Buscar

SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

– POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
 A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas propõe a estruturação de um modelo
diferenciado de atenção à saúde, baseado na estratégia de execução pelos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI), como forma de garantir aos povos indígenas os direitos preconizados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Estes direitos dizem respeito ao acesso universal e integral à saúde,
atendendo às necessidades sentidas pelas comunidades e envolvendo a população indígena em todas
as etapas do processo de planejamento, execução e avaliação das ações em saúde.
 O propósito desta Política é garantir aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de
acordo com os princípios e diretrizes do SUS, contemplando a diversidade social, cultural, geográfica,
histórica e política de modo a favorecer a superação dos fatores que tornam essa população mais
vulnerável aos agravos à saúde de maior magnitude e transcendência entre os brasileiros,
reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura (Funasa, 2000).
 Para tanto, a proposta envolveu a criação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena com uma rede
de serviços de saúde nas terras indígenas, de forma a superar as deficiências de cobertura, acesso e
aceitabilidade do SUS para essa população, adotando medidas que tornassem factível e eficaz a
aplicação de princípios e diretrizes de descentralização, universalidade, equidade e controle social
(Funasa, 2000).
-contexto histórico
A população indígena brasileira é estimada em, aproximadamente, 370.000 pessoas, pertencentes a
cerca de 210 povos, falantes de mais de 170 línguas identificadas. Cada um destes povos tem sua
própria maneira de entender e se organizar diante do mundo, que se manifesta nas suas diferentes
formas de organização social, política, econômica e de relação com o meio ambiente e ocupação de
seu território. Diferem também no que diz respeito à antiguidade e experiência histórica na relação
com as frentes de colonização e expansão da sociedade nacional, havendo desde grupos com mais de
três séculos de contato intermitente ou permanente, principalmente nas regiões litorânea e do Baixo
Amazonas, até grupos com menos de dez anos de contato. Há indícios da existência de 55 grupos que
permanecem isolados, sendo que, com 12 deles, a Fundação Nacional do Índio, FUNAI, vem
desenvolvendo algum tipo de trabalho de reconhecimento e regularização fundiária. Por outro lado, há
também aqueles, como os Potiguara, Guarani e Tupiniquim, cujos ancestrais presenciaram a chegada
das primeiras embarcações que cruzaram o Atlântico há cinco séculos.
SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS
 Polos Base- Funciona como apoio Administrativo aos DSEI e as Equipes Multidisciplinares em Saúde
e estão localizados na sua maioria em Comunidades Indígenas. 
Distritos Sanitários Especiais Indígenas- Responsável pela execução de ações de atenção primária
à saúde nas aldeias, possui uma Sessão de Serviços Logísticos, Sessão de Orçamento e Finanças,
Sessão de Recursos Humanos, Sessão de Saneamento Ambiental e Edificações. 
Conselhos Locais de Saúde Indígena- órgãos colegiados de caráter permanente e consultivo, serão
constituídos no âmbito de cada Distrito Sanitário Especial Indígena e compostos por representantes
eleitos pelas respectivas comunidades. 
Casa de Saúde do Índio- Local de saúde para onde são referenciados os casos em que o indígena
precisa de um exame ou consulta médica especializada.
 -O funcionamento atual do sistema de saúde indígena
 O SASI-SUS atende à população indígena residente em territórios indígenas, numa estrutura de 34
sistemas locais de saúde denominados Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), como mostrado
na imagem abaixo. É um modelo de organização de serviços – orientado para um espaço etnocultural
dinâmico, geográfico, populacional e administrativo bem delimitado -, que contempla um conjunto de
atividades técnicas, visando medidas racionalizadas e qualificadas de atenção à saúde, promovendo a
reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolvendo atividades administrativo-
gerenciais necessárias à prestação da assistência, com controle social.
 Cada DSEI é responsável pela realização de ações de atenção primária a partir do trabalho de
Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). As Equipes envolvem Agentes Indígenas de Saúde
(AIS), Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos de
enfermagem e de saúde bucal. A rede de serviço do território do DSEI deve funcionar de forma
integrada e hierarquizada, com complexidade crescente e articulada ao restante da rede SUS.
 A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) é responsável por coordenar e executar a Política
Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena (SASI-SUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).
 No âmbito do SUS, a Lei 8.142/1990 dispõe sobre a participação das comunidades na sua gestão, a
partir dos Conselhos e Conferências de Saúde, que estruturam o controle social no Brasil. Dessa
forma, as organizações indígenas devem estar sempre presentes nas formulações de legislações e
políticas de saúde pública que digam respeito a eles
https://saudeindigena1.websiteseguro.com/coronavirus/dsei/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm
http://www.conselho.saude.gov.br/

Continue navegando