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Governo Médici. 3 a

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Quando iniciou o Governo Médici
O Governo Emílio Médici teve inicio em 30 de outubro de 1969, após o general vencer a Eleição presidencial de 1969, eleição disputada de forma indireta, tornando se o 28º Presidente do Brasil; e terminou em 31 de janeiro de 1974, passando o cargo para Ernesto Geisel.
 Seu mandato foi marcado pelo Milagre econômico brasileiro, período de crescimento recorde para o país, porem, foi marcado também pela luta armada contra a ditadura militar, notavelmente a Guerrilha do Araguaia e sequestros de embaixadores e do Voo 114, varios projetos de desenvolvimento foram criados, como o POLAMAZÔNIA, PRORURAL, POLONORDESTE e outros. 
O AI-5: Anos de Chumbo
 Nos últimos anos da década de 60 e início dos anos 70, ao mesmo tempo em que vivia seu período de milagre econômico e de ufanismo modernizante, o Brasil, governado por militares, montava o mais cruel sistema repressor que o país já viveu. Foram os chamados “anos de chumbo”. Campanhas mostravam um país que ia prá frente, como pregavam os ideólogos do governo do general Emílio Médici.
 acontecimentos 
 O Congresso Nacional foi fechado, assim como as Assembleias Legislativas estaduais, o habeas corpus foi suspenso e a censura endureceu. Mais de 420 pessoas perderam direito político após o AI-5, inclusive 93 deputados federais, que foram cassados.
 Após o AI-5, diversos grupos guerrilheiros urbanos e rurais surgiram no Brasil. Esses grupos lutavam para derrubar a ditadura por meio de guerrilhas e ações contra a censura, como o sequestro de embaixadores. O período foi caracterizado pela grande violência praticada por guerrilheiros, agentes do Estado brasileiro e grupos paramilitares.
Luta Armada 
A luta armada contra a ditadura militar brasileira consistiu em uma série de ações promovidas por diversos grupos de esquerda, especialmente entre 1968 e 1972, período marcado pelo endurecimento do regime. Embora tenha assumido um caráter de resistência, a maior parte dos grupos que integraram a luta armada não tinha como objetivo o retorno à ordem democrática anterior ao golpe militar, mas sim a realização de uma revolução socialista no Brasil, inspirando-se na Revolução Chinesa e na Revolução Cubana.
 A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo ditatorial e pela imprensa do país, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate aos guerrilheiros. Para isso, o alto comando militar iniciou a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, na coleta de informações, em operações policiais voltadas à captura e ao interrogatório de opositores políticos do regime através do uso sistemático da tortura.
Milagre Econômico
O governo Médici entrou para a história como o período em que se registraram os maiores índices de desenvolvimento e crescimento econômico do país.
 Entre 1969 e 1973, a economia brasileira registrou taxas de crescimento que variavam entre 7% e 13% ao ano. O setor industrial se expandia e as exportações agrícolas aumentaram significativamente, gerando milhões de novos postos de trabalho. A oferta de emprego aumentou de tal modo que os setores industriais mais dinâmicos concorriam na contratação de trabalhadores assalariados.
 A fim de sustentar e ampliar o desenvolvimento e crescimento da economia, o governo investiu grandes somas de recursos financeiros em infraestrutura (construção de grandes estradas, pontes, hidrelétricas, etc.). A maior parte desses recursos financeiros era de empréstimos estrangeiros.
Milagre Econômico
Pontos Positivos
Construção de obras importantes, como a ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu
 Aceleração da industrialização
 Incentivo à indústria da construção civil com a criação do Sistema Financeiro Habitacional
Pontos Negativos 
Aumento da pobreza
 Aumento da inflação
 Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre
 Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social
 Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar
 Definimos aqui a tortura como um sistema instituído pelo Estado para combater seus opositores. Havia uma estrutura de funcionamento envolvendo militares e policiais que se articulavam para prender, torturar e desaparecer com aqueles que eram considerados inimigos do regime político.
 A tortura foi especialmente incrementada em fins dos anos 1960, como estratégia de combate à guerrilha, forma de luta contra a ditadura civil-militar. 
Prisões, Torturas e Mortes
Tipos de Torturas 
Pau-de-Arara
Cadeira do Dragão 
Produtos Químicos 
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RELATOS DE DILMA ROUSSEFF
Pouco após ser presa, Dilma Rousseff acabou sendo transferida para uma prisão em São Paulo. De acordo com seus relatos, ela ficou detida por 22 dias seguidos na capital paulista, onde sobre os mais diversos tipos de tortura. 
“Fui interrogada dentro da Operação Bandeirantes (Oban) por policiais mineiros que interrogavam sobre processo na auditoria de Juiz de Fora e estavam muito interessados em saber meus contatos com Ângelo Pezzuti, que, segundo eles, já preso, mantinha comigo um conjunto de contatos para que eu viabilizasse sua fuga”, diz.
 A ex-presidente, porém, negou que isso tenha acontecido, visto que ela havia deixado Belo Horizonte no começo de 1969 e sua prisão se deu cerca de um ano depois.
 “Desconhecia as tentativas de fuga de Pezzuti, mas eles supuseram que se tratava de uma mentira. Talvez uma das coisas mais difíceis de você ser no interrogatório é inocente. Você não sabe nem do que se trata.”
Deste período, Rousseff contou detalhes da tortura que sofreu. “Não se distinguia se era dia ou noite. O interrogatório começava. Geralmente, o básico era choque”, comentou.
 Muitas vezes também usava palmatória; usava em mim muita palmatória. Em São Paulo usaram pouco esse ‘método’. No fim, quando estava para ir embora, começou uma rotina. No início, não tinha hora. Era de dia e de noite. Emagreci muito, pois não me alimentava direito”. 
Dentro da Oban, Dilma também diz que começou a apresentar quadros de hemorragia interna. “Quando eu tinha hemorragia, na primeira vez foi na Oban (…) foi uma hemorragia de útero. Me deram uma injeção e disseram para não bater naquele dia”. 
“Em Minas, quando comecei a ter hemorragia, chamaram alguém que me deu comprimido e depois injeção. Mas me davam choque elétrico e depois paravam. Acho que tem registros disso no final da minha prisão, pois fiz um tratamento no Hospital das Clínicas”, explica.
 O período que viveu foi tão assustador que a ex-presidente relata que, em diversas ocasiões, teve medo de morrer de tanto que apanhou dos militares, algo que ela jamais esquecerá. 
 O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, disse Dilma.
 Propagandas nacionalistas
As Propagandas Nacionalistas da época e conferir qual foi o discurso adotado pelos militares durante esse período.
 Como naquela época havia uma censura muito rígida, nem sempre se sabia a dimensão dos fatos. As propagandas assumiram, então, o papel de convencer a população de que aquele regime era algo positivo.
 Como elas faziam isso?
 Simples: abordando a ideia do avanço econômico, citando as obras grandiosas — como a Transamazônica — falando de futebol, na Copa do Mundo de 1970.
Muitos slogans foram usados pelos militares para isso. Vejam alguns: 
Obrigada(o) pala atenção!
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