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Questionário ECA, Idosos, Deficientes e Mulheres - yasmin e marcos

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
 
Yasmin Souza Nobre- RA: 10046717 
Marcos Vinícius de lima- RA: 10062747 
Período Noturno – 9º C 
 
Questões de Direitos Difusos e Coletivos 
ECA, IDOSOS, DEFICIENTES E MULHERES 
 
1) Que doutrina sobre o tratamento jurídico da criança o Brasil adota? 
Acerca do ECA no Brasil, o tratamento jurídico adotado é o da Doutrina da Proteção Integral, que 
vislumbra a figura da criança e do adolescente como sendo um sujeito dotado de direitos 
fundamentais, os quais são configurados em típicos e especiais. 
Nesse panorama, a doutrina é denominada “proteção integral”, pois abrange qualquer criança, 
estando ela ou não em situação de risco, nos moldes legais do primeiro artigo do aludido estatuto, 
abrangendo, ainda, todas as necessidades humanas, visando o completo desenvolvimento de sua 
personalidade. 
 
2) De o conceito legal de criança e adolescente. 
Os conceitos legais de criança e adolescente encontram-se no art. 2° da Lei n°8.069, de 13 de 
julho de 1990, onde conceitua criança como sendo pessoa com menor de 12 anos de idade, sem 
capacidade de discernimento de seus atos. E por adolescente entende-se pessoa de idade entre 12 e 
18 anos incompletos, entretanto possui discernimento, embora reduzido. Vale ressaltar que a 
norma diferencia estas faixas etárias em relação ao critério biológico, cuja presunção é absoluta. 
 
3) Elenque alguns direitos fundamentais da criança e do adolescente. 
Estes possuem diversos direitos fundamentais especiais consagrados em seu estatuto, como o 
direito à vida e à saúde, abrangendo a concepção, gestação, registro do recém-nascido, 
permanência integral do responsável caso em de internação, atendimento médico e odontológico e 
comunicação de maus tratos ao conselho tutelar; também possuem direito à liberdade e à 
dignidade; direito à convivência familiar e comunitária; direito à educação, à cultura, ao esporte e 
ao lazer e direito à profissionalização e à proteção no trabalho. 
 
 
4) O que é família natural? 
É uma das formas de família elucidada no ECA, elencado em seu art. 25, caput: “Entende-se por 
família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes”. É 
“natural” porque decorre da natureza, isto é, o genitor tem vínculo consanguíneo com o menor. 
Importante observar que esse conceito pode se estender aos casos em que a filiação tenha 
decorrido de reprodução assistida heteróloga, ou seja, reprodução com o fruto da fecundação com 
gametas de terceiros. 
 
5) Quais os tipos de família? 
São 3 as formas de família previstas no ECA, sejam elas: a natural, a extensa e a substituta. 
A família natural diz respeito a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 
descendentes (art. 25 do ECA). 
A família extensa é aquela que se estende aos parentes próximos com os quais a criança ou 
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade, consoante ao parágrafo único 
do artigo 25. 
E, no que se refere a família substituta, trata-se de forma excepcional, na qual a criança ou 
adolescente será encaminhado por meio de qualquer das três modalidades possíveis: guarda, tutela 
e adoção. 
 
6) O que é adoção póstuma? 
A adoção póstuma (adoção post mortem) é aquela em que a adoção será considerada plena ainda 
que haja o falecimento do adotante no curso do processo de adoção. Exige-se que exista a 
manifestação inequívoca da vontade de adotar, conforme previsão legal do §6º do artigo 42 do 
Estatuto da Criança e do Adolescente: “A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após 
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a 
sentença”. 
 
7) Quando uma pessoa é considerada idosa? 
De acordo com a Lei nº 10.741/2003 idoso é que qualquer pessoa com idade igual ou superior a 
sessenta anos, não fazendo diferenciação do idoso capaz e do idoso senil ou incapaz. 
 
Isto posto, qualquer pessoa, ao atingir sessenta anos de idade, se torna idosa para todos os efeitos 
legais, não havendo diferenciação do idoso capaz para o incapaz. 
8) Quais os princípios norteadores dos direitos dos idosos? 
Existem três princípios que dissertam acerca dos direitos dos idosos: Princípio da Dignidade da 
Pessoa Humana, que está previsto no Artigo 1, III da Constituição Federal, sendo considerado 
fundamental, pois a partir dele deu origem aos outros princípios e é considerado o maior princípio 
que norteia a atuação da sociedade; Princípio da Solidariedade Social, descrito no nrtigo 36 do 
Estatuto do Idoso, e determina que todo cidadão tem o dever de analisar os direitos do idoso 
quando se encontrar em situação de risco social e a sociedade possui o dever legal impedir 
qualquer ameaça ou lesão, por exemplo, quando encontra-se sem família ou sem condições 
mínimas de subsistência; e por fim o Princípio da Manutenção dos Vínculos Familiares, expresso 
nos Artigos 226 e 230 da Constituição Federal e no Artigo 3, V, do Estatuto do Idoso, e institui 
que sempre que houver vínculos existentes entre o idoso e seus familiares em processos 
envolvendo os idosos, deve levar em consideração a necessidade de garantia. E nessas situações, o 
Poder Judiciário concede o direito de visita entre os familiares e o idoso. 
9) Quando o idoso se encontra em situação de risco quem deve intervir? 
O idoso possui direitos e garantias legais, por exemplo quando se encontra em situações de risco. 
Para isso existe a modalidade de Intervenção Judicial Obrigatória, expressa no Artigo 75 do 
Estatuto do Idoso, em que o Ministério Público tem o dever de intervir nos casos de interesse 
público ou pessoas idosas em situação de risco. 
10) Que tipo de benefício recebe o idoso carente? 
BPC-LOAS Idoso, é um benefício concedido pelo INSS para idosos acima de 65 anos que 
comprovarem baixa renda. 
11) Faça a definição de pessoa deficiente. 
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza 
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas. 
12) Cite dois artigos da Constituição Federal de 1988 que garanta direitos aos deficientes. 
O capítulo II da Igualdade e da Não discriminação tratam desses aspectos, mas podemos citar o 
artigo 4° que garante igualdade de oportunidade da pessoa com deficiência em relação as demais 
pessoas, e o artigo 8º: “É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com 
deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à 
 
paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao 
trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à 
cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e 
tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre 
outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar 
pessoal, social e econômico.” 
 
13) São numerosas as leis que trazem amparo legal aos deficientes, qual delas chamou mais 
sua atenção? 
A Lei 13.146/2015, conhecida como Lei de Inclusão, trouxe garantias fundamentais para a 
equiparação das pessoas com deficiência em relação à sociedade. Na prática, isso significa que a 
lei serve para ampará-las no convívio social, regulando as relações em busca da diminuição da 
desigualdade, a fim de que ninguém se sinta inferior e excluído. 
O que nos chamou mais atenção foi é que a lei é o início formal da criação de uma cultura de 
inclusão a fim de fazer com que toda a sociedade dizime quaisquer preconceitos contra as pessoas 
com deficiência. Ela também incentiva ações diárias que têm como intuito reprimir qualquerato 
preconceituoso ou de exclusão. Isso fará que, com o tempo, o costume do respeito às pessoas com 
deficiência surja na sociedade e permaneça. 
14) Fale do princípio da isonomia aplicado aos deficientes. 
O princípio da isonomia está previsto no art.5° da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza...”. Este princípio tem a finalidade de impedir distinções, 
discriminações e privilégios arbitrários ou injustificáveis. Mas a lei pode estabelecer distinções em 
casos específicos. O critério utilizado na diferenciação deve ser objetivo, razoável e proporcional. 
Em suma, a finalidade desse princípio é promover o tratamento igualitário entre os indivíduos, 
pretendendo amenizar, ou até mesmo, eliminar o tratamento desigual e todo ato discriminatório, 
uma vez que o ato discriminatório na análise da pessoa com deficiência ocorre quando a 
diferenciação, exclusão e restrição por motivos da deficiência, fazendo com que a pessoa com 
deficiência seja impossibilitada de exercer o seu direito constitucional de igualdade (FARIAS; 
CUNHA; PINTO, 2016, p. 35). 
15) O papel do Ministério Público é importante na defesa da pessoa deficiente? 
Muito importante. As pessoas com deficiência, seja de natureza física ou mental, exigem cuidados 
especiais e têm direitos específicos definidos em lei. A falta de acessibilidade em prédios públicos 
ou privados de uso coletivo e a não previsão de vagas em concursos públicos são exemplos de 
casos em que cabe a intervenção do Ministério Público. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
 
16) Você concorda com o art. 6 da Lei 13.146/15 Estatuto da pessoa com deficiência, que 
estabeleceu que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa? 
Sim, pois o artigo acima exposto da LBI traz um rol de situações relacionadas ao direito de 
decidir, tais como casar-se, exercer direitos sexuais e reprodutivos; decidir pelo número de filhos e 
ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; conservar sua 
fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; exercer o direito à família e à convivência 
familiar e comunitária; e exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante 
ou adotado. 
17) Você acha que o princípio da igualdade se aplica as mulheres com relação aos homens 
no contexto atual? 
Infelizmente não. A norma jurídica em sua teoria coloca o direito igualitário entre homens e 
mulheres, porém, não é isso que ocorre. Desde 1988 com a promulgação da Constituição Federal 
temos, como cláusula pétrea, a disposição de que "todos são iguais perante a lei" e que homens e 
mulheres são iguais em direitos e obrigações. Na nossa opinião, os homens e mulheres deveriam 
receber os direitos iguais. Tem lugares que aceitam só mulheres e outros só homens, sendo que 
são humanos, tem a mesma cor de sangue só muda a sexualidade. 
18) Comente a Lei 11.340/06, que fala da violência doméstica. Cite os pontos negativos e os 
pontos positivos dessa norma, na sua opinião. 
A Lei Maria da Penha surgiu pensando em acabar com esta violência e com o medo dessas 
mulheres e as encorajar a pedir socorro, e dar fim à violência vivida, contudo a proteção às vítimas 
de violência não pode ficar a cargo do direito penal, devendo ser implantados programas para o 
tratamento dos agressores. Existem algumas penas restritivas de direito, que servem para estes 
agressores, estas medidas servem para que o agressor tome ciência de que não ode praticar tais 
atos, e entender que não são proprietários das mulheres, dando um basta nesta cultura machista e 
acabando com o crime que fora cometido por muito tempo e de forma contínua.

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