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Resenha - A negligência ou o despreparo na gestão dos resíduos químico-farmacêuticos

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A negligência ou o despreparo na gestão dos resíduos químico-farmacêuticos 
 
Em muitas partes do mundo acarreta graves danos à natureza, que podem 
repercutir negativamente na saúde humana e no meio ambiente. Este facto tem 
motivado, por parte de vários países, o desenvolvimento de planos de gestão 
seguros e sustentáveis para os diversos resíduos gerados pela população, indústrias 
e instituições diversas. Por outro lado, o advento da globalização (mundial) também 
implica a necessidade de estabelecer padrões aceitáveis em relação às questões 
ambientais. Visto que as normas ambientais vão ao encontro das novas 
necessidades do mercado, em que o fator de conservação ambiental estará cada 
vez mais atrelado ao óleo de dois produtos, logotipo, expansão das vendas e 
competitividade, destacando-se neste contexto a adoção das normas. No que se 
refere ao setor farmacêutico, a complexidade dos mecanismos de reação envolvidos 
nas vias de síntese e análise de fármacos, o consumo habitual de solventes nas 
fases de purificação, entre outros, coloca este setor como um importante gerador de 
resíduos (RG). A globalização da economia também tem estabelecido a implantação 
de Boas Práticas de Produção de forma homogênea, reduzindo os riscos industriais 
diretamente associados ao processo produtivo, por meio de práticas comuns como: 
programas de manutenção preventiva de equipamentos, qualificação de 
equipamentos e estruturas, treinamentos, entre outros. O risco industrial associado à 
emissão de resíduos pode variar consideravelmente, tanto para a capacidade de 
produção quanto para os mecanismos de segurança disponíveis (monitoramento 
automático, segurança de armazenamento, etc.), e para a linha de produtos, ou seja, 
as características das substâncias químicas geradas. Portanto, o potencial inerente 
aos riscos associados ao manuseio de produtos químicos aumenta a importância da 
implementação de programas eficazes de gerenciamento de resíduos, de forma a 
não comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores, da população e do 
meio ambiente. Essa importância fez com que agências reguladoras de vários 
países tornassem as leis relacionadas à gestão ambiental mais rígidas. Foi 
recentemente aprovado o regulamento técnico para a gestão de resíduos de 
serviços de saúde, que abrange todos os serviços conexos, tais como: laboratórios 
de análises; necrotérios, casas funerárias e serviços de embalsamamento; farmácias 
e farmácias; distribuidores de produtos farmacêuticos; Estabelecimentos de ensino; 
importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnósticos 
in vitro; centros de controle de zoonoses; unidades móveis de saúde; serviços de 
acupuntura, serviços de tatuagem, entre outros. Até recentemente, o problema da 
geração de resíduos estava quase totalmente concentrado em grandes GRs, como 
as indústrias. No caso dos resíduos químico-farmacêuticos, entretanto, o potencial 
inerente de riscos ambientais e / ou trabalhistas passa pela necessidade de 
gerenciamento também nos chamados pequenos RGs, como instituições de ensino 
e pesquisa, bem como em micropoluidores como usuários de drogas ou outros 
produtos químicos tóxicos para uso doméstico. Um aspecto fundamental de 
qualquer programa de gestão de resíduos é a hierarquia de objetivos a serem 
alcançados. A implementação de uma hierarquia de decisões, que está 
explicitamente ligada à aceitação e exercício de várias atividades dentro de um 
programa de gestão, é a base para o sucesso da política de gestão ambiental 
adotada. Em geral, a ordem de prioridade é a seguinte: 1) Otimização de processos 
de forma a reduzir a geração de resíduos e a quantidade de resíduos; 2) reduzir ou 
eliminar a geração de resíduos perigosos; 3) reutilizar, reciclar ou reaproveitar os 
resíduos gerados; 4) Disposição final sem desperdiçar energia. 
 Aspectos Técnicos e Legais da Eliminação de Farmacêuticos Químicos, como 
exemplos de otimização de processos, temos desde simples casos de como evitar o 
uso de tubos de vácuo em um laboratório de ensino que consome excesso de água 
tratada até programas de qualificação de equipamentos na indústria de grandes 
escala. A minimização da geração de resíduos na indústria de grande escala por 
meio da otimização de processos pode ser ilustrada com o exemplo do uso de 
processos (incluindo equipamentos) com rendimentos mais elevados. Por outro lado, 
em laboratórios de ensino e pesquisa, a mudança do convencional para o microtrave 
foi a melhor opção, pois, além de reduzir o consumo e o desperdício de reagentes, 
também encurta o tempo de análise e aumenta a segurança, seja pela melhoria da 
saúde do laboratório ou evitando a possibilidade de grandes explosões. Vale 
ressaltar que a redução dos resíduos gerados é econômica, social e legal, uma vez 
que as instituições de diversos países têm introduzido políticas cada vez mais 
rigorosas de incentivo à redução, reciclagem ou reaproveitamento dos resíduos 
gerados. Nesse contexto, o próprio termo "resíduo" e seu ciclo foram discutidos e 
examinados. Dessa forma, mesmo os produtos da biodegradação em águas 
residuais urbanas podem ser reaproveitados por meio de tecnologias de baixo custo, 
seja no processamento de biogás ou fertilizantes, ou mesmo na produção de 
proteínas para ração animal. 
Grandes produtores de resíduos - Vários planos ou programas de gestão foram 
propostos para grandes RGs. Estes são amplamente baseados no conceito de 
“processo limpo”, em que a gestão de resíduos visa prevenir a poluição ambiental. 
Portanto, sem exceção, modelos matemáticos complexos são usados no 
planejamento e automação da produção. Quando se trata de gerenciamento de 
resíduos, o bom senso deve sempre prevalecer, pois um tratamento puramente 
matemático é bastante difícil. Aspectos fundamentais como qualificação de 
dispositivos, processos e instalações são de extrema importância em qualquer linha 
de produção. A análise de necessidades prospectivas para otimizar a planta de 
produção em aspectos como a capacidade e disposição do reator são, por sua vez, 
aspectos técnicos e jurídicos da gestão de resíduos farmoquímicos, de fundamental 
importância na tecnologia de produção química com o objetivo de uma produção 
limpa. Além disso, independentemente do planejamento, é muito melhor que 
inovações nos processos de síntese e expansão das escalas de produção sejam 
viabilizadas. É elaborado um plano de ação para a resolução de problemas técnicos 
por meio do planejamento algorítmico, que consiste em três elementos básicos: a) 
formulação do problema, b) objetivos ec) meios de controle. Já a formulação do 
problema em sistemas de automação deve ser feita de forma lógica, que é 
representada por estados: estados inicial e final, bem como pelas etapas de 
transformação. Desta forma, a complexidade combinatória das variáveis no 
planejamento de plantas industriais ou em projetos de gestão de resíduos pode ser 
caracterizada por modelos de transição lógicos e não lineares. A adequação da 
política de gestão de resíduos também pode estar sujeita a fatores sazonais. 
Portanto, o planejamento adequado da gestão de resíduos também deve levar em 
conta as flutuações na demanda de produção, que, por exemplo, podem levar a 
flutuações qualitativas e quantitativas altamente relevantes nas águas residuais 
produzidas. Vários métodos matemáticos e computacionais foram utilizados para 
otimizar a gestão de resíduos, levando em consideração essas incertezas e outros 
fatores como custos, capacidade e limites regulamentares. Curiosamente, quando 
se trata de gestão de resíduos, a tomada de decisão é, em geral, difícil, pois além do 
consumo de matéria-prima e da carga residual estimada, muitos aspectos não 
podem ser totalmente determinados. A citada química limpa na prevenção da 
poluição é, sem dúvida, a política de gestão ambiental mais adequada. Portanto, a 
gestão deresíduos começa com a idealização e otimização dos processos 
produtivos. Perguntas como: 1) Qual é a melhor sequência ou etapas de reação 
para a fabricação de um determinado medicamento? 2) Qual é a melhor disposição 
para reatores e estruturas? 3) Qual a melhor sequência e composição ou proporção 
de elementos? Eles são decisivos nesse esforço. Qualquer que seja a estratégia de 
gestão de resíduos no setor químico-farmacêutico, ela deve favorecer a segurança 
ocupacional e ambiental, bem como ser baseada em aspectos quantitativos (volume 
de resíduos produzidos) e qualitativos (categoria de risco inerente). No entanto, 
avaliar o impacto ambiental de uma determinada cadeia produtiva não é uma tarefa 
trivial. Embora a padronização de processos tenha avançado significativamente, 
com a globalização em diversos setores industriais, a assistência aos impactos 
ambientais permanece controversa. 
Pequenos geradores de resíduos - A diferença mais óbvia entre a gestão de 
resíduos em uma indústria e em um laboratório educacional diz respeito ao 
tratamento e disposição final. Na indústria justifica-se a necessidade de uma estação 
de tratamento de efluentes e resíduos, enquanto no caso de pequenas RG esses 
serviços são terceirizados. Outra grande diferença reside na dificuldade de 
implementação de mecanismos eficientes de controle e fiscalização para pequenos 
RGs. Infelizmente, a cultura de descarte na pia ainda prevalece hoje. No entanto, as 
questões ambientais e legais, bem como os procedimentos básicos de um plano de 
gestão de resíduos, são igualmente aplicáveis a pequenas RG. Um plano de gestão 
de resíduos inclui as seguintes etapas: avaliação de ativos e passivos; Segregação / 
Identificação e Embalagem / Armazenamento; Avaliar os riscos ambientais e 
ocupacionais; Avalie incompatibilidades; Tratamento / disposição final; Avaliar a 
possibilidade de reciclagem / reutilização; Realizar o tratamento solicitado, avaliando 
as opções disponíveis; Avalie as possibilidades de eliminação (impacto x custo). 
Investigação de ativos e passivos Resíduos passivos são aqueles já armazenados 
na unidade, muitas vezes não totalmente agregados e identificados. Já os ativos são 
todos os resíduos produzidos na rotina de trabalho da unidade geradora, após a 
implantação de um programa de gerenciamento de resíduos. O inventário de 
passivos e ativos é importante para conhecer a natureza e a quantidade dos 
resíduos produzidos, ou seja, a dimensão do problema. Embora a caracterização 
dos ativos seja automática por fazer parte do plano de manejo e geralmente possuir 
rótulos completos, a identificação dos passivos pode ser muito crítica devido aos 
seguintes fatores: a) ausência total de rótulos ou outros avisos no produto; b) 
Rótulos que se deterioraram com o tempo ou são ilegíveis; c) Misturas complexas 
com mais de uma fase. Um inventário deve conter informações relevantes para a 
unidade geradora de resíduos e o responsável pelo preenchimento do formulário. O 
formulário, por sua vez, deve conter idealmente espaços para listar as matérias-
primas, insumos e produtos utilizados, bem como as etapas de geração dos 
resíduos e suas propriedades. Características relevantes são a classificação dos 
resíduos quanto ao risco inerente, as suas possíveis incompatibilidades face a estes 
fatores na escolha da melhor forma de acondicionamento, armazenamento e 
tratamento. Estabelecido o inventário, o próximo passo é incorporar todo o inventário 
compilado pelos laboratórios da instituição. Além da segurança para o meio 
ambiente e para os colaboradores, a medida também oferece redução de custos 
tanto na aquisição de recursos operacionais quanto no tratamento dos resíduos 
gerados. Nas instituições americanas, essa integração foi realizada por meio de um 
programa baseado em web design desenvolvido por um consórcio de várias 
instituições, incluindo universidades, institutos de pesquisa e até mesmo hospitais e 
indústrias. Separação / Identificação A separação correta é essencial para um 
ambiente de trabalho seguro e menos perigoso e deve ser realizada de acordo com 
suas propriedades físicas, químicas e biológicas e os riscos associados no momento 
e local de geração de resíduos. A separação deve ser realizada com muito cuidado 
para evitar acidentes devido a incompatibilidades químicas como combustão, 
explosão, formação de gases tóxicos, corrosão, etc. A rotulagem deve conter o 
nome químico e comercial, as medidas cautelares, incompatibilidades, o nome do 
responsável, dados e informações sobre o manuseio adequado. O modelo de rótulo 
nacional e internacional mais usado para resíduos químicos usa a simbologia do 
diamante Hommel. Este modelo permite a classificação precisa dos resíduos de 
acordo com o tipo de risco e utiliza a cor vermelha para expressar o grau de 
inflamabilidade; cor azul para o grau de toxicidade, amarelo para o grau de 
reatividade e área branca para riscos específicos como efeitos oxidantes e 
corrosivos (ácidos e bases fortes). 
 
REFERÊNCIAS 
 
AFONSO, J.C.; NORONHA, L.A.; FELIPE, R.P.; FREIDINGER, N. Gerenciamento 
de resíduos laboratoriais: recuperação de elementos e preparo para descarte 
final. Quim. Nova, São Paulo, v. 26, p.602-611, 2003. 
 
DEMAMAN, A.S.; FUNK, S.; HEPP, L.U.; ADÁRIO, A.M.S.; PERGHER, S.B.C. 
Programa de gerenciamento de resíduos dos laboratórios de graduação da 
universidade regional integrada do alto Uruguai e das missões – Campus 
Erechim. Quim. Nova, São Paulo, v. 27, p.674- 677, 2004. 
 
JARDIM, W.F. Gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de ensino 
e pesquisa. Quim. Nova, São Paulo, v. 21, p.671-673, 1998.

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