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Resumo de Anatomia – Perda de Peso Baço Localização: parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou hipocôndrio esquerdo, tendo proteção da caixa torácica. Intraperitonial. É revestido pelo peritônio visceral com exceção do hilo esplênico por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas. É uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica delicada. As relações do baço são: ➔ Anterior: estômago ➔ Posterior: parte esquerda do diafragma, separando-o da pleura, pulmão e 9ª-11ª costelas. ➔ Inferior: flexura esquerda do colo ➔ Medial: rim esquerdo A face diafragmática do baço tem a superfície lisa convexa para se encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes. Margens anterior e superior do baço são agudas e entalhadas; extremidade posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas. A cápsula fibrosa esplênica é formada por TC fibroelástico não modelado e não denso, sendo mais espesso no hilo esplênico. A face profunda da cápsula forma as trabéculas, que conduzem vasos sanguíneos que entram e saem da polpa esplênica. Baço está unido à curvatura maior do estômago pelo ligamento gastroesplênico. Baço está unido ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. Esses ligamentos estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial, o qual normalmente está em contato com a cauda do pâncreas, sendo o limite esquerda da bolsa omental. Irrigação arterial: artéria esplênica, ramo do tronco celíaco. Drenagem venosa: veia esplênica, formada por tributárias que emergem do hilo esplênico, recebe a VMI e segue posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas na maior parte do seu trajeto, e por fim a veia esplênica se une a VMS posterior ao colo do pâncreas para formar a veia porta. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo dos vasos esplênicos até os linfonodos pancreático-esplênico no trajeto para os linfonodos celíacos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sistema Linfático É um tipo de sistema de “hiperfluxo” que permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea e também a remoção de resíduos resultantes da decomposição celular e infecção. É responsável pela absorção de lipídios do trato intestinal. Os componentes importantes do sistema linfático são: ➔ Plexos linfáticos: redes de capilares linfáticos cegos que se e originam nos espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos. Proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares e células inteiras (linfócitos) entram com facilidade por causa da ausência de membrana basal. ➔ Vasos linfáticos: rede presente em quase todo o corpo, com vasos de paredes finas que têm muitas válvulas linfáticas. Presentes quase todos os lugares onde há capilares sanguíneos, com exceção dos dentes, ossos, medula óssea e todo o SNC (drenagem pelo líquido cerebrospinal). ➔ Linfa: é o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Transparente, aquosa e ligeiramente amarela, composição semelhante à do plasma. ➔ Linfonodos: pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso. ➔ Linfócitos: células circulantes do sistema imune. ➔ Órgãos linfoides: órgãos que produzem linfócitos como o timo, medula óssea vermelha, baço, tonsilas e os nódulos linfáticos solitários e agregados nas paredes do trato alimentar e no apêndice vermiforme. Os vasos linfáticos superficiais acompanham a drenagem venosa do tecido subcutâneo, convergindo para ela. Esses vasos finalmente drenam nos vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e também a drenagem de órgãos internos. Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 em grandes vasos coletores, chamados de troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico. ➔ Ducto linfático direito: drena linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, pescoço e tórax e membro superior direito). Entre na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita (em acesso central, menos risco de lesar o ducto). ➔ Ducto torácico: drena linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome (tronco aórtico/lombar + tronco intestinal), algumas vezes formando um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse saco (se presente), ou da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda subclávia esquerda). Outras funções do sistema linfático incluem: ➔ Absorção e transporte da gordura dos alimentos. Capilares linfáticos especiais, denominados lácteos, recebem todos os lipídios e vitaminas lipossolúveis absorvidos pelo intestino. Em seguida, o líquido leitoso, quilo, é conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto torácico, e daí para o sistema venoso. ➔ Formação de um mecanismo de defesa do corpo. Quando há drenagem de proteína estranha de uma área infectada, anticorpos específicos contra a proteína são produzidos por células imunologicamente competentes e/ou linfócitos e enviados para a área infectada. Estruturas do Sistema Linfático ➔ Vasos /capilares linfáticos ➢ Ductos linfáticos > vasos maiores > vasos aferentes > linfonodos > vasos eferentes; ➔ Baço ➔ Tonsilas ➔ Placas de Payer ➔ MALT, GALT, BALT. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Drenagem linfática pulmonar É feita da base para o ápice, e da periferia para o hilo, seguindo as seguintes estruturas na seguinte ordem: Plexo linfático superficial/subpleural > linfonodos broncopulmonares (hilares) Plexo linfático profundo > vasos interlobulares > linfonodos intrapulmonares > linfonodos broncopulmonares (hilares) > linfonodos traqueobronquiais inferiores (carinais) > linfonodos traquobronquiais superiores (direito/esquerdo) > linfonodos paratraqueais (direito/esquerdo) > ducto linfático direito ou torácico. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Próstata Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A próstata (com aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de profundidade anteroposterior) é a maior glândula acessória do sistema genital masculino. A próstata de consistência firme, do tamanho de uma noz, circunda a parte prostática da uretra. A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata; o outro terço é fibromuscular. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos pubioprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo retovesical. A próstata tem: ➔ Uma base intimamente relacionada ao colo da bexiga; Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Um ápice que está em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo; ➔ Uma face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversale forma um hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), que é parte do músculo esfíncter da uretra. A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico; ➔ Uma face posterior relacionada com a ampola do reto; ➔ Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus. A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a seguir, embora não sejam bem distintos do ponto de vista anatômico: ➔ O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular. ➔ Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser subdivididos, cada um, para fins descritivos, em quatro lóbulos indistintos, definidos por sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e — embora menos visível — pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo: ➢ Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital; ➢ Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito ou esquerdo; ➢ Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o ducto ejaculatório ipsilateral; ➢ Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Um lobo médio (mediano) dá origem a (3) e (4) anteriores. Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio seja ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula que pode se projetar para o óstio interno da uretra. Alguns médicos, principalmente urologistas e ultrassonografistas, dividem a próstata em zonas periférica e central (interna). Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos, situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Irrigação arterial e venosa da Próstata As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno. Artérias prostáticas > artérias vesicais inferiores > artéria ilíaca interna. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Dois esfincteres uretrais: ➔ Interno: involuntário. ➔ Externo: voluntário. Câncer de Próstata – metástase óssea em quadril e coluna vertebral, pela drenagem venosa; osteoblástica. Mieloma múltiplo – localizações específicas: crânio, pelve e fêmur. Osteolítico. Característica radiológica: crânio em sal e pimenta. Rins Os rins produzem urina que é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária na pelve. A face superomedial de cada rim normalmente está em contato com a glândula suprarrenal. Um septo fascial fraco separa as glândulas dos rins; assim, eles não estão realmente fixados um ao outro. As glândulas suprarrenais atuam como parte do sistema endócrino, com função separada dos rins. Os órgãos urinários superiores (rins e ureteres), seus vasos e as glândulas suprarrenais são estruturas retroperitoneais primárias na parede posterior do abdome – isto é, foram originalmente formados como vísceras retroperitoneais e assim permanecem. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A cápsula adiposa (gordura perirrenal – cápsula de Gerota) circunda os rins e seus vasos enquanto se estende até suas cavidades centrais, os seios renais. Os rins, as glândulas suprarrenais e a gordura que os circunda estão encerrados (exceto inferiormente) por uma camada membranácea e condensada de fáscia renal, que continua medialmente e envolve os vasos renais, fundindo-se com as bainhas vasculares desses últimos. Inferomedialmente, uma extensão delicada da fáscia renal prolonga-se ao longo do ureter como a fáscia periureteral. Externamente à fáscia renal está o corpo adiposo pararrenal (gordura pararrenal), a gordura extraperitoneal da região lombar, que é mais visível posteriormente ao rim. A fáscia renal envia feixes colágenos através do corpo adiposo pararrenal. Os feixes de colágeno, a fáscia renal e a cápsula adiposa e o corpo adiposo pararrenal, junto ao aprisionamento proporcionado pelos vasos renais e ureter, mantêm os rins em posição relativamente fixa. No entanto, os rins se movem durante a respiração e ao passar da posição de decúbito dorsal para a posição ortostática, e vice-versa. A mobilidade renal normal é de cerca de 3 cm, a altura aproximada de um corpo vertebral. Superiormente, a fáscia renal é contínua com a fáscia na face inferior do diafragma (fáscia diafragmática); assim, as glândulas suprarrenais fixam-se principalmente ao diafragma. Inferiormente, as lâminas anterior e posterior da fáscia renal não estão fixadas ou apresentam apenas união frouxa. Os rins, que têm formato oval, retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue, enquanto devolvem nutrientes e substâncias químicas ao sangue. Estão situados no retroperitônio sobre a parede posterior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral, no nível das vértebras T XII a L III. Na margem medial côncava do rim há uma fenda vertical, o hilo renal. O hilo renal é a entrada de um espaço no rim, o seio renal. As estruturas que servem aos rins (vasos, nervos e estruturas que drenam urina do rim) entram e saem do seio renal através do hilo renal. O hilo renal esquerdo situa-se perto do plano transpilórico, a cerca de 5 cm do plano mediano. O plano transpilórico atravessa o polo superior do rim direito, que está por volta de 2,5 cm mais baixo do que o polo esquerdo, provavelmente por causa do fígado. Posteriormente, as partes superiores dos rins situam-se profundamente às costelas XI e XII. Os níveis dos rins modificam-se durante a respiração e com mudanças posturais. Cada rim move-se 2 a 3 cm em direção vertical durante o movimento do diafragma na respiração profunda. Como o acesso cirúrgico habitual aos rins é através da parede posterior do abdome, convém saber que o polo inferior do rim direito está aproximadamente um dedo superior à crista ilíaca. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Durante a vida, os rins têm coloração marrom-avermelhada e medem cerca de 10 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura. Superiormente, os rins estão associados ao diafragma, que os separa das cavidades pleurais e do 12o par de costelas. Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação com os músculos psoas maior medialmente e quadrado do lombo. O nervo e os vasos subcostais e os nervosílio- hipogástrico e ilioinguinal descem diagonalmente através das faces posteriores dos rins. O fígado, o duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito, sse rim é separado do fígado pelo recesso hepatorrenal. O rim esquerdo está relacionado com o estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. No hilo renal, a veia renal situa-se anteriormente à artéria renal, que é anterior à pelve renal. No rim, o seio renal é ocupado pela pelve renal, cálices, vasos e nervos e uma quantidade variável de gordura. Cada rim tem faces anterior e posterior, margens medial e lateral e polos superior e inferior. No entanto, devido à protrusão da coluna vertebral lombar para a cavidade abdominal, os rins estão posicionados obliquamente, formando um ângulo entre eles. Consequentemente, o diâmetro transverso dos rins é reduzido em vistas anteriores e em radiografias anteroposteriores (AP). A margem lateral de cada rim é convexa, e a margem medial é côncava, onde estão localizados o seio renal e a pelve renal. A margem medial entalhada confere ao rim uma aparência semelhante à de um grão de feijão. A pelve renal é a expansão afunilada e achatada da extremidade superior do ureter. O ápice da pelve renal é contínuo com o ureter. A pelve renal recebe dois ou três cálices maiores, e cada um deles se divide em dois ou três cálices menores. Cada cálice menor é entalhado por uma papila renal, o ápice da pirâmide renal, de onde a urina é excretada. Nas pessoas vivas, a pelve renal e seus cálices geralmente estão colapsados (vazios). As pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais. Os lobos são visíveis na face externa dos rins nos fetos, e os sinais dos lobos podem persistir por algum tempo após o nascimento. Papila renal > cálice menor > cálice maior > pelve renal. Vascularização Renal As artérias renais originam-se no nível do disco IV entre as vértebras. A artéria renal direita, que é mais longa, passa posteriormente à VCI. Tipicamente, cada artéria divide-se perto do hilo renal em cinco artérias segmentares, que são artérias terminais (i. e., não fazem anastomoses significativas com outras artérias segmentares, de modo que a área suprida por cada artéria segmentar é uma unidade independente, cirurgicamente Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ressecável ou segmento renal). As artérias segmentares são distribuídas para os segmentos renais do seguinte modo: ➔ O segmento superior (apical) é irrigado pela artéria do segmento superior (apical); os segmentos anterossuperior e anteroinferior são supridos pelas artérias do segmento anterior superior e do segmento anterior inferior; e o segmento inferior é irrigado pela artéria do segmento inferior. Essas artérias originam-se do ramo anterior da artéria renal. ➔ A artéria segmentar posterior, que se origina de uma continuação do ramo posterior da artéria renal, irriga o segmento posterior do rim. É comum haver várias artérias renais, que geralmente entram no hilo renal. Artérias renais extra-hilares, ramos da artéria renal ou da aorta, podem entrar na face externa do rim, muitas vezes em seus polos. Diversas veias renais drenam cada rim e se unem de modo variável para formar as veias renais direita e esquerda; estas situam-se anteriormente às artérias renais direita e esquerda. A veia renal esquerda, mais longa, recebe a veia suprarrenal esquerda, a veia gonadal (testicular ou ovárica) esquerda e uma comunicação com a veia lombar ascendente, e depois atravessa o ângulo agudo entre a AMS anteriormente e a aorta posteriormente. Todas as veias renais drenam para a VCI. Artéria renal > artéria segmentar > artéria interlobar > artéria arqueada > artéria lobular. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Interior do rim: ➔ Córtex ➔ Medula ➢ Colunas ➢ Pirâmides > cálice menor > cálice maior > pelve; Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Drenagem testicular/ovariana: ➔ Direita: veia gonadal direita > veia cava inferior; ➔ Esquerda: veia gonadal esquerda > veia renal esquerda; Glândula Tireoide A glândula tireoide situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras CV a TI. É formada principalmente pelos lobos direito e esquerdo, situados em posição anterolateral em relação à laringe e à traqueia. Um istmo relativamente fino une os lobos sobre a traqueia, em geral anteriormente ao segundo e terceiro anéis traqueais. A glândula tireoide é circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Tecido conjuntivo denso fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos anéis traqueais superiores. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Composição: lobo direito, lobo esquerdo, ístimo e lobo piramidal. Vascularização A glândula tireoide, altamente vascularizada, é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. Esses vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a bainha fascial frouxa. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, descem até os polos superiores da glândula, perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. As artérias tireóideas inferiores, os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias, seguem em sentido superomedial posteriormente às bainhas caróticas até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Elas se dividem em vários ramos que perfuram a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e suprem a face posteroinferior, inclusive os polos inferiores da glândula. As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda fazem extensas anastomoses dentro da glândula, assegurando sua vascularização enquanto proporcionam potencial circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. Três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo na face anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores; elas drenam os polos superiores da glândula tireoide; as veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos praticamente paralelos às artérias tireóideas inferiores; drenam a região intermédia dos Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 lobos. As veias tireóideas inferiores geralmente independentes drenam os polos inferiores. As veias tireóideas superior e média drenam para a veia jugular interna (VJI); as veias tireóideas inferiores drenam para as veias braquiocefálicas posteriormente ao manúbrio do esterno. Drenagem linfática da glândula tireoide. Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, geralmente perto das artérias; eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. A partir daí, os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré-traqueais e paratraqueais. Por sua vez, os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores, e os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Na parte lateral, os vasos linfáticos situados ao longo das veias tireóideas superiores seguem diretamentepara os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico. Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos. A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada hormonalmente pela hipófise. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Baço É o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, no ser humano, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um importante órgão de defesa contra microrganismos que penetram o sangue circulante e é também o principal órgão destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. O baço contém tuna cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. A superfície medial do baço apresenta um hilo, onde a cápsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, no ser humano, a polpa esplênica não contém vasos linfáticos. O baço possui duas polpas em seu parênquima: ➔ Polpa branca: nódulos linfáticos ➔ Polva vermelha: rico em sangue; formado por estruturas alongadas chamadas de cordões esplênicos ou cordões de Billroth, com os sinusoides ou seios esplênicos entre eles. ➔ Toda a polpa esplênica contém células e fibras reticulares, macrófagos, células apresentadoras de antígenos, células linfáticas e algumas outras células em menor proporção. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Polpa branca A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamentos dessas bainhas. No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos existe predominância dos linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída pelos seios marginais. Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retêm e processam antígenos trazidos pelo sangue. A zona marginal contém muitos antígenos transportados pelo sangue e desempenha importante papel imunitário. Polpa branca: tem nódulo linfoide que é um centro germinativo. Formado por linfócitos B, plasmócitos, macrófagos e células reticulares. Polpa vermelha A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos, separados por sinusoides. Os cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são contínuos e de espessura variável, conforme o estado local de distensão dos sinusoides. São constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contêm outras células, como macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além de plaquetas e eritrócitos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Os sinusoides esplênicos são revestidos por células endoteliais alongadas, com seu eixo maior paralelo ao sinusoide. Essa parede delgada e incompleta é envolvida por lâmina basal descontínua e por fibras reticulares que se dispõem principalmente em sentido transversal, como os aros de um barril. As fibras transversais e as que correm em diversas direções unem-se e formam uma rede em torno das células do sinusoide, à qual se associam macrófagos. Polpa vermelha: tem eritrócitos, macrófagos e linfócitos. Cordão esplênico: fibras reticulares Seios esplênicos: líquido, contêm sangue. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Timo O timo é um órgão linfoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina septos, que dividem o parênquima em lóbulos contínuos uns com os outros. Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado de uma parte periférica, denominada zona cortical, que envolve a parte central, mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por ter maior concentração de linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall. Lóbulos divididos por septo, com duas divisões internas: ➔ Córtex ➔ Medula – Corpúsculo de Hassal: formado pelas células reticulares epiteliais >> degenera e calcifica formando o corpúsculo. A cortical e a medular têm os mesmos tipos celulares, porém em proporções diferentes. As células mais abundantes no timo são os linfócitos T, em diversos estágios de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das células reticulares epiteliais, o timo contém macrófagos, principalmente na cortical. As células reticulares epiteliais têm núcleos grandes, cromatina fina e citoplasma com numerosos prolongamentos que se ligam aos das células adjacentes, por desmossomos. As células reticulares epiteliais formam uma camada por dentro do tecido conjuntivo da cápsula e septos; formam o retículo da cortical e da medular, onde se multiplicam e diferenciam os linfócitos T; formam uma camada em tomo dos vasos sanguíneos do parênquima tímico; e constituem os corpúsculos de Hassall, já mencionados, que são encontrados exclusivamente na medular do timo. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfonodo Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Os linfonodos em geral têm a forma de rim e apresentam um lado convexo e o outro com reentrância, o bilo, pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem as veias. Como acontece no tecido linfático em geral, o parênquima do órgão é sustentado por um arcabouço de células reticulares e fibras reticulares, sintetizadas por essas células. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão (vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos envia trabéculas para o seu interior, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. O parênquima do linfonodo apresenta a região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, ausente apenas no hilo, e a região medular, que ocupa o centro do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda ou região paracortical. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Divisões do linfonodo: ➔ Cortical externa: é constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos. Os nódulos linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, oscentros germinativos. As células predominantes na cortical superficial são os linfócitos B, ocorrendo também alguns plasmócitos, macrófagos, células reticulares e células foliculares dendríticas. ➔ Cortical interna: não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam os linfócitos T, lado de células reticulares, e alguns plasmócitos e macrófagos. ➔ Medula: é constituída pelos cordões medulares, formados principalmente por linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos. Os plasmócitos, geralmente, são mais numerosos na medular do que na cortical. Separando os cordões medulares, encontram-se os seios medulares, histologicamente semelhantes aos outros seios dos linfonodos. Os seios medulares recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do linfonodo. ➢ Cordões medulares: células reticulares ➢ Seios medulares: líquido, linfa. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfadenomegalia Linfadenomegalia ou linfadenopatia ou adenomegalia ou adenopatia: aumento dos linfonodos (pode ser generalizado ou restrito a determinada cadeia de linfonodos). Causas mais comuns: ➔ Cânceres ➔ Hipersensibilidade ➔ Infecção ➔ Colagenoses ➔ Atípicas (doenças linfoproliferativas atípicas) ➔ Granulomatoses ➔ Outras Crianças e adultos jovens: infecções bacterianas ou virais de vias aéreas superiores, mononucleose infecciosa, toxoplasmose e TB. Após 50 anos: aumenta a incidência de distúrbios malignos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfadenomegalia generalizada traduz uma infecção de caráter sistêmico e geralmente correspondem a distúrbios não malignos (com poucas exceções). Linfadenopatia + esplenomegalia = doença sistêmica (mononucleose infecciosa, linfoma, leucemia aguda ou crônica, LES, sarcoidose, toxoplasmose, doença da arranhadura do gato). Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma Não Hodgkin (LNH) Origem do tumor: Linfócitos B Linfócitos T Linfócitos NK Comportamento biológico do tumor: indolentes e agressivos 90% de todos os linfomas 4% de todas as neoplasias malignas e desde 1970 a incidência vem aumentando 3-4% Incidência: < 65 anos >> 8,5 casos/100.000 habitantes > 65 anos >> 69 casos/100.000 pessoas Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma difuso de linfócitos B Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Linfoma de Hodkin 12% dos linfomas Incidência caindo em 1%/ano e tx de mortalidade em 3,6%/ano Etiologia: Virus Epstein-Barr (EBV) aparece em 50% das células do LH clássico Antecedente de monomucleose confirmada: 3x maior o riscode LH Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Célula de Reed-Sternberg é patognomônico de LH Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As células são: os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos. Osteócitos: células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos. É um osteócito por lacuna. São células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. Osteoblastos: são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo sangue, atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à distância. Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um epitélio simples. São cuboides em intensa atividade e achatados em estado pouco ativo. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ser chamado de osteócito. Os osteoblastos em fase de síntese mostram as características ultraestruturais das células produtoras de proteínas. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de osteoide. Osteoclastos: são células moveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas. As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis. Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship. Têm citoplasma granuloso, com vacúolos, fracamente basófilo em células jovens. E acidófilo nos maduros. Originam-se de precursores mononucleados da medula óssea, que se unem para formar os osteoclastos. Matriz óssea é formada por duas partes distintas: ➔ Parte inorgânica: composta principalmente por cristais de hidroxiapatita e outros minerais em pequena quantidade. Corresponde a 50% do peso da matriz óssea. ➔ Parte orgânica: composta principalmente por fibras colágenas (95%), principalmente de colágeno tipo 1 e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas. A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões. A destruição da parte orgânica, que é principalmente colágeno, pode ser realizada por incineração e também deixa o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado sem se partir. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Periósteo: recoberto pelo tecido conjuntivo. A camada superficial contém fibras colágenas e fibroblastos Endósteo: recoberto por células osteogênicas. Há dois tipos de osso, macroscopicamente: ➔ Osso compacto: sem cavidades visíveis. ➔ Osso esponjoso: apresenta muitas cavidades intercomunicantes Classificação de acordo com as partes do osso: ➔ Epífises: formados por osso esponjoso, com uma delgada camada superficial compacta Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Diáfise (parte cilíndrica): quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso no interior, delimitando o canal medular. Tipos de ossificação Há dois tipos de ossificação nos ossos: ➔ Ossificação membranosa: ocorre no interior de uma membrana conjuntiva. ➔ Ossificação endocondral: ocorre sobre um molde cartilagem hialina, que é gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco, substituído por tecido secundárioou lamelar. Ossificação intramembranosa (primária) Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior. Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos. O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (matriz ainda não mineralizada). que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Ossificação endocondral (secundária) A ossificação endocondral tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de ossificação é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. A ossificação endocondral consiste essencialmente em dois processos. ➔ Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. ➔ Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 No decorrer do processo de ossificação, aparece 2 centros de ossificação: ➔ Centro primário: é formado logo após a formação do colar ósseo por ossificação intramembranosa. Pelo mesmo processo de ossificação descrito Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 acima. Há crescimento rápido longitudinal, ocupando toda a diáfise, que fica, assim, formada por tecido ósseo. O alastramento do centro primário é acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo que se formou a partir do pericôndrio e que cresce também na direção das epífises. Desde o começo surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido ósseo formando no centro da cartilagem, aparecendo o canal medular, que será preenchido pelas células hematógenas, dando origem à medula óssea. ➔ Centro secundário: formado nas epífises do osso, um em cada epífise. Semelhante ao primário, mas o crescimento é radial. Cresce até ocupar toda a epífise, restando apenas dois lugares com cartilagem, a cartilagem articular e o disco epifisário, que será responsável pelo crescimento longitudinal do osso. Na cartilagem de conjugação (pericôndrio: TC fibroso denso), começando ao lado da epífise, distinguem-se as 5 zonas: ➔ Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica ➔ Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso ➔ Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose. ➔ Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos ➔ Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A matriz óssea calcifica-se e aprisiona osteoblastos, que se transformam em osteócitos. Desse modo, formam-se as espículas ósseas, com uma parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido ósseo primário. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 A: canais de Havers, rodeados pelas lamelas, B: osteócitos Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sistema urinário Rins ➔ Capsula fibrosa: T.C. denso não modelado ➔ Zona cortical: contêm os glomérulos (corpúsculos renais), partes proximal e distal dos túbulos renais ➔ Zona medular: 10 a 18 pirâmides medulares, onde contem a alça de Henle. Entre as pirâmides, tem as colunas renais que são extensões do córtex. ➔ Lobo renal: cada pirâmide recoberta na base e nos lados pelo tecido cortical forma um lobo. Com o crescimento, a superfície cortical de cada lobo se funde com os demais formando uma superfície lisa continua. Néfrons ➔ Capsula de Bawman: ➢ Folheto externo/parietal: T.E.R. simples pavimentoso, apoiado em uma lâmina basal (T.C.F.) e em uma fina camada de fibras reticulares. Originado do túbulo proximal. ➢ Folheto interno/visceral: uma camada de células epiteliais altamente especializadas chamadas podócitos que revestem os capilares do glomérulo, a maioria das células não estão apoiadas em uma membrana basal. OBS: partem dos podócitos prolongamentos primários e secundários; entre os prolongamentos secundários têm as fendas de filtração ➢ Capilares glomerulares: células endoteliais fenestrados (com poros) apoiado em uma membrana basal (mesma dos podócitos). Esta membrana é responsável pela filtração glomerular. ➔ Túbulo contorcido proximal: folheto parietal continua com o tecido epitelial cuboide ou colunar baixo. As células apresentam citoplasma basal acidófilo e o citoplasma apical com microvilos que formam a orla em escova (interior do túbulo). O lúmen do tubo se apresenta fechado no M.O. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 ➔ Alça de Henle: ➢ Parte delgada: T.E.R. simples pavimentoso ➢ Parte espessa: semelhante ao túbulo distal (será dito no túbulo distal) ➢ Participa da retenção de água OBS: Dois tipos de néfrons: ➔ Justaglomerulares: alças muito longas ➔ Corticais: alças muito curtas ➔ Túbulo contorcido distal: T.E.R. cúbico simples, lúmen mais visível no M.O. ➢ O túbulo encosta do corpúsculo do mesmo néfron e nesse ponto há uma mudança nas células: tornam-se cilíndricas, altas e com núcleos alongados. Essa parte modificada se chama macula densa que é sensível ao conteúdo iônico e volume sanguíneo, produzindo moléculas que promovem a liberação de renina. Na presença de aldosterona, há absorção de sódio e secreção de potássio. Também secreta íons hidrogênio e amônia. ➔ Tubulos coletores ➢ T.E.R. simples cúbico ➔ Ductos coletores ➢ Menos delgados e mais próximo das papilas: as células ficam mais altas até ficarem cilíndricas; ➢ Participa da retenção de água; Próstata A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas tubulo-alveolares ramificadas que envolvem uma porção da uretra chamada uretra prostática. A próstata tem três zonas distintas: ➔ A zona central (cerca de 25% do volume da glândula); ➔ A zona de transição; ➔ A zona periférica (cerca de 70% da glândula);Seus ductos desembocam na uretra prostática. As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. A Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso. Septos dessa cápsula penetram a glândula e a dividem em lóbulos, que não são facilmente percebidos em um adulto. As glândulas produzem secreção e a armazenam para expulsá-la durante a ejaculação. Da mesma maneira como a vesícula seminal, a estrutura e a função da próstata são reguladas por testosterona. Pequenos corpos esféricos formados por glicoproteínas, medindo 0,2 a 2 mm de diâmetro e frequentemente calcificados, são frequentemente observados no lúmen de glândulas da próstata de adultos. Eles são chamados concreções prostáticas ou corpora amylacea. Sua quantidade aumenta com a idade, porém seu significado não é conhecido. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Tireoide A tireoide é uma glândula endócrina que se desenvolve a partir do endoderma da porçâo cefálica do tubo digestivo. Sua função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois lóbulos unidos por um istmo. A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a O , 9 mm de diâmetro. A parede dos folículos é um epitélio simples cujas células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. Os septos se tornam gradualmente mais delgados ao alcançar os folículos, que são separados entre si principalmente por fibras reticulares. A tireoide é um órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glândulas e11dócrinas. Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue. Em cortes o aspecto dos folículos tireoidianos é muito variado, o que é consequência de: (1) diferentes maneiras em que foram seccionados os folículos; (2) diversos níveis de atividade funcional exercidos pelos vários folículos. Alguns folículos são grandes, cheios de coloide e revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso, e outros são menores, com epitélio colunar. De maneira geral, quando a altura média do epitélio de tun número grande de folículos é baixa, a glândula é considerada hipoativa. Em contrapartida, o aumento acentuado na altura do epitélio folicular acompanhado por diminuição da quantidade de coloide e do diâmetro dos folículos costuma indicar hiperatividade da glândula. Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os folículos tireoidianos. As células parafoliculares produzem um hormônio chamado calcitonina, também denominado tirocalcitonina, cujo efeito principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em consequência, diminui o nível de cálcio no plasma. A secreção de calcitonina é ativada por aumento da concentração de cálcio do plasma. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Medula Óssea A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto saudável, produz por dia cerca de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal. Esta produção é ajustada com grande precisão às necessidades do organismo. A A medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Distinguem-se a medula óssea vermelha, hematógena, que deve sua cor a numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação, e a medula óssea amarela, rica em células adiposas e que não produz células sanguú1eas. No recém- nascido, toda a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na produção de células do sangue. Com o avançar da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na variedade amarela, sendo a medula vermelha no adulto observada apenas no esterno, nas vértebras, costelas e na díploe dos ossos do crânio; no adulto jovem, é vista nas epífises proximais do fêmur e do úmero. A medula amarela ainda retém células-tronco e, em certos casos, como nas hemorragias, alguns tipos de intoxicação e irradiação, pode transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue. Tanto na medula óssea vermelha como na amarela existem nódulos linfáticos, que são acúmulos de linfócitos. A medula óssea não tem vasos linfáticos. Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Medula Óssea Vermelha A medula óssea vermelha (Figura 13.3) é constituída por células reticulares, associadas a fibras reticulares ( colágeno tipo III). Essas células e fibras formam uma rede, percorrida por numerosos capilares sinusoides, que se originam de capilares no endósteo e terminam em um grande vaso central, cujo sangue desemboca na circulação sistêmica venosa por meio de veias emissárias. Artérias também são encontradas na medula, principalmente na região cortical, próxima do endósteo. A inervação da medula consiste principalmente em fibras nervosas mielínicas e amielínicas existentes na parede das artérias. Algumas fibras amielínicas terminam em regiões de hemocitopoese, e algm1s neurotransmissores (p. ex., substância P) contribuem para a regulação deste processo. O endotélio dos capilares e as células reticulares são fontes de citocinas hemocitopoéticas. A hemocitotopoese ocorre nos espaços entre capilares e células reticulares, sendo regulada por citocinas estimulatórias e inibitórias, contatos intercelulares e proteínas da matriz extracelular existentes neste estroma. Neste ambiente especial, célulastronco proliferam e se diferenciam em todos os tipos de células do sangue (Figuras 13.3 a 13.5). Células adiposas ocupam aproximadamente 50% da medula óssea vermelha no indivíduo adulto. O aumento do tecido adiposo se continua gradualmente com o envelhecimento. Os adipócitos medulares se desenvolvem a partir de células fibroblastoides, provavelmente células reticulares. Diferentemente de outros adipócitos do organismo, essas células são relativamente resistentes à lipólise promovida pelo jejum prolongado. A matriz extracelular, além de colágeno tipos I e III, contém fibronectina, laminina, tenascina, trombospondina, vitronectina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. Várias destas moléculas e outra molécula com afinidade para células, a hemonectina, interagem com receptores celulares, fixando temporariamente as células e interferindo positivamente ou negativamente na função de diferentes citocinas. Essas interações formam nichos (microrregiões) especializados que podem facilitar o desenvolvimento de linhagens sanguíneas específicas, favorecer a sobrevivência de células-tronco ou a quiescência celular. A medula apresenta microrregiões nas quais predomina um mesmo tipo de glóbulo sanguíneo, em diversas fases de maturação. A liberação de células maduras da medula para o sangtte ocorre por migração através do endotélio, próximo das junções intercelulares. De modo geral, o processo de maturação envolve a perda de receptores de adesão célulacélula e célula-matriz, podendo ser controlada por fatores de liberação, moléculas produzidas em resposta às necessidadesdo organismo. Diferentes linhagens sangttíneas podem responder de Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 maneira diferenciada a esses fatores. A Figura 13.4 ilustra a passagem de células da medula óssea para o sangue (liberação). Medula óssea: ➔ Vermelha: produz hemácias ➢ Tem trabéculas ósseas: entre elas tecido hematopoiético com bolas brancas (adipócitos); ➢ Série eritroblástica: células escuras juntas; ➢ Série granulocítica: célula mais clara com grânulos ➢ Megacariócito: célula gigante ➔ Amarela: reserva lipídica; ➔ Componentes do Sangue: Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017 Sidney Ferreira de Moraes Neto - Med2020 - 2017
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