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ECG 7 - Arritmias cardíacas

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Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
ECG 7: Arritmias Cardíacas 
Alteração do ritmo cardíaco normal. Deve-se a perturbação na formação (a. cronotrópica) ou / e na 
condução (a. dromotrópica) do impulso elétrico do coração. 
Mecanismos 
1: Alteração do automatismo normal 
2: Presença de automatismo anormal: pós-potenciais 
3: Fenômeno de reentrada (mecanismo mais frequente das taquiarritimias e envolve algumas 
condições anatômicas) 
 
3 – Reentrada 
São necessárias 3 condições: Via anatômica propícia; Bloqueio unidirecional; Zona de condução 
lenta. 
O exemplo mostra como o ritmo que nasce numa região do coração pode ter vários caminhos para 
chegar a outra região, com a mesma velocidade. Quando existem determinantes anatômicas 
eletrefiosiológicas fazendo com que a velocidade de condução do impulso por essas vias sejam 
diferentes, ou quando há um bloquei unidirecional propicia em determinadas situações que o 
impulso caminhe pelo feixe de condução lento e o impulso pode retornar ao seu sentido inicial pelo 
caminho retrogrado. Pode ocorrer num único ciclo (extra-sístoles) ou em ciclos repetidamente 
(traquiarritmias). 
 
 
A arritmia pode ter origem em regiões acima dos ventrículos (átrios e NAV - supraventricular) ou 
pode ter origem nos ventrículos (ventricular). Quando for supraventricular o QRS é estreito, e se tiver 
onda P confirma-se que é atrial. Se não houver onda P é provavelmente do nodo atrioventricular. Na 
arritmia ventricular o QRS é largo, sem onda P. 
 
 
 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
 Extra-sístoles – É o impulso que acontece antes do tempo previsto, isto é, antecipado. Pode 
ser atrial, juncional ou nodal (supraventricular) ou ventricular. 
Extrasupraventricular: QRSestreito <120ms 
Extraventricular: QRSlargo >120ms 
 
 
 
 
 
Clinicamente a extra-sístole pode ser percebida por uma irregularidade na palpação do pulso arterial. 
 
Extra-sístole ventricular: QRS largo + sem onda P; Isoladas ou múltiplas; Monomórficas (mesma 
morfologia) ou polimórficas; Bigeminadas (1 batimento normal, 1 extra-sístole), trigeminadas (1 
batimento normal, 2 extra-sístoles) ou mais; Fenômeno R/T. 
 
Doença isquêmica do coração, miocardite, doença de chagas são alguns exemplos de patologias que 
podem gerar arritmias. 
O primeiro ECG, o complexo 
marcado ocorreu antes do tempo 
previsto, uma extra-sístole. Possui 
QRS estreito, igual aos anteriores, 
onda P vista com nitidez, o que 
determina extra-sístole atrial. 
Depois da extra-sístole existe uma 
pausa de descanso. No segundo ECG 
também vê-se um complexo 
antecipado, uma extra-sístole com 
QRS largo, sem onda P, indicando 
que é ventricular. 
Batimento normal, porém com um 
complexo antecipado, com QRS estreito e 
onda P negativa em A, extra-sístole atrial 
com um descanso logo depois. Em B, 
também há um complexo antecipado com 
QRS estreito, mas sem onda P, indicando 
extra-sístole supraventricular (nodal). 
No ECG 7, vê-se um complexo antecipado, 
uma extra-sístole com QRS largo, ventricular, 
isolada. 
No ECG 8, vê-se um complexo antecipado, 
uma extra-sístole com QRS largo, ventricular, 
múltiplas, monomórficas e bigeminadas. 
 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
 
 
 
 
 
Fenômeno R/T 
 
Causas das extra-sístoles 
Maior necessidade de oxigênio: Ansiedade, exercício físico, estresse; 
Maior estimulação simpática: Febre, infecções, hipertireoidismo; 
Drogas: Álcool, nicotina, cafeína, estimulantes; 
Doença cardíaca: Infarto, isquemia miocardite; 
ES bigeminadas: Intoxicação por digital (medicamento cardiotônico que em dose excessiva pode 
gerar arritmia); 
Obs: ES supraventriculares pode ocorrer em indivíduos em doença estrutural do coração. 
 Taquiarritmias: Frequência rápida – FC> 100 bpm 
As 5 Etapas de analise da arritmia 
1- Frequência cardíaca: normal/ rápida/ lenta (1500/n° de quadradinhos entre 2 QRS) 
2- Ritmo cardíaco: regular/ irregular 
3- Análise da onda P: Sim/não 
4- Medida do intervalo PR: normal/ alterada 
5- Análise do complexo QRS (estreito ou largo) e da onda T (normal, ou invertida) 
Em A, há complexos antecipados com QRS largo, 
indicando extra-sístoles ventriculares, 
monomórficas e bigeminadas. 
Em B, há complexos antecipados com QRS largo, 
indicando extra-sístoles ventriculares, e 
polimórficas (morfologia diferente). 
Nas monomórficas provavelmente as extra-sístoles 
têm a mesma origem. Nas polimórficas as extra-
sístoles têm origem diferente, sendo mais graves. 
 
Esses ECGs mostram extra-sístoles com QRS 
largo, portanto, ventriculares. No primeiro ECG 
são ES múltiplas, monomórficas e 
bigeminadas. No segundo ECG são ES 
múltiplas, monomórficas, mas trigeminadas. 
Há um complexo antecipado com QRS largo, 
indicando ES ventricular, que coincidiu com a 
onda T precedente. Fenômeno da onda R da 
ES coincidindo com a onda T precedente 
(fenômeno R/T), que pode desencadear 
múltiplas extra-sístoles seguidas de QRS largo, 
chamada taquicardia ventricular, situação 
grave. 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
Taquiarritimias 
 QRS estreito + ritmo regular 
- Taquicardia sinusal 
- Taquicardia atrial paroxística 
- Taquicardia reentrante nodal e atrioventricular 
 QRS estreito + ritmo irregular 
- Flutter (*) ou fibrilação atrial 
 QRS alargado + ritmo regular 
- Taquicardia ventricular monomórfica 
 QRS alargado + ritmo irregular 
- Taquicardia ventricular polimórfica 
- Flutter (*) ou fibrilação ventricular 
 
Taquicardia sinusal: Possui um ECG semelhante ao ritmo sinusal (normal) com FC> 100 bpm (até =/- 
160 bpm em repouso, se a frequência for acima disso deve-se desconfiar de taquicardia atrial e não 
sinusal) 
Causas: Maior necessidade de oxigênio – ansiedade, exercício físico, estresse; Maior estimulação 
simpática – Febre, infecções, hipertireoidismo; Drogas – Álcool, nicotina, cafeína ou estimulantes; 
Doença cardíaca – infarto, isquemia, miocardite. 
 
 
 
Taquicardia ventricular (TV): 3 ou mais batimentos ventriculares com frequência >100bpm 
TV monomórficas ou polimórficas; TV não sustentada (curta duração) < 30s; TV sustentada (Longa 
duração) > 30s. Pode ocorrer em indivíduos saudáveis, mas deve-se obrigatoriamente procurar 
doença. (Doença isquêmica, miocardite, doença de chagas..) 
No primeiro ECG todos os complexos são 
normais, ritmo cardíaco sinusal 
(normal/regular), FC 75 bpm. 
No segundo ECG todos os complexos 
também são normais, ritmo cardíaco 
sinusal com FC de 125 bpm = taquicardia 
sinusal. 
Clinicamente a taquicardia sinusal pode 
ser percebida pelo pulso e ritmo acelerado 
e regular. 
 
Complexos normais, ritmo regular. 
Como tem 9 quadradinhos entre 2 
QRS deve-se dividir 1500/9 para 
obter a frequência, que é de 
aproximadamente 167 bpm. 
Diagnostico de arritmia 
supraventricular - taquicardia 
sinusal. Deve-se fazer um 
questionário para identificar a 
origem. 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
 
 
A taquicardia ventricular é uma situação mais grave, pois nesse período o ritmo esta nascendo no 
ventrículo e não no átrio, o que altera a hemodinâmica de forma que o debito sistólico está anormal, 
diminuído. Se o paciente possui uma doença cardíaca com debito cardíaco já diminuído há 
consequências orgânicas. O debito sistólico diminuído vai para todo o corpo, inclusive para o 
cérebro, ocasionando síncope (desmaio + perda de consciência). 
 
 
 
 
 
 
 
ECG com taquicardia, o primeiro possui varias extra-
sístoles seguidas numa frequência rápida, com QRS 
largos e semelhantes, indicando taquicardia 
ventricular monomórfica de curta duração, ou seja, 
não sustentada. 
No ECG B tem-se várias extra-sístoles seguidas, 
passando a ser chamado de taquicardia com QRS 
largos e semelhantes, ou seja, ventricular 
monomórfica, mas sustentada (longa duração).Ritmo cárdico rápido, regular, com QRS 
largo, portando indica taquicardia 
ventricular, monomórfica sustentada. O 
indivíduo apresenta pressão baixa, 
tontura, desmaia com frequência, 
podendo ter perda da consciência. 
Extra-sístoles seguidas, mantidas, com QRS 
largos e de morfologia diferente. 
Taquicardia ventricular polimórfica 
Frequência cardíaca muito rápida e debito 
cardíaco muito baixo, queda da PA, baixo 
fluxo cerebral, o paciente apresenta 
desmaios e sente o coração rápido. Muito 
grave – pré-morte, evolui para fibrilação 
ventricular. 
 
Taquicardia ventricular polimórfica em torsade de 
pointes (torção das pontas), com complexos muito 
grandes e muito pequenos, repetidamente. Muito 
grave – pré-morte, evolui para fibrilação ventricular. 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
 
Causas da TV – Procurar alteração estrutural do coração: Doença isquêmica, insuficiência cardíaca, 
miocardiopatia, toxicidade por drogas, prolongamento do intervalo QT (congênito ou provocado -> 
TQ por torsade de pointes). 
Fibrilação atrial 
 
Ausculta cardíaca: Ritmo cardíaco completamente irregular, mudanças de intensidade da B1 de 
batimento para outro, ausência de B4; Pulsos arteriais com completa irregularidade, com frequência 
menor que frequência cardíaca (déficit de pulso). 
 
Individuo teve o fenômeno R/T e desencadeou a 
taquicardia ventricular polimórfica, situação 
muito grave que requer uma ação com rapidez, 
pois é pré fibrilação ventricular, ou seja, pré 
morte do coração. 
Atividade do nó sinusal é substituída por estímulos 
nascidos na musculatura atrial com veias pulmonares, 
numa frequência de 400 a 600bpm. Não existem 
contrações atriais, produzindo uma parada atrial com 
parada de sangue nessas câmaras (sangue não vai 
para o ventrículo) resultando em formação de 
trombos e embolia periférica. 
Estimulo deixa de nascer no nodo AV e passa a nascer 
em qualquer região atrial, esse estimulo faz várias 
reentradas no átrio gerando a frequência de 400 a 
600 bpm. Ao jogar esses 600 ciclos para o ventrículo o 
NAV bloqueia alguns, de forma irregular. 
No ECG o ritmo é completamente irregular, ausência 
de onda P, substituída por ondas irregulares “F”. 
As causas mais comuns são estenose mitral, doença 
de chagas, cardiopatia isquêmica e hipertireoidismo. 
Ritmo normal comparado ao ritmo da fibrilação 
atrial. Ondas P substituídas por ondas irregulares 
F. Arritmia comum do envelhecimento cardíaco 
então é comumente encontrada nas 3ª e 4ª idade. 
 Ana Julia Rocha 131 
 Curso de eletrocardiografia Básica 
 
A gravidade da fibrilação atrial está relacionada a trombose intracardíaca e a expulsão desse trombo 
para periferia. Quando esse êmbolo vai o cérebro causa AVC de origem cardiogênica, frequente nos 
indivíduos da 3ª e 4ª idade. 
Fibrilação ventricular 
A atividade cardíaca é substituída por estímulos originados na musculatura ventricular, de frequência 
muito elevada (>450bpm), desorganizados, totalmente ineficazes, não existem contrações 
musculares que são substituídos por tremulações musculares; Corresponde a parada cardíaca 
elétrica, pois não há debito sistólico, necessitando de procedimentos de ressuscitação cardíaca. No 
ECG o QRS se alarga, adquirindo formas bizarras e são inteiramente irregulares. 
Causas: Procurar alteração estrutural do coração – doença isquêmica, insuficiência cardíca, 
miocardiopatia, toxicidade por drogas. 
 
 
 
Os objetivos no tratamento da Fibrilação ventricular é a restauração dos batimentos cardíacos, por 
manobras de ressuscitação cardíaca e cardiodesfibrilação elétrica. 
 
Paciente estava sendo tratado por IAM, e 
desenvolveu a arritmia, fibrilação ventricular, que 
reverteu ao ritmo sinusal após choque de 400W. 
 
Indivíduo faz uma taquicardia ventricular, evoluindo 
para fibrilação ventricular, ausência de débito 
cardíaco, em síncope com parada cardíaca elétrica. 
Complexos QRS dismórficos, com frequência muito 
elevada – parada cardíaca. 
Taquicardia ventricular polimórfica (QRS 
largos e muito diferentes entre si), evoluindo 
para fibrilação ventricular.

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