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Infecções do trato genital feminino - FISIOPATO 2

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INFECÇÕES DO TRATO GENITAL FEMININO (Robbins cap22)
Microambiente vaginal: as células do epitélio escamoso produzem glicogênio, que
serve como substrato para os lactobacilos presentes na região, que têm como
função:
- Produzir ácido lático (a partir do glicogênio) → mantém o pH vaginal < 4,5;
- Suprime o crescimento de outros microrganismos;
- Produzem peróxido de hidrogênio (H2O2) → bacterio tóxico
Mecanismos de defesa do trato genital externo:
- Barreira epitelial;
- Síntese de muco;
- pH vulvar e vaginal;
- Microflora vulvar e vaginal;
- Sistema imunológico
Vaginose: infecção por fungos ou bactérias do próprio microambiente vaginal, que,
por algum motivo, houve deficiência do mecanismo de defesa
Conceitos importantes:
- Vulvovaginites: infecções da vulva + vagina
- Dispareunia: dor durante relações sexuais;
- Mucorréia: aumento da secreção de muco normal;
- Leucorréia: infecção com bactérias piogênicas (esfregaço “sujo”) ou não
piogênicas (esfregaço “limpo”) → secreção purulenta e viscosa causada por
morte tecidual;
- Salpingite: infecção das tubas uterinas;
- Ooforite: infecção dos ovários
- Cervicite: infecção do colo do útero por microrganismos;
- Vaginose bacteriana: desequilíbrio da microbiota vaginal, em que ocorre
substituição da flora microbiana saudável por uma variável
- Corrimento baixo: causado por vulvovaginites e vaginoses infecciosas ou não
- Corrimento alto: causado por cervicites e DIP (doença inflamatória pélvica)
obs.: o corrimento pode ocorrer devido a 3 fatores:
1) Doença ou consequência da doença;
2) Fluxo fisiológico → dependendo do ciclo menstrual;
3) Umidade
Herpes vírus tipo 2 (HSV-2): presença de lesões na mucosa genital + pele que se
desenvolvem cerca de 3 a 7 dias após a infecção
Sintomas:
- Febre;
- Linfonodos inguinais sensíveis;
- Pápulas vermelhas → vesículas → úlceras dolorosas;
- Intensa dor pélvica;
- Lesões cervicais e vaginais apresentam secreção purulenta;
- Micção dolorosa;
Transmissão:
- Sexual → superfícies genitais, fluídos ou lesões na vulva, vagina ou cérvix;
- Durante o parto → herpes neonatal
Morfologia:
- Epitélio descamado;
- Inflamação aguda em locais com úlcera presente;
- Alterações citopáticas → células escamosas multinucleadas com inclusões
eosinófilas e basófilas: aspecto de “vidro fosco”
obs.: Durante a infecção aguda, o vírus migra → gânglios nervosos lombossacrais
regionais, estabelecendo uma infecção latente
Diagnóstico: se baseia nos achados clínicos típicos e detecção de HSV pela
aspiração do exsudato purulento
- Infecção primária: não há detecção de anticorpos séricos anti-HSV
- Infecção latente/recorrente: detecção sérica de anti-HSV
Candidíase: é causada por leveduras do fungo Candida albicans, que estão
presentes na microbiota vaginal, entretanto, causam candidíase quando há
desequilíbrio da homeostase
Sintomas:
- Prurido vulvovaginal → aderência de placas brancas na parede vaginal;
- Eritema;
- Inchaço;
- Secreção vaginal semelhante a leite coalhado e inodoro;
- Ardor;
- Edema;
- Ulcerações da mucosa → ocorre em casos de infecção grave
Transmissão:
- Sexual;
- Lacerações na pele;
- Durante o parto
Morfologia:
- Hiperplasia epitelial de revestimento pavimentoso estratificado não
queratinizado;
- Infiltrado inflamatório crônico
Fatores de risco:
- Diabetes mellitus;
- Uso inadequado de antibióticos;
- Pacientes imunodeprimidos;
- Comprometimento de neutrófilos ou célula Th17;
Patogênese: reações de hipersensibilidade ativam o IgE → liberação de histaminas
e prostaglandinas → promovem imunossupressão → alteração da homeostase →
proliferação da Candida albicans
Diagnóstico: achado de pseudohifas na raspagem local
Tricomoníase: infecção pelo Trichomonas vaginalis, um protozoário flagelado que
se desenvolve dentro de 4 dias a 4 semanas
Sintomas:
- Eritema vulvar;
- Vaginite;
- Desconforto vulvovaginal;
- Disúria → dor ao urinar;
- Dispareunia →: dor na relação sexual;
Transmissão: sexual
Morfologia:
- Adesão à célula epitelial → o protozoário se transforma em ameba;
- Corrimento vaginal amarelado e espumoso;
- Mucosas vaginais e cervicais têm cor vermelho vivo;
- Colo uterino em aspecto de “morango”
Diagnóstico:
- Achados clínicos e macroscópicos;
- pH vaginal > 4,5
Gardnerella vaginalis: bactéria Gram-negativa presente na microbiota vaginal,
logo, provoca uma vaginose
Sintomas:
- Prurido leve;
- Queimação ao urinar;
- Vaginose;
- Gestantes → risco de aborto ou do bebê nascer prematuro;
- Endometrites;
- Salpingite.
Transmissão: sexual
Morfologia micro: células escamosas superficiais e intermediárias recobertas por
cocobacilos de aspecto piloso → clue cells
Morfologia macro: secreção vaginal fina com presença de: leucorréia fluída e
homogênea, com bolhas esparsas de cor cinza/branca esverdeada + cheiro
característico de peixe podre
Complicações: envolvida com a DIP → se multiplica e ascende pelo canal vaginal
Diagnóstico: esfregaço através do Papanicolau
Cervicites: infecções do canal cervical
Tipos:
- Cervicite mucopurulenta;
- Endocervicite → inflamação do epitélio colunar endocervical
Principais agentes etiológicos:
a) Chlamydia trachomatis: bactéria Gram-negativa, responsável pela maior
incidência dos casos de cervicite e pode ser assintomática em 80% dos
casos
- Sintomas: colo edemaciado e hiperemiado; corrimento vaginal; sangramento
fácil ao toque; dispareunia
- Complicações: a infecção ascende até o útero e tubas uterinas, resultando
em endometrite, salpingite e DIP. Em gestantes, pode gerar aborto ou
prematurismo
- Transmissão: sexual
b) Neisseria gonorrhoeae: diplococo Gram-negativo
- Sintomas: inflamação purulenta / mucopurulenta endocervical; colo
edemaciado; sangramento irregular e pós relações sexuais.
- Complicações: semelhante a clamídia + Bartholinite
- Transmissão: sexual
Bartholinite: inflamação das glândulas de Bartholin → responsáveis pela
lubrificação, localizadas na entrada da vagina (uma em cada lado)
Patogênese:
1) Obstrução das glândulas por genética ou infecção bacteriana → clamídia ou
gonorréia;
2) Acúmulo do líquido lubrificante;
3) Formação do cisto de Bartholin no início do canal vaginal;
4) Infecção do cisto → presença de pus;
CISTO DE BARTHOLIN BARTHOLINITE
O QUE É Acúmulo de líquido dentro da glândula Contaminação do líquido glandular
SINTOMAS Geralmente indolor, causa desconforto
dependendo do tamanho do cisto
Dor, inchaço, vermelhidão e febre
TRATAMENTO Manter a região limpa e caso aumente de
tamanho, é realizada uma drenagem
Banho de assento e drenagem
cirúrgica com inserção de catéter
Doença Inflamatória Pélvica (DIP): infecção que se inicia na vulva/vagina e
ascende por todo o trato genital feminino, gerando uma inflamação da mucosa
acima do óstio interno
Sintomas:
- Dor ao toque;
- Dores abdominais pélvicas;
- Febre;
- Secreção vaginal purulenta.
Complicações:
a) AGUDA
- Abscesso tubo-ovariano + parede abdominal;
- Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis → ocorre peri hepatite gonocócica relacionada
com a gonorréia: a infecção acende e sai pela fímbria, atingindo o abdômen
e, consequentemente, o fígado.
Morfologia micro: perda das células ciliadas da tuba + presença de tecido fibroso
cicatrizado + infiltrado inflamatório provoca obstrução da luz da tuba,dificultando a
passagem do óvulo
Morfologia macro: formação de pontes de aderências: processo inflamatório forma
cordas de aderências nos órgãos, formadas por tecido fibroso
b) CRÔNICA
- Dor pélvica crônica;
- Gravidez ectópica;
- Infertilidade → o comprometimento das tubas não permite que a fecundação
aconteça, já que não há passagem aos óvulos
Principais patógenos: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae
obs.: pode ocorrer infecção polimicrobiana por patógenos aeróbicos e anaeróbicos
Patogenia: se inicia como cervicite e, por ser assintomática em muitos casos, não
ocorre tratamento e o patógeno ascende → endometrite → salpingite → ooforite
(pode passar pelas fímbrias do ovário e cai na cavidade abdominal)
Fatores de risco:
- Cicloperi / pós menstrual → abertura do colo uterino durante a menstruação
pode facilitar a ascendência de patógenos
- IST prévia;
- Mulheres sexualmente ativas abaixo dos 30 anos;

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