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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD AVALIAÇÃO PRESENCIAL (APX 1) - 2021.2 Disciplina: Políticas Públicas em Educação Coordenador: Rafael Bastos CURSO: Ciências Biológicas POLO: Nova Friburgo ALUNO: Drielle Rocha Leite MATRÍCULA: 17212020026 Caro (a) aluno (a): Você vai encontrar quatro questões nesta prova; Esta avaliação é individual e COM CONSULTA; Esta prova é objetiva e dissertativa, quando tiver que assinalar, marque apenas uma proposição; A prova será disponibilizada, na plataforma no dia 02/10 (até às 18h) Esta prova vale 10 pontos. Poste o arquivo em PDF, no AVA. Este é o único local de envio. Boa avaliação! Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD Questão 1) O processo de criação e aprimoramento do controle social das políticas públicas no Brasil perpassa por várias dimensões. Eduardo Gomes (2003) destaca algumas delas. Assinale a alternativa que não se aplica ao debate presente no texto: (Valor 2,0) a) Apesar do seu caráter cidadão, a Constituição Federal é quase omissa sobre a participação política da sociedade civil. b) A partir dos anos 1980, no Brasil, houve o que se chamou de febre “conselhista”, termo atribuído ao crescimento vertiginoso dos conselhos de controle social. c) O voto é um instrumento crucial na democracia moderna que vem se tornando insuficiente nos dias atuais. d) pluralismo, minorias, accountability e gestão democrática estão na pauta do dia no processo de elaboração de políticas públicas no Brasil, no início do século XXI. e) A teoria política vem se dedicando ao melhor entendimento de formas de participação, como mecanismo de aprimoramento da democracia. Questão 2) De acordo com a Bonavides (2000), assinale a alternativa verdadeira, no que diz respeito aos elementos que constituem o Estado: (Valor 2,0) a) Partilha do poder coercitivo com agrupamentos paramilitares. b) Normas jurídicas comuns e um território. c) Dimensões jurídicas, geográficas e religiosas. d) Uma população falante de um mesmo idioma. e) Um bloco econômico comum, com convergente política alfandegária e com livre circulação de capitais. Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD Questão 3) Disserte sobre as categorias Política, poder e força, apontando como Bobbio (1998) as interliga. Pode-se dizer que política diz respeito à atuação dos indivíduos dentro da cidade interferindo, decidindo ou gerindo o governo deste local. Contudo, o desejo de governar leva às pessoas ao comando, ou seja, ao poder. A política pode ser utilizada com o significado de “jogo de cintura”, tratando-se exatamente da ideia de uma política ligada ao convencimento. Em relação ao poder, pode-se dizer que todos os indivíduos detêm o poder. Pode ser o poder de produzir algo, de consumir, de seduzir, de comandar, de manipular, entre muitas outras possibilidades. Assim podemos dizer que poder é a “capacidade ou possibilidade de agir, de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos”. Levando-se em conta essa concepção não é difícil perceber que o poder é uma relação entre indivíduos ou grupos de indivíduos, sempre exercido por alguém e sobre alguém. Basicamente, o poder é a capacidade ou possibilidade de agir, de produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos. O poder supõe dois pólos: o de quem exerce o poder e o daquele sobre o qual o poder é exercido. Nesse sentido, o poder é uma relação ou um conjunto de relações pelas quais indivíduos ou grupos interferem na atividade de outros indivíduos ou grupos. Relacionando o poder com a força, devemos analisar que, para que alguém tenha a possibilidade de exercer o poder é necessário que ele tenha a força necessária para tanto. Para que alguém exerça o poder, é preciso que tenha força entendida como instrumento para o exercício do poder. Quando falamos em força, é comum pensar-se imediatamente em força física, coerção, violência. Na verdade, este é apenas um dos tipos de força, ela pode ser, também, por exemplo, psíquica ou moral. Assim a força diz respeito aos meios necessários para se influir no comportamento de outro indivíduo. A força pode ser, por exemplo, o charme de uma pessoa em um relacionamento, ou o carisma de um indivíduo em relações de amizade. O poder se faz valer por meio da força, mas a força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que me permitam influir no comportamento de outra pessoa. Bobbio desenvolve o argumento de que o poder econômico é fundamental para que o mais rico subordine o mais pobre, bem como o poder ideológico é necessário para conquistar a adesão da maioria das pessoas aos valores do grupo dominante. No entanto, só o uso do poder político, da força física, serve, em casos extremos, para impedir a insubordinação ou desobediência dos subordinados. E nas relações entre dois ou mais grupos poderosos, em termos Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação / Coordenação das Licenciaturas – EAD econômicos ou ideológicos, o instrumento decisivo na imposição da vontade é a guerra, que consiste no recurso extremo do poder político. Questão 4) Como Bittencourt (2016) vê a relação entre federalismo brasileiro, descentralização e política educacional. Para completar este resposta, é pertinente que se consulte a Constituição Federal de 1988, na parte que trata da educação. A Constituição Brasileira de 1988 pode ser considerada um marco significativo na reorganização do estado brasileiro. A sua aprovação resultou na descentralização de poderes e encargos bem como firmou a necessidade de colaboração entre os entes federados para que, entre outros fatores, fosse estendida à população algumas conquistas, tais como: acesso ao ensino obrigatório e gratuito como direito público subjetivo, gratuidade do ensino público em todos os níveis, valorização do magistério e gestão democrática da educação pública. No que se refere à competência dos entes federados para com os sistemas educacionais, foi instituído no art. 211 que, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão organizar, em regime de colaboração, seus sistemas de ensino. Os parágrafos 1 e 4 estabelecem: “§1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; §4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.” (BRASIL, 1988, p. 37) Em relação à organização do sistema de ensino, em regime de colaboração, previsto na Constituição de 1988 (art. 23), pouco se avançou nesse sentido e não foram estabelecidas, de forma clara, as normas para orientar o processo de cooperação entre os entes federados em matéria de educação e, também, não se regulamentou o regime de colaboração. Referências: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. AVALIAÇÃO PRESENCIAL (APX 1) - 2021.2
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