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Desenho Arquitetônico e Noções de Construção Civil _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 114 Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 Todos Direitos de edição reservados à: Laudera Participações S/S Ltda. Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010 e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br Site: www.institutonacional.com.br Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. mailto:institutonacional@institutonacional.com.br http://www.institutonacional.com.br/ _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 115 APRESENTAÇÃO ESSE CURSO TEM COMO FINALIDADE A APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS DE DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL. NA PRIMEIRA PARTE, O ALUNO TERÁ CONTATO COM OS SÍMBOLOS E EXPRESSÕES PRÓPRIAS DO DESENHO ARQUITETÔNICO, ADQUIRINDO CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPREENDER O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO, DESDE SUA CONCEPÇÃO ATÉ O PROJETO FINAL. NA SEGUNDA, NA PARTE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, O ALUNO TERÁ UMA VISÃO GERAL DO PROCESSO CONSTRUTIVO, INICIANDO PELA PESQUISA DE COMPRA DO TERRENO, DOCUMENTAÇÃO E AS VÁRIAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO ATÉ SUA FINALIZAÇÃO. É IMPORTANTE RESSALTAR QUE ENQUANTO O ARQUITETO É RESPONSÁVEL POR CRIAR UM PROJETO, O ENGENHEIRO CIVIL É RESPONSÁVEL POR CONCRETIZAR A OBRA. NO ENTANTO, O CORRETOR É INDISPENSÁVEL NA DIVULGAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO IMÓVEL, POR ISSO É NECESSÁRIO CONHECER OS PROCESSOS BÁSICOS DE CRIAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO. FONTE: PENSADOR.COM (NOV/2020) _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 116 FIGURAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES 1. Introdução Alguns conceitos são empíricos e de suma importância para o entendimento da geometria plana, como ponto, reta e plano. a) Ponto Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma localização e são indicados com letras maiúsculas. • p (ponto p) b) Plano Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: comprimento e largura. Nessa superfície que se formam as figuras geométricas. Os planos são indicados por letras gregas. c) Reta A reta é uma linha ilimitada e unidimensional, ou seja, tem comprimento, mas não tem largura. Pode ser representada por: d) Semirreta A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim. Aula 01 – Elementos de Geometria Plana _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 117 e) Segmento de reta O segmento de reta é limitado, pois corresponde à parte entre dois pontos distintos. 2. Posição entre retas a) Retas paralelas: são retas que não possuem pontos em comum e mantêm constante distância entre si. Representação: r // s // t b) Retas concorrentes: são retas que possuem um ponto em comum, pois elas se cruzam. c) Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se cruzam formando um ângulo de 90º. Representação: r t 3. Ângulos É a região de um plano formada pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto comum, chamado de vértice do ângulo. São classificados em: Curiosidade: a ilustração abaixo é um exemplo de aplicação de vários conceitos que acabamos de abordar. Podemos identificar vários elementos geométricos como: ponto, plano, reta, semirreta, segmento de reta, dentre outros. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 118 fonte: comodesenharperfeito.com (acesso em nov/20200) 4. Polígonos São figuras geométricas planas fechadas formadas por segmentos de reta. 4.1 Elementos de um polígono Principais elementos de um polígono: • lados: são os segmentos de reta que formam o polígono. • ângulos: é a região formada pelo encontro de dois segmentos de reta que formam o polígono. • vértice: é o ponto de encontro entre os lados do polígono. 4.2 Polígonos regulares São os polígonos que apresentam lados iguais e todos os ângulos com a mesma medida. Alguns exemplos de polígonos regulares: Curiosidade: observando a imagem podemos identificar vários elementos de geometria plana. fonte: Revistacasaejardim.globo.com (04/2020) _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 119 5. Perímetro O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica, ou seja, é a medida do seu contorno ou do seu comprimento. Exemplo: Calcule o perímetro do retângulo abaixo. p = 6m + 6m + 4m + 4m p = 20m 6. Área A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a superfície da figura, maior será sua área. Área de um retângulo Para calcular a área de um retângulo basta multiplicar a medida da base pela medida da altura. Exemplo: Calcule a área do retângulo abaixo: a = b x h A = 6m x 4m A = 24m2 Aplicação prática Observe a figura de um campo de futebol. Para cercá-lo é necessário conhecer seu perímetro. Se for para colocar grama, por exemplo, então é necessário o cálculo da área. Aula 02 – Perímetros e Áreas de Algumas Figuras Plana A= b ∙ h _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 120 7. Circunferência É o conjunto de pontos que estão à mesma distância (raio) de um ponto fixo (centro da circunferência). Elementos da circunferência Raio: é o segmento de reta que vai do centro até um ponto da circunferência. Diâmetro: é o segmento de reta que vai de um ponto a outro da circunferência passando pelo centro. O diâmetro é o dobro do raio. Corda: segmento de reta cujas extremidade são pontos da circunferência. A maior corda da circunferência é o diâmetro.1 O número É a razão entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro, que resulta em uma constante que vale aproximadamente 3,14. Comprimento de uma circunferência Como , temos que : Como d = 2r podemos também dizer que: Área de uma circunferência É o produto do número π pelo quadrado do raio da circunferência. Resumindo:comprimento: c = 2 ∙ ∙ r área: a = ∙ r2 C = d ∙ C = 2 ∙ ∙ r ∙ A = ∙ r2 _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 121 Exemplo: Calcule o comprimento e a área de uma circunferência de 3m de raio. Considere π = 3,14 Comprimento área C = 2 ∙ ∙ r a = ∙ r2 C= 2 ∙ 3,14 ∙ 3 a= 3,14 ∙ 32 C= 18,84 m a = 28,26 m2 Resposta: a circunferência tem 18,84 m de comprimento e 28,26 m2 de área. Aplicação prática. Observe a ilustração de uma praça circular, em que os cálculos de perímetro e área podem ser aplicados, sendo necessário apenas a medida do raio. fonte: cemara.com.br (acesso em nov/2020) É o estudo das figuras no espaço, também chamadas de sólidos ou poliedros. Apresentam três dimensões: altura, largura e comprimento. Exemplos de figuras espaciais: Cilindro, cone, prisma, pirâmide e esfera. 1) Cubo O cubo possui 6 faces com as mesmas medidas, tanto para área, ângulos e quantidade de arestas. É formado por 6 faces quadrangulares de mesma medida, 12 arestas congruentes, 24 ângulos retos, 8 vértices e 4 diagonal. Aula 03 – Elementos da Geometria Espacial _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 122 1.1) Volume do cubo a V= altura x largura x comprimento No cubo essas três dimensões têm a mesma medida, então: V= a.a.a V= a³ (sendo a= aresta) Lembrando que a unidade de medida do volume é o metro cúbico (m³), seus múltiplos e submúltiplos. Exemplo: Calcule o volume de um cubo de 3 metros de aresta. v= a³ v= 3.3.3 v= 27m³ Curiosidade: Na ilustração abaixo, um projeto utilizando o cubo como conceito. Casa cubo fonte: casavogue.globo.com (acesso em nov/2020) 2) Paralelepípedo É o sólido que apresenta faces paralelas formadas por paralelogramos. Possui 6 faces, 8 vértices, 12 arestas, 24 ângulos retos. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 123 2.1) Volume do paralelepípedo V= altura x largura x comprimento V = a.b.c Lembrando que a unidade de medida utilizadas para o volume é o metro cúbico (m³), seus múltiplos e submúltiplos. Exemplo: Qual o volume de um paralelepípedo de 30cm de altura, 20cm de largura e 60cm de comprimento? V= a .b .c V= 20 . 60 . 30 V= 36000 cm³ Curiosidade O MASP, museu de arte de São Paulo, seu projeto pode ser associado a ideia de um grande paralelepípedo. fonte: pt.wikipedia.org “A arquitetura é a arte de edificar e se bem direcionada pode alcançar o nível de uma obra de arte”. (Oscar Niemeyer) No início dos tempos, quando o homem aprendeu a cultivar e cuidar de rebanhos domesticados, ele sentiu a necessidade de se estabelecer em um determinado local ou área. Então houve a necessidade de proteção dos elementos da natureza que o levou a construir abrigos. É na pré-história que se pode encontrar as origens do pensamento arquitetônico. Com o passar do tempo suas construções se tornam mais sólidas, mais limpas e se voltam ao belo. Da pré-história a era contemporânea houve o desenvolvimento de várias fases e estilos arquitetônicos. Os estilos arquitetônicos evoluíram paralelamente às necessidades da evolução humana, como: físicas (de abrigo), emocionais (de segurança e proteção), estéticas (de beleza e funcionalidade) e de expressão de sua religiosidade. Há vários estilos arquitetônicos, apresentaremos aqui alguns que influenciaram a arquitetura brasileira. Aula 04 – A Arquitetura _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 124 Estilos arquitetônicos 1. Clássico A arquitetura clássica se deu entre os séculos VII a.c. E IV a.c. Suas principais edificações foram na Grécia antiga e seus exemplares mais marcantes são templos religiosos de grandes dimensões construídos em pedra, projetados visando a simetria, geometria e criação de perspectiva. A obra mais relevante da arquitetura clássica é o Partenon, construído na Acrópole de Atenas no século V a.c. Com as características mais evidentes do estilo - um volume construído sobre um embasamento que sustenta a sequência de colunas com capitéis (cobertura de colunas) que, por sua vez, apoiam um frontão. 2. Gótico A arquitetura gótica teve origem entre os anos 900 e 1300 na alta idade média da França. Durante o período iluminista se cunhou o termo gótico para referir-se à arquitetura vertical e majestosa das obras produzidas, similar ao estilo romântico. As obras mais marcantes do período gótico são relacionadas às construções eclesiásticas, ou seja, catedrais e igrejas que com características típicas do estilo, tais como, o arco de ogiva e as abóbodas com nervuras diagonais. Grande parte das construções do período são consideradas patrimônio mundial da Unesco, como por exemplo a Catedral de Reims e a catedral de Notre-Dame. Catedral de Notre-Dame - Paris 3. Barroco Durante o regime monarquista na Europa, no início no século XVI, a arquitetura barroca se expressou com ênfase nos edifícios sacros, tendo em vista que a maior parte de sua produção se refere aos esforços do movimento de contrarreforma, que negava o norte racional de simetria proposto pelo renascimento e buscava sua plasticidade de forma mais intensa, emotiva e imponente através de um desenho sinuoso. Assim sendo, suas obras buscavam estabelecer um sentido de dramaticidade nas obras, utilizando para tal ornamentos e elementos que focassem no contraste, sobretudo entre o claro e escuro. A arquitetura barroca ainda recorria aos elementos estruturais como elementos decorativos. Um exemplo precursor desse estilo de arquitetura é a Igreja de Jesus em Roma, que ostenta a primeira fachada verdadeiramente barroca. Partenon – Acrópolis de Atenas (sec. V a.C.) https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Ges%C3%B9?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 125 Igreja de Jesus (Church of the Gesù), Roma 4. Bauhaus O arquiteto alemão Walter Gropius (1833–1969) fundou o movimento Bauhaus como uma escola de artes em Weimar que revolucionou por buscar formas e linhas simples, definidas pela função do objeto. Trouxe uma visão interdisciplinar, pois unificou a arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial. Introduziu o uso de novos materiais, como os pré-fabricados para a simplificação dos volumes e formas com predomínio de linhas retas para um visual mais claro e límpido. Prédio da Bauhaus em Weimar 5. Moderno O modernismo se formou através de um conjunto de movimentos culturais nos primeiros anos do século XX. Durante tal período, o modernismo teve diversos representantes em vários países: pode-se falar em uma origem moderna alemã com a Bauhaus, ou francesa com Le Corbusier, ainda norte-americana com Frank Lloyd Wright, ou, ainda, de inspiração construtivista russa.Em termos de formulação, a arquitetura moderna reunia todas essas vertentes no ciam (congresso internacional de arquitetura moderna). Além disso, é notória a importância de Le Corbusier na arquitetura moderna, pois tinha enorme capacidade de síntese em projeto e discurso dos preceitos que adotava em sua produção. O principal exemplo é sua formulação, em 1926, dos "cinco pontos da nova arquitetura", também conhecidos como cinco pontos da arquitetura moderna: planta livre, fachada livre, pilotis (colunas), terraço jardim e janela em fita. Capela de Ronchamp - Le Corbusier (1955) https://www.archdaily.com.br/br/tag/bauhaus https://www.archdaily.com.br/br/tag/le-corbusier https://www.archdaily.com.br/br/tag/frank-lloyd-wright _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 126 6. Pós-moderno A arquitetura pós-moderna surgiu a partir da década de 60 e teve inúmeros representantes na américa e na Europa que colocaram em cheque alguns princípios do modernismo. Utilizavam uma nova perspectiva histórica, dando nova roupagem para seu discurso e projetos. Para tanto, foram adotadas diversas estratégias de embate e questionamento, ora por uma vertente de ironia, ora por um intenso interesse e investigação da cultura popular. No contexto norte-americano, o livro aprendendo com Las Vegas é uma das obras seminais da reflexão pós-moderna. O pós-modernismo resgata os estilos anteriores ao modernismo e os utiliza de forma diferenciada. 7. Contemporâneo Considera-se “contemporâneo” ao estilo de arquitetura desenvolvida depois do pós-moderno nos anos 80, iniciando-se nos anos 90 até os dias atuais. Representa o reaparecimento de linguagens comprometidas com a retomada do racionalismo, com tendências minimalistas. Por outro lado, verifica- se uma busca de ideias e soluções mais voltadas à questão do conforto ambiental, aliado aos processos de racionalização da construção. Etapas do Projeto Arquitetônico O técnico em transações imobiliárias precisa se inteirar de alguns termos técnicos relacionados à obra, bem como conhecimentos básicos para avaliar um projeto arquitetônico que o ajudará, por exemplo, ter argumentos em uma explanação para o cliente. 1. Estudo preliminar A fase inicial de um projeto arquitetônico é o estudo preliminar, onde o arquiteto deve se certificar dos objetivos, necessidades e sonhos de seu cliente. Aliado à ideia do menor custo, parte para o planejamento, parte fundamental para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico. O próximo passo é a elaboração de um croqui para finalmente passar para a primeira fase denominada de anteprojeto. Aula 05 – O Projeto Arquitetônico Robert Venturini - Hous Teatro Popular de Niterói – Oscar Niemeyer https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 127 2. Anteprojeto É o projeto desenhado, seguindo todas as normas do desenho técnico e da ABNT (associação brasileira de normas técnicas). É a fase em que se define a configuração definitiva do projeto. Ao anteprojeto são adicionados os elementos que serão apresentados aos clientes e à autoridade competente para aprovação. Estas são enviadas para o desenvolvimento de projetos complementares como: projeto estrutural, hidrossanitário, elétrico, dentre outros. 3. Projeto legal O projeto legal é feito a partir do projeto arquitetônico completo e definido. As plantas, cortes e fachadas do projeto são formatadas dentro do que a legislação vigente exige. A função do projeto legal é permitir que o projeto esteja dentro de um padrão para que os fiscais possam analisar e deferir ou indeferir o projeto. Esta seria uma das primeiras formas que os órgãos fiscalizadores têm de controlar as obras do município, garantindo que seja cumprida a lei. Caso o projeto seja deferido, ou seja, aprovado, é concedido o alvará de construção, documento fundamental para que se possa executar a obra legalmente. Se indeferido, as falhas e irregularidades serão apontadas para que a equipe de arquitetos as corrijam e as atualizem no projeto legal. Então o projeto deve ser reenviado para nova análise, repetindo todo processo até que seja aprovado. 4. Projeto executivo O projeto executivo deve conter os elementos necessários que corroboram com os padrões e normas técnicas da legislação vigente. É desenvolvido após todos os demais projetos, licenças e alvarás estiverem prontos e aprovados por todos os envolvidos: cliente, arquitetos, órgãos fiscalizadores, etc. Nele constarão em detalhes como a obra deve ser edificada: dimensões, metragens, acabamentos, recuos, níveis, alturas, fechamentos, acabamentos, enfim, todas as informações necessárias para que a equipe responsável por construir o projeto consiga concluir a tarefa com precisão, seguindo o que foi projetado à risca. Deve também conter avaliação dos custos, métodos construtivos e prazos de execução. Todas as plantas do projeto executivo devem ser impressas e entregues ao mestre de obras, responsável por liderar os construtores. Segundo a legislação, não se pode construir sem que o projeto executivo esteja no canteiro de obras, em momento algum, sob nenhuma hipótese. Caso o mestre de obras tenha alguma dúvida em relação ao projeto, ele pode (e deve!) consultar o projeto executivo. Se a dúvida persistir, então os arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto podem ser convocados a comparecerem ao local da obra para que qualquer dúvida seja devidamente esclarecida, garantindo a continuidade e qualidade do projeto. 5. Projeto final Logo após a aprovação do projeto pelo cliente, o arquiteto passa a finalizá-lo, incluindo todos os desenhos necessários para a aprovação na prefeitura e no CREA (conselho regional de engenharia, arquitetura e agronomia), que é o órgão onde o arquiteto registra um documento denominado ART – anotação de responsabilidade técnica, no qual assume total responsabilidade pelo projeto que assina. O CREA fiscaliza a atuação dos profissionais formados nas áreas de engenharia, arquitetura e agronomia. 6. Aprovação do órgão competente O cliente ou o profissional deverá levar o projeto para ser aprovado pela prefeitura; caso seja aprovado, deverá providenciar cinco jogos de cópia para serem registrados e carimbados. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 128 Normas técnicas NBR é a sigla para norma brasileira que estabelece regras, características, diretrizes ou orientações sobre determinado produto, material ou serviço visando a padronização dos processos produtivos. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão que regulamenta a padronização de todos os processos produtivos visando o desenvolvimento tecnológico do país dentro de uma linguagem comum e/ou universal. A padronização visa garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto em nível nacional, todos os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, formatos do papel e outros. O objetivo é conseguir melhores resultados a partir do uso de padrões que supostamente descrevem o projeto de maneira mais adequada epermitem a sua compreensão e execução por profissionais diferentes, independente da presença daquele que o concebeu. Como instrumento, as normas técnicas contribuem em quatro aspectos: • qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os desejos dos usuários. • produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos. •tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros consensuais entre produtores, consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição da sociedade. • marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e venda. Dentre as centenas de normas técnicas já editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), citaremos duas relacionadas aos projetos arquitetônicos: NBR 16636/2017 – elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos NBR 6492/1994 – representação de projetos de arquitetura Em arquitetura, o desenho é a principal forma de expressão. Ele é o instrumento utilizado para comunicar as ideias do projetista para o construtor, que o usará para materializar o objeto idealizado. Como a confecção de um edifício é uma tarefa que envolve diversos profissionais, um projetista que não saiba apresentar bem suas ideias e colocá-las de forma clara no papel, acaba com uma construção diferente do que ele havia imaginado no início. Quando isso acontece, normalmente os resultados são bem desagradáveis. Além disso, pode ser valoroso para qualquer pessoa que pretenda contratar um arquiteto, tenha alguma noção sobre a leitura e interpretação de desenhos arquitetônicos. Afinal, é importante conseguir avaliar o serviço que irá receber. O que é desenho arquitetônico? Desenho arquitetônico é a representação gráfica das projeções horizontais e verticais de um projeto arquitetônico. Além disso, o desenho pode ter diversos propósitos. Ele pode servir para apresentar uma ideia, um conceito, gerar uma emoção, ou mesmo servir como um manual de como um edifício deve ser construído. Aula 06 – O Desenho Arquitetônico _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 129 fonte: portaleducação.com.br (acesso em nov/2020) No Brasil, nos baseamos em algumas normas do desenho arquitetônico como a NBR 6492/94 (representação de projetos de arquitetura), a NBR 8196/99 (emprego de escalas), a NBR 8403/84 (aplicações de linhas – tipos e larguras), a NBR 10068/87 (folha de desenho – leiaute e dimensões, margens) e a NBR 13142/99 (dobramento e cópia). Softwares de ajuda ao desenho técnico Cada dia que passa, novos programas de ajuda ao desenho técnico são criados. Os profissionais da construção de hoje contam com vários programas que ajudam no desenvolvimento de projetos. Como exemplo seguem alguns softwares para engenharia e construção civil: SKETCHUP, AUTOCAD, AUTOCAD CIVIL 3D, MATLAB, REVIT, SAP2000, TQS, SIENGE, MDSOLIDS, FTOOL, CONSTRUCT APP. Lembrando que muitos outros são frequentemente desenvolvidos. Desenho à mão livre ou croqui Considerado um meio rápido de comunicação do arquiteto, o desenho à mão livre expressa sua ideia, pensamentos e criações de maneira prática e objetiva. Pode ser empregado em uma conversa com o cliente ou quando uma obra está em andamento, por exemplo, pois são casos em que o diálogo se expressa através dos desenhos. Embora os projetos são desenvolvidos utilizando programas de computador, a concepção dele nasce primeiramente no papel, só depois vai ser desenvolvido por programas de computador, por isso o desenho à mão livre, em arquitetura, é uma das formas mais rápidas de exteriorizar sua criação. fonte: vivadecora.com.br (nov/2020) _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 130 Maquete É uma representação (completa ou parcial) em escala reduzida de um objeto, sistema ou estrutura de engenharia ou arquitetura. É a transformação do desenho em objetos tridimensionais físicos. fonte: archdaily.com.br (acesso em nov/2020) Atualmente a maquete eletrônica também é muito utilizada. Geralmente criada por arquitetos, projetistas ou desenhistas através de um software de modelagem 3d. Apresenta níveis distintos de detalhamento, podendo ser meramente esquemática, detalhada ou foto-realística, caso o intuito seja alcançar um resultado mais artístico. A função do desenho no projeto arquitetônico É através do desenho arquitetônico que o projetista (desenhista, arquiteto etc.) se comunica com todo pessoal envolvido na obra, desde o cliente ao pedreiro e às autoridades de certificação. São desenhos regidos por normas e procedimentos, mas trazem as intenções do arquiteto. Podemos destacar alguns tipos: plantas, cortes, fachadas e outras variações. Antes de apresentar cada um e suas principais características, vamos ver aqui algumas convenções e símbolos que ajudam na compreensão dos elementos representados. Escala Escala é a razão de semelhança representada por uma fração que relaciona as dimensões de um objeto e sua representação através de um desenho. A escala permite representar, no papel, objetos de qualquer tamanho real mantendo as suas proporções. Dependendo do tipo de escala utilizada, as medidas do objeto real podem ser mantidas, reduzidas ou aumentadas proporcionalmente. Existem três tipos de escalas: a) Escala natural ou real Quando o objeto a ser representado apresenta as mesmas medidas no desenho que o representa, isto é, aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. A escala natural ou real está na razão 1 para 1. b) Escala de redução É aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho real da peça. Quando o objeto a ser representado tem dimensões grandes, é utilizada a escala de redução para possibilitar sua representação no papel. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 131 Por exemplo: A escala 1/2 significa que a cada centímetro do papel representará 2 centímetros do real, ou seja, o desenho será reduzido 2 vezes. c) Escala de ampliação A escala de ampliação é utilizada quando o objeto a ser representado é muito pequeno e necessita ser ampliado para melhor compreensão do projeto. Por exemplo: Uma escala 2:1 (dois por um), indica que o desenho é duas vezes maior que o objeto. Escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196/1983 Categorias Escalas recomendadas Escalas de ampliação 20 : 1 50 : 1 10 : 1 2 : 1 5 : 1 Escala natural 1 : 1 Escala de redução 1 : 2 1: 5 1 : 10 1 : 20 1: 50 1 : 100 1 : 200 1: 500 1 : 1.000 1 : 2.000 1: 5.000 1 : 10.000 Linhas Na representação gráfica em arquitetura as linhas são divididas em tipos e espessuras, iremos explicar algumas mais utilizadas, tomando como base as normas da ABNT. Tipos de linha Como já dissemos, as linhas são separadas em tipos e espessuras, agora explicaremos para vocês quais são, para que servem e como utilizar. a) Linhas contínuas Essas são as mais comuns e sua função vai mudar de acordo com a espessura. Nesse artigo vamos mostrar os valores de espessura que estão representados na NBR 6492, isso é, são valores mais genéricos e condizem mais com grafites que softwares. b) Linhas grossas Representam alvenaria em corte, colunas ou paredes estruturais.A espessura sempre vai variar de acordo com a distância do observador. Recomenda-se utilizar 0,5mm para alvenaria e cortes, e 0,6mm para elementos estruturais. No caso de lapiseiras, usar grafites 07 e 09. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 132 c) Linhas médias Representam esquadrias, mobiliários fixos ou não fixos, escadas, alvenaria baixa, vista etc. Vale lembrar que quanto mais próximo do observador maior vai ser a espessura, recomenda-se utilizar 0,3mm em esquadrias ou mobiliários, e 0,4mm para alvenaria baixa ou em vista e escadas. No caso de lapiseiras, usar grafite 05. d) Linhas finas São utilizadas em pisos, hachuras, cotas e linhas auxiliares. Recomenda-se 0,1mm a 0,2mm. No caso de lapiseiras, usar grafite 03. e) Linhas situadas além do plano do desenho – tracejadas Utilizamos esse tipo de linha quando precisamos representar a aresta de objetos que não estão visíveis ao observador, ou seja, aquelas que estão por trás do plano de desenho. Usa-se 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03. f) Linhas de projeção – traço e dois pontos Esse tipo de linha é utilizado na representação de projeções de pavimentos superiores, marquises, balanços etc. A espessura da linha é de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03. g) Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto Essas linhas são utilizadas para representar os eixos de elementos na planta. É bem comum de quando se trabalha com modulação estrutural ou quando se projeta em malha. A espessura da linha é de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03. h) Linhas de indicação, chamada, silhueta e interrupção A linha de indicação ou chamada é utilizada para referenciar algum detalhe em outra folha de desenho ou tabela/legenda. A linha de interrupção é utilizada quando se representa uma quebra ou ruptura no desenho. Se vê bastante em escadas. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 133 Apenas como ilustração, a próxima tabela nos mostra a aplicação de linhas em desenho técnico - NBR 8403. Linha Denominação Aplicação geral A Contínua larga A1 contornos visíveis e a2 arestas visíveis B Contínua estreita B1 linhas de interseção imagináveis B2 linhas de cotas e b3 linhas auxiliares B4 linhas de chamada e b5 hachuras B6 contornos de seções rebatidas na própria vista B7 linhas de centros curtas C Contínua estreita a mão livre C1 limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traço ponto D Contínua estreita em ziguezague D1 linha destina-se a desenhos confeccionados por máquinas E Tracejada larga E1 contornos não visíveis e e2 arestas não visíveis F Tracejada estreita F1 contornos não visíveis e f2 arestas não visíveis G Traço ponto estreita G1 linhas de centro; g2 linhas de simetrias; G3 trajetórias H Traço ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção H1 planos de corte J Traço ponto larga J1 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K Traço dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes K2 posição limite de peças imóveis K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação K5 detalhes situados antes do plano de corte fonte: universidade federal de goiás, desenho técnico. Cotas É a denominação dada a toda e qualquer medida expressa em plantas arquitetônicas. Normalmente dada em centímetros, pois o metro é a unidade mais usada em construções. As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a altura de um degrau de escada, a distância entre duas paredes, o pé direito de um pavimento etc. A cotagem em desenho arquitetônico contempla as especificações contidas nas normas técnicas NBR 10126/ 87 e NBR 6492/ 94, principalmente. Exemplo: _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 134 Algumas convenções e símbolos 1. Paredes Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente. Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções: 2. Portas Porta interna: geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota (mesma medida). Porta externa: a comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão, as portas de sanitários desenham-se como as externas. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 135 3. Janelas O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente Plantas são desenhos técnicos que representam todos os passos para a construção de uma edificação. Elas compõem o documento principal do projeto arquitetônico, pois trazem todos os detalhes, além de informações necessárias, como por exemplo, a indicação de norte, escala, curvas de níveis, cotas gerais, dentre outras. Abaixo estão alguns exemplos de plantas de um projeto arquitetônico. 1. Planta de situação A planta de situação precisa mostrar as informações de localização do terreno, isso é, onde o projeto está situado em relação ao seu entorno, ela é uma visão 2d em vista aérea, pode ser feita à mão ou em softwares CAD. O desenho é uma representação bem simplificada da vista superior do lote. Apresenta o nome das ruas e a volumetria dos lotes vizinhos. Também deve apresentar as dimensões e formato do lote onde a edificação será construída. É comum mostrar um esboço do quarteirão onde o terreno está situado e pedaços dos quarteirões vizinhos. fonte: desenho técnico e arquitetônico faculdade Maurício de Nassau Aula 07 – Plantas _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 136 2. Planta de localização Já a planta de localização também conhecida como locação ou implantação, representa uma vista superior do terreno com o objetivo de mostrar como acontece a ocupação do projeto no lote. Essa planta deve fornecer informações mais detalhadas sobre caminhos, cercas, muros, equipamentos, topografia, acessos, etc. fonte: casa fy. Projeto pjv arquitetura Planta baixa Pela planta é possível analisar a espessura das paredes, os eixos de distribuição dos espaços, os elementos que sustentam as coberturas que, quando não planas, também devem ser desenhadas. As plantas baixas são vistassuperiores da edificação em um plano de corte localizado a 1,50 m do nível do piso em referência. A norma também prevê que a altura deste corte pode ser variável, dependendo da necessidade em demonstrar os elementos considerados importantes para a compreensão do projeto. Pelo fato de serem plantas mais complexas, normalmente as plantas baixas são ilustradas em escalas maiores, como 1/50, contendo informações sobre níveis, orientação solar, cotas, acessos, áreas dos ambientes, materiais utilizados, dimensões de elementos significantes e até mesmo indicação do sistema estrutural adotado. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 137 Planta em 3d Com o desenvolvimento da tecnologia, a cada dia que passa novos programas e softwares são desenvolvidos, como a planta em 3d no exemplo a seguir. 4. Corte É a seção da edificação vista ortograficamente. Isto é, são as representações que mostram os detalhes do objeto, a partir do ponto de vista do observador. É mais fácil explicá-los como efetivamente um “corte” na edificação, com visão frontal, lateral, superior, dentre outras. Os cortes são utilizados para melhor visualização dos componentes que indicam as alturas dos elementos importantes da edificação, pois completa o que não pode ser visto apenas na planta baixa. Em geral, são representados no mínimo, dois cortes de uma edificação. Mas seu número pode aumentar gradativamente, conforme aumenta a complexidade do projeto. Devem ser feitos tantos cortes quanto o necessário para conseguir representar adequadamente a edificação. Exemplos de corte fonte: Desenho aplicado 1 - Prof. Livia Santana 5. Fachadas ou elevações As fachadas ou elevações representam as vistas das partes externas da edificação. São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados, assim como todos os outros visíveis de fora da edificação. Normalmente, as fachadas contêm informações relativas aos materiais utilizados para compor a obra, mas não apresentam cotas ou dimensões (essas informações são fornecidas pelos cortes e plantas). Exemplo de fachada _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 138 6. Planta de cobertura A planta de cobertura tem a finalidade de demonstrar como se configura a cobertura da edificação. Nela, constam informações sobre o número de águas, lajes impermeabilizadas, o caimento dos telhados, abas, fosso de luz, localização da caixa d’água etc. fonte: joinville.sc.gov.br (acesso em nov/2020) 7) Quadros demonstrativos Os quadros abaixo são alguns exemplos de apresentação de dados que ajudam a composição de um projeto arquitetônico. a) Quadro de esquadrias Abaixo apresentamos alguns exemplos. Portas Janelas Código Largura Altura Peitoril Código Largura Altura Peitoril P1 0,80 2,10 - J1 3,00 1,50 0,60 P2 0,80 2,10 - J2 1,00 1,50 0,60 P3 0,60 2,10 - J3 1,00 1,50 0,60 P4 0,60 2,10 - J4 1,00 1,50 0,60 J5 1,50 1,00 1,10 J6 0,80 0,40 1,70 Legenda: p (portas) e j (janelas) b) Quadro de áreas (opcional) Legenda que apresenta a área do terreno, área de construção e a área de permeabilidade (área de jardim). Quadro de áreas (m2) Do terreno: m2 Do lote 22 E = 441,00 m2 Obra base Área m2 Áreas consideradas To Ia Pav. Térreo: 230,27 230,27 230,27 Pav. Superior: 117,03 -------- 177,03 Total a construir 407,30 230,27 407,30 Obras complementares Piscina 21,60 -------- -------- Casa de máquina (não computável 3,85 -------- -------- Área permeável = 42% 185,28 To = 52% ca = 0,925 _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 139 OBS: Área Permeável A área permeável é uma área livre que deve ser prevista no terreno, para que as águas das chuvas sejam absorvidas pelo solo natural. Este índice também é indicado na legislação local, e como na imagem abaixo, vamos fixar em 25% da área do terreno. Neste exemplo, o terreno de 300m², a área permeável deve ser de 75m². Normalmente pode ser utilizado toda a área de recuo frontal ou de fundos. 1. Documentação, impostos e taxas Veremos agora alguns tipos de documentação e impostos requeridos para a construção civil, que podem variar de acordo com o município em que a obra será desenvolvida. Outros itens, como: plano diretor, lei de zoneamento e código de obras, dependem das características e legislação de cada cidade. Cartório de notas O registro de todas as declarações ou documentos que precisam tornar-se públicos, por exigência – ou não – da lei, é feito nesses cartórios. Contratos de compra e venda, por exemplo, só viram escrituras quando lavrados ali. Assim, deixam de ser um instrumento particular para confirmar, de modo formal, a venda de um imóvel. Licenças a) Alvará Essa licença, expedida pela prefeitura, autoriza a construção ou a reforma de um imóvel. O poder municipal fica obrigado a liberar a permissão sempre que um pedido for feito, desde que respeite todas as regras e apresente todos os documentos requeridos. b) Habite-se Expedido pela prefeitura, é a licença que libera o imóvel construído ou reformado para a moradia ou para a permanência e circulação de pessoas (como cinemas, teatros e escritórios). Aula 08 – Noções de Construção Civil _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 140 Essa autorização só é concedida após a entrega de todos os documentos referentes à obra, como o alvará e o memorial descritivo, além dos comprovantes de pagamento dos impostos (INSS e ISS). Se houver qualquer divergência, um fiscal vai até a construção: ele pode multar o construtor e impedir que pessoas entrem no edifício até que as correções sejam feitas. c) Certidão negativa Qualquer documento que comprove a isenção de ônus ou as dívidas de todos os tipos com a justiça, os órgãos públicos, a prefeitura e até o comércio e os credores leva em favor de um imóvel. O termo “negativa” nas certidões mostra que não houve nenhum registro de ocorrência nos órgãos consultados. d) ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis) É cobrado sempre que há a transferência de propriedade de um bem imóvel feita de forma pública, ou seja, quando se lavra a escritura. A alíquota a ser paga varia entre 2% e 6% do preço do imóvel declarado no cartório de notas. É recolhido pelo município e previsto pela constituição federal. e) Memorial descritivo: Trata-se de um documento que descreve um imóvel ou um empreendimento imobiliário de forma completa (área total, área construída, metragem dos ambientes e até materiais de acabamento). É necessário para a requisição do habite-se na prefeitura. É o relato de tudo que está representado no projeto, é um registro técnico com valor legal quando assinado pelo profissional ou responsável técnico, assim como os laudos para regularização de construção existente. É obrigatório e regido pela lei 4591/64.É válido lembrar que o memorial não é o projeto em si. O memorial tem o objetivo de relatar todos os dados para o desenvolvimento do projeto. A obra em um memorial descritivo deve ser classificada quanto aos itens abaixo que especificarão o tipo de memorial a ser expresso. • residencial; • comercial; • de execução de piscina; • de desmembramento; • de unificação; • de residência para demolição; • de tanque séptico ou fossa. Alguns tópicos de um memorial descritivo • localização da obra: endereço, ou melhor, o local onde os trabalhos serão realizados, bem como o estudo do terreno. • proprietário: informações sobre o dono da obra. Se pessoa física ou jurídica e número do CREA do responsável pela construção. • detalhe de cada etapa da construção: o cronograma detalhado e todos os projetos que compõem a obra precisam estar indexados no memorial descritivo. • alvenaria: especificação de estruturas e materiais empregados e quantidades a serem utilizadas. • acabamento: é a parte mais detalhada do memorial descritivo. Deve conter a listagem minuciosa dos materiais a serem utilizados no acabamento. • conceituação do projeto: definir o objeto do projeto, o estilo, os padrões de qualidade e os custos. • normas adotadas para a realização dos cálculos: listar normas que regem os cálculos de insumos a serem utilizados. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 141 • premissas básicas adotadas durante o projeto: expor a ideia que direciona o projeto. Quais métodos de construção serão utilizados. • objetivos do projeto: definir claramente os objetivos do projeto. • detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto: todas as etapas do projeto precisam ser detalhadas, como os materiais, a equipe técnica, custos, atualizações etc. Outros detalhes que podem ser importantes para o entendimento completo do projeto, podem ser incluídos, tudo de acordo com a norma de desempenho (NBR 15.575). 2. Plano diretor O plano diretor orienta projetos arquitetônicos e urbanísticos através de normas legais, com o objetivo de ordenar o crescimento da cidade, garantindo sua harmonia visual. Ao longo do tempo podem haver modificações, mas devem ser aprovadas pela câmara municipal e pelo prefeito. Há também a possibilidade de questionamento judicial caso um cidadão ou grupo de cidadãos se sentirem lesados por alguma mudança no plano diretor. fonte: plano diretor estratégico do município de são paulo. Lei 16.050 - 31/06/2014 3. Lei de zoneamento Por essa legislação, o mapa oficial de um município é dividido em zonas, que por sua vez são repartidas em usos. Uma zona pode ter uso único (quando é somente residencial, por exemplo) ou misto (comércio e casas). Essa lei também estabelece padrões urbanísticos que variam conforme a zona, como os recuos legais. Municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a ter um plano diretor e instituir a lei o zoneamento. 4. Código de obras São regras e leis municipais que estabelecem a forma de ocupação do solo. Definem detalhes para as construções, como a quantidade mínima de janelas e o dimensionamento das escadas e das saídas de emergência. Devem ser respeitadas, caso contrário a obra não será aprovada pela prefeitura. O código de obras pode ser adquirido na prefeitura. Em cidades maiores é vendido em livrarias ou disponibilizado na internet. Seguem algumas indicações de sites: Código de obras do município de São Paulo: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamen to/zonmanual.pdf (lei de zoneamento - sp) https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 142 Etapas e processos construtivos 1. Orçamento Um orçamento bem feito tem as seguintes vantagens: • sabe exatamente o quanto será gasto; • ajuda a programar os gastos em cada etapa da obra; • proporciona a alteração de materiais para que o custo da obra caiba no orçamento; • possibilita procurar por melhores descontos na compra de materiais e contratação de mão de obra; • ajuda a planejar o início da obra (quando terá o dinheiro necessário disponível). 2. Escolha e compra do lote Certificar-se de que toda a documentação está correta e passar imediatamente a escritura para o nome do comprador. Para escolha do lote devem ser considerados a localização das edificações vizinhas, posição em relação ao norte, situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo), afastamentos exigidos pela prefeitura (uso do solo), índice de ocupação e resistência do solo (projeto de fundação). 3. Levantamento topográfico Para melhor compreensão do estudo topográfico, o técnico em transações imobiliárias precisa conhecer alguns termos técnicos relacionados à situação do terreno, para ter argumentos em uma explanação para o cliente. Os principais são: • terraplanagem – processo de preparação do terreno, para dar início a construção. • aterro – preenchimento de uma área em desnível, com terra ou entulho. • desaterro – retirada de terra de uma área. • declive – quando a inclinação do terreno está abaixo do nível da rua. • aclive – quando a inclinação do terreno está acima do nível da rua. • logradouro – locais públicos, como praças, ruas, avenidas, parques etc. • arruamento – processo de criação das ruas. • caixa de rolamento – parte da rua destinada para o trânsito de veículos. • passeio – parte da rua destinada para o passeio de pedestre. • afastamento – distâncias exigidas pelo uso do solo, da edificação em relação ao terreno. 4. Fundação Na verdade, as fundações são e sempre foram essenciais no contexto de toda a edificação. Define-se como fundação o processo pelo qual se cria no terreno, uma resistência igual e em sentido contrário ao do peso (ou força) que deverá atuar sobre ele, para garantir a sustentação da obra. Exemplificando: se uma obra pesa 500 toneladas e o terreno não suporta este peso, é preciso criar artificialmente um sistema de sustentação para suportar este peso ou, então, a obra não ficará de pé. Este sistema é chamado de fundação. As fundações evitam que a obra tombe pela ação do vento ou afunde por ação do peso próprio ou adicional. <reformweb.com.br>acesso em 22/04/2020 _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 143 5. Estrutura É o sistema de sustentação da obra que recebe cargas próprias ou adicionais. Pode haver movimentação da estrutura por vários motivos como variações climáticas, vento, dentre outros, para isso existem as juntas de dilatação. A cada dia que passa novos materiais são pesquisados e com eles também, novas técnicas de resistência são desenvolvidas. 6. Paredes e vedações É a etapa de execução de alvenarias, chapisco, emboço ou reboco. As paredes também podem ser em drywall (gesso acartonado) ou divisórias. Na estrutura de concreto armado, a parede não tem função estrutural. Neste sistema construtivo, asparedes suportam apenas o seu próprio peso mais as cargas das portas e janelas instaladas nela. Por isso, este tipo de parede é chamado de alvenaria de vedação. 7. Cobertura – telhados e forros Para a cobertura deve-se: • escolher a estrutura de telhado adequada para cada tipo de telha. • conhecer as diversas peças que compõem uma estrutura de telhado. • escolher a telha ideal bem como as inclinações. • especificar e dimensionar corretamente as calhas. A construção do telhado é dividida em duas etapas: estrutura (engradamento) e cobertura (telhas). 8. Instalações hidráulicas As instalações hidráulicas compreendem subsistemas de uma edificação para a correta captação, transporte e armazenagem de fluidos. Classificação dos sistemas de instalação hidráulica de água fria: Os sistemas de água fria podem ser classificados em diretos, indiretos ou mistos. Direto: são sistemas diretos aqueles em que não há a utilização de reservatório e a água é abastecida diretamente da rede pública para os pontos de utilização. A vantagem desse sistema é o seu baixo custo, porém se houver qualquer interrupção na rede, faltará água na edificação. Indireto: no sistema indireto há o uso de reservatórios de água, garantindo o uso de água mesmo quando há a interrupção de fornecimento pela rede pública. O dimensionamento das caixas d’água é feito por meio do cálculo do uso diário de acordo com o tipo de edificação e a quantidade de pessoas que irão utilizar a água. Misto: o abastecimento nesse caso é realizado tanto pelo sistema direto quanto pelo indireto. O sistema direto fica responsável por abastecer as torneiras externas, tanques e pontos de utilização no térreo. Já o sistema indireto, fica encarregado de abastecer os demais pontos de utilização que não contam com pressão suficiente para serem abastecidos diretamente e por abastecer dispositivos de higiene, como chuveiros e torneiras internas. Para instalação de água quente, deve-se usar materiais específicos, pois os produtos que passam água quente não são os mesmo que passam água fria. A rede de distribuição de água quente sai do aquecedor e vai até os pontos de consumo. Observação: muito cuidado com aquecedores a gás, devem ser instalados em lugares bem ventilados. http://blogpraconstruir.com.br/etapas-da-construcao/concreto-armado/ https://www.escolaengenharia.com.br/dimensionamento-caixa-dagua/ _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 144 9. Instalação sanitária Uma instalação predial de esgotos sanitários visa atender às exigências mínimas de habitação em relação à higiene, segurança, economia e conforto dos usuários. Projetos mal elaborados de instalações de esgotos sanitários resultam em diversos problemas como contaminar o ambiente com vazamento de líquidos e gases, passagem de animais ou insetos, causando transtornos quanto à habilidade ou comprometimento por questões de saúde. Para se projetar convenientemente tais instalações, é necessário que: • promova o rápido escoamento dos esgotos; vede a passagem de gases e animais das tubulações para o interior dos edifícios, impeça a poluição da água de consumo e de gêneros alimentícios, impeça vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no interior das tubulações e permita a ventilação contínua da rede pública coletora de esgotos. As instalações hidrossanitárias são divididas em: • instalação de água fria • instalação de esgoto • instalação de água quente • instalação de água de reuso (se houver) Devem ser feitas com bastante atenção e cuidado para evitar vazamentos e problemas futuros. Há vários tipos de materiais para tubos e conexões além do pvc. (NBR 10821) 10. Instalação elétrica O projeto elétrico residencial é a representação gráfica e escrita da instalação com todos os seus detalhes. Esses detalhes são a localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos condutores, divisão em circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito, carga total, etc. Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um profissional especializado ainda na planta feita pelo arquiteto. O projeto elétrico determina o porte da instalação, estabelece circuitos e especifica os materiais que serão usados na obra. Também cabe ao projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma avaliação das necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão instalados. Um bom projeto elétrico garante facilidades e segurança, pois deve: • ser realizado conforme as normas vigentes; • apresentar dimensionamento correto e personalizado de acordo com as necessidades do cliente; • listar detalhadamente os materiais para orçamento, evitando sobras e desperdícios; • reduzir custos da obra; • facilitar eventuais manutenções; NBR 5410 - recomendações para cargas de tomadas. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 145 11. Esquadrias É a denominação para as janelas, portas e fachadas-cortina servindo para designa-las nos projetos e construções. Independentemente dos materiais e processos construtivos (em serie ou sob encomenda), deve-se atender o desempenho exigido pelas normas. A instalação deve ser bem-feita para evitar problemas na abertura das mesmas. Existem vários tipos de esquadrias no mercado. Elas podem ser em: • material metálico • alumínio • madeira • pvc • vidro temperado a) Janela: esquadria, vertical ou inclinada, geralmente envidraçada, destinada a preencher um vão do sistema de vedação vertical externo ou interno. Entre outras, sua finalidade é permitir a iluminação e/ou ventilação entre ambientes. b) Porta: esquadria que, entre outras finalidades, permite ou impede o acesso entre ambientes de uma edificação. b) Esquadria para claraboia, coberturas e marquises Esquadria para ser utilizada como iluminação natural, geralmente inclinada e localizada nas coberturas das edificações, que atenda pelo menos aos requisitos previstos para as esquadrias verticais. c) Fachada cortina e/ou pele de vidro Componente construtivo de vedação destacado da estrutura que suporta o edifício, formando um escudo exterior que protege o edifício das intempéries e dos ruídos. É composto de uma malha de perfis (montantes e travessas) que compõem quadros móveis e/ou fixos, formando um sistema contínuo, desenvolvendo-se no sentido da altura e/ou da largura da fachada da edificação, sem interrupção, por pelo menos dois pavimentos. 12. Revestimento É enquadrado como revestimento, todo acabamento das superfícies (paredes), sendo excluídas desta nomenclatura as pinturas. Normalmente, os revestimentos iniciam-se no chapisco, traço 1:4 (cimento e areia), que tem a finalidade de servir como ancoragem ao emboço cujo traço varia de conformidade com a finalidade; sua espessura não deve ser superior a 2cm. O emboço serve de base para outros revestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc. O reboco ou massa fina, normalmente, é usado para receber pintura; sua textura pode ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra, etc. Entre os revestimentos, o de maior destaque é o azulejo. Para se extrair o máximo deste material, é necessário tomar alguns cuidados, que resumimos para seu conhecimento. Existem inúmeras classificações da qualidade dos azulejos; estas variam de fabricante para fabricante, quanto ao custo, adequação ao ambiente, à função ou ao uso._____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 146 13. Pinturas e texturas A pintura vai além da estética. Sua principal função é a proteção da superfície a ser pintada. Ela evita o ressecamento da madeira, a oxidação do metal, o enferrujamento do ferro e assim por diante. Para a pintura interna em paredes de alvenaria recomenda-se: • preparar as paredes, pisos e tetos • aplicar selador • aplicar massa corrida • pintura com tinta acrílica em duas ou três demãos 14. Elementos decorativo Todo trabalho artístico executado em uma obra está classificado como elemento decorativo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peças de serralheria, de madeira, de gesso, de cerâmica, desde que a execução dessas peças requeira um requinte de projeto e de execução especial. É neste item que se enquadram os elementos necessários ao estudo e implantação de sistemas de comunicação visual, quando a obra assim o exige. Estão inclusos também neste item todos os trabalhos de paisagismo, tais como jardins e arborizações. Normas técnicas de referência NBR 12722:1992 – discriminação de serviços para construção de edifícios – procedimento NBR 15575-1:2013 – edificações habitacionais — desempenho – requisitos gerais Diagnosticar lesões em edificações Érico Cristiano Vidal, em sua tese de mestrado da faculdade de engenharia civil de campinas (2012), cita Grandiski (1995), que compara a “saúde” de uma edificação aos seres vivos, que da mesma forma dependem de cuidados na “gestação” (fase de projeto), mas durante seu “crescimento” (construção) e requerem cuidados durante o “resto da vida” (manutenção), sob pena de adquirir “doenças” (manifestações patológicas) e à medida que “envelhecem” (degradação), elas podem passar por enfermidades (processo lento e contínuo de deterioração). Vidal cita ainda, almeida (1999b), que utiliza o termo “patologia” para mencionar problemas e falhas nas várias fases de uma edificação, causando o surgimento de anomalias que são descritas abaixo: Aula 09 – Patologias da Construção _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 147 1. Anomalia congênita No momento da criação de um projeto, arquitetônico, por exemplo, pode-se enfrentar uma problemática denominada anomalia congênita. Esta anomalia refere-se à falta de conhecimento das normas técnicas, ou a falta de observação destas, ainda que este projeto seja apenas um rabisco. A elaboração inadequada, irresponsável, um erro de cálculo, em qualquer parte do projeto, seja de arquitetura ou de estrutura, à falta de conhecimento dos projetistas, à falta de informação disponível e de comunicação, poderá ter resultados bastante negativos como, por exemplo, a alta densidade ou deficiência de armadura na peça estrutural, assim como um erro de cálculo ou diversos erros podem ser causados por falhas na elaboração ou na efetivação do projeto e comprometer a utilização e o desempenho do objeto construído, como o aparecimento de fissuras, trincas, rachaduras, rupturas localizadas ou até o colapso. A má elaboração do projeto causa, em aproximadamente 40% dos casos, essas anomalias nas edificações. 2. Anomalia executiva Outro fator que contribui para o início de problemas é a contratação de mão-de-obra desqualificada, bem como o de materiais e de métodos inadequados, a errada avaliação de estabilidade e resistência do solo de fundação, a incorreta utilização dos programas de cálculo são efeitos provocados por estas causas que podem ser resumidos em deformações na alvenaria, nas paredes, nos pavimentos, nas vigas, na retração excessiva do concreto etc. As consequências podem atingir grandes proporções, desde concentrações de tensões, rupturas, porosidade e desgaste do concreto até corrosão das armaduras, parte estrutural. 3. Anomalia acidental Este tipo de patologia caracteriza-se como acidental, fenômenos naturais como a ação da chuva com ventos de intensidade superior ao normal, terremotos, recalques e incêndios, provocando movimentações, intervenção de terceiros, como por exemplo uma obra no vizinho. Seus efeitos na construção são esforços de natureza excepcional, em que os profissionais envolvidos, mesmo obedecendo às recomendações normativas, não preparam a edificação para enfrentar tal situação. Do ponto de vista de consequências, em se tratando de uma edificação de concreto, depara-se com movimentos consideráveis das peças estruturais. 4. Anomalia adquirida As anomalias adquiridas são aquelas que têm sua origem no fim da vida útil dos materiais em consequência de exposição ao meio em que as edificações se encontram, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana ou de revestimentos não adequados. fonte: avaliação de patologias em conjuntos habitacionais de Bauru - Érico Cristiano Vidal _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 148 Materiais Introdução Um bom corretor de imóveis precisa estar sempre atualizado buscando conhecimentos e informações na sua área de atuação. Conhecer algo sobre materiais de construção, desde os mais básicos até os novos materiais em desenvolvimento pode ser um diferencial em sua carreira. A seguir apresentaremos apenas algumas definições e tipos de materiais básicos utilizados em construção civil. a) Pedra a pedra é um material mineral sólido, duro, da natureza das rochas. Principais usos A pedra tem destaque na composição do concreto, um dos principais insumos da construção civil. Também é utilizada na decoração de ambientes, como em jardins. Exemplos: • Pedregulhos, pedra britada, pedra rachão, pedra madeira, pedra modelo natural b) Aço O aço é uma liga de ferro, carbono e outros elementos endurecida pela têmpera. Tem boa resistência mecânica e custo baixo. Principais usos O aço é empregado na parte estrutural das construções, sendo utilizado em vigas, lajes e fôrmas de armaduras para estruturas de concreto armado. Exemplos: • Aço carbono, aço patinável ou aclimável, aços para usos estruturais. c) Cimento O cimento é um pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à água, não se decompõe mais. <alucampmaquinas.com.br> Principais usos É um dos principais materiais de construção, sendo muito utilizado como aglomerante para compor argamassa e concreto. Por ser uma das principais commodities mundiais, serve também como indicador econômico. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 149 Exemplos: Cimento portland comum (nbr 5.732), cimento portland composto (nbr 11.578), cimento portland de alto-forno (nbr 5.735), cimento portland pozolânico (nbr 5.736), cimento portland de alta resistência inicial (nbr 5.733), cimento portland resistente a sulfatos (nbr 5.737), cimento portland branco (nbr 12.989) Bloco de cimento O bloco de cimento é um componente industrializado, produzido em máquinas que vibram e prensam, podendo ser fabricados a partir de uma vasta variedade de composições. Principais usos É utilizado nas estruturas de alvenaria, muros, divisórias, instalações elétricas e hidráulicas. Exemplos: Bloco de cimento inteiro, meio-bloco de cimento, bloco de cimento compensador, bloco de cimento canaleta, bloco de cimento j, bloco de cimento elétrico. Concreto O concreto é a mistura de cimento, água, areia e pedra (ou brita), formando uma massa plástica que é colocada em fôrmas para que endureça e adquira resistência. Principais usos O concreto é utilizado na confecção de peças para a estrutura da construção e também em partes não-estruturais. Exemplos Concreto convencional, concreto bombeável, concreto especial, concreto magro, concreto projetado, concreto fluido, concreto rolado, concreto impermeável. Argamassa A argamassa é uma mistura de areia, água e um ou mais aglutinantes. Principais usos A argamassa é utilizada sobretudo no assentamento ou revestimento de alvenarias. Também é capaz de unir materiais, impermeabilizar e nivelar superfícies. Exemplos: Argamassa para assentamento, argamassa de impermeabilização, argamassa para revestimento, ac-1, ac-2, ac-3 e ac-3e d) Tijolo O tijolo é um bloco de barro cozido ou seco ao sol, geralmente em forma de paralelepípedo. Principais usos É um dos principais insumos da construção, utilizado na estrutura de alvenaria das edificações. Exemplos: Tijolo cerâmico, tijolo adobe, tijolo laminado, tijolo concreto, tijolo de vidro, tijolo ecológico. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 150 e) Piso O piso é o revestimento do solo sobre o qual se caminha, sendo conhecido também como pavimento. Principais usos Tem função de revestir o solo das partes internas e externas do empreendimento. A finalidade da construção determina se o piso deve ser funcional ou decorativo. Exemplos: • Piso de vinil, piso laminado, piso de borracha, piso de madeira (assoalho), piso de taco, carpete, porcelanato, cerâmica, azulejo, concreto. f) Madeira A madeira é o tecido lenhoso das árvores e pode ser obtida a partir do corte das árvores. Principais usos: Pode ser empregada na estrutura temporária ou definitiva, em pisos, paredes, na decoração, dentre muitos outros usos. Exemplos: Madeira ipê, madeira peroba, madeira sucupira, madeira freijó, madeira jatobá, madeira cedro, madeira mogno, madeira aroeira, madeira cerejeira, madeira pinho. Madeiras industriais: MDF, compensado, aglomerado g) Telha A telha é uma peça feita tipicamente de barro cozido, fibrocimento, concreto, ou cerâmica. Principais usos: Utilizada na cobertura de casas e outras edificações. Exemplos: Telha de metal, telha de polímero plástico, telha de argila, telha de concreto, telha de ardósia, telha de madeira. h) Ladrilho O ladrilho é uma placa, normalmente de cerâmica ou de barro cozido e de forma quadrada. Principais usos O ladrilho é utilizado no revestimento de paredes e pavimentos, geralmente para áreas molhadas ou exteriores. Exemplos: Ladrilho hidráulico, ladrilho antiderrapante, ladrilho tozeto. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 151 i) Vidro Com ampla utilização na construção civil, traz como características principais a transparência e a dureza, que como consequência decorrem a visibilidade, leveza e durabilidade. Principais usos Utilizado em coberturas, fachadas, janelas, portas, pisos, divisórias, paredes, como elemento de segurança, dentre muitos outros usos. Exemplos: Por tipo: vidro recozido, vidro de segurança temperado, vidro de segurança laminado; Por transparência: vidro translucido, vidro opaco, entre outros; Em acabamento da superfície: vidro liso, vidro float, entre outros; Por coloração: chapa de vidro incolor e colorida; colocação: autoportante, instalação mista, entre outros. j) Materiais elétricos Os materiais elétricos possuem características de transmissão de cargas elétricas de maneira segura e eficiente. Principais usos: Os materiais elétricos são utilizados no desenvolvimento das redes elétricas de residências, comércios e estruturas públicas. Exemplos: Caixa de luz, tomada, fios e cabos, disjuntores, fusível, soquete, interruptor, transformador. l) Tintas A tinta é uma substância constituída de um corante e de um aglutinante (ou de um coloide). Principais usos É utilizada para pintura e tingimento de paredes e outros revestimentos, também tem a função de proteger o reboco e facilitar a limpeza das paredes. Exemplos: • Tinta látex pva, tinta acrílica, tinta superlavável, tintas inodoras, tinta esmalte sintético, tinta epóxi. Observação importante A evolução e o ritmo de desenvolvimento de materiais inovadores para a construção são surpreendentes. A cada ano mais e mais soluções criativas, tecnológicas e até mesmo surreais aparecem. E justamente estes materiais têm a potencialidade de, em um futuro próximo, alterar radicalmente a maneira de construir. Além do que, alterar os tipos de construções que conhecemos atualmente. _____________________________________________________________________________________ TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 152 Termos mais utilizados em arquitetura Aclive – diz-se que um terreno está em aclive quando sua referência de nível ao fundo é maior do que na testada principal, ou seja, aquela que dá para o logradouro. Acréscimo - aumento de uma construção quer no sentido horizontal, quer no vertical. Afastamento - menor distância entre duas edificações ou entre uma edificação e as linhas divisórias do lote onde ela se situa. O afastamento pode ser frontal, lateral ou de fundos quando estas divisórias forem, respectivamente, a frente (chamada também de testada), os lados e os fundos do lote. Alinhamento - é a linha projetada e locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro público. Alvará – licença administrativa para a realização de qualquer obra particular ou exercício de uma atividade. Caracteriza-se pela guia quitada referente ao recolhimento das taxas relativas ao tipo de obra ou atividades licenciadas. Andar - o mesmo que pavimento ou piso. Apartamento - unidade autônoma de uma edificação destinada a uso residencial permanente, com acesso independente, através de área de utilização comum e que compreende, no mínimo, dois compartimentos habitáveis, um banheiro e uma cozinha. Área bruta - área resultante da soma das áreas úteis com as áreas do pavimento com as áreas das seções horizontais das paredes que separam os compartimentos. Área bruta do pavimento (abp) - soma da área útil do pavimento com as áreas das seções horizontais das paredes que separam os compartimentos. Área bruta de unidade (abu) - soma da área útil da unidade com as áreas das seções horizontais das paredes que separam os compartimentos. Área de condomínio - toda área comum de propriedade dos condôminos de um imóvel. Área livre – espaço descoberto, livre de edificações ou construções, dentro dos limites de um lote. Área “non aedificandi” (área não edificante) – área na qual a legislação em vigor nada permite a construir ou edificar. Área total da edificação – soma das áreas brutas dos pavimentos. Área útil – área do piso de um compartimento. Área útil do pavimento (aup) – soma das áreas úteis das unidades com as áreas úteis das partes comuns em um pavimento. Área útil da unidade – soma das áreas úteis de todos os compartimentos da unidade. Caixa de rua – parte
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