Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diagnósticos em Neurologia Me. Laila Caraline de Almeida Coelho • Diagnóstico → capacidade de discernir, de compreender. • Exatamente o que precisamos de fazer com nosso paciente para darmos o diagnóstico! • Discernir biologia natural X o que interferiu nessa biologia. Em que momento o diagnóstico é feito? Na Neurologia, a estruturação do diagnóstico começa na anamnese. Se você se levanta para examinar seu paciente e ainda não sabe o que ele tem e aonde procurar, volte e recomece sua anamnese! O exame físico entra para certificar nossa hipótese diagnóstica e quantificar o acometimento do nosso paciente. • 94 elementos diferentes podem ser obtidos por meio do exame neurológico. • Cerca de 73% dos pacientes com doença neurológica tem seus diagnósticos estabelecidos ao final da história e do exame físico. MARANHÃO-FILHO, Péricles; Silva, Marcos Martins. O exame Neurológico. Tratrado de Neurologia da Academia Brasileira de Neurologia. Local de publicação: Elsevier, 2019, p. 114-245. 3 instâncias diagnósticas em NEURO: Sindrômico - semiológico Topográfico - anatômico Etiológico - patológico • Semiologia → estudo dos sinais e sintomas • Sinais→ percebidos pelo examinador. Ex.: fundo de olho e vê papiledema. • Sintoma → percebido pelo paciente. Por onde começar? EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO → A ordem no qual os itens serão realizados não é o mais importante, mas sim uma repetição sistemática de um roteiro, para que nenhum aspecto seja negligenciado. INSPEÇÃO GERAL Observar antes de tocar o paciente. • Face e postura • Fáscies • Assimetria • Manchas • Movimento involuntário • Marcha CONSCIÊNCIA • Nível x conteúdo ESCALA DE COMA DE GLASGOW Alterações de fala • Disartria • Dislalia • Disfonia • Afasia (motora x sensitiva) Presença de movimentos involuntários? Equílíbrio Estático • Integridade da propriocepção + visão + função cerebelar. • Teste de Romberg (30s.) • Teste de Romberg pé ante pé (30s.) Equilíbrio dinâmico ou exame da marcha • “Na marcha normal é o indivíduo que se desloca, na patológica, é a doença que gera o andar.” (Gilles de la Tourette) • Já começa a avaliar no momento em que o indivíduo adentra a sala. • Marcha hemiplégica • Marcha bipiramidal • Marcha atáxica sensitiva • Marcha atáxica motora (teste de compasso) • Marcha vestibular (teste de Babinski-Weil + teste do compasso) • Marcha parkinsoniana • Marcha miopática • Marcha de Trendelemburg • Marcha escarvante • Marcha cautelosa • Marcha funcional ou conversiva • Marcha de Todd • Apraxia de marcha NERVOS CRANIANOS NC I: olfatório NC II: óptico NC III, IV E VI: oculomotor, troclear e abducente VC V: trigêmeo NC VII: facial NC VIII: vestibulococlear NC IX: glossofaríngeo NC X: vago NC XI: acessório NC XII: hipoglosso Força muscular Reflexos profundos Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-plantar / Babinski Reflexos superficiais Pesquisa do Sinal de Hoffman Sensibilidade Tônus Trofismo Sinais de irritação meníngea Síndrome do 1º neurônio motor • Fraqueza • Hiperreflexia • Marcha ceifante (hemiplégica,hemiparética, espástica) • Hipertonia • Sinal do canivete • Sinal de Babinski (ou sucedaneos) • Reflexo cutâneo-abdominal e cremasteriano abolidos • Clônus • Sincinesias, policinesia, sinreflexia • Sinal do canivete **Fase aguda pode ocorrer o choque medular!! Sinal de Chaddock Sinal de Gordon Sinal de Schaefer Marcha espástica /ceifante Clônus Topografando a lesão de 1º neurônio... • Acima da decussação das pirâmides: déficit contralateral • No tronco encefálico: • Pode haver déficit cruzado ou não • Pode apresentar sintomatologia de nervos cranianos COMO CONFIRMAR E INVESTIGAR A CAUSA • Neuroimagem • Tomografia • Ressonância Magnética • Demais exames: LCR, laboratório, SPECT (...) Substância branca x cinzenta Etiologias: • AVE • TCE • Trauma raquimedular • Esclerose múltipla • Abcessos • Tuberculose • Neurotoxoplasmose • Esclerose lateral amiotrófica • (...) Síndrome do 2º neurônio motor • Hipotrofia ou atrofia muscular • Fraqueza • Hiporreflexia • Miofascuculações • Cãimbras Topografando a lesão... Topografando a lesão... REFLEXO LOCALIZAÇÃO DA LESÃO Bíceps braquial Nervo musculocutâneo / C6 Tríceps braquial Nervo radial / C7 Braquiorradial Nervo radial / C6 Patelar Nervo femoral / plexo lombar / L2 – L4 Aquileu Nervo ciático / plexo sacral / S1 Topografando a lesão... Topografando a lesão... • Eletroneuromiografia • RM colunas Etiologias: • Síndrome de Guillain-Barré • Neuropatias (polineuropatia, mononeuropatia) • Radiculopatia • Polimielite • Vasculites • Esclerose lateral amiotrófica • (...) ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA • Sintomas de lesão do 1º + 2º neurônios • Sensibilidade e cognição preservadas • Poupa musculatura ocular e esfíncteres Síndrome da transmissão neuromuscular • APENAS FRAQUEZA • Flutuação da fraqueza • Manifestações oculares comuns: ptose e diplopia • Sensibilidade e reflexos preservados Quais exames solicitar? • Eletroneuromiografia com estimulação repetida • Eletroneuromiografia de fibra única • Dosagem de anticorpos ETIOLOGIAS... • Miastenia Gravis • Síndrome de Eaton-Lambert • Síndromes miastênicas congênitas • Botulismo • Fraqueza com fatigabilidade muscular - Miastenia Gravis • Fraqueza que melhora com movimentos repetidos: Lambert-Eaton Síndromes musculares • Fraqueza muscular • Aumento de enzimas musculares (CK, CKmb, aldolase, TGO, TGP) • Sensibilidade e reflexos preservados Etiologias: • Miopatias • Distrofias musculares • Miosites • (...) Síndrome extrapiramidal • Movimentos anormais de repouso • Dificuldade para manter-se em pé • Tendência a queda multidirecional • Distúrbios da marcha • Dificuldade para manter o foco e realizar movimentos rápidos, alternados e coordenados Síndrome cerebelar • Desequilíbrio • Incoordenação motora • Marcha atáxica • Disgrafia • Disartria • Nistagmo Diagnóstico sindrômico • Conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo paciente que permite o diagnóstico de acometimento de uma única estrutura. • Tem que entender anatomia funcional. Diagnóstico topográfico • Localização de uma lesão que justifique o diagnóstico sindrômico Diagnóstico etiológico • O que causou todas as alterações no paciente. • Qual a causa doença do paciente? Referências bibliográficas "Medicina é uma ciência de incerteza e uma arte de probabilidade." - William Osler
Compartilhar