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TCC BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
MARA ELIZE HENDGES
A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS
ARROIO DO MEIO
2020
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Autor, Mara Elize Hendges
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO – As brincadeiras são uma importante fonte de desenvolvimento e aprendizagem, ela envolve complexos processos de articulação entre o já dado e o novo, entre a experiência, a memória e a imaginação, entre a realidade e a fantasia, sendo marcado como uma forma particular de relação com o mundo, distanciando-se da realidade da vida comum, ainda que nela referenciada. A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. O brincar não só requer muitas aprendizagens como também constitui um espaço de aprendizagem. Através do brincar que a criança desenvolve e vivência inúmeras formas de aprendizagem, além de explorar suas possibilidades corporais, interagir com outros indivíduos, estimula seu lado cognitivo, motor e afetivo, pode-se dizer que os jogos e brincadeiras são formas mais sadias de auxiliar no desenvolvimento da criança. Além de favorecer o desenvolvimento da criatividade, comunicação, imaginação, espontaneidade, entre outros. Instiga o interesse e curiosidade das crianças, tornando-as pessoas com espírito de iniciativa e com opinião própria. Como as brincadeiras a criança expressa sua emoções, constrói possibilidades, experimenta o mundo e o desconhecido, vivencias suas experiências interagindo com as demais, desenvolve sua autonomia e raciocínio lógico.
Palavras-chaves: Brincar. Desenvolvimento. Criança. Interagir.
profemaraeh@gmail.com
 INTRODUÇÃO
Apesar da palavra brincadeira esta mais ligada à infância e às crianças, vemos que a brincadeira sempre foi uma atividade significativa na vida dos homens em diferentes épocas e lugares. Comprovamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Portanto, se faz necessário conscientizar os pais, professores educadores, coordenação e sociedade sobre a ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que o brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem. Neste sentido, o brincar na educação infantil e anos iniciais proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, respeitar o outro, seguir o combinado, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. 
Assim a criança aprende a esperar, respeitar a “regras da sociedade”, interagir com o meio, ter iniciativa, estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros. O importante é perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do mundo, na perspectiva da lógica infantil.
DESENVOLVIMENTO
Atualmente é inegável a importância do brincar no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. Nessa etapa recebemos as primeiras lições do que é certo e errado. A infância é uma fase da experimentação, onde descobrimos nossas virtudes e limitações. É através do brincar que a criança desenvolve sua imaginação, além de construir relações e elaborar regras de organização e convivência. 
De acordo com Borba (2007), a experiência do brincar cruza diferentes tempos e lugares, passados, presentes e futuros, sendo marcada ao mesmo tempo pela continuidade e pela mudança. Mas essa experiência não é simplesmente reproduzida, e sim recriada a partir do que a criança traz de novo, com seu poder de imaginar, criar, reinventar e produzir cultura.
Por intermédio da brincadeira, a criança explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a. A experimentação de diferentes papéis sociais (o papel de mãe, pai, do irmão, homem - aranha...) através do faz-de-conta, permite à criança compreender o papel do adulto e aprender a comportar-se e a sentir como ele, constituindo-se como uma preparação para a entrada no mundo dos adultos. A criança procura assim conhecer o mundo e conhecer-se a si mesma.
A escola precisa trabalhar como espaço para possibilitar do resgate e valorização de brincadeiras tradicionais que vêm se perdendo com o tempo, brincadeiras que são de grande importância para construção de conhecimentos e habilidades que, muitas vezes, não são possíveis de se alcançar com as brincadeiras atuais que muitas vezes não exigem muito das crianças ou de brinquedos que fazem praticamente tudo por elas. Em tempos modernos, em que o computador com acesso à internet, o vídeo game e a televisão, no mundo globalizado, tem ganhado cada vez mais espaço, as brincadeiras tradicionais estão sendo “deixadas de lado” pelas crianças em favor das novas tecnologias.  Assim, muitas dessas brincadeiras típicas das crianças ou de algumas regiões do país acabam sendo esquecidas ou não “aprendidas” pelas novas gerações. 
Negar o universo simbólico lúdico, sob o argumento de que esse não é o papel da instituição escolar, é negar o trajeto do desenvolvimento humano e sua inserção cultural. É desviar a função da escola do processo de construção de valores e de um sujeito crítico, autônomo e democrático. É negar, principalmente, as possibilidades da criatividade humana (VASCONCELOS, 2006, p.72).
De acordo com Wajskop (1997, p.31), “A brincadeira é uma forma de atividade social infantil cuja característica imaginativa e diversa do significado cotidiano da vida fornece uma ocasião Educativa Única para as crianças”. A atividade lúdica é tão importante que é considerada um “direito” de toda criança, contribuindo para a formação de seu ser. Ninguém se torna adulto sem antes ter provado as maravilhas de ser criança. A criança que brincou em sua infância tornará um adulto trabalhador e saberá trabalhar em grupo e respeitar normas grupais e sociais, pois se confrontou com regras e limitações com as brincadeiras vivenciadas em sua infância.
Segundo Friedmann (1995), o jogo tradicional é um patrimônio lúdico que é importante para o desenvolvimento das capacidades físicas, cognitivas, sociais, afetivas e linguísticas. Sendo assim, o brincar se caracteriza, segundo Oliveira (2000), como condição de todo processo evolutivo da criança, tornando-se um momento de liberdade criadora, de afetividade, de significar e organizar sua realidade e seu mundo. É a oportunidade de socialização, de encontrar desafios, lidar com suas limitações e conflitos e de compreender e traçar regras comuns. É papel da escola criar um ambiente no qual o brincar faça parte, sendo que ele não deve e nem pode ficar restrito somente ao recreio ou a fins já pré-determinados
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a exploração não seja a que esperávamos. É preciso cuidado para que a intervenção do adulto não interrompa a linha de pensamento da criança e não atrapalhe a simbolização que estava fazendo e os pais têm um papel fundamental no que respeita à preparação dos espaços, à seleção dos brinquedos e dos contextos a serem explorados, proporcionando à criança um ambientede qualidade e enriquecedor da imaginação infantil, que estimule as interações sociais com outras crianças, familiares e amigos. Importa lembrar que enriquecedor não significa proporcionar brinquedos caros, mas meios que permitem a exploração de diferentes linguagens como a musical, corporal, gestual, escrita.
Para preservar a ludicidade, o adulto deve limitar-se a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor determinada forma de agir. Que a criança aprenda a utilizar o jogo descobrindo e compreendendo e não por simples imitação.
Segundo Jose Alfredo Oliveira Debortoli (2005), o professor deve proporcionar à criança o brincar. Não somente o brincar por brincar, nem exclusivamente o brincar com um determinado fim. Devem-se estimular a criança a brincar, a experimentar e construir seu conhecimento a partir de diferentes ambientes, materiais, propostas ou desafios. A postura do professor durante os jogos é fundamental para o desenvolvimento profícuo da criança. Incentivá-la e desafiá-la faz parte do papel desse profissional. Nesse sentido, o papel do professor nesse momento deve ser o de provocar e desafiar a participação coletiva dos alunos, na busca de encaminhamentos e resolução de problemas. O pensamento da criança evolui a partir de suas ações. As crianças precisam vivenciar suas ideias em nível simbólico para poder compreender seu significado na vida real.
De acordo com Oliveira (1992, p. 55),
A brincadeira simbólica leva à construção pela criança de um mundo ilusório, de situações imaginarias onde objetos são usados como substitutos de outros, conforme a criança os emprega com gestos e falas adequadas. Nessa situação a criança reexamina as regras embutidas nos atos sociais, as relações culturais que fazem (sic) que a mãe seja que fica em casa enquanto que o pai sai para o trabalho em certos grupos sociais. Isso ocorre conforme a criança experimenta vários papéis no brincar e pode verificar as consequências por agir de um ou outro modo. Com isso internaliza as regras de conduta, desenvolvendo o sistema de valores que irá orientar seu comportamento (OLIVEIRA, 1992, p.55).
Pode-se concluir que a brincadeira é uma atividade humana nas quais as crianças são introduzidas, assimilando, recriando e representando a experiência sociocultural dos adultos. Assim a brincadeira é o resultado de relações, ela aprende a brincar.
Nossa sociedade atual está baseada no consumismo e orientada para a produtividade, com isso, muitas vezes o único caminho que surge é o da competição, essa realidade faz com que a criança seja ensinada pela “mídia” a festejar a vitória e chorar na derrota, o importante para sobreviver é procurar seus interesses, vivendo cada dia mais no individualismo. Um dos locais onde podemos observar isso é nas escolas, onde geralmente o importante é o resultado final, ou seja, “ser o melhor” e não valorizando o processo e a qualidade de ensino, tornando assim, atitudes e posturas competitivas.
Através da brincadeira e jogos cooperativos, as crianças educam o autodomínio, à vontade, as atitudes e os valores, já que possibilita a assimilação de regras de conduta, desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da participação social, promovendo relações de respeito, amizade e solidariedade. Por meio do jogo, o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa.
O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativa que a criança descobre seu próprio eu e a maneira como a criança joga reflete na maneira de encarar a vida, portanto, um jogo cooperativo pode proporcionar muito mais do que imaginamos na vida de alguém. Portanto para os educadores o jogo não pode ser considerado simplesmente um passa tempo, para distrair os alunos, ao contrário o jogo ocupa uma extraordinária importância na educação escolar. Como já citado acima, o jogo estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação motora e a iniciativa individual. É de fundamental importância que o educar tenha bem definido qual é a diferença entre jogos competitivos e cooperativos.
De acordo com Brotto (1995), os jogos cooperativos permitem uma ampliação sobre a realidade da vida, refletindo no jogo. Percebendo estilo dos jogos x vida, é possível escolher com consciência o estilo adequado a cada momento. Para Piaget (1977), desde o recém-nascido até a estruturação final da personalidade e evolução intelectual de um indivíduo só acontece pelas diferentes qualidades de suas relações e de suas trocas intelectuais. 
Fábio Brotto (2001), descreve a seguinte distinção entre as ações de cooperar e competir nos jogos: Para ele há dois tipos de relação social; a coação e a cooperação. Entende-se por COAÇÃO, a relação entre dois ou mais indivíduos em que um desses sujeitos detém uma posição autoridade, de poder ou prestigio sobre os demais envolvidos, que nesse sentido tomam como verdade o que lhe foi dito. Já a COOPERAÇÃO, é a cooperação entre dois ou mais sujeitos. Aqui há diálogo, troca de pontos de vista, argumentação e provas das partes envolvidas. 
Esse autor nos apresenta um quadro explicando as características dos jogos dos dois jogos:
	JOGOS COMPETITIVOS
	JOGOS COOPERATIVOS
	São divertidos apenas para uns.
	São divertidos para todos.
	Alguns jogadores têm um sentimento de derrota.
	Todos os jogadores têm um sentimento de vitória.
	Alguns jogadores são excluídos por falta de habilidade.
	Todos se envolvem independente de sua habilidade.
	Aprende-se a ser desconfiado, egoísta ou se sentir melindrado com os outros.
	Aprende-se a compartilhar e a confiar.
	Divisão por categorias: meninos x meninas, criando barreiras entre as pessoas e justificando as diferenças como uma forma de exclusão.
	Há mistura de grupos que brincam criando alto nível de aceitação mútua.
	Os perdedores ficam de fora do jogo e simplesmente se tornam observadores.
	Os jogadores estão envolvidos no jogo por um período maior, tendo mais tempo para desenvolver suas capacidades.
	Os jogadores não se solidarizam e ficam felizes quando alguma coisa de “ruim” acontece aos outros.
	Aprende-se a solidarizar com os sentimentos dos outros, desejando também o seu sucesso.
	Os jogadores são desunidos.
	Os jogadores aprendem a ter um senso de unidade.
	Os jogadores perdem a confiança em si mesmo quando eles são rejeitados ou quando perdem.
	Desenvolvem a autoconfiança porque todos são bem aceitos.
	Pouca tolerância à derrota desenvolvendo em alguns jogadores um sentimento de desistência face às dificuldades.
	A habilidade de perseverar face às dificuldades é fortalecida.
	Poucos se tornam bem-sucedidos.
	Todos encontram um caminho para crescer e se desenvolver.
Fonte: Brotto, 2001, p.56.
De acordo com Brotto (1995), os jogos cooperativos permitem uma ampliação sobre a realidade da vida, refletindo no jogo. Percebendo estilo dos jogos x vida, é possível escolher com consciência o estilo adequado a cada momento.
	Um dos precursores dos jogos cooperativos afirma que:
A diferença principal entre jogos competitivos e cooperativos é que nos jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham e estes jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. O principal objetivo seria criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e prazeroso (ORLICK, 1989, p. 123).
A brincadeira é um elemento indispensável para uma infância feliz e um importante instrumento de socialização. Entre os benefícios das atividades lúdicas, especialmente durante a primeira infância, estão o desenvolvimento da autoestima, o estabelecimento de vínculos com os pais e o aumento da capacidade de sentir empatia pelos outros. Pelo brincar, as crianças também aprendem a lidar com problemas, resistir à pressão de situações adversas e a viver em sociedade.
Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social.  A proposta dolúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido.  
Assim, Goés (2008, p 37), afirma ainda que:
(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.
Compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico que a magia das brincadeiras proporcionam na infância.
 
CONCLUSÃO
O momento da brincadeira é de grande importância no período da infância, pois, ela contribui de forma significativa para o desenvolvimento integral da criança. Segundo Piaget (1976), o brincar é a expressão corporal e do desenvolvimento na fase infantil, onde se promove a interação, a socialização e a troca de experiência. 
Tanto professores quantos os pais devem valorizar as brincadeiras das crianças, levar a sério, pois é por meio dele que as crianças vão internalizar diversas situações presentes no meio em que estão inseridas. Muitas vezes os professores e pais não tem facilidade em desenvolver um conteúdo com as crianças, não se sente motivado, portanto se repensar na sua forma de ensinar ele irá perceber que necessitará de atividades que vão além do papel, do computador ou do lápis. Assim, conclui-se que a ludicidade é relevante na educação para infância por proporcionar momentos de socialização entre as crianças, pois se relacionam com o meio social e cultural, a partir dos jogos e das brincadeiras eles se apropriam das regras sociais, se relacionam com instrumentos e signos que medeiam à aprendizagem para o seu desenvolvimento, essa ludicidade permite que a criança tenha voz na escolha das atividades que deseja fazer, tornando-a mais prazerosa e significativa, porém na escola cabe ao professor acompanha-las e motiva-las.
Toda criança possui a necessidade de descobrir o mundo por meio da brincadeira, dos jogos e das atividades de liberdade que proporcionam prazer a elas, pois se sentem livres quando podem usar sua imaginação simbólica, expressar suas fantasias, emoções, desejos e experiências, é por meio destes instrumentos que elas entram em contato e assimilam o real do imaginário, realizando um contato com o meio social. As crianças se desenvolvem nas relações sociais, elas aprendem para depois se desenvolverem, o tempo que ela permanece na zona de desenvolvimento é muito importante e deve ser respeitado e compreendido.
REFERÊNCIAS
AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, Jogue, Cante e Encante com a Recreação. Jundiaí: Fontoura, 2006.
BARATA, Alves Maria Kátia. Jogos Cooperativos e Educação Física. Revista Jogos Cooperativos. Vol. 03, Ano II, 2003. p.15.
BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: Se o importante é competir, o Fundamental é cooperar. São Paulo: Edição do autor, 1995. 
CORTEZ, R. N. C. Sonhando com a magia dos jogos cooperativos na escola... Dissertação ( Mestrado em Educação Física). Rio Claro: Universidade de Rio Claro, UNESP, Instituto de Biociências,1999.
DEBORTOLI, J. A. Educação infantil e conhecimento escolar: reflexões sobre o brincar na educação de crianças pequenas. In: CARVALHO, A. et al. (Org.) Brincar (es). Belo Horizonte: UFMG, 2005. p.65-82.
FRIEDMANN, Adriana. Jogos tradicionais. Série Ideias, São Paulo: FDE, n.7, p.54-61. 1995.
MATTOS, Ana Lucia. Aprendizagem com jogos cooperativos. Revista Jogos Cooperativos. Vol. 06. Ano II, 2004. p.10.
OLIVEIRA, Z.M. de. et al. Creches: crianças, faz de conta &cia. Petrópolis: Vozes, 1992.
ORLICK. T. G. M.; BRUNA, H. C.; LUBA, G. M. Jogos cooperativos no processo de interação social: visão de professores. Relatório Científico ao núcleo de Ensino. FUNDUNESP, 2002.
PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1976
ROSADO, Evânio. Infância: Tempo de brincar e estudar. Santa Cruz do Sul: Editora Braços Abertos para o futuro, 2005.
SANTOS, Vera Lúcia B. dos. Brincando e conhecendo, do faz de conta a representação teatral. POA: Mediação, 2004.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA. O Lúdico na prática pedagógica. Curitiba: Ibpex, 2009. P. 219.
VASCONCELOS, Mario Sérgio. Ousar Brincar. In: ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Humor e alegria na educação. São Paulo: Summus, 2006.

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