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Os governos de Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros inspiraram grandes expectativas e otimismo apesar da polarização política. Mesmo com aspectos positivos, como desenvolvimento econômico, esse período também se caracterizou por alta inflação, endividamento externo, corrupção. Juscelino não era bem visto por determinados setores militares por suas ligações varguistas e contato com trabalhistas e comunistas. No ano que assumiu o governo, enfrentou a Revolta de Jacareacanga. Depois, outro: Revolta de Aragarças. O governo Juscelino Kubitschek JK foi eleito como presidente em 1955, enquanto João Goulart foi eleito vice. Eram considerados herdeiros da tradição varguista. Cada vez mais isolado, Jânio planejou golpe para governar com plenos poderes, sem depender dos partidos. Enviou João Goulart à China, para colocar mais medos nos conservadores e ainda enviou uma carta-renùncia ao Congresso, imaginando que os conservadores pressionariam para não aceitá-la. Assim, ele seria solicitado a ficar no cargo. Mas não foi o que aconteceu. Não conseguiu deter a crise econômica, o custo de vida não parava de aumentar. Tinha total reprovação dos nacionalistas, que diziam que seus feitos eram “puro marketing”. Proibiu biquínis, maiôs, brigas de galo. A ideia de uma nova capital para o Brasil, situada na região central do país, era cogitada desde o século XIX. JK fez a construção de Brasília a síntese do seu governo. Muitos foram em busca de emprego nas obras, e ficaram conhecidos como “candangos”. O otimismo começou a ceder lugar ao crescente descontentamento de vários grupos sociais. Houve grande dívida externa e dependência do país em relação ao capital internacional. Emitiu grande quantidade de papel-moeda, o que aumentou a inflação: o dinheiro brasileiro perdeu valor. “50 anos em 5” JK implantou o Plano de Metas, que visava cinco grandes áreas: 1. Transporte 2. Energia 3. Alimentação e agricultura 4. Educação 5. Indústria de base. Os setores de indústria, transportes e energia foram os mais beneficiados. JK aceitou a entrada de capitais internacionais para financiar a modernização da economia brasileira. Grande número de transnacionais se instalou no Brasil. O setor automobilístico foi o que mais se destacou. Outros setores não foram tão bem-sucedidos. O crescimento industrial e geração de empregos empolgaram a população. Por isso, ficaram conhecidos como “Anos Dourados”, pois achava-se que tinham encontrado o caminho para o progresso. Ainda existia a reprovação de João Goulart pelos conservadores, mas outros grupos o apoiava. Para resolver esse impasse, foi proposto o parlamentarismo (sistema representativo formados por diversas assembleias que legislam um país. Diante da perda do poder aquisitivo, houve exigência de aumento de salários e diminuição de preços, algumas categorias até decretaram greves. Juscelino pediu que fizessem esse esforço pelo Brasil, o que desagradou os conservadores. Jânio era o candidato de oposição. Ele convenceu o eleitorado de que era um candidato “diferente”, de que iria “varrer a corrupção” e solucionar os problemas econômicos. A vassoura era símbolo de sua campanha. Ele desenvolveu um estilo próprio de comunicação com as massas. Sempre tentava reforçar a ideia de “homem simples” e “do povo, tentava mostrar humildade. Outro problema do governo de JK foi o desequilíbrio econômico regional. O Sudeste foi a região mais destacada, deixando as outras apartadas do desenvolvimento industrial. Houve aumento das migrações internas, junto com o êxodo rural. O desgaste do governo também esteve relacionado às denúncias de corrupção em seu governo.
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