilizada para adultos (pode ser de fase lenta ou fase rápida)
Microgotas: Geralmente utilizado para bebês e crianças, porém alguns medicamentos podem ser administrados em adultos em microgotas) (Utilizada apenas para medicações que devem ser ofertadas em fase lenta)
Embalagens de medicamentos:
· Ampola (medicação ou água destilada)
· Frasco ou flaconete (água destilada ou soro)
· Frasco ampola (geralmente vem com um pó dentro, é necessário colocar água destilada ou soro, agitar muito bem e fazer a aspiração do medicamento. É uma embalagem usada para o armazenamento de vacinas)
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: VIA INTRADÉRMICA
A via intradérmica é a via de administração de medicamentos na derme.
Essa via apresenta uma absorção mais lenta do medicamento, devido a pequena circulação sanguínea local.
É utilizada para testes diagnósticos de sensibilidade.
Indicações:
- Teste tubeculínico ou reação de Mantoux ou teste de PPD (derivado proteíco purificado)
Via intradérmica dose de 0,1ml que contém 2 unidades de tuberculina.
Realizada no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo.
Se a leitura der não reator (o local fica normal) se der reator (fica vermelho-arroxeado)
- Testes alérgicos
- Teste de penicilina
- Vacina BCG (Bacilo Calmette- Guérin)
Os locais para administração são pouco pigmentados, livre de lesões e com poucos pelos.
Local ideal: Parte superior das costas e parte interna do antebraço, é possível a administração no centro da coxa.
Volume de administração: 0,06ml a 0,5ml
Angulação de introdução da agulha: 15° com o bisel para cima
Planejamento para administração:
- O procedimento deve ser realizado em unidades de saúde com suporte para o atendimento de urgência e emergência devido ao risco de reação de hipersensibilidade ou anafilática.
Resultados esperados: 
Imediatamente após a administração, aparecerá no local uma pápula de aspecto esbranquiçado poroso (tipo casca de laranja) com bordas nítidas e delimitadas que desapareça posteriormente.
Se não apresentar a pápula ou apresentar sangue, provavelmente a medicação foi aplicada no tecido subcutâneo.
Caso o paciente seja sensível à medicação injetada, poderá aparecer no local: rubor (vermelhidão), manchas hiperemiadas e prurido
Cuidados Importantes:
- Não é indicado realizar antissepsia com álcool a 70% para evitar possíveis reações alérgicas entre os antissépticos utilizados e o produto injetado, assim como o mascaramento da reação esperada nos testes de sensibilidade
- Pode ser feita a higienização do local com água e sabonete neutro (se necessário)
- Não se faz a aspiração após a introdução do medicamento, pois na derme, não há riscos de atingir vasos sanguíneos
- Não se deve massagear o local de aplicação, pois pode causar irritação do tecido subjacente e comprometer o efeito do teste
- Observar o paciente por alguns minutos após a aplicação quando o teste for de sensibilidade
Complicações: Prurido, dor, ulcerações, sangramento, reações alérgicas, lesão da derme, choque anafilático e infecção
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: VIA INTRAMUSCULAR
A terapêutica medicamentosa na via intramuscular consiste na aplicação de medicamentos entre as fibras musculares.
É uma via que apresenta absorção mais rápida que a via subcutânea.
Todas as injeções intramusculares devem ser realizadas com o bisel lateralizado (90°),
Utilizada para medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e anticoncepcionais
Músculos recomendados:
· M.Deltóide
É o local menos indicado devido à possibilidade de complicações vasculonervosas com paralisia muscular.
O centro do triângulo formado é localizado de 3 a 5cm abaixo do acrômio.
Tamanho das agulhas: 30x0,7 e 30x0,8 para adultos e 25x0,7 e 25x0,8 para pessoas com pouca massa muscular
Aplicação na região central do musculo deltoide num ângulo de 90°.
É um músculo utilizado somente para vacinas.
Volume indicado: de 1ml a no máximo 2ml
· Face anterolateral da coxa: Músculo vasto lateral
É um músculo grande e bem desenvolvido. Estende-se de um palmo acima do joelho até um palmo abaixo do trocanter do fêmur.
O terço médio do musculo entre as linhas medianas anterior e lateral são o local ideal para a aplicação.
Angulação da agulha: 90°
Angulação da agulha em pacientes emagrecidos:60° em sentido podálico (ao pé)
Volume de administração:3-4ml em adultos
 1ml em crianças 
 0,5ml em lactentes
· Região dorso-glútea: Músculo grande glúteo
Não é um músculo recomendado pois apresenta um risco de lesão do nervo ciático.
É contraindicado em crianças menores de 3 anos, devido ao pouco desenvolvimento muscular da região.
É necessário traçar uma linha imaginária entre a EIPS e o trocanter do fêmur. A aplicação é acima do ponto médio da linha.
Administra-se o medicamento no quadrante superior externo do glúteo máximo. 
Angulação da agulha: 90°
Volume máximo: 5ml 
· Região ventroglútea ou Hochestter: Músculo glúteo médio´
É o local mais seguro, é profundo e longe de nervos e vasos sanguíneos importantes
Volume indicado: 3-4ml em adultos
 1ml em crianças
 0,5ml em lactentes
Angulação da agulha: 90°
Em pacientes emagrecidos a angulação deve ser de 60° no sentido da cristailíaca
Localização:
1. Com o paciente em decúbito lateral ou dorsal, coloque a mão sobre o trocânter do fêmur com o punho perpendicular ao fêmur.
2. Aponte o polegar para a região inguinal do paciente e o dedo indicador sobre a espinha ilíaca anterossuperior e deslize o dedo médio para traz sobre a crista ilíaca em direção à nádega.
3. O dedo indicador, o dedo médio e a crista ilíaca formam um triângulo em forma de “V”.
4. A injeção deve ser no centro do triângulo.
Técnica em Z:
▪ Utilizar para todas as aplicações pela via intramuscular.
Objetivos:
· Minimizar a irritação local da pele.
· Vedar o medicamento no tecido muscular.
1. Antes de introduzir a agulha no tecido, puxe a pele e os tecidos subjacentes para a lateral ou para baixo deslocando-os de 2,5 a 3,5cm.
2. Após a aplicação do medicamento, a agulha deve permanecer inserida por 10 segundos para que o medicamento se disperse de maneira uniforme no músculo em vez de retornar no sentido da agulha.
Complicações: infecção, dor local, formação de hematomas, sobrecarga circulatória, extravasamentos, flebites e tromboflebites (inflamação de uma veia superficial, que gera a formação de um trombo (coágulo) e reações alérgicas
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: VIA SUBCUTÂNEA
Consiste na aplicação de medicamentos no tecido conjuntivo (abaixo da derme tecido subcutâneo)
Tem uma absorção lenta e gradativa.
São administrados nessa via: hormônios (ex: insulina); anticoagulantes (ex: heparina, clexane e liquemine); adrenalina; terbutalina (Brycanil) e vacinas (ex: sarampo, febre amarelha, anti-rábica); hormônio eritropoietina (ex: eprex e hemax) e octreotida (sandostatin)
Locais de administração: Devem ser locais livre de lesões, livres de proeminências osseas e livres de grandes nervos ou músculos subjacentes
Melhores locais para aplicação subcutânea são: face posterior externa e superior do braço; abdome (abaixo das margens intercostais e acima da crista ilíaca) com distanciamento de pelo menor 5cm da cicatriz umbilical; face anterior da coxa; áreas infraescapulares e áreas dorsais superiores dos glúteos.
Volume de administração: 0,5 a 1,5ml
Angulação da agulha com bisel lateralizado: 45° (agulha de 25 x 0,7mm)
 90° (agulha de 13 x 0,45mm)
Prega subcutânea para garantir a aplicação do medicamento no tecido subcutâneo. Depende do calibre da agulha.
Planejamento para Administração
▪ Para aplicações constantes, deve-se realizar rodízio entre os pontos de aplicação, com distanciamento de 2,5cm do local anterior.
▪ Na administração de anticoagulantes é contraindicada a aspiração prévia, depois da inserção da agulha (risco de formação de hematomas).
▪ Para pacientes menores de 1 ano de idade, a área dorsal superior dos glúteos pode ser arriscada devido à possibilidade de dano ao nervo ciático.
Complicações
- Lesões inflamatórias locais, por isso a necessidade do rodízio da aplicação, sendo um método profilático.
- Hipertrofia (aumento da pele)
- Lipodistrofia (atrofia do tecido)
- Infecções
- Dor local
- Formação de hematomas
- Sobrecarga circulatória
- Extravasamentos
- Flebites e tromboflebites
- Reações alérgicas
COLETA DE SANGUE
O sangue é um dos mais significativos tecidos do corpo que fornece informações sobre o estado de saúde do paciente.
Vias para coleta de sangue:
- Venosa
- Arterial
- Capilar ou percutânea (dedo da mão, pé ou calcanhar)
- Medula óssea
Critérios utilizados para seleção de uma veia:
- Visibilidade
- Calibre
- Trajeto
- Elasticidade
- Palpação
Os valores sanguíneos permanecem constantes independentemente do local.
Dispositivos utilizados para coleta de sangue venoso:
· Sistema a vácuo (vacutainer): A agulha é colocada no braço no paciente e os tubos vacutainer puxam esse sangue, devido a presença do vácuo.
É composto por um suporte de plástico, uma agulha de duas pontas e tubos vacutainer.
Os tubos são fechados com rolhas de borracha siliconizadas perfuráveis para aspirar o volume de sangue desejado.
Uma extremidade da agulha de dupla face é inserida num orifício na parte superior do suporte de plástico e aparafusado.
· Seringa e agulha: Usada a anos, aspira o sangue do sangue do paciente manualmente, não possui vácuo. O calibre da agulha varia de acordo com a veia.
· Dispositivo de infusão intravenosa (Scalpe ou butterfly): Indicadas para pessoas com difícil acesso venoso. As agulhas e os escalpes devem ter um dispositivo de segurança.
· Garrote
Curiosidade: Todos os tubos para coleta de sangue têm anticoagulantes, uma vez que o anticoagulante permitirá a conservação do sangue e o separará do plasma.
Os tubos sem anticoagulantes são chamados de tubos secos.
Tubos de coleta de amostras segundo a análise clínica:
Sequência de utilização pelas cores das tampas dos tubos de coleta de sangue
1) Frasco estéril
2) Tubo com citrato de sódio – azul
3) Tubos sem aditivos (vermelho)
4) Tubos com outros tipos de aditivos:
- Gel separador (amarelo)
- Heparina (verde)
- EDTA (roxo)
- Fluoreto (cinza)
Planejamento: 
- Informar o paciente sobre a natureza do exame
- Informar o horário de coleta
- Se possível coletar as amostras entre as 7-9h da manhã, pois a concentração plasmática de várias substâncias tende a flutuar no decorrer do dia
- Orientar o preparo (tempo de jejum)
- Orientar sobre os fatores que interferem no resultado dos exames
Fatores que podem influenciar:
➢JEJUM
➢DIETA
➢ATIVIDADES FÍSICAS
➢MEDICAMENTOS
➢FUMO
➢BEBIDA ALCOÓLICA
➢GESTAÇÃO
➢RELAÇOES SEXUAIS
➢HORÁRIO
➢ANSIEDADE
➢STRESS
Planejamento antes da coleta do sangue é necessário:
· Avaliar a natureza do exame solicitado
· Certificar-se de que o paciente está orientado
· Certificar-se a hora em que o sangue será coletado
· Proporcionar um ambiente adequado
· Confirmar o preparo do paciente (jejum, suspensão de medicamentos...)
· Identificar a habilidade do paciente de cooperar
· Priorizar a coleta de sangue em crianças e idosos devido o tempo de jejum
· Colocar o paciente em posição confortável 
· Solicitar colaboração durante a coleta
· Garantir a correta identificação dos tubos de coleta
· Conferir os dados do paciente e identificar os tubos na sua presença
· Usar EPIs (touca, mascara, óculos, luvas, avental de manga longa, sapato impermeável e calças compridas, além de protetor facial)
Planejamento durante a coleta de sangue
-Selecionar uma veia que é facilmente visível ou palpável
- Não selecionar no braço ao lado de mastectomia e fistula arteriovenosa (FAV)
- Não selecionar um local no braço onde o paciente foi submetido ou está com infusão intravenosa ou com cateter venoso salinizado
- Não selecionar um local com hematoma, edema ou contusão
- Não selecionar um local com sinais de punções anteriores
- Usar o garrote no máximo 2 minutos
- Não apertar intensamente o garrote, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido
- O pulso arterial deve permanecer palpável
- Homogeneizar os tubos gentilmente de 4 a 6 vezes.
- Agitar vigorosamente o tubo pode causar espuma ou hemólise
- Não homogeneizar ou homogeneizar insuficientemente o tubo de sorologia, pode resultar em demora na coagulação
- Tubos com anticoagulante, homogeneização inadequada pode resultar em agregação plaquetária e/ou microcoágulos.
Em caso de dificuldade em localizar uma veia:
- NUNCA aplicar “tapinhas ou bater” com dois dedos no local a ser puncionado, principalmente em idosos
- Se forem portadores de ateroma, poderá haver deslocamentos das placas acarretando consequências
- Também pode provocar hemólise capilar e alterar o resultado do exame.
Planejamento após a coleta de sangue
- Enviar as amostras identificadas e com pedido do exame para o laboratório imediatamente
- Desprezar todo material utilizado no recipiente de paredes rígidas
- Anotar o procedimento na folha de evolução
- Idosos ou pacientes em uso de anticoagulantes, após a retirada da agulha, manter pressão sobre o local de punção por cerca de 3 a 5 minutos ou até parar o sangramento
- Orientar para não carregar peso imediatamente após a coleta.
Normas de biossegurança:
- Proibidoreencapar agulha
- Usar protetor de agulha
- Descartá-las no destruidor de agulha ou no coletor de perfuro cortantes
Evitar erros:
- Não introduzir a agulha com bisel para baixo
- Não usar agulha pequena/fina para a veia (causa hemólise)
- Não puncionar acima da veia
- Não tracionar o êmbolo da seringa com muita força
- Não soltar o garrote depois de retirar agulha
- Não forçar a entrada de sangue no tubo de coleta
Complicações relacionadas às punções venosas: hematoma, dor, trombose, tromboflebite, lipotimia e doenças sistêmicas 
COLETA DE SANGUE ARTERIAL PARA GASOMETRIA
É a coleta de sangue através de uma artéria.
É a punção de uma artéria compressível com a finalidade de obter amostra de sangue arterial para análise.
Finalidades:
· Analisar gases arteriais e pH
· Auxiliar no diagnóstico
· Conduzir a terapêutica
· Avaliação respiratória e metabólica
· Informações rápidas sobre funcionamento dos rins e pulmões
· Avaliação inicial e evolução do paciente 
· Avaliação da ventilação pulmonar e oxigenação
Indicações:
· Pessoas com doença aguda com problemas pulmonares ou não pulmonares (ex: pneumonia ou infarto)
· Doença crônica respiratória (DPOC, tuberculose e asma brônquica)
· Pacientes que necessitem de vias aéreas artificiais
· Pacientes dependentes de ventilação mecânica
Gasometria arterial: Ajuda a investigar o equilíbrio ácido-base do organismo, a existência de acidose ou alcalose e seu grau (compensada ou descompensada)
Atenção: A técnica requer instruções detalhadas e práticas seguras. É um procedimento potencialmente perigoso.
Local de coleta:
· Artérias: radial, dorsal do pé, femoral e braquial (é um problema pois às vezes é puncionada uma veia) 
O sangue venoso é um vermelho escuro, já o sangue arterial é um vermelho mais claro.
Além disso, as veias não sangram, são mais fáceis de coagular.
1. Artéria radial (1° escolha)
· Minimização dos riscos associados à técnica: dor, lesão tecidual local e sangramento
· Ângulo da agulha para punção: 30 a 45°
0. Artéria dorsal do pé
· Angulação da agulha 15 a 30°
0. Artéria femoral
· Angulação da agulha 90°
0. Artéria braquial
· Angulação da agulha 45 a 60°
Requisitos prévios
· Identificação do paciente
· Informar o paciente e acompanhantes sobre o procedimento 
· Higienizar as mãos
· Realizar o teste de Allen (para punção da artéria radial)
É um método simples e confiável para se verificar a circulação colateral (perfusão) ao nível da artéria radial. 
Objetivo: Avaliar o fluxo arterial para a mão.
Avalia se a artéria ulnar é capaz de proporcionar uma boa perfusão da mão, no caso de comprometimento da artéria radial.
· O paciente deve ficar com as mãos estendidas
· Fazer a descompressão da artéria ulnar
· Em torno de 15 segundos deve-se restabelecer a circulação e a coloração da mão (indica oxigenação adequada)
Mão vermelha: Teste de allen positivo
Mão pálida: Teste de allen negativo
obs: Não se punciona artéria ulnar
É um teste feito apenas para artéria radial
Material
· Seringas de gasometria (1 ml, 2 ml ou 3 ml)
Cuidados fundamentais no procedimento de coleta de GA
· Colocar o paciente em decúbito dorsal, com a extremidade a ser puncionada estendida
· Localizar a artéria a ser puncionada por palpação
· Localizar as artérias com o dedo indicador
· Realizar antissepsia do local
· Após retirar a agulha, comprimir firmemente o local da punção por 5-10 minutos
· Pacientes com distúrbios de coagulação comprimir de 10-15 minutos
· Retirar a agulha de forma que não entre ar na seringa (se ocorrer desprezá-la)
· Vedar com o oclusor
· Providenciar o transporte da seringa identificada imediatamente (até 15 minutos) ao laboratório
· Identificar a amostra adequadamente
· Registrar o procedimento no prontuário
· Uso de medicamentos broncodilatadores e vasodilatadores
· Oxigenioterapia
· Frequência respiratória (FR)
· Fração inspiratória de oxigênio (FiO2)
· Parâmetros do ventilador mecânico
Complicações:
· Dor no local ou na região da punção
· Sangramento
· Hematoma (recente, dolorido, elevado e arrocheado → Até 24h)  e equimose (extravasamento do sangue dos vasos sanguíneos → depois de 24h)
· Lesão de nervo adjacente
· Espasmo arterial com isquemia distal
· Pseudoaneurisma (dilatação da artéria podendo romper)
Interpretração da GA
· É preciso analisar os valores de saturação (normal acima de 95% e problemático menor que 94%), pH (maior que 7,45 (alcalose) e menor que 7,35 (acidose)), PaO2 (80-100) e PaCO2 (35-45)
Fatores que afetam os resultados:
· Amostras coaguladas devem ser desprezadas
· Na realização de aspiração endotraqueal ou alterações de dispositivo de oxigenoterapia, a GA deverá ser coletada pelo menos após 10 minutos desses procedimentos
· Não expulsão do ar da seringa de gasometria arterial resultará em alterações nos resultados
· Falsa elevação da PaO2
· Falta diminuição da PaCo2
· Falso aumento do pH
· A não expulsão da heparina da seringa antes da coleta pode resultar em redução do pH, PaCO2 e PaO2
· Acondicionamento inadequado da amostra
· Elevação do número de leucócitos causando redução do pH (infecção)
· O período de tempo prolongado entre a coleta e a realização do exame pode reduzir o pH
TERAPIA ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA
É a administração de uma solução estéril diretamente na corrente sanguínea por meio da rede venosa.
Terapia endovenosa
Indicações:
-Fornecer uma via endovenosa para administração de soroterapia, medicações e hemoderivados
- Administrar grandes volumes de líquidos
- Administrar medicamentos de ação imediata
- Administrar medicamentos contraindicados pelas outras vias (ex: IM, SC, ID, VO), por serem irritantes, podendo causar necrose tecidual ou sofrerem a ação dos sucos digestivos.
Alterações do paciente:
- Inabilidade de ingestão de nutrientes e vitaminas;
- Desequilíbrio hidroeletrolítico
-Perda sanguínea
- Infecção
- Procedimentos cirúrgicos
- Grandes queimados, dentre outros
Via endovenosa ou intravenosa: Vantagens:
- Absorção rápida (direto na corrente sanguínea)
- Situação de emergência, necessidade de rapidez e medicação imediata
- Possibilidade de infusão de grandes volumes
Desvantagens:
- Medicamento administrado por engano exerce efeito imediato
- Não podem ser retiradas ou inativadas facilmente
- Alergia ao medicamento, a repercussão será imediata e fulminante
- Apresenta risco potencial de infecção (cada aplicação rompe as defesas da pele íntegra)
- Risco de tromboembolia, flebite e necrose tissular grave
Medicamentos administrados via EV devem ser: límpidos, transparentes, não oleosos, não contendo cristais visíveis, diluídos, com pH próximo do sangue
Punção venosa periférica: É a introdução de agulha ou cateter em veia periférica, com o objetivo de manutenção de uma via de infusão de soluções ou medicamentos.
Critérios para a seleção da veia periférica:
- Localização anatômica
- Calibre
- Trajeto retilíneo
- Visibilidade e acessibilidade
- Ausência de terminação nervosa
Principais veias periféricas para terapia endovenosa:
- Região cefálica (couro cabeludo RN)
Veias temporal superficial, auricular e jugular externa
- Veias do membro superior
Braço: veias cefálica e basílica
Antebraço: veias cefálica, basílica, intermédia do antebraço e intermédia do cotovelo
- Veias da mão: Basílica, cefálica, digital e metacarpianas dorsais
- Veias do membro inferior
Perna: veias safena magna e tibial anterior 
Pé: arcada venosa do dorso do pé
Obs: É a ultima opção devido o maior risco de trombose venosa
Material para punção de veia periférica
- Cateter venoso periférico
- Dispositivo de infusão intravenosa
Cateter agulhado, Scalpe ou butterfly
Indicação:
- Administração imediata de medicação (bolus)
- Não há necessidade de manter o acesso
-Coleta de sangue venoso
· Cateter agulhado: Uso de no máximo 24h, após esse período existem riscos de flebite. 
Veias de pequeno calibre números 25 e 27
Veias de médio calibre números 21 e 23
Veias de grande calibre número 19
· Cateter sobre agulha
É um dispositivo de plástico flexível com agulha metálica interna. A agulha é retirada após a punção eo cateter flexível fica na veia.
- Agulha (Utilizada para medicação em bolus (administração de uma medicação, com objetivo de aumentar rapidamente a sua concentração no sangue para um nível eficaz, administrada em tempo menor ou igual a 1 minuto).
Tamanhos: 25 x 0,7 e 30 x 0,7
Utilização intermitente de fluidos:
Há necessidade de manter o acesso por um período de curto tempo de acordo com protocolos da instituição
3 dias - protocolo
4 dias - literatura
7 dias - idosos com veias frágeis
Indicações:
· Garrote
· Torneira de 3 vias (dânula)
· Equipo conector (polifix)
· Curativo estéril
· Curativo transparente
· Micropore
· Terapia endovenosa (contraindicado o uso de esparadrapo)
· Punção com cateter n°18
Terapia endovenosa: Importante
1) Higienizar as mãos
2) Técnica asséptica
3) Trocar dispositivo endovenoso a cada 72 a 96 horas ou de acordo com Protocolos institucionais
4) Avaliar as condições do local do acesso venoso
5) Registrar na folha de evolução clínica
6) Puncionar do distal para o proximal
7) Evitar locais que são facilmente movimentados ou sujeitos a traumas (ex: dorso da mão)
Planejamento e execução:
· Separar materiais
· Usar EPIs (touca, óculos, máscara, protetores faciais, avental e luvas de procedimento)
· Conferir dados: nome do paciente
· Explicar o procedimento ao paciente
· Locais contraindicados para punção:
- Braço do mesmo lado de mastectomia
- Local com hematoma, edema ou contusão
- Local com sinais de punções anteriores.
ATENÇÃO: Nunca reencapar agulha contaminada. Descartar materiais em locais adequados.
Complicações da terapia endovenosa:
1) Infiltração: É o extravasamento do medicamento ou soro para fora da veia, ou seja, no tecido subcutâneo.
Ocorre quando a agulha encontra-se fora do vaso.
Causa: edema tecidual doloroso e redução da velocidade da infusão.
Conduta: interromper a infusão e retirar o dispositivo.
2) Extravasamento: É a infiltração de medicamentos vesicantes. Medicamentos vesicantes podem causar bolhas e necrose. A severidade da lesão é diretamente relacionada ao tipo, concentração e volume do fluido infiltrado nos tecidos intersticiais. As medicações vesicantes que causam maiores danos são os agentes antineoplásicos.
3) Hematoma: Sangramento da parede do vaso para o tecido subcutâneo 
4) Transfixação da veia durante a punção
5) Flebite: Inflamação da veia devido ação bacteriana ou irritação química ou física do vaso.
Causa dor ao longo do trajeto da veia, vermelhidão da pele e aumento da temperatura local e corporal.
6) Infecção local: Sinais flogísticos no local de inserção do cateter, ocorre devido a antissepsia insatisfatória ou inadequada.
Causa: febre, dor no local, vermelhidão e drenagem de pus.
7) Infecção generalizada: Ocorre devido a antissepsia insatisfatória ou inadequada.
Bacteremia é a presença de bactérias na corrente sanguínea, pode ocorrer devido à realização de procedimentos invasivos por exemplo (calafrios, dor nas costas, vômitos e desconforto).
8) Choque Pirogênico ou reação pirogênica: É a reação que o organismo apresenta quando é invadido por endotoxinas (micro-organismos) ou pirógenos exógenos (corpo estranho).
Caracterizada por respostas agudas como febre, calafrios, tremores, cefaleia, hipotensão...
Pode ocorrer por contaminação de soros, preparo inadequado de medicamentos ou corpo estranho.
9) Embolia: Afecção em que um vaso sanguíneo é obstruído por um coágulo de sangue, bolhas de ar ou gotículas de gordura.
Uma parte do cateter pode soltar-se e alojar-se em outro local do corpo, obstruindo o fluxo sanguíneo.
- Ar pode entrar na veia quando o frasco de soro esvazia
- Agulha pode ser obstruída por um coágulo

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