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Resumo Morfo Perda de Peso

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Resumo de Anatomia – Perda de Peso
Baço
Localização: parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE)
ou hipocôndrio esquerdo, tendo proteção da caixa torácica. Intraperitonial.
É revestido pelo peritônio visceral com exceção do hilo esplênico por onde entram
e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas. 
É uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula
fibroelástica delicada.
As relações do baço são:
➔ Anterior: estômago
➔ Posterior: parte esquerda do diafragma, separando-o da pleura, pulmão e 9ª-11ª
costelas.
➔ Inferior: flexura esquerda do colo
➔ Medial: rim esquerdo
A face diafragmática do baço tem a superfície lisa convexa para se encaixar na
concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes.
Margens anterior e superior do baço são agudas e entalhadas; extremidade
posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas.
A cápsula fibrosa esplênica é formada por TC fibroelástico não modelado e não
denso, sendo mais espesso no hilo esplênico. A face profunda da cápsula forma as
trabéculas, que conduzem vasos sanguíneos que entram e saem da polpa esplênica. 
Baço está unido à curvatura maior do estômago pelo ligamento gastroesplênico.
Baço está unido ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. 
Esses ligamentos estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial, o qual
normalmente está em contato com a cauda do pâncreas, sendo o limite esquerda da
bolsa omental.
Irrigação arterial: artéria esplênica, ramo do tronco celíaco.
Drenagem venosa: veia esplênica, formada por tributárias que emergem do hilo
esplênico, recebe a VMI e segue posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas na
maior parte do seu trajeto, e por fim a veia esplênica se une a VMS posterior ao colo do
pâncreas para formar a veia porta.
Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017
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Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao
longo dos vasos esplênicos até os linfonodos pancreático-esplênico no trajeto para os
linfonodos celíacos. 
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Sistema Linfático
É um tipo de sistema de “hiperfluxo” que permite a drenagem do excesso de líquido
tecidual e das proteínas plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea e
também a remoção de resíduos resultantes da decomposição celular e infecção. É
responsável pela absorção de lipídios do trato intestinal. Os componentes importantes do
sistema linfático são: 
➔ Plexos linfáticos: redes de capilares linfáticos cegos que se e originam nos
espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos. Proteínas
plasmáticas, bactérias, resíduos celulares e células inteiras (linfócitos) entram
com facilidade por causa da ausência de membrana basal. 
➔ Vasos linfáticos: rede presente em quase todo o corpo, com vasos de paredes
finas que têm muitas válvulas linfáticas. Presentes quase todos os lugares onde
há capilares sanguíneos, com exceção dos dentes, ossos, medula óssea e todo
o SNC (drenagem pelo líquido cerebrospinal).
➔ Linfa: é o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por
vasos linfáticos. Transparente, aquosa e ligeiramente amarela, composição
semelhante à do plasma.
➔ Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do
trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema
venoso.
➔ Linfócitos: células circulantes do sistema imune.
➔ Órgãos linfoides: órgãos que produzem linfócitos como o timo, medula óssea
vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas
paredes do trato alimentar e no apêndice vermiforme. 
Os vasos linfáticos superficiais acompanham a drenagem venosa do tecido
subcutâneo, convergindo para ela. Esses vasos finalmente drenam nos vasos linfáticos
profundos que acompanham as artérias e também a drenagem de órgãos internos. Os
vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários
conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se
fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram
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em grandes vasos coletores, chamados de troncos linfáticos, que se unem para formar o
ducto linfático direito ou ducto torácico.
➔ Ducto linfático direito: drena linfa do quadrante superior direito do corpo (lado
direito da cabeça, pescoço e tórax e membro superior direito). Entre na junção
das veias jugular interna direita e subclávia direita (em acesso central, menos
risco de lesar o ducto).
➔ Ducto torácico: drena linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que
drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome (tronco
aórtico/lombar + tronco intestinal), algumas vezes formando um saco coletor
dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse saco (se presente), ou da união dos
troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e atravessando-o para
chegar ao ângulo venoso esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda
subclávia esquerda).
Outras funções do sistema linfático incluem:
➔ Absorção e transporte da gordura dos alimentos. Capilares linfáticos
especiais, denominados lácteos, recebem todos os lipídios e vitaminas
lipossolúveis absorvidos pelo intestino. Em seguida, o líquido leitoso, quilo, é
conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto torácico, e daí para o
sistema venoso.
➔ Formação de um mecanismo de defesa do corpo. Quando há drenagem de
proteína estranha de uma área infectada, anticorpos específicos contra a
proteína são produzidos por células imunologicamente competentes e/ou
linfócitos e enviados para a área infectada.
Estruturas do Sistema Linfático
➔ Vasos /capilares linfáticos
➢ Ductos linfáticos > vasos maiores > vasos aferentes > linfonodos > vasos
eferentes;
➔ Baço
➔ Tonsilas
➔ Placas de Payer
➔ MALT, GALT, BALT.
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Drenagem linfática pulmonar
É feita da base para o ápice, e da periferia para o hilo, seguindo as seguintes
estruturas na seguinte ordem:
Plexo linfático superficial/subpleural > linfonodos broncopulmonares (hilares)
Plexo linfático profundo > vasos interlobulares > linfonodos intrapulmonares >
linfonodos broncopulmonares (hilares) > linfonodos traqueobronquiais inferiores (carinais)
> linfonodos traquobronquiais superiores (direito/esquerdo) > linfonodos paratraqueais
(direito/esquerdo) > ducto linfático direito ou torácico.
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Próstata
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A próstata (com aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm
de profundidade anteroposterior) é a maior glândula acessória do sistema genital
masculino. A próstata de consistência firme, do tamanho de uma noz, circunda a parte
prostática da uretra. A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata; o outro
terço é fibromuscular. 
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A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos
prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela fáscia visceral da pelve, que
forma uma bainha prostática fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente
com os ligamentos pubioprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo
retovesical. A próstata tem:
➔ Uma base intimamente relacionada ao colo da bexiga;
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➔ Um ápice que está em contato com a fáscia na face superior dos músculos
esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo;
➔ Uma face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversale
forma um hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter),
que é parte do músculo esfíncter da uretra. A face anterior é separada da sínfise
púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico;
➔ Uma face posterior relacionada com a ampola do reto;
➔ Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus.
A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a seguir, embora não sejam bem
distintos do ponto de vista anatômico:
➔ O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras
musculares representam a continuação superior do músculo esfíncter externo
da uretra para o colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular.
➔ Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e
posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser
subdivididos, cada um, para fins descritivos, em quatro lóbulos indistintos,
definidos por sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e — embora
menos visível — pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo:
➢ Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos
ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame
retal digital;
➢ Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte
do lobo direito ou esquerdo;
➢ Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior,
circundando o ducto ejaculatório ipsilateral;
➢ Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral,
diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra.
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Um lobo médio (mediano) dá origem a (3) e (4) anteriores. Essa região tende a
sofrer hipertrofia induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio
situado entre a uretra e os ductos ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se
que o aumento do lobo médio seja ao menos parcialmente responsável pela formação da
úvula que pode se projetar para o óstio interno da uretra.
Alguns médicos, principalmente urologistas e ultrassonografistas, dividem a
próstata em zonas periférica e central (interna).
Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos,
situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da
uretra. O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do
sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais,
próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são
transportados) e participa da ativação dos espermatozoides. 
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Irrigação arterial e venosa da Próstata
As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo
as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. As
veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse
plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática,
drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente
com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral
interno.
Artérias prostáticas > artérias vesicais inferiores > artéria ilíaca interna. 
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Dois esfincteres uretrais:
➔ Interno: involuntário.
➔ Externo: voluntário.
Câncer de Próstata – metástase óssea em quadril e coluna vertebral, pela
drenagem venosa; osteoblástica.
Mieloma múltiplo – localizações específicas: crânio, pelve e fêmur. Osteolítico.
Característica radiológica: crânio em sal e pimenta.
Rins 
Os rins produzem urina que é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária na
pelve. A face superomedial de cada rim normalmente está em contato com a glândula
suprarrenal. Um septo fascial fraco separa as glândulas dos rins; assim, eles não estão
realmente fixados um ao outro. As glândulas suprarrenais atuam como parte do sistema
endócrino, com função separada dos rins. Os órgãos urinários superiores (rins e
ureteres), seus vasos e as glândulas suprarrenais são estruturas retroperitoneais
primárias na parede posterior do abdome – isto é, foram originalmente formados como
vísceras retroperitoneais e assim permanecem. 
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A cápsula adiposa (gordura perirrenal – cápsula de Gerota) circunda os rins e seus
vasos enquanto se estende até suas cavidades centrais, os seios renais. Os rins, as
glândulas suprarrenais e a gordura que os circunda estão encerrados (exceto
inferiormente) por uma camada membranácea e condensada de fáscia renal, que
continua medialmente e envolve os vasos renais, fundindo-se com as bainhas vasculares
desses últimos. Inferomedialmente, uma extensão delicada da fáscia renal prolonga-se ao
longo do ureter como a fáscia periureteral. Externamente à fáscia renal está o corpo
adiposo pararrenal (gordura pararrenal), a gordura extraperitoneal da região lombar, que é
mais visível posteriormente ao rim. A fáscia renal envia feixes colágenos através do corpo
adiposo pararrenal.
Os feixes de colágeno, a fáscia renal e a cápsula adiposa e o corpo adiposo
pararrenal, junto ao aprisionamento proporcionado pelos vasos renais e ureter, mantêm
os rins em posição relativamente fixa. No entanto, os rins se movem durante a respiração
e ao passar da posição de decúbito dorsal para a posição ortostática, e vice-versa. A
mobilidade renal normal é de cerca de 3 cm, a altura aproximada de um corpo vertebral.
Superiormente, a fáscia renal é contínua com a fáscia na face inferior do diafragma (fáscia
diafragmática); assim, as glândulas suprarrenais fixam-se principalmente ao diafragma.
Inferiormente, as lâminas anterior e posterior da fáscia renal não estão fixadas ou
apresentam apenas união frouxa. 
Os rins, que têm formato oval, retiram o excesso de água, sais e resíduos do
metabolismo proteico do sangue, enquanto devolvem nutrientes e substâncias químicas
ao sangue. Estão situados no retroperitônio sobre a parede posterior do abdome, um de
cada lado da coluna vertebral, no nível das vértebras T XII a L III.
Na margem medial côncava do rim há uma fenda vertical, o hilo renal. O hilo renal
é a entrada de um espaço no rim, o seio renal. As estruturas que servem aos rins (vasos,
nervos e estruturas que drenam urina do rim) entram e saem do seio renal através do hilo
renal. O hilo renal esquerdo situa-se perto do plano transpilórico, a cerca de 5 cm do
plano mediano. O plano transpilórico atravessa o polo superior do rim direito, que está por
volta de 2,5 cm mais baixo do que o polo esquerdo, provavelmente por causa do fígado.
Posteriormente, as partes superiores dos rins situam-se profundamente às costelas XI e
XII. Os níveis dos rins modificam-se durante a respiração e com mudanças posturais.
Cada rim move-se 2 a 3 cm em direção vertical durante o movimento do diafragma na
respiração profunda. Como o acesso cirúrgico habitual aos rins é através da parede
posterior do abdome, convém saber que o polo inferior do rim direito está
aproximadamente um dedo superior à crista ilíaca.
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Durante a vida, os rins têm coloração marrom-avermelhada e medem cerca de 10
cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura. Superiormente, os rins estão
associados ao diafragma, que os separa das cavidades pleurais e do 12o par de costelas.
Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação com os músculos psoas maior
medialmente e quadrado do lombo. O nervo e os vasos subcostais e os nervosílio-
hipogástrico e ilioinguinal descem diagonalmente através das faces posteriores dos rins. 
O fígado, o duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito, sse rim é
separado do fígado pelo recesso hepatorrenal. O rim esquerdo está relacionado com o
estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente.
No hilo renal, a veia renal situa-se anteriormente à artéria renal, que é anterior à
pelve renal. No rim, o seio renal é ocupado pela pelve renal, cálices, vasos e nervos e
uma quantidade variável de gordura. Cada rim tem faces anterior e posterior, margens
medial e lateral e polos superior e inferior. No entanto, devido à protrusão da coluna
vertebral lombar para a cavidade abdominal, os rins estão posicionados obliquamente,
formando um ângulo entre eles. Consequentemente, o diâmetro transverso dos rins é
reduzido em vistas anteriores e em radiografias anteroposteriores (AP). A margem lateral
de cada rim é convexa, e a margem medial é côncava, onde estão localizados o seio
renal e a pelve renal. A margem medial entalhada confere ao rim uma aparência
semelhante à de um grão de feijão.
A pelve renal é a expansão afunilada e achatada da extremidade superior do
ureter. O ápice da pelve renal é contínuo com o ureter. A pelve renal recebe dois ou três
cálices maiores, e cada um deles se divide em dois ou três cálices menores. Cada
cálice menor é entalhado por uma papila renal, o ápice da pirâmide renal, de onde a
urina é excretada. Nas pessoas vivas, a pelve renal e seus cálices geralmente estão
colapsados (vazios). As pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais. Os lobos
são visíveis na face externa dos rins nos fetos, e os sinais dos lobos podem persistir por
algum tempo após o nascimento.
Papila renal > cálice menor > cálice maior > pelve renal.
Vascularização Renal
As artérias renais originam-se no nível do disco IV entre as vértebras. A artéria
renal direita, que é mais longa, passa posteriormente à VCI. Tipicamente, cada artéria
divide-se perto do hilo renal em cinco artérias segmentares, que são artérias terminais (i.
e., não fazem anastomoses significativas com outras artérias segmentares, de modo que
a área suprida por cada artéria segmentar é uma unidade independente, cirurgicamente
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ressecável ou segmento renal). As artérias segmentares são distribuídas para os
segmentos renais do seguinte modo:
➔ O segmento superior (apical) é irrigado pela artéria do segmento superior
(apical); os segmentos anterossuperior e anteroinferior são supridos pelas
artérias do segmento anterior superior e do segmento anterior inferior; e o
segmento inferior é irrigado pela artéria do segmento inferior. Essas artérias
originam-se do ramo anterior da artéria renal.
➔ A artéria segmentar posterior, que se origina de uma continuação do ramo
posterior da artéria renal, irriga o segmento posterior do rim.
É comum haver várias artérias renais, que geralmente entram no hilo renal. Artérias
renais extra-hilares, ramos da artéria renal ou da aorta, podem entrar na face externa do
rim, muitas vezes em seus polos.
Diversas veias renais drenam cada rim e se unem de modo variável para formar as
veias renais direita e esquerda; estas situam-se anteriormente às artérias renais direita e
esquerda. A veia renal esquerda, mais longa, recebe a veia suprarrenal esquerda, a veia
gonadal (testicular ou ovárica) esquerda e uma comunicação com a veia lombar
ascendente, e depois atravessa o ângulo agudo entre a AMS anteriormente e a aorta
posteriormente. Todas as veias renais drenam para a VCI. 
Artéria renal > artéria segmentar > artéria interlobar > artéria arqueada > artéria
lobular.
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Interior do rim:
➔ Córtex
➔ Medula
➢ Colunas
➢ Pirâmides > cálice menor > cálice maior > pelve;
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Drenagem testicular/ovariana:
➔ Direita: veia gonadal direita > veia cava inferior;
➔ Esquerda: veia gonadal esquerda > veia renal esquerda;
Glândula Tireoide
A glândula tireoide situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e
esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras CV a TI. É formada
principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em
relação à laringe e à traqueia. Um istmo relativamente fino une os lobos sobre a traqueia,
em geral anteriormente ao segundo e terceiro anéis traqueais. A glândula tireoide é
circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da
glândula. Tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis
traqueais superiores. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte
visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.
Composição: lobo direito, lobo esquerdo, ístimo e lobo piramidal.
Vascularização
A glândula tireoide, altamente vascularizada, é suprida pelas artérias tireóideas
superior e inferior. Esses vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial
frouxa. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias
tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina
pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem
principalmente a face anterossuperior da glândula. 
As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos troncos tireocervicais que
se originam das artérias subclávias, seguem em sentido superomedial posteriormente às
bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em
vários ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e suprem a face
posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. As artérias tireóideas superiores
e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula,
assegurando sua vascularização enquanto proporcionam potencial circulação colateral
entre as artérias subclávia e carótida externa. 
 Três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo na
face anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. As veias tireóideas superiores
acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da
glândula tireoide; as veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos
praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos
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lobos. As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos
inferiores. As veias tireóideas superior e média drenam para a veia jugular interna
(VJI); as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas
posteriormente ao manúbrio do esterno.
Drenagem linfática da glândula tireoide. Os vasos linfáticos da glândula tireoide
seguem no tecido conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles se
comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem
primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. Por sua vez, os
linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos
pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores.
Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores
seguem diretamentepara os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos
linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico.
Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais
superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e
periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas
fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos.
A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente pela hipófise.
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Baço
É o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, no ser humano, o único órgão
linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em células
fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um
importante órgão de defesa contra microrganismos que penetram o sangue circulante e é
também o principal órgão destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. 
O baço contém tuna cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas
que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. A
superfície medial do baço apresenta um hilo, onde a cápsula mostra maior número de
trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo as veias originadas no
parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, no ser humano, a
polpa esplênica não contém vasos linfáticos. 
O baço possui duas polpas em seu parênquima:
➔ Polpa branca: nódulos linfáticos
➔ Polva vermelha: rico em sangue; formado por estruturas alongadas chamadas
de cordões esplênicos ou cordões de Billroth, com os sinusoides ou seios
esplênicos entre eles. 
➔ Toda a polpa esplênica contém células e fibras reticulares, macrófagos, células
apresentadoras de antígenos, células linfáticas e algumas outras células em
menor proporção. 
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Polpa branca
A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas
periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamentos dessas bainhas.
No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos
existe predominância dos linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe
uma zona mal delimitada, constituída pelos seios marginais. Nesses seios encontram-se
linfócitos, macrófagos e células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retêm e
processam antígenos trazidos pelo sangue. A zona marginal contém muitos antígenos
transportados pelo sangue e desempenha importante papel imunitário.
Polpa branca: tem nódulo linfoide que é um centro germinativo. Formado por
linfócitos B, plasmócitos, macrófagos e células reticulares. 
Polpa vermelha
A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos, separados por sinusoides. Os
cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são contínuos e de espessura
variável, conforme o estado local de distensão dos sinusoides. São constituídos por uma
rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contêm outras
células, como macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos,
granulócitos, além de plaquetas e eritrócitos. 
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Os sinusoides esplênicos são revestidos por células endoteliais alongadas, com
seu eixo maior paralelo ao sinusoide. Essa parede delgada e incompleta é envolvida por
lâmina basal descontínua e por fibras reticulares que se dispõem principalmente em
sentido transversal, como os aros de um barril. As fibras transversais e as que correm em
diversas direções unem-se e formam uma rede em torno das células do sinusoide, à qual
se associam macrófagos. 
Polpa vermelha: tem eritrócitos, macrófagos e linfócitos.
Cordão esplênico: fibras reticulares 
Seios esplênicos: líquido, contêm sangue.
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Timo
O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura
dos grandes vasos do coração. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido
conjuntivo denso. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos
contínuos uns com os outros. 
Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada
lóbulo é formado de uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte
central, mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela
hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. Na medula encontram-se os
corpúsculos de Hassall. 
Lóbulos divididos por septo, com duas divisões internas:
➔ Córtex
➔ Medula – Corpúsculo de Hassal: formado pelas células reticulares epiteliais >>
degenera e calcifica formando o corpúsculo.
A cortical e a medular têm os mesmos tipos celulares, porém em proporções
diferentes. As células mais abundantes no timo são os linfócitos T, em diversos estágios
de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das células
reticulares epiteliais, o timo contém macrófagos, principalmente na cortical. 
As células reticulares epiteliais têm núcleos grandes, cromatina fina e citoplasma
com numerosos prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes, por
desmossomos.
As células reticulares epiteliais formam uma camada por dentro do tecido
conjuntivo da cápsula e septos; formam o retículo da cortical e da medular, onde se
multiplicam e diferenciam os linfócitos T; formam uma camada em tomo dos vasos
sanguíneos do parênquima tímico; e constituem os corpúsculos de Hassall, já
mencionados, que são encontrados exclusivamente na medular do timo. 
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Linfonodo
Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por
tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos
linfáticos. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e apresentam um lado convexo e o
outro com reentrância, o bilo, pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as veias.
Como acontece no tecido linfático em geral, o parênquima do órgão é sustentado por um
arcabouço de células reticulares e fibras reticulares, sintetizadas por essas células.
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A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos,
penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (vasos
aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). A cápsula de tecido
conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu interior, dividindo
o parênquima em compartimentos incompletos. 
O parênquima do linfonodo apresenta a região cortical, que se localiza abaixo da
cápsula, ausente apenas no hilo, e a região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu
hilo. Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda ou região paracortical. 
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Divisões do linfonodo:
➔ Cortical externa: é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios
subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos. Os
nódulos linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, oscentros
germinativos. As células predominantes na cortical superficial são os linfócitos
B, ocorrendo também alguns plasmócitos, macrófagos, células reticulares e
células foliculares dendríticas. 
➔ Cortical interna: não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam os
linfócitos T, lado de células reticulares, e alguns plasmócitos e macrófagos. 
➔ Medula: é constituída pelos cordões medulares, formados principalmente por
linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos. Os
plasmócitos, geralmente, são mais numerosos na medular do que na cortical.
Separando os cordões medulares, encontram-se os seios medulares,
histologicamente semelhantes aos outros seios dos linfonodos. Os seios
medulares recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos
linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do linfonodo. 
➢ Cordões medulares: células reticulares
➢ Seios medulares: líquido, linfa. 
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Linfadenomegalia
Linfadenomegalia ou linfadenopatia ou adenomegalia ou adenopatia: aumento dos
linfonodos (pode ser generalizado ou restrito a determinada cadeia de linfonodos).
Causas mais comuns:
➔ Cânceres
➔ Hipersensibilidade
➔ Infecção
➔ Colagenoses
➔ Atípicas (doenças linfoproliferativas atípicas)
➔ Granulomatoses
➔ Outras
Crianças e adultos jovens: infecções bacterianas ou virais de vias aéreas
superiores, mononucleose infecciosa, toxoplasmose e TB.
Após 50 anos: aumenta a incidência de distúrbios malignos.
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Linfadenomegalia generalizada traduz uma infecção de caráter sistêmico e
geralmente correspondem a distúrbios não malignos (com poucas exceções).
Linfadenopatia + esplenomegalia = doença sistêmica (mononucleose infecciosa,
linfoma, leucemia aguda ou crônica, LES, sarcoidose, toxoplasmose, doença da
arranhadura do gato).
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Linfoma Não Hodgkin (LNH)
Origem do tumor: Linfócitos B Linfócitos T Linfócitos NK
Comportamento biológico do tumor: indolentes e agressivos
90% de todos os linfomas 
4% de todas as neoplasias malignas e desde 1970 a incidência vem aumentando
3-4% 
Incidência:
< 65 anos >> 8,5 casos/100.000 habitantes
> 65 anos >> 69 casos/100.000 pessoas 
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Linfoma difuso de linfócitos B
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Linfoma de Hodkin
12% dos linfomas
Incidência caindo em 1%/ano e tx de mortalidade em 3,6%/ano
Etiologia: Virus Epstein-Barr (EBV) aparece em 50% das células do LH clássico
Antecedente de monomucleose confirmada: 3x maior o riscode LH 
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Célula de Reed-Sternberg é patognomônico de LH
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Tecido ósseo
é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material
extracelular calcificado, a matriz óssea. As células são: os osteócitos, que se situam em
cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte
orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes,
móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de
remodelação dos ossos. 
Osteócitos: células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas
das quais partem canalículos. É um osteócito por lacuna. São células achatadas, que
exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi
pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. 
Osteoblastos: são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1,
proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e
osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a
atividade dos osteoblastos. Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo
sangue, atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à distância. Os
osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização
da matriz. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que
lembra um epitélio simples. São cuboides em intensa atividade e achatados em estado
pouco ativo. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a
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ser chamado de osteócito. Os osteoblastos em fase de síntese mostram as características
ultraestruturais das células produtoras de proteínas. A matriz óssea recém-formada,
adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de
osteoide. 
Osteoclastos: são células moveis, gigantes, multinucleadas e extensamente
ramificadas. As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis. Nas
áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos,
colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e
conhecidas como lacunas de Howship. Têm citoplasma granuloso, com vacúolos,
fracamente basófilo em células jovens. E acidófilo nos maduros. Originam-se de
precursores mononucleados da medula óssea, que se unem para formar os osteoclastos.
Matriz óssea é formada por duas partes distintas:
➔ Parte inorgânica: composta principalmente por cristais de hidroxiapatita e
outros minerais em pequena quantidade. Corresponde a 50% do peso da matriz
óssea.
➔ Parte orgânica: composta principalmente por fibras colágenas (95%),
principalmente de colágeno tipo 1 e por pequena quantidade de proteoglicanos
e glicoproteínas. 
A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e
resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma
intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões. 
A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada
por incineração e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que
dificilmente pode ser manipulado sem se partir.
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Periósteo: recoberto pelo tecido conjuntivo. A camada superficial contém fibras
colágenas e fibroblastos
Endósteo: recoberto por células osteogênicas.
Há dois tipos de osso, macroscopicamente: 
➔ Osso compacto: sem cavidades visíveis.
➔ Osso esponjoso: apresenta muitas cavidades intercomunicantes
Classificação de acordo com as partes do osso:
➔ Epífises: formados por osso esponjoso, com uma delgada camada superficial
compacta
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➔ Diáfise (parte cilíndrica): quase totalmente compacta, com pequena quantidade
de osso esponjoso no interior, delimitando o canal medular. 
Tipos de ossificação
Há dois tipos de ossificação nos ossos:
➔ Ossificação membranosa: ocorre no interior de uma membrana conjuntiva.
➔ Ossificação endocondral: ocorre sobre um molde cartilagem hialina, que é
gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de
células do conjuntivo adjacente. 
Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido
ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído por tecido
secundárioou lamelar. 
Ossificação intramembranosa (primária)
Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo. É o processo formador dos
ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e
inferior. Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em
espessura dos ossos longos. 
O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de
ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células
mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o
osteoide (matriz ainda não mineralizada). que logo se mineraliza, englobando alguns
osteoblastos que se transformam em osteócitos.
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Ossificação endocondral (secundária)
A ossificação endocondral tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de
forma parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de
ossificação é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. A
ossificação endocondral consiste essencialmente em dois processos.
➔ Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos
condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização
e a morte dos condrócitos por apoptose. 
➔ Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas
por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo
adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão
matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada.
Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que
ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da
cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação.
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No decorrer do processo de ossificação, aparece 2 centros de ossificação:
➔ Centro primário: é formado logo após a formação do colar ósseo por
ossificação intramembranosa. Pelo mesmo processo de ossificação descrito
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acima. Há crescimento rápido longitudinal, ocupando toda a diáfise, que fica,
assim, formada por tecido ósseo. O alastramento do centro primário é
acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo que se formou a partir do
pericôndrio e que cresce também na direção das epífises. Desde o começo
surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido ósseo formando no centro da
cartilagem, aparecendo o canal medular, que será preenchido pelas células
hematógenas, dando origem à medula óssea. 
➔ Centro secundário: formado nas epífises do osso, um em cada epífise.
Semelhante ao primário, mas o crescimento é radial. Cresce até ocupar toda a
epífise, restando apenas dois lugares com cartilagem, a cartilagem articular e o
disco epifisário, que será responsável pelo crescimento longitudinal do osso. 
Na cartilagem de conjugação (pericôndrio: TC fibroso denso), começando ao lado
da epífise, distinguem-se as 5 zonas: 
➔ Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer alteração
morfológica
➔ Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os condrócitos
dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células
achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso
➔ Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos muito
volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica
reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos
entram em apoptose.
➔ Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a mineralização dos
delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos
➔ Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo. Capilares
sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as
cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se
diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os
restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz
cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea.
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A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em
osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de
cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário.
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A: canais de Havers, rodeados pelas lamelas,
B: osteócitos
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Sistema urinário
Rins
➔ Capsula fibrosa: T.C. denso não modelado
➔ Zona cortical: contêm os glomérulos (corpúsculos renais), partes proximal e
distal dos túbulos renais
➔ Zona medular: 10 a 18 pirâmides medulares, onde contem a alça de Henle.
Entre as pirâmides, tem as colunas renais que são extensões do córtex.
➔ Lobo renal: cada pirâmide recoberta na base e nos lados pelo tecido cortical
forma um lobo. Com o crescimento, a superfície cortical de cada lobo se funde
com os demais formando uma superfície lisa continua.
Néfrons
➔ Capsula de Bawman:
➢ Folheto externo/parietal: T.E.R. simples pavimentoso, apoiado em uma
lâmina basal (T.C.F.) e em uma fina camada de fibras reticulares. Originado
do túbulo proximal.
➢ Folheto interno/visceral: uma camada de células epiteliais altamente
especializadas chamadas podócitos que revestem os capilares do
glomérulo, a maioria das células não estão apoiadas em uma membrana
basal.
OBS: partem dos podócitos prolongamentos primários e secundários; entre os
prolongamentos secundários têm as fendas de filtração
➢ Capilares glomerulares: células endoteliais fenestrados (com poros) apoiado
em uma membrana basal (mesma dos podócitos). Esta membrana é
responsável pela filtração glomerular.
➔ Túbulo contorcido proximal: folheto parietal continua com o tecido epitelial
cuboide ou colunar baixo. As células apresentam citoplasma basal acidófilo e o
citoplasma apical com microvilos que formam a orla em escova (interior do
túbulo). O lúmen do tubo se apresenta fechado no M.O.
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➔ Alça de Henle:
➢ Parte delgada: T.E.R. simples pavimentoso
➢ Parte espessa: semelhante ao túbulo distal (será dito no túbulo distal)
➢ Participa da retenção de água
OBS: Dois tipos de néfrons:
➔ Justaglomerulares: alças muito longas
➔ Corticais: alças muito curtas
➔ Túbulo contorcido distal: T.E.R. cúbico simples, lúmen mais visível no M.O.
➢ O túbulo encosta do corpúsculo do mesmo néfron e nesse ponto há uma
mudança nas células: tornam-se cilíndricas, altas e com núcleos alongados.
Essa parte modificada se chama macula densa que é sensível ao conteúdo
iônico e volume sanguíneo, produzindo moléculas que promovem a
liberação de renina. Na presença de aldosterona, há absorção de sódio e
secreção de potássio. Também secreta íons hidrogênio e amônia.
➔ Tubulos coletores
➢ T.E.R. simples cúbico
➔ Ductos coletores
➢ Menos delgados e mais próximo das papilas: as células ficam mais altas até
ficarem cilíndricas;
➢ Participa da retenção de água;
Próstata
A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas tubulo-alveolares ramificadas que
envolvem uma porção da uretra chamada uretra prostática. A próstata tem três zonas
distintas: 
➔ A zona central (cerca de 25% do volume da glândula);
➔ A zona de transição;
➔ A zona periférica (cerca de 70% da glândula);Seus ductos desembocam na uretra prostática.
As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio cuboide
alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. A
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próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso. Septos dessa
cápsula penetram a glândula e a dividem em lóbulos, que não são facilmente percebidos
em um adulto. 
As glândulas produzem secreção e a armazenam para expulsá-la durante a
ejaculação. Da mesma maneira como a vesícula seminal, a estrutura e a função da
próstata são reguladas por testosterona.
Pequenos corpos esféricos formados por glicoproteínas, medindo 0,2 a 2 mm de
diâmetro e frequentemente calcificados, são frequentemente observados no lúmen de
glândulas da próstata de adultos. Eles são chamados concreções prostáticas ou corpora
amylacea. Sua quantidade aumenta com a idade, porém seu significado não é conhecido.
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Tireoide
A tireoide é uma glândula endócrina que se desenvolve a partir do endoderma da
porçâo cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e
triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região
cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por um
istmo.
A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas
esferas de 0,2 a O , 9 mm de diâmetro. A parede dos folículos é um epitélio simples cujas
células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma
substância gelatinosa chamada coloide. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido
conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. Os septos se tornam
gradualmente mais delgados ao alcançar os folículos, que são separados entre si
principalmente por fibras reticulares.
A tireoide é um órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar
sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares
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sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glândulas e11dócrinas.
Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o
sangue.
Em cortes o aspecto dos folículos tireoidianos é muito variado, o que é
consequência de: (1) diferentes maneiras em que foram seccionados os folículos; (2)
diversos níveis de atividade funcional exercidos pelos vários folículos. Alguns folículos são
grandes, cheios de coloide e revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso, e outros são
menores, com epitélio colunar. De maneira geral, quando a altura média do epitélio de tun
número grande de folículos é baixa, a glândula é considerada hipoativa. Em contrapartida,
o aumento acentuado na altura do epitélio folicular acompanhado por diminuição da
quantidade de coloide e do diâmetro dos folículos costuma indicar hiperatividade da
glândula.
Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela
pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados
entre os folículos tireoidianos.
As células parafoliculares produzem um hormônio chamado calcitonina, também
denominado tirocalcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e,
em consequência, diminui o nível de cálcio no plasma. A secreção de calcitonina é ativada
por aumento da concentração de cálcio do plasma.
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Medula Óssea
A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto
saudável, produz por dia cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1,0
bilhão de granulócitos por kg de peso corporal. Esta produção é ajustada com grande
precisão às necessidades do organismo. A
A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades
dos ossos esponjosos. Distinguem-se a medula óssea vermelha, hematógena, que deve
sua cor a numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação, e a medula óssea
amarela, rica em células adiposas e que não produz células sanguú1eas. No recém-
nascido, toda a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na produção de células do
sangue. Com o avançar da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se
na variedade amarela, sendo a medula vermelha no adulto observada apenas no esterno,
nas vértebras, costelas e na díploe dos ossos do crânio; no adulto jovem, é vista nas
epífises proximais do fêmur e do úmero. A medula amarela ainda retém células-tronco e,
em certos casos, como nas hemorragias, alguns tipos de intoxicação e irradiação, pode
transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue. 
Tanto na medula óssea vermelha como na amarela existem nódulos linfáticos, que
são acúmulos de linfócitos. A medula óssea não tem vasos linfáticos.
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Medula Óssea Vermelha
A medula óssea vermelha (Figura 13.3) é constituída por células reticulares,
associadas a fibras reticulares ( colágeno tipo III). Essas células e fibras formam uma
rede, percorrida por numerosos capilares sinusoides, que se originam de capilares no
endósteo e terminam em um grande vaso central, cujo sangue desemboca na circulação
sistêmica venosa por meio de veias emissárias. Artérias também são encontradas na
medula, principalmente na região cortical, próxima do endósteo. A inervação da medula
consiste principalmente em fibras nervosas mielínicas e amielínicas existentes na parede
das artérias. Algumas fibras amielínicas terminam em regiões de hemocitopoese, e
algm1s neurotransmissores (p. ex., substância P) contribuem para a regulação deste
processo.
O endotélio dos capilares e as células reticulares são fontes de citocinas
hemocitopoéticas. A hemocitotopoese ocorre nos espaços entre capilares e células
reticulares, sendo regulada por citocinas estimulatórias e inibitórias, contatos
intercelulares e proteínas da matriz extracelular existentes neste estroma. Neste ambiente
especial, célulastronco proliferam e se diferenciam em todos os tipos de células do
sangue (Figuras 13.3 a 13.5). Células adiposas ocupam aproximadamente 50% da
medula óssea vermelha no indivíduo adulto. O aumento do tecido adiposo se continua
gradualmente com o envelhecimento. Os adipócitos medulares se desenvolvem a partir
de células fibroblastoides, provavelmente células reticulares. Diferentemente de outros
adipócitos do organismo, essas células são relativamente resistentes à lipólise promovida
pelo jejum prolongado. A matriz extracelular, além de colágeno tipos I e III, contém
fibronectina, laminina, tenascina, trombospondina, vitronectina, glicosaminoglicanos e
proteoglicanos. Várias destas moléculas e outra molécula com afinidade para células, a
hemonectina, interagem com receptores celulares, fixando temporariamente as células e
interferindo positivamente ou negativamente na função de diferentes citocinas. Essas
interações formam nichos (microrregiões) especializados que podem facilitar o
desenvolvimento de linhagens sanguíneas específicas, favorecer a sobrevivência de
células-tronco ou a quiescência celular. A medula apresenta microrregiões nas quais
predomina um mesmo tipo de glóbulo sanguíneo, em diversas fases de maturação.
A liberação de células maduras da medula para o sangtte ocorre por migração
através do endotélio, próximo das junções intercelulares. De modo geral, o processo de
maturação envolve a perda de receptores de adesão célulacélula e célula-matriz,
podendo ser controlada por fatores de liberação, moléculas produzidas em resposta às
necessidadesdo organismo. Diferentes linhagens sangttíneas podem responder de
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maneira diferenciada a esses fatores. A Figura 13.4 ilustra a passagem de células da
medula óssea para o sangue (liberação). 
Medula óssea:
➔ Vermelha: produz hemácias
➢ Tem trabéculas ósseas: entre elas tecido hematopoiético com bolas brancas
(adipócitos);
➢ Série eritroblástica: células escuras juntas;
➢ Série granulocítica: célula mais clara com grânulos
➢ Megacariócito: célula gigante
➔ Amarela: reserva lipídica;
➔ Componentes do Sangue:
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