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03 - MIP1 - Desenho Arquitetônico e Noções de Construção Civil v17

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Desenho Arquitetônico 
e 
Noções de Construção Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 114 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro 
de 1998. 
 
Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 
 
Todos Direitos de edição reservados à: 
 
Laudera Participações S/S Ltda. 
Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010 
e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br 
Site: www.institutonacional.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 
827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:institutonacional@institutonacional.com.br
http://www.institutonacional.com.br/
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 115 
 
APRESENTAÇÃO 
 
ESSE CURSO TEM COMO FINALIDADE A APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS DE DESENHO 
ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL. 
 
NA PRIMEIRA PARTE, O ALUNO TERÁ CONTATO COM OS SÍMBOLOS E EXPRESSÕES PRÓPRIAS DO 
DESENHO ARQUITETÔNICO, ADQUIRINDO CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA COMPREENDER O 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO, DESDE SUA CONCEPÇÃO ATÉ O 
PROJETO FINAL. 
 
NA SEGUNDA, NA PARTE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, O ALUNO TERÁ UMA VISÃO GERAL DO PROCESSO 
CONSTRUTIVO, INICIANDO PELA PESQUISA DE COMPRA DO TERRENO, DOCUMENTAÇÃO E AS VÁRIAS 
ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO ATÉ SUA FINALIZAÇÃO. 
 
É IMPORTANTE RESSALTAR QUE ENQUANTO O ARQUITETO É RESPONSÁVEL POR CRIAR UM 
PROJETO, O ENGENHEIRO CIVIL É RESPONSÁVEL POR CONCRETIZAR A OBRA. NO ENTANTO, O CORRETOR 
É INDISPENSÁVEL NA DIVULGAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO IMÓVEL, POR ISSO É NECESSÁRIO CONHECER 
OS PROCESSOS BÁSICOS DE CRIAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO. 
 
 
 
 
 
FONTE: PENSADOR.COM (NOV/2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 116 
 
 
 
FIGURAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES 
 
1. Introdução 
 
Alguns conceitos são empíricos e de suma importância para o entendimento da geometria plana, 
como ponto, reta e plano. 
 
a) Ponto 
 
Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma 
localização e são indicados com letras maiúsculas. 
 
 • p (ponto p) 
 
b) Plano 
 
Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: 
comprimento e largura. Nessa superfície que se formam as figuras geométricas. Os planos são 
indicados por letras gregas. 
 
c) Reta 
 
A reta é uma linha ilimitada e unidimensional, ou seja, tem comprimento, mas não tem largura. 
Pode ser representada por: 
 
 
 
d) Semirreta 
 
A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim. 
 
 
 
 
Aula 01 – Elementos de Geometria Plana 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 117 
e) Segmento de reta 
 
O segmento de reta é limitado, pois corresponde à parte entre dois pontos distintos. 
 
 
2. Posição entre retas 
 
a) Retas paralelas: são retas que não possuem pontos em comum e mantêm constante distância entre 
si. 
Representação: r // s // t 
 
b) Retas concorrentes: são retas que possuem um ponto em comum, pois elas se cruzam. 
 
c) Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se cruzam formando um ângulo de 90º. 
 
Representação: r t 
 
 
 
 
 
3. Ângulos 
 
É a região de um plano formada pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto 
comum, chamado de vértice do ângulo. São classificados em: 
 
Curiosidade: a ilustração abaixo é um exemplo de aplicação de vários conceitos que acabamos de 
abordar. Podemos identificar vários elementos geométricos como: ponto, plano, reta, semirreta, 
segmento de reta, dentre outros. 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 118 
 fonte: comodesenharperfeito.com (acesso em nov/20200) 
 
4. Polígonos 
 
São figuras geométricas planas fechadas formadas por segmentos de reta. 
 
4.1 Elementos de um polígono 
 
Principais elementos de um polígono: 
 
• lados: são os segmentos de reta que formam o polígono. 
 
• ângulos: é a região formada pelo encontro de dois segmentos de reta 
que formam o polígono. 
 
• vértice: é o ponto de encontro entre os lados do polígono. 
 
 
 
4.2 Polígonos regulares 
 
São os polígonos que apresentam lados iguais e todos os ângulos com a mesma medida. 
 
Alguns exemplos de polígonos regulares: 
 
Curiosidade: observando a imagem podemos identificar vários elementos de geometria plana. 
 
 fonte: Revistacasaejardim.globo.com (04/2020) 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 119 
 
 
 
5. Perímetro 
 
O perímetro corresponde a soma de todos os lados de uma figura geométrica, ou seja, é a medida 
do seu contorno ou do seu comprimento. 
 
Exemplo: 
 
Calcule o perímetro do retângulo abaixo. 
 
 p = 6m + 6m + 4m + 4m 
 p = 20m 
 
 
 
6. Área 
 
A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a 
superfície da figura, maior será sua área. 
 
 
Área de um retângulo 
 
Para calcular a área de um retângulo basta multiplicar a medida da base pela medida da altura. 
 
 
 
Exemplo: 
 
Calcule a área do retângulo abaixo: 
 
a = b x h 
A = 6m x 4m 
A = 24m2 
 
 
 
 
Aplicação prática 
 
Observe a figura de um campo de futebol. Para cercá-lo 
é necessário conhecer seu perímetro. Se for para colocar 
grama, por exemplo, então é necessário o cálculo da área. 
 
 
 
Aula 02 – Perímetros e Áreas de Algumas 
Figuras Plana 
A= b ∙ h 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 120 
7. Circunferência 
 
É o conjunto de pontos que estão à mesma distância (raio) de um ponto fixo (centro da 
circunferência). 
 
Elementos da circunferência 
 
Raio: é o segmento de reta que vai do centro até um ponto da circunferência. 
 
Diâmetro: é o segmento de reta que vai de um ponto a outro da circunferência passando pelo centro. O 
diâmetro é o dobro do raio. 
 
Corda: segmento de reta cujas extremidade são pontos da circunferência. A 
maior corda da circunferência é o diâmetro.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O número 
 
É a razão entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro, que resulta em uma 
constante que vale aproximadamente 3,14. 
 
Comprimento de uma circunferência 
 
Como , temos que : 
 
 
 
Como d = 2r 
 
podemos também dizer que: 
 
 
 
Área de uma circunferência 
 
É o produto do número π pelo quadrado do raio da circunferência. 
 
 
 
Resumindo:comprimento: c = 2 ∙ ∙ r 
 área: a = ∙ r2 
 
 
C = d ∙ 
C = 2 ∙ ∙ r 
∙ 
A = ∙ 
r2 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 121 
Exemplo: 
 
Calcule o comprimento e a área de uma circunferência de 3m de raio. 
Considere π = 3,14 
 
Comprimento área 
C = 2 ∙ ∙ r a = ∙ r2 
C= 2 ∙ 3,14 ∙ 3 a= 3,14 ∙ 32 
C= 18,84 m a = 28,26 m2 
 
Resposta: a circunferência tem 18,84 m de comprimento e 28,26 m2 de área. 
 
Aplicação prática. 
 
Observe a ilustração de uma praça circular, em que os cálculos de perímetro e área podem ser 
aplicados, sendo necessário apenas a medida do raio. 
 
 fonte: cemara.com.br (acesso em nov/2020) 
 
 
 
 
 É o estudo das figuras no espaço, também chamadas de sólidos ou poliedros. Apresentam três 
dimensões: altura, largura e comprimento. 
 
Exemplos de figuras espaciais: 
 
Cilindro, cone, prisma, pirâmide e esfera. 
 
 
1) Cubo 
O cubo possui 6 faces com as mesmas medidas, tanto para área, ângulos e quantidade de 
arestas. É formado por 6 faces quadrangulares de mesma medida, 12 arestas congruentes, 24 ângulos 
retos, 8 vértices e 4 diagonal. 
Aula 03 – Elementos da Geometria Espacial 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 122 
1.1) Volume do cubo 
 
 
 
 a 
 
 
V= altura x largura x comprimento 
No cubo essas três dimensões têm a mesma medida, então: 
V= a.a.a 
V= a³ (sendo a= aresta) 
Lembrando que a unidade de medida do volume é o metro cúbico (m³), seus múltiplos e submúltiplos. 
Exemplo: 
Calcule o volume de um cubo de 3 metros de aresta. 
v= a³ 
v= 3.3.3 
 v= 27m³ 
Curiosidade: 
Na ilustração abaixo, um projeto utilizando o cubo como conceito. 
Casa cubo 
 
fonte: casavogue.globo.com (acesso em nov/2020) 
 
2) Paralelepípedo 
É o sólido que apresenta faces paralelas formadas por paralelogramos. Possui 6 faces, 8 
vértices, 12 arestas, 24 ângulos retos. 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 123 
2.1) Volume do paralelepípedo 
 
V= altura x largura x comprimento 
 
V = a.b.c 
 
Lembrando que a unidade de medida utilizadas para o volume é o metro cúbico (m³), seus 
múltiplos e submúltiplos. 
 
Exemplo: 
 
Qual o volume de um paralelepípedo de 30cm de altura, 20cm de largura e 60cm de comprimento? 
V= a .b .c 
V= 20 . 60 . 30 
V= 36000 cm³ 
 
 
Curiosidade 
 
O MASP, museu de arte de São Paulo, seu projeto pode ser associado a ideia de um grande 
paralelepípedo. 
 
 
 fonte: pt.wikipedia.org 
 
 
 
 
“A arquitetura é a arte de edificar e se bem direcionada pode alcançar o nível de uma obra de arte”. 
(Oscar Niemeyer) 
 
No início dos tempos, quando o homem aprendeu a cultivar e cuidar de rebanhos domesticados, 
ele sentiu a necessidade de se estabelecer em um determinado local ou área. Então houve a 
necessidade de proteção dos elementos da natureza que o levou a construir abrigos. É na pré-história 
que se pode encontrar as origens do pensamento arquitetônico. Com o passar do tempo suas 
construções se tornam mais sólidas, mais limpas e se voltam ao belo. 
 
Da pré-história a era contemporânea houve o desenvolvimento de várias fases e estilos 
arquitetônicos. Os estilos arquitetônicos evoluíram paralelamente às necessidades da evolução 
humana, como: físicas (de abrigo), emocionais (de segurança e proteção), estéticas (de beleza e 
funcionalidade) e de expressão de sua religiosidade. 
 
Há vários estilos arquitetônicos, apresentaremos aqui alguns que influenciaram a arquitetura 
brasileira. 
 
 
Aula 04 – A Arquitetura 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 124 
 
Estilos arquitetônicos 
 
1. Clássico 
 
A arquitetura clássica se deu entre os 
séculos VII a.c. E IV a.c. Suas principais 
edificações foram na Grécia antiga e seus 
exemplares mais marcantes são templos 
religiosos de grandes dimensões construídos 
em pedra, projetados visando a simetria, 
geometria e criação de perspectiva. 
A obra mais relevante da arquitetura 
clássica é o Partenon, construído na Acrópole 
de Atenas no século V a.c. Com as 
características mais evidentes do estilo - um 
volume construído sobre um embasamento que 
sustenta a sequência de colunas com capitéis 
(cobertura de colunas) que, por sua vez, apoiam 
um frontão. 
 
2. Gótico 
 
 A arquitetura gótica teve origem entre os anos 900 e 1300 na alta idade média da França. 
Durante o período iluminista se cunhou o termo gótico para referir-se à arquitetura vertical e majestosa 
das obras produzidas, similar ao estilo romântico. As obras mais marcantes do período gótico são 
relacionadas às construções eclesiásticas, ou seja, catedrais e igrejas que com características típicas 
do estilo, tais como, o arco de ogiva e as abóbodas com nervuras diagonais. Grande parte das 
construções do período são consideradas patrimônio mundial da Unesco, como por exemplo a Catedral 
de Reims e a catedral de Notre-Dame. 
 
 
 
Catedral de Notre-Dame - Paris 
 
3. Barroco 
 
Durante o regime monarquista na Europa, no início no século XVI, a arquitetura barroca se 
expressou com ênfase nos edifícios sacros, tendo em vista que a maior parte de sua produção se refere 
aos esforços do movimento de contrarreforma, que negava o norte racional de simetria proposto pelo 
renascimento e buscava sua plasticidade de forma mais intensa, emotiva e imponente através de um 
desenho sinuoso. Assim sendo, suas obras buscavam estabelecer um sentido de dramaticidade nas 
obras, utilizando para tal ornamentos e elementos que focassem no contraste, sobretudo entre o claro e 
escuro. A arquitetura barroca ainda recorria aos elementos estruturais como elementos decorativos. 
Um exemplo precursor desse estilo de arquitetura é a Igreja de Jesus em Roma, que ostenta a primeira 
fachada verdadeiramente barroca. 
Partenon – Acrópolis de Atenas (sec. V a.C.) 
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Ges%C3%B9?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 125 
 
 
 
Igreja de Jesus (Church of the Gesù), Roma 
 
4. Bauhaus 
 
 O arquiteto alemão Walter Gropius (1833–1969) fundou o movimento Bauhaus como uma escola 
de artes em Weimar que revolucionou por buscar formas e linhas simples, definidas pela função do 
objeto. Trouxe uma visão interdisciplinar, pois unificou a arquitetura, escultura, pintura e desenho 
industrial. Introduziu o uso de novos materiais, como os pré-fabricados para a simplificação dos volumes 
e formas com predomínio de linhas retas para um visual mais claro e límpido. 
 
 
 
Prédio da Bauhaus em Weimar 
 
5. Moderno 
 
 O modernismo se formou através de um conjunto de 
movimentos culturais nos primeiros anos do século XX. Durante tal 
período, o modernismo teve diversos representantes em vários 
países: pode-se falar em uma origem moderna alemã com 
a Bauhaus, ou francesa com Le Corbusier, ainda norte-americana 
com Frank Lloyd Wright, ou, ainda, de inspiração construtivista 
russa.Em termos de formulação, a arquitetura moderna reunia 
todas essas vertentes no ciam (congresso internacional de 
arquitetura moderna). 
 Além disso, é notória a importância de Le Corbusier na 
arquitetura moderna, pois tinha enorme capacidade de síntese em 
projeto e discurso dos preceitos que adotava em sua produção. O principal exemplo é sua formulação, 
em 1926, dos "cinco pontos da nova arquitetura", também conhecidos como cinco pontos da arquitetura 
moderna: planta livre, fachada livre, pilotis (colunas), terraço jardim e janela em fita. 
 
 
 
 Capela de Ronchamp - Le Corbusier 
(1955) 
https://www.archdaily.com.br/br/tag/bauhaus
https://www.archdaily.com.br/br/tag/le-corbusier
https://www.archdaily.com.br/br/tag/frank-lloyd-wright
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 126 
6. Pós-moderno 
 
A arquitetura pós-moderna surgiu a partir da década de 60 e teve inúmeros representantes na 
américa e na Europa que colocaram em cheque alguns princípios do modernismo. Utilizavam uma nova 
perspectiva histórica, dando nova roupagem para seu discurso e projetos. Para tanto, foram adotadas 
diversas estratégias de embate e questionamento, ora por uma vertente de ironia, ora por um intenso 
interesse e investigação da cultura popular. No contexto norte-americano, o livro aprendendo 
com Las Vegas é uma das obras seminais da reflexão pós-moderna. 
O pós-modernismo resgata os estilos anteriores ao modernismo e os utiliza de forma diferenciada. 
 
 
 
7. Contemporâneo 
 
Considera-se “contemporâneo” ao estilo de arquitetura desenvolvida depois do pós-moderno nos 
anos 80, iniciando-se nos anos 90 até os dias atuais. Representa o reaparecimento de linguagens 
comprometidas com a retomada do racionalismo, com tendências minimalistas. Por outro lado, verifica-
se uma busca de ideias e soluções mais voltadas à questão do conforto ambiental, aliado aos 
processos de racionalização da construção. 
 
 
 
 
 
 
Etapas do Projeto Arquitetônico 
 
 O técnico em transações imobiliárias precisa se inteirar de alguns termos técnicos relacionados 
à obra, bem como conhecimentos básicos para avaliar um projeto arquitetônico que o ajudará, por 
exemplo, ter argumentos em uma explanação para o cliente. 
 
1. Estudo preliminar 
 
A fase inicial de um projeto arquitetônico é o estudo preliminar, onde o 
arquiteto deve se certificar dos objetivos, necessidades e sonhos de seu 
cliente. Aliado à ideia do menor custo, parte para o planejamento, parte 
fundamental para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico. O próximo 
passo é a elaboração de um croqui para finalmente passar para a primeira 
fase denominada de anteprojeto. 
Aula 05 – O Projeto Arquitetônico 
 
Robert Venturini - Hous 
 
Teatro Popular de Niterói – Oscar Niemeyer 
https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas
https://www.archdaily.com.br/br/tag/aprendendo-com-las-vegas
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 127 
2. Anteprojeto 
 
É o projeto desenhado, seguindo todas as normas do desenho técnico e da ABNT (associação 
brasileira de normas técnicas). 
É a fase em que se define a configuração definitiva do projeto. Ao anteprojeto são adicionados os 
elementos que serão apresentados aos clientes e à autoridade competente para aprovação. Estas são 
enviadas para o desenvolvimento de projetos complementares como: projeto estrutural, hidrossanitário, 
elétrico, dentre outros. 
 
3. Projeto legal 
 
O projeto legal é feito a partir do projeto arquitetônico completo e definido. As plantas, cortes e 
fachadas do projeto são formatadas dentro do que a legislação vigente exige. 
A função do projeto legal é permitir que o projeto esteja dentro de um padrão para que os fiscais 
possam analisar e deferir ou indeferir o projeto. Esta seria uma das primeiras formas que os órgãos 
fiscalizadores têm de controlar as obras do município, garantindo que seja cumprida a lei. 
Caso o projeto seja deferido, ou seja, aprovado, é concedido o alvará de construção, documento 
fundamental para que se possa executar a obra legalmente. Se indeferido, as falhas e irregularidades 
serão apontadas para que a equipe de arquitetos as corrijam e as atualizem no projeto legal. Então o 
projeto deve ser reenviado para nova análise, repetindo todo processo até que seja aprovado. 
 
4. Projeto executivo 
 
O projeto executivo deve conter os elementos necessários que corroboram com os padrões e 
normas técnicas da legislação vigente. É desenvolvido após todos os demais projetos, licenças e 
alvarás estiverem prontos e aprovados por todos os envolvidos: cliente, arquitetos, órgãos 
fiscalizadores, etc. 
Nele constarão em detalhes como a obra deve ser edificada: dimensões, metragens, 
acabamentos, recuos, níveis, alturas, fechamentos, acabamentos, enfim, todas as informações 
necessárias para que a equipe responsável por construir o projeto consiga concluir a tarefa com 
precisão, seguindo o que foi projetado à risca. Deve também conter avaliação dos custos, métodos 
construtivos e prazos de execução. 
Todas as plantas do projeto executivo devem ser impressas e entregues ao mestre de obras, 
responsável por liderar os construtores. Segundo a legislação, não se pode construir sem que o projeto 
executivo esteja no canteiro de obras, em momento algum, sob nenhuma hipótese. 
Caso o mestre de obras tenha alguma dúvida em relação ao projeto, ele pode (e deve!) consultar 
o projeto executivo. Se a dúvida persistir, então os arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento do 
projeto podem ser convocados a comparecerem ao local da obra para que qualquer dúvida seja 
devidamente esclarecida, garantindo a continuidade e qualidade do projeto. 
 
5. Projeto final 
 
Logo após a aprovação do projeto pelo cliente, o arquiteto passa a finalizá-lo, 
incluindo todos os desenhos necessários para a aprovação na prefeitura e no CREA 
(conselho regional de engenharia, arquitetura e agronomia), que é o órgão onde o 
arquiteto registra um documento denominado ART – anotação de responsabilidade 
técnica, no qual assume total responsabilidade pelo projeto que assina. O CREA 
fiscaliza a atuação dos profissionais formados nas áreas de engenharia, arquitetura e 
agronomia. 
 
6. Aprovação do órgão competente 
 
O cliente ou o profissional deverá levar o projeto para ser aprovado pela prefeitura; caso seja 
aprovado, deverá providenciar cinco jogos de cópia para serem registrados e carimbados. 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 128 
 
Normas técnicas 
 
NBR é a sigla para norma brasileira que estabelece regras, características, diretrizes 
ou orientações sobre determinado produto, material ou serviço visando a 
padronização dos processos produtivos. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão que regulamenta a padronização de 
todos os processos produtivos visando o desenvolvimento tecnológico do país dentro de uma 
linguagem comum e/ou universal. 
 
A padronização visa garantir a qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão do projeto 
em nível nacional, todos os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são 
padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas específicas para cada elemento 
do projeto, assim como: caligrafia, formatos do papel e outros. O objetivo é conseguir melhores 
resultados a partir do uso de padrões que supostamente descrevem o projeto de maneira mais 
adequada epermitem a sua compreensão e execução por profissionais diferentes, independente da 
presença daquele que o concebeu. 
Como instrumento, as normas técnicas contribuem em quatro aspectos: 
• qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os desejos dos usuários. 
• produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos. 
•tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros consensuais entre produtores, 
consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição da sociedade. 
• marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e venda. 
 
Dentre as centenas de normas técnicas já editadas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), citaremos duas relacionadas aos projetos arquitetônicos: 
 
NBR 16636/2017 – elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de 
projetos arquitetônicos e urbanísticos 
 
NBR 6492/1994 – representação de projetos de arquitetura 
 
 
 
 
Em arquitetura, o desenho é a principal forma de 
expressão. Ele é o instrumento utilizado para comunicar as ideias 
do projetista para o construtor, que o usará para materializar o 
objeto idealizado. Como a confecção de um edifício é uma tarefa 
que envolve diversos profissionais, um projetista que não saiba 
apresentar bem suas ideias e colocá-las de forma clara no papel, 
acaba com uma construção diferente do que ele havia imaginado 
no início. Quando isso acontece, normalmente os resultados são 
bem desagradáveis. Além disso, pode ser valoroso para qualquer 
pessoa que pretenda contratar um arquiteto, tenha alguma noção sobre a leitura e interpretação de 
desenhos arquitetônicos. Afinal, é importante conseguir avaliar o serviço que irá receber. 
 
O que é desenho arquitetônico? 
 
Desenho arquitetônico é a representação gráfica das projeções horizontais e verticais de um 
projeto arquitetônico. Além disso, o desenho pode ter diversos propósitos. Ele pode servir para 
apresentar uma ideia, um conceito, gerar uma emoção, ou mesmo servir como um manual de como um 
edifício deve ser construído. 
 
Aula 06 – O Desenho Arquitetônico 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 129 
 
 
fonte: portaleducação.com.br (acesso em nov/2020) 
 
No Brasil, nos baseamos em algumas normas do desenho arquitetônico como a NBR 6492/94 
(representação de projetos de arquitetura), a NBR 8196/99 (emprego de escalas), a NBR 8403/84 
(aplicações de linhas – tipos e larguras), a NBR 10068/87 (folha de desenho – leiaute e dimensões, 
margens) e a NBR 13142/99 (dobramento e cópia). 
 
Softwares de ajuda ao desenho técnico 
 
Cada dia que passa, novos programas de ajuda ao desenho técnico são criados. Os 
profissionais da construção de hoje contam com vários programas que ajudam no desenvolvimento de 
projetos. Como exemplo seguem alguns softwares para engenharia e construção civil: 
 
SKETCHUP, AUTOCAD, AUTOCAD CIVIL 3D, MATLAB, REVIT, SAP2000, TQS, SIENGE, 
MDSOLIDS, FTOOL, CONSTRUCT APP. 
Lembrando que muitos outros são frequentemente desenvolvidos. 
 
Desenho à mão livre ou croqui 
 
Considerado um meio rápido de comunicação do arquiteto, o desenho à mão livre expressa sua 
ideia, pensamentos e criações de maneira prática e objetiva. Pode ser empregado em uma conversa 
com o cliente ou quando uma obra está em andamento, por exemplo, pois são casos em que o diálogo 
se expressa através dos desenhos. 
 
Embora os projetos são desenvolvidos utilizando programas de computador, a concepção dele 
nasce primeiramente no papel, só depois vai ser desenvolvido por programas de computador, por isso o 
desenho à mão livre, em arquitetura, é uma das formas mais rápidas de exteriorizar sua criação. 
 
 
fonte: vivadecora.com.br (nov/2020) 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 130 
Maquete 
 
É uma representação (completa ou parcial) em escala reduzida de um objeto, sistema ou 
estrutura de engenharia ou arquitetura. É a transformação do desenho em objetos tridimensionais 
físicos. 
 
 
fonte: archdaily.com.br (acesso em nov/2020) 
 
Atualmente a maquete eletrônica também é muito utilizada. Geralmente criada 
por arquitetos, projetistas ou desenhistas através de um software de modelagem 3d. Apresenta níveis 
distintos de detalhamento, podendo ser meramente esquemática, detalhada ou foto-realística, caso o 
intuito seja alcançar um resultado mais artístico. 
 
A função do desenho no projeto arquitetônico 
 
É através do desenho arquitetônico que o projetista (desenhista, arquiteto etc.) se comunica com 
todo pessoal envolvido na obra, desde o cliente ao pedreiro e às autoridades de certificação. São 
desenhos regidos por normas e procedimentos, mas trazem as intenções do arquiteto. Podemos 
destacar alguns tipos: plantas, cortes, fachadas e outras variações. 
 
Antes de apresentar cada um e suas principais características, vamos ver aqui algumas 
convenções e símbolos que ajudam na compreensão dos elementos representados. 
 
Escala 
 
Escala é a razão de semelhança representada por uma fração que relaciona as dimensões de um 
objeto e sua representação através de um desenho. A escala permite representar, no papel, objetos de 
qualquer tamanho real mantendo as suas proporções. 
 
Dependendo do tipo de escala utilizada, as medidas do objeto real podem ser mantidas, reduzidas 
ou aumentadas proporcionalmente. Existem três tipos de escalas: 
 
a) Escala natural ou real 
 
Quando o objeto a ser representado apresenta as mesmas medidas no desenho que o 
representa, isto é, aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da 
peça. A escala natural ou real está na razão 1 para 1. 
 
b) Escala de redução 
 
É aquela em que o tamanho do desenho técnico é 
menor que o tamanho real da peça. Quando o objeto a ser 
representado tem dimensões grandes, é utilizada a escala de 
redução para possibilitar sua representação no papel. 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 131 
Por exemplo: 
 
A escala 1/2 significa que a cada centímetro do papel representará 2 centímetros do real, ou 
seja, o desenho será reduzido 2 vezes. 
 
c) Escala de ampliação 
 
A escala de ampliação é utilizada quando o 
objeto a ser representado é muito pequeno e 
necessita ser ampliado para melhor compreensão do 
projeto. 
 
Por exemplo: 
 
Uma escala 2:1 (dois por um), indica que o desenho é 
duas vezes maior que o objeto. 
 
Escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196/1983 
 
Categorias Escalas recomendadas 
Escalas de ampliação 
20 : 1 50 : 1 10 : 1 
2 : 1 5 : 1 
Escala natural 1 : 1 
Escala de redução 
1 : 2 1: 5 1 : 10 
1 : 20 1: 50 1 : 100 
1 : 200 1: 500 1 : 1.000 
1 : 2.000 1: 5.000 1 : 10.000 
 
Linhas 
 
Na representação gráfica em arquitetura as linhas são divididas em tipos e espessuras, iremos 
explicar algumas mais utilizadas, tomando como base as normas da ABNT. 
 
Tipos de linha 
 
Como já dissemos, as linhas são separadas em tipos e espessuras, agora explicaremos para 
vocês quais são, para que servem e como utilizar. 
 
a) Linhas contínuas 
 
 
 
Essas são as mais comuns e sua função vai mudar de acordo com a espessura. Nesse artigo 
vamos mostrar os valores de espessura que estão representados na NBR 6492, isso é, são valores 
mais genéricos e condizem mais com grafites que softwares. 
 
b) Linhas grossas 
 
 
 
 Representam alvenaria em corte, colunas ou paredes estruturais.A espessura sempre vai variar 
de acordo com a distância do observador. Recomenda-se utilizar 0,5mm para alvenaria e cortes, e 
0,6mm para elementos estruturais. No caso de lapiseiras, usar grafites 07 e 09. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 132 
c) Linhas médias 
 
 Representam esquadrias, mobiliários fixos ou não fixos, escadas, alvenaria baixa, vista etc. Vale 
lembrar que quanto mais próximo do observador maior vai ser a espessura, recomenda-se utilizar 
0,3mm em esquadrias ou mobiliários, e 0,4mm para alvenaria baixa ou em vista e escadas. No caso de 
lapiseiras, usar grafite 05. 
 
d) Linhas finas 
 
 
 São utilizadas em pisos, hachuras, cotas e linhas auxiliares. Recomenda-se 0,1mm a 0,2mm. No 
caso de lapiseiras, usar grafite 03. 
 
 
e) Linhas situadas além do plano do desenho – tracejadas 
 
 
Utilizamos esse tipo de linha quando precisamos representar a aresta de objetos que não estão 
visíveis ao observador, ou seja, aquelas que estão por trás do plano de desenho. Usa-se 0,1mm a 
0,2mm ou grafite 03. 
 
f) Linhas de projeção – traço e dois pontos 
 
 
Esse tipo de linha é utilizado na representação de projeções de pavimentos superiores, 
marquises, balanços etc. A espessura da linha é de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03. 
 
g) Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto 
 
 
Essas linhas são utilizadas para representar os eixos de elementos na planta. É bem comum de 
quando se trabalha com modulação estrutural ou quando se projeta em malha. A espessura da linha é 
de 0,1mm a 0,2mm ou grafite 03. 
 
h) Linhas de indicação, chamada, silhueta e interrupção 
 
A linha de indicação ou chamada é utilizada para referenciar algum detalhe em outra folha de 
desenho ou tabela/legenda. 
A linha de interrupção é utilizada quando se representa uma quebra ou ruptura no desenho. Se 
vê bastante em escadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 133 
Apenas como ilustração, a próxima tabela nos mostra a aplicação de linhas em desenho 
técnico - NBR 8403. 
 
Linha Denominação Aplicação geral 
A Contínua larga A1 contornos visíveis e a2 arestas visíveis 
B Contínua estreita 
B1 linhas de interseção imagináveis 
B2 linhas de cotas e b3 linhas auxiliares 
B4 linhas de chamada e b5 hachuras 
B6 contornos de seções rebatidas na própria 
vista 
B7 linhas de centros curtas 
C Contínua estreita a mão livre 
C1 limites de vistas ou cortes parciais ou 
interrompidas se o limite não coincidir com 
linhas traço ponto 
D 
Contínua estreita em 
ziguezague 
D1 linha destina-se a desenhos 
confeccionados por máquinas 
E Tracejada larga 
E1 contornos não visíveis e e2 arestas não 
visíveis 
F Tracejada estreita 
F1 contornos não visíveis e f2 arestas não 
visíveis 
G Traço ponto estreita 
G1 linhas de centro; g2 linhas de simetrias; 
G3 trajetórias 
H 
Traço ponto estreita, larga nas 
extremidades e na mudança 
de direção 
H1 planos de corte 
J Traço ponto larga 
J1 indicação das linhas ou superfícies com 
indicação especial 
K Traço dois pontos estreita 
K1 contornos de peças adjacentes 
K2 posição limite de peças imóveis 
K3 linhas de centro de gravidade 
K4 cantos antes da conformação 
K5 detalhes situados antes do plano de corte 
fonte: universidade federal de goiás, desenho técnico. 
 
Cotas 
 
É a denominação dada a toda e qualquer medida expressa em plantas 
arquitetônicas. Normalmente dada em centímetros, pois o metro é a unidade mais usada em 
construções. As cotas indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode ser 
a altura de um degrau de escada, a distância entre duas paredes, o pé direito de um pavimento etc. 
 
A cotagem em desenho arquitetônico contempla 
as especificações contidas nas normas técnicas NBR 
10126/ 87 e NBR 6492/ 94, principalmente. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 134 
 
Algumas convenções e símbolos 
1. Paredes 
 
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para 
paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente. 
 
 Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que 
será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções: 
 
 
 
2. Portas 
 
Porta interna: geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou 
seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota (mesma medida). 
 
 
 
Porta externa: a comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas 
diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta 
ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de 
cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão, as portas de sanitários desenham-se como as 
externas. 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 135 
3. Janelas 
 
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas 
representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela 
pela sua altura e peitoril correspondente 
 
 
 
 
 
Plantas são desenhos técnicos que representam todos os passos para a construção de uma 
edificação. Elas compõem o documento principal do projeto arquitetônico, pois trazem todos os 
detalhes, além de informações necessárias, como por exemplo, a indicação de norte, escala, curvas de 
níveis, cotas gerais, dentre outras. Abaixo estão alguns exemplos de plantas de um projeto 
arquitetônico. 
 
1. Planta de situação 
 
A planta de situação precisa mostrar as informações de localização do terreno, isso é, onde o 
projeto está situado em relação ao seu entorno, ela é uma visão 2d em vista aérea, pode ser feita à mão 
ou em softwares CAD. 
O desenho é uma representação bem simplificada da vista superior do lote. Apresenta o nome 
das ruas e a volumetria dos lotes vizinhos. Também deve apresentar as dimensões e formato do lote 
onde a edificação será construída. É comum mostrar um esboço do quarteirão onde o terreno está 
situado e pedaços dos quarteirões vizinhos. 
 
 
 
fonte: desenho técnico e arquitetônico faculdade Maurício de Nassau 
 
 
Aula 07 – Plantas 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 136 
2. Planta de localização 
 
Já a planta de localização também conhecida como locação ou implantação, representa uma 
vista superior do terreno com o objetivo de mostrar como acontece a ocupação do projeto no lote. Essa 
planta deve fornecer informações mais detalhadas sobre caminhos, cercas, muros, equipamentos, 
topografia, acessos, etc. 
 
fonte: casa fy. Projeto pjv arquitetura 
 
Planta baixa 
 
Pela planta é possível analisar a espessura das paredes, os eixos de distribuição dos espaços, 
os elementos que sustentam as coberturas que, quando não planas, também devem ser desenhadas. 
As plantas baixas são vistassuperiores da edificação em um plano de corte localizado a 1,50 m do nível 
do piso em referência. A norma também prevê que a altura deste corte pode ser variável, dependendo 
da necessidade em demonstrar os elementos considerados importantes para a compreensão do 
projeto. 
 
Pelo fato de serem plantas mais complexas, normalmente as plantas baixas são ilustradas em 
escalas maiores, como 1/50, contendo informações sobre níveis, orientação solar, cotas, acessos, 
áreas dos ambientes, materiais utilizados, dimensões de elementos significantes e até mesmo indicação 
do sistema estrutural adotado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 137 
Planta em 3d 
Com o desenvolvimento da tecnologia, a cada dia que passa novos programas e softwares são 
desenvolvidos, como a planta em 3d no exemplo a seguir. 
 
4. Corte 
 
É a seção da edificação vista ortograficamente. Isto é, são as representações que mostram os 
detalhes do objeto, a partir do ponto de vista do observador. É mais fácil explicá-los como efetivamente 
um “corte” na edificação, com visão frontal, lateral, superior, dentre outras. 
Os cortes são utilizados para melhor visualização dos componentes que indicam as alturas dos 
elementos importantes da edificação, pois completa o que não pode ser visto apenas na planta baixa. 
Em geral, são representados no mínimo, dois cortes de uma edificação. Mas seu número pode 
aumentar gradativamente, conforme aumenta a complexidade do projeto. Devem ser feitos tantos cortes 
quanto o necessário para conseguir representar adequadamente a edificação. 
Exemplos de corte 
 
 
fonte: Desenho aplicado 1 - Prof. Livia Santana 
 
5. Fachadas ou elevações 
 
 As fachadas ou elevações representam as vistas das partes externas da edificação. São as 
vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), elaboradas com a finalidade de fornecer 
dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada. 
Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados, assim como todos os 
outros visíveis de fora da edificação. 
 Normalmente, as fachadas contêm informações relativas aos materiais utilizados para compor a 
obra, mas não apresentam cotas ou dimensões (essas informações são fornecidas pelos cortes e 
plantas). 
Exemplo de fachada 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 138 
6. Planta de cobertura 
 
 A planta de cobertura tem a finalidade de demonstrar como se configura a cobertura da 
edificação. Nela, constam informações sobre o número de águas, lajes impermeabilizadas, o caimento 
dos telhados, abas, fosso de luz, localização da caixa d’água etc. 
 
 
fonte: joinville.sc.gov.br (acesso em nov/2020) 
 
7) Quadros demonstrativos 
 
Os quadros abaixo são alguns exemplos de apresentação de dados que ajudam a composição 
de um projeto arquitetônico. 
 
a) Quadro de esquadrias 
 
Abaixo apresentamos alguns exemplos. 
 
Portas 
 
Janelas 
Código Largura Altura Peitoril Código Largura Altura Peitoril 
P1 0,80 2,10 - J1 3,00 1,50 0,60 
P2 0,80 2,10 - J2 1,00 1,50 0,60 
P3 0,60 2,10 - J3 1,00 1,50 0,60 
P4 0,60 2,10 - J4 1,00 1,50 0,60 
 J5 1,50 1,00 1,10 
 J6 0,80 0,40 1,70 
Legenda: p (portas) e j (janelas) 
 
b) Quadro de áreas (opcional) 
 
 Legenda que apresenta a área do terreno, área de construção e a área de permeabilidade (área 
de jardim). 
Quadro de áreas (m2) 
Do terreno: m2 
Do lote 22 E = 441,00 m2 
Obra base 
Área 
m2 
Áreas consideradas 
To Ia 
Pav. Térreo: 230,27 230,27 230,27 
Pav. Superior: 117,03 -------- 177,03 
Total a construir 407,30 230,27 407,30 
Obras complementares 
Piscina 21,60 -------- -------- 
Casa de máquina (não computável 3,85 -------- -------- 
Área permeável = 42% 185,28 
To = 52% ca = 0,925 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 139 
OBS: Área Permeável 
 
 A área permeável é uma área livre que deve ser prevista no terreno, para que as águas das 
chuvas sejam absorvidas pelo solo natural. Este índice também é indicado na legislação local, e como 
na imagem abaixo, vamos fixar em 25% da área do terreno. Neste exemplo, o terreno de 300m², a área 
permeável deve ser de 75m². Normalmente pode ser utilizado toda a área de recuo frontal ou de fundos. 
 
 
 
 
 
 
1. Documentação, impostos e taxas 
 
 
 
 Veremos agora alguns tipos de documentação e impostos requeridos para a construção civil, 
que podem variar de acordo com o município em que a obra será desenvolvida. Outros itens, como: 
plano diretor, lei de zoneamento e código de obras, dependem das características e legislação de cada 
cidade. 
 
Cartório de notas 
 
 O registro de todas as declarações ou documentos que precisam tornar-se públicos, por 
exigência – ou não – da lei, é feito nesses cartórios. Contratos de compra e venda, por exemplo, só 
viram escrituras quando lavrados ali. Assim, deixam de ser um instrumento particular para confirmar, de 
modo formal, a venda de um imóvel. 
 
Licenças 
 
a) Alvará 
 
Essa licença, expedida pela prefeitura, autoriza a construção ou a reforma de um imóvel. 
O poder municipal fica obrigado a liberar a permissão sempre que um pedido for feito, desde que 
respeite todas as regras e apresente todos os documentos requeridos. 
 
 b) Habite-se 
 
Expedido pela prefeitura, é a licença que libera o imóvel construído ou reformado para a 
moradia ou para a permanência e circulação de pessoas (como cinemas, teatros e escritórios). 
Aula 08 – Noções de Construção Civil 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 140 
Essa autorização só é concedida após a entrega de todos os documentos referentes à obra, 
como o alvará e o memorial descritivo, além dos comprovantes de pagamento dos impostos 
(INSS e ISS). Se houver qualquer divergência, um fiscal vai até a construção: ele pode multar o 
construtor e impedir que pessoas entrem no edifício até que as correções sejam feitas. 
 
 c) Certidão negativa 
 
Qualquer documento que comprove a isenção de ônus ou as dívidas de todos os tipos 
com a justiça, os órgãos públicos, a prefeitura e até o comércio e os credores leva em favor de 
um imóvel. O termo “negativa” nas certidões mostra que não houve nenhum registro de 
ocorrência nos órgãos consultados. 
 
 d) ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis) 
 
É cobrado sempre que há a transferência de propriedade de um bem imóvel feita de 
forma pública, ou seja, quando se lavra a escritura. A alíquota a ser paga varia entre 2% e 6% do 
preço do imóvel declarado no cartório de notas. É recolhido pelo município e previsto pela 
constituição federal. 
 
 e) Memorial descritivo: 
 
Trata-se de um documento que descreve um imóvel ou um empreendimento imobiliário 
de forma completa (área total, área construída, metragem dos ambientes e até materiais de 
acabamento). É necessário para a requisição do habite-se na prefeitura. 
É o relato de tudo que está representado no projeto, é um registro técnico com valor legal 
quando assinado pelo profissional ou responsável técnico, assim como os laudos para 
regularização de construção existente. É obrigatório e regido pela lei 4591/64.É válido lembrar que o memorial não é o projeto em si. O memorial tem o objetivo de 
relatar todos os dados para o desenvolvimento do projeto. 
A obra em um memorial descritivo deve ser classificada quanto aos itens abaixo que 
especificarão o tipo de memorial a ser expresso. 
• residencial; 
• comercial; 
• de execução de piscina; 
• de desmembramento; 
• de unificação; 
• de residência para demolição; 
• de tanque séptico ou fossa. 
 
Alguns tópicos de um memorial descritivo 
 
• localização da obra: endereço, ou melhor, o local onde os trabalhos serão realizados, bem 
como o estudo do terreno. 
• proprietário: informações sobre o dono da obra. Se pessoa física ou jurídica e número do 
CREA do responsável pela construção. 
• detalhe de cada etapa da construção: o cronograma detalhado e todos os projetos que 
compõem a obra precisam estar indexados no memorial descritivo. 
• alvenaria: especificação de estruturas e materiais empregados e quantidades a serem 
utilizadas. 
• acabamento: é a parte mais detalhada do memorial descritivo. Deve conter a listagem 
minuciosa dos materiais a serem utilizados no acabamento. 
• conceituação do projeto: definir o objeto do projeto, o estilo, os padrões de qualidade e os 
custos. 
• normas adotadas para a realização dos cálculos: listar normas que regem os cálculos de 
insumos a serem utilizados. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 141 
• premissas básicas adotadas durante o projeto: expor a ideia que direciona o projeto. Quais 
métodos de construção serão utilizados. 
• objetivos do projeto: definir claramente os objetivos do projeto. 
• detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto: todas as etapas do projeto 
precisam ser detalhadas, como os materiais, a equipe técnica, custos, atualizações etc. 
 
 Outros detalhes que podem ser importantes para o entendimento completo do projeto, podem 
ser incluídos, tudo de acordo com a norma de desempenho (NBR 15.575). 
 
2. Plano diretor 
 
 O plano diretor orienta projetos arquitetônicos e urbanísticos através de normas legais, com o 
objetivo de ordenar o crescimento da cidade, garantindo sua harmonia visual. Ao longo do tempo 
podem haver modificações, mas devem ser aprovadas pela câmara municipal e pelo prefeito. Há 
também a possibilidade de questionamento judicial caso um cidadão ou grupo de cidadãos se sentirem 
lesados por alguma mudança no plano diretor. 
 
 
 
fonte: plano diretor estratégico do município de são paulo. Lei 16.050 - 31/06/2014 
 
3. Lei de zoneamento 
 
 Por essa legislação, o mapa oficial de um município é dividido em zonas, que por sua vez são 
repartidas em usos. Uma zona pode ter uso único (quando é somente residencial, por exemplo) ou 
misto (comércio e casas). Essa lei também estabelece padrões urbanísticos que variam conforme a 
zona, como os recuos legais. Municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a ter um plano 
diretor e instituir a lei o zoneamento. 
 
4. Código de obras 
 
São regras e leis municipais que estabelecem a forma de ocupação do solo. Definem detalhes 
para as construções, como a quantidade mínima de janelas e o dimensionamento das escadas e das 
saídas de emergência. Devem ser respeitadas, caso contrário a obra não será aprovada pela prefeitura. 
O código de obras pode ser adquirido na prefeitura. Em cidades maiores é vendido em livrarias 
ou disponibilizado na internet. Seguem algumas indicações de sites: 
 
Código de obras do município de São Paulo: 
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf 
 
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamen
to/zonmanual.pdf (lei de zoneamento - sp) 
 
 
 
 
 
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/arquivos/secretarias/planejamento/zoneamento/zonmanual.pdf
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 142 
 
Etapas e processos construtivos 
 
1. Orçamento 
 
 Um orçamento bem feito tem as seguintes vantagens: 
• sabe exatamente o quanto será gasto; 
• ajuda a programar os gastos em cada etapa da obra; 
• proporciona a alteração de materiais para que o custo da obra caiba no orçamento; 
• possibilita procurar por melhores descontos na compra de materiais e contratação de mão de 
obra; 
• ajuda a planejar o início da obra (quando terá o dinheiro necessário disponível). 
 
2. Escolha e compra do lote 
 
Certificar-se de que toda a documentação está 
correta e passar imediatamente a escritura para o nome do 
comprador. 
Para escolha do lote devem ser considerados a 
localização das edificações vizinhas, posição em relação ao 
norte, situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo), 
afastamentos exigidos pela prefeitura (uso do solo), índice 
de ocupação e resistência do solo (projeto de fundação). 
 
3. Levantamento topográfico 
 
 Para melhor compreensão do estudo topográfico, o técnico em transações imobiliárias precisa 
conhecer alguns termos técnicos relacionados à situação do terreno, para ter argumentos em uma 
explanação para o cliente. Os principais são: 
 
 • terraplanagem – processo de preparação do terreno, para dar início a construção. 
 • aterro – preenchimento de uma área em desnível, com terra ou entulho. 
 • desaterro – retirada de terra de uma área. 
 • declive – quando a inclinação do terreno está abaixo do nível da rua. 
 • aclive – quando a inclinação do terreno está acima do nível da rua. 
 • logradouro – locais públicos, como praças, ruas, avenidas, parques etc. 
 • arruamento – processo de criação das ruas. 
 • caixa de rolamento – parte da rua destinada para o trânsito de veículos. 
 • passeio – parte da rua destinada para o passeio de pedestre. 
 • afastamento – distâncias exigidas pelo uso do solo, da edificação em relação ao terreno. 
 
4. Fundação 
 
 Na verdade, as fundações são e sempre foram 
essenciais no contexto de toda a edificação. Define-se como 
fundação o processo pelo qual se cria no terreno, uma 
resistência igual e em sentido contrário ao do peso (ou força) 
que deverá atuar sobre ele, para garantir a sustentação da 
obra. Exemplificando: se uma obra pesa 500 toneladas e o 
terreno não suporta este peso, é preciso criar artificialmente 
um sistema de sustentação para suportar este peso ou, então, 
a obra não ficará de pé. Este sistema é chamado de 
fundação. As fundações evitam que a obra tombe pela ação 
do vento ou afunde por ação do peso próprio ou adicional. 
 
<reformweb.com.br>acesso em 22/04/2020 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 143 
5. Estrutura 
 
 É o sistema de sustentação da obra que recebe cargas próprias ou adicionais. Pode haver 
movimentação da estrutura por vários motivos como variações climáticas, vento, dentre outros, para 
isso existem as juntas de dilatação. A cada dia que passa novos materiais são pesquisados e com eles 
também, novas técnicas de resistência são desenvolvidas. 
 
6. Paredes e vedações 
 
 É a etapa de execução de alvenarias, chapisco, emboço ou reboco. As paredes também podem 
ser em drywall (gesso acartonado) ou divisórias. 
 Na estrutura de concreto armado, a parede não tem função estrutural. Neste sistema construtivo, 
asparedes suportam apenas o seu próprio peso mais as cargas das portas e janelas instaladas nela. 
Por isso, este tipo de parede é chamado de alvenaria de vedação. 
 
7. Cobertura – telhados e forros 
 
Para a cobertura deve-se: 
 
 • escolher a estrutura de telhado adequada para cada tipo de telha. 
 • conhecer as diversas peças que compõem uma estrutura de telhado. 
 • escolher a telha ideal bem como as inclinações. 
 • especificar e dimensionar corretamente as calhas. 
 
 A construção do telhado é dividida em duas etapas: 
estrutura (engradamento) e cobertura (telhas). 
 
8. Instalações hidráulicas 
 
 As instalações hidráulicas compreendem subsistemas de uma edificação para a correta 
captação, transporte e armazenagem de fluidos. 
 
 Classificação dos sistemas de instalação hidráulica de água fria: 
 
 Os sistemas de água fria podem ser classificados em diretos, indiretos ou mistos. 
Direto: são sistemas diretos aqueles em que não há a utilização de reservatório e a água é abastecida 
diretamente da rede pública para os pontos de utilização. A vantagem desse sistema é o seu baixo 
custo, porém se houver qualquer interrupção na rede, faltará água na edificação. 
 
Indireto: no sistema indireto há o uso de reservatórios de água, garantindo o uso de água mesmo 
quando há a interrupção de fornecimento pela rede pública. O dimensionamento das caixas d’água é 
feito por meio do cálculo do uso diário de acordo com o tipo de edificação e a quantidade de pessoas 
que irão utilizar a água. 
 
Misto: o abastecimento nesse caso é realizado tanto pelo sistema direto quanto pelo indireto. O sistema 
direto fica responsável por abastecer as torneiras externas, tanques e pontos de utilização no térreo. Já 
o sistema indireto, fica encarregado de abastecer os demais pontos de utilização que não contam com 
pressão suficiente para serem abastecidos diretamente e por abastecer dispositivos de higiene, como 
chuveiros e torneiras internas. 
 
Para instalação de água quente, deve-se usar materiais específicos, pois os produtos que passam água 
quente não são os mesmo que passam água fria. A rede de distribuição de água quente sai 
do aquecedor e vai até os pontos de consumo. 
 
Observação: muito cuidado com aquecedores a gás, devem ser instalados em lugares bem ventilados. 
 
http://blogpraconstruir.com.br/etapas-da-construcao/concreto-armado/
https://www.escolaengenharia.com.br/dimensionamento-caixa-dagua/
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 144 
9. Instalação sanitária 
 
 Uma instalação predial de esgotos sanitários visa atender às exigências mínimas de habitação 
em relação à higiene, segurança, economia e conforto dos usuários. Projetos mal elaborados de 
instalações de esgotos sanitários resultam em diversos problemas como contaminar o ambiente com 
vazamento de líquidos e gases, passagem de animais ou insetos, causando transtornos quanto à 
habilidade ou comprometimento por questões de saúde. 
 
 Para se projetar convenientemente tais instalações, é necessário que: 
 
 • promova o rápido escoamento dos esgotos; vede a passagem de gases e animais das 
tubulações para o interior dos edifícios, impeça a poluição da água de consumo e de gêneros 
alimentícios, impeça vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no interior das 
tubulações e permita a ventilação contínua da rede pública coletora de esgotos. 
 
 As instalações hidrossanitárias são divididas em: 
 • instalação de água fria 
 • instalação de esgoto 
 • instalação de água quente 
 • instalação de água de reuso (se houver) 
 
 Devem ser feitas com bastante atenção e cuidado para evitar vazamentos e problemas futuros. 
Há vários tipos de materiais para tubos e conexões além do pvc. (NBR 10821) 
 
10. Instalação elétrica 
 
 O projeto elétrico residencial é a representação gráfica e escrita da instalação com todos os seus 
detalhes. 
 Esses detalhes são a localização dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto 
dos condutores, divisão em circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada 
circuito, carga total, etc. 
 Todas as instalações são definidas em um projeto elétrico elaborado por um profissional 
especializado ainda na planta feita pelo arquiteto. 
 O projeto elétrico determina o porte da instalação, estabelece circuitos e especifica os materiais 
que serão usados na obra. 
 Também cabe ao projeto definir pontos de luz e eletricidade da edificação a partir de uma 
avaliação das necessidades de cada ambiente e dos possíveis aparelhos eletrônicos que serão 
instalados. 
 
 Um bom projeto elétrico garante facilidades e segurança, pois deve: 
 
 • ser realizado conforme as normas vigentes; 
 • apresentar dimensionamento correto e personalizado de acordo com as necessidades do 
cliente; 
 • listar detalhadamente os materiais para orçamento, evitando sobras e desperdícios; 
 • reduzir custos da obra; 
 • facilitar eventuais manutenções; 
 
 
 NBR 5410 - recomendações para cargas de tomadas. 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 145 
11. Esquadrias 
 
 É a denominação para as janelas, portas e fachadas-cortina servindo para designa-las nos 
projetos e construções. Independentemente dos materiais e processos construtivos (em serie ou sob 
encomenda), deve-se atender o desempenho exigido pelas normas. 
 A instalação deve ser bem-feita para evitar problemas na abertura das mesmas. Existem vários 
tipos de esquadrias no mercado. Elas podem ser em: 
 
 • material metálico 
 • alumínio 
 • madeira 
 • pvc 
 • vidro temperado 
 
a) Janela: esquadria, vertical ou inclinada, geralmente envidraçada, destinada a preencher um 
vão do sistema de vedação vertical externo ou interno. Entre outras, sua finalidade é permitir a 
iluminação e/ou ventilação entre ambientes. 
 
b) Porta: esquadria que, entre outras finalidades, permite ou impede o acesso entre ambientes 
de uma edificação. 
 
b) Esquadria para claraboia, coberturas e marquises 
 
Esquadria para ser utilizada como iluminação natural, geralmente inclinada e localizada nas 
coberturas das edificações, que atenda pelo menos aos requisitos previstos para as esquadrias 
verticais. 
 
c) Fachada cortina e/ou pele de vidro 
 
Componente construtivo de vedação destacado da estrutura que suporta o edifício, formando um 
escudo exterior que protege o edifício das intempéries e dos ruídos. É composto de uma malha 
de perfis (montantes e travessas) que compõem quadros móveis e/ou fixos, formando um 
sistema contínuo, desenvolvendo-se no sentido da altura e/ou da largura da fachada da 
edificação, sem interrupção, por pelo menos dois pavimentos. 
 
 
 
12. Revestimento 
 
 É enquadrado como revestimento, todo acabamento das superfícies (paredes), sendo excluídas 
desta nomenclatura as pinturas. Normalmente, os revestimentos iniciam-se no chapisco, traço 1:4 
(cimento e areia), que tem a finalidade de servir como ancoragem ao emboço cujo traço varia de 
conformidade com a finalidade; sua espessura não deve ser superior a 2cm. O emboço serve de base 
para outros revestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc. O reboco ou massa fina, normalmente, é 
usado para receber pintura; sua textura pode ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra, etc. Entre 
os revestimentos, o de maior destaque é o azulejo. Para se extrair o máximo deste material, é 
necessário tomar alguns cuidados, que resumimos para seu conhecimento. Existem inúmeras 
classificações da qualidade dos azulejos; estas variam de fabricante para fabricante, quanto ao custo, 
adequação ao ambiente, à função ou ao uso._____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 146 
13. Pinturas e texturas 
 
 A pintura vai além da estética. Sua principal função é a proteção da superfície a ser pintada. Ela 
evita o ressecamento da madeira, a oxidação do metal, o enferrujamento do ferro e assim por diante. 
 Para a pintura interna em paredes de alvenaria recomenda-se: 
 
 • preparar as paredes, pisos e tetos 
 • aplicar selador 
 • aplicar massa corrida 
 • pintura com tinta acrílica em duas ou três demãos 
 
14. Elementos decorativo 
 
Todo trabalho artístico executado em uma obra está classificado como 
elemento decorativo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peças de 
serralheria, de madeira, de gesso, de cerâmica, desde que a execução dessas 
peças requeira um requinte de projeto e de execução especial. É neste item 
que se enquadram os elementos necessários ao estudo e implantação de 
sistemas de comunicação visual, quando a obra assim o exige. Estão inclusos 
também neste item todos os trabalhos de paisagismo, tais como jardins e 
arborizações. 
 
Normas técnicas de referência 
 
NBR 12722:1992 – discriminação de serviços para construção de edifícios – procedimento 
NBR 15575-1:2013 – edificações habitacionais — desempenho – requisitos gerais 
 
 
 
 
 
 
Diagnosticar lesões em edificações 
 
 Érico Cristiano Vidal, em sua tese de mestrado da faculdade de engenharia civil de campinas 
(2012), cita Grandiski (1995), que compara a “saúde” de uma edificação aos seres vivos, que da mesma 
forma dependem de cuidados na “gestação” (fase de projeto), mas durante seu “crescimento” 
(construção) e requerem cuidados durante o “resto da vida” (manutenção), sob pena de adquirir 
“doenças” (manifestações patológicas) e à medida que “envelhecem” (degradação), elas podem passar 
por enfermidades (processo lento e contínuo de deterioração). 
 Vidal cita ainda, almeida (1999b), que utiliza o termo “patologia” para mencionar problemas e 
falhas nas várias fases de uma edificação, causando o surgimento de anomalias que são descritas 
abaixo: 
 
 
 
Aula 09 – Patologias da Construção 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 147 
1. Anomalia congênita 
No momento da criação de um projeto, arquitetônico, por exemplo, pode-se enfrentar uma 
problemática denominada anomalia congênita. Esta anomalia refere-se à falta de conhecimento das 
normas técnicas, ou a falta de observação destas, ainda que este projeto seja apenas um rabisco. A 
elaboração inadequada, irresponsável, um erro de cálculo, em qualquer parte do projeto, seja de 
arquitetura ou de estrutura, à falta de conhecimento dos projetistas, à falta de informação disponível e 
de comunicação, poderá ter resultados bastante negativos como, por exemplo, a alta densidade ou 
deficiência de armadura na peça estrutural, assim como um erro de cálculo ou diversos erros podem 
ser causados por falhas na elaboração ou na efetivação do projeto e comprometer a utilização e o 
desempenho do objeto construído, como o aparecimento de fissuras, trincas, rachaduras, rupturas 
localizadas ou até o colapso. A má elaboração do projeto causa, em aproximadamente 40% dos casos, 
essas anomalias nas edificações. 
 
2. Anomalia executiva 
Outro fator que contribui para o início de problemas é a contratação de mão-de-obra 
desqualificada, bem como o de materiais e de métodos inadequados, a errada avaliação de estabilidade 
e resistência do solo de fundação, a incorreta utilização dos programas de cálculo são efeitos 
provocados por estas causas que podem ser resumidos em deformações na alvenaria, nas paredes, 
nos pavimentos, nas vigas, na retração excessiva do concreto etc. As consequências podem atingir 
grandes proporções, desde concentrações de tensões, rupturas, porosidade e desgaste do concreto até 
corrosão das armaduras, parte estrutural. 
 
3. Anomalia acidental 
Este tipo de patologia caracteriza-se como acidental, fenômenos naturais como a ação da chuva 
com ventos de intensidade superior ao normal, terremotos, recalques e incêndios, provocando 
movimentações, intervenção de terceiros, como por exemplo uma obra no vizinho. Seus efeitos na 
construção são esforços de natureza excepcional, em que os profissionais envolvidos, mesmo 
obedecendo às recomendações normativas, não preparam a edificação para enfrentar tal situação. Do 
ponto de vista de consequências, em se tratando de uma edificação de concreto, depara-se com 
movimentos consideráveis das peças estruturais. 
 
4. Anomalia adquirida 
As anomalias adquiridas são aquelas que têm sua origem no fim da vida útil dos materiais em 
consequência de exposição ao meio em que as edificações se encontram, podendo ser naturais, 
decorrentes da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana ou de revestimentos não 
adequados. 
 
fonte: avaliação de patologias em conjuntos habitacionais de Bauru - Érico Cristiano Vidal 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 148 
Materiais 
 
Introdução 
Um bom corretor de imóveis precisa estar sempre atualizado buscando conhecimentos e 
informações na sua área de atuação. Conhecer algo sobre materiais de construção, desde os mais 
básicos até os novos materiais em desenvolvimento pode ser um diferencial em sua carreira. 
A seguir apresentaremos apenas algumas definições e tipos de materiais básicos utilizados em 
construção civil. 
 
 
a) Pedra 
a pedra é um material mineral sólido, duro, da natureza das rochas. 
 
Principais usos 
A pedra tem destaque na composição do concreto, um dos principais insumos da construção 
civil. Também é utilizada na decoração de ambientes, como em jardins. 
 
Exemplos: 
• Pedregulhos, pedra britada, pedra rachão, pedra madeira, pedra modelo natural 
 
b) Aço 
O aço é uma liga de ferro, carbono e outros elementos endurecida pela têmpera. Tem boa 
resistência mecânica e custo baixo. 
 
Principais usos 
O aço é empregado na parte estrutural das construções, sendo utilizado em vigas, lajes e fôrmas 
de armaduras para estruturas de concreto armado. 
 
Exemplos: 
• Aço carbono, aço patinável ou aclimável, aços para usos estruturais. 
 
c) Cimento 
O cimento é um pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água. Depois de 
endurecido, mesmo que seja novamente submetido à água, não se decompõe mais. 
 
<alucampmaquinas.com.br> 
 
Principais usos 
É um dos principais materiais de construção, sendo muito utilizado como aglomerante para 
compor argamassa e concreto. Por ser uma das principais commodities mundiais, serve também como 
indicador econômico. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 149 
Exemplos: 
 Cimento portland comum (nbr 5.732), cimento portland composto (nbr 11.578), cimento portland 
de alto-forno (nbr 5.735), cimento portland pozolânico (nbr 5.736), cimento portland de alta 
resistência inicial (nbr 5.733), cimento portland resistente a sulfatos (nbr 5.737), cimento portland 
branco (nbr 12.989) 
 
Bloco de cimento 
O bloco de cimento é um componente industrializado, produzido em máquinas que vibram e 
prensam, podendo ser fabricados a partir de uma vasta variedade de composições. 
 
Principais usos 
É utilizado nas estruturas de alvenaria, muros, divisórias, instalações elétricas e hidráulicas. 
 
Exemplos: Bloco de cimento inteiro, meio-bloco de cimento, bloco de cimento compensador, bloco de 
cimento canaleta, bloco de cimento j, bloco de cimento elétrico. 
 
Concreto 
O concreto é a mistura de cimento, água, areia e pedra (ou brita), formando uma massa plástica 
que é colocada em fôrmas para que endureça e adquira resistência. 
 
Principais usos 
O concreto é utilizado na confecção de peças para a estrutura da construção e também em 
partes não-estruturais. 
 
Exemplos 
 Concreto convencional, concreto bombeável, concreto especial, concreto magro, concreto 
projetado, concreto fluido, concreto rolado, concreto impermeável. 
 
Argamassa 
A argamassa é uma mistura de areia, água e um ou mais aglutinantes. 
 
Principais usos 
A argamassa é utilizada sobretudo no assentamento ou revestimento de alvenarias. Também é 
capaz de unir materiais, impermeabilizar e nivelar superfícies. 
 
Exemplos: 
 Argamassa para assentamento, argamassa de impermeabilização, argamassa para 
revestimento, ac-1, ac-2, ac-3 e ac-3e 
 
d) Tijolo 
O tijolo é um bloco de barro cozido ou seco ao sol, geralmente em forma de paralelepípedo. 
 
Principais usos 
É um dos principais insumos da construção, utilizado na estrutura de alvenaria das edificações. 
 
Exemplos: 
 Tijolo cerâmico, tijolo adobe, tijolo laminado, tijolo concreto, tijolo de vidro, tijolo ecológico. 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 150 
e) Piso 
O piso é o revestimento do solo sobre o qual se caminha, sendo conhecido também como 
pavimento. 
 
Principais usos 
Tem função de revestir o solo das partes internas e externas do empreendimento. A finalidade 
da construção determina se o piso deve ser funcional ou decorativo. 
 
Exemplos: 
• Piso de vinil, piso laminado, piso de borracha, piso de madeira (assoalho), piso de taco, carpete, 
porcelanato, cerâmica, azulejo, concreto. 
 
f) Madeira 
A madeira é o tecido lenhoso das árvores e pode ser obtida a partir do corte das árvores. 
 
Principais usos: 
Pode ser empregada na estrutura temporária ou definitiva, em pisos, paredes, na decoração, 
dentre muitos outros usos. 
 
Exemplos: 
 Madeira ipê, madeira peroba, madeira sucupira, madeira freijó, madeira jatobá, madeira cedro, 
madeira mogno, madeira aroeira, madeira cerejeira, madeira pinho. 
Madeiras industriais: MDF, compensado, aglomerado 
 
 
 
g) Telha 
A telha é uma peça feita tipicamente de barro cozido, fibrocimento, concreto, ou cerâmica. 
 
Principais usos: 
Utilizada na cobertura de casas e outras edificações. 
 
Exemplos: 
 Telha de metal, telha de polímero plástico, telha de argila, telha de concreto, telha de ardósia, 
telha de madeira. 
 
h) Ladrilho 
O ladrilho é uma placa, normalmente de cerâmica ou de barro cozido e de forma quadrada. 
 
Principais usos 
O ladrilho é utilizado no revestimento de paredes e pavimentos, geralmente para áreas 
molhadas ou exteriores. 
 
Exemplos: 
 Ladrilho hidráulico, ladrilho antiderrapante, ladrilho tozeto. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 151 
i) Vidro 
Com ampla utilização na construção civil, traz como características principais a transparência e a 
dureza, que como consequência decorrem a visibilidade, leveza e durabilidade. 
 
Principais usos 
Utilizado em coberturas, fachadas, janelas, portas, pisos, divisórias, paredes, como elemento de 
segurança, dentre muitos outros usos. 
 
Exemplos: 
Por tipo: vidro recozido, vidro de segurança temperado, vidro de segurança laminado; 
Por transparência: vidro translucido, vidro opaco, entre outros; 
Em acabamento da superfície: vidro liso, vidro float, entre outros; 
Por coloração: chapa de vidro incolor e colorida; colocação: autoportante, instalação mista, 
entre outros. 
 
j) Materiais elétricos 
Os materiais elétricos possuem características de transmissão de cargas elétricas de maneira 
segura e eficiente. 
 
Principais usos: 
Os materiais elétricos são utilizados no desenvolvimento das redes elétricas de residências, 
comércios e estruturas públicas. 
 
Exemplos: 
 Caixa de luz, tomada, fios e cabos, disjuntores, fusível, soquete, interruptor, transformador. 
 
l) Tintas 
A tinta é uma substância constituída de um corante e de um aglutinante (ou de um coloide). 
 
Principais usos 
É utilizada para pintura e tingimento de paredes e outros revestimentos, também tem a função 
de proteger o reboco e facilitar a limpeza das paredes. 
 
Exemplos: 
• Tinta látex pva, tinta acrílica, tinta superlavável, tintas inodoras, tinta esmalte sintético, tinta 
epóxi. 
 
Observação importante 
A evolução e o ritmo de desenvolvimento de materiais inovadores para a construção são 
surpreendentes. A cada ano mais e mais soluções criativas, tecnológicas e até mesmo surreais 
aparecem. E justamente estes materiais têm a potencialidade de, em um futuro próximo, alterar 
radicalmente a maneira de construir. Além do que, alterar os tipos de construções que conhecemos 
atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 1 
17.0 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 152 
 
Termos mais utilizados em arquitetura 
 
Aclive – diz-se que um terreno está em aclive quando sua referência de nível ao fundo é maior do que 
na testada principal, ou seja, aquela que dá para o logradouro. 
 
Acréscimo - aumento de uma construção quer no sentido horizontal, quer no vertical. 
 
Afastamento - menor distância entre duas edificações ou entre uma edificação e as linhas divisórias do 
lote onde ela se situa. O afastamento pode ser frontal, lateral ou de fundos quando estas divisórias 
forem, respectivamente, a frente (chamada também de testada), os lados e os fundos do lote. 
 
Alinhamento - é a linha projetada e locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro público. 
 
Alvará – licença administrativa para a realização de qualquer obra particular ou exercício de uma 
atividade. Caracteriza-se pela guia quitada referente ao recolhimento das taxas relativas ao tipo de obra 
ou atividades licenciadas. 
 
Andar - o mesmo que pavimento ou piso. 
 
Apartamento - unidade autônoma de uma edificação destinada a uso residencial permanente, com 
acesso independente, através de área de utilização comum e que compreende, no mínimo, dois 
compartimentos habitáveis, um banheiro e uma cozinha. 
 
Área bruta - área resultante da soma das áreas úteis com as áreas do pavimento com as áreas das 
seções horizontais das paredes que separam os compartimentos. 
 
Área bruta do pavimento (abp) - soma da área útil do pavimento com as áreas das seções horizontais 
das paredes que separam os compartimentos. 
 
Área bruta de unidade (abu) - soma da área útil da unidade com as áreas das seções horizontais das 
paredes que separam os compartimentos. 
 
Área de condomínio - toda área comum de propriedade dos condôminos de um imóvel. 
 
Área livre – espaço descoberto, livre de edificações ou construções, dentro dos limites de um lote. 
 
Área “non aedificandi” (área não edificante) – área na qual a legislação em vigor nada permite a 
construir ou edificar. 
 
Área total da edificação – soma das áreas brutas dos pavimentos. 
 
Área útil – área do piso de um compartimento. 
 
Área útil do pavimento (aup) – soma das áreas úteis das unidades com as áreas úteis das partes 
comuns em um pavimento. 
 
Área útil da unidade – soma das áreas úteis de todos os compartimentos da unidade. 
 
Caixa de rua – parte

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