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HABILIDADES MÉDICAS: SÍNTESE PROVISÓRIA 1 1. QUAL A MELHOR SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO? Componentes do exame clínico O exame clínico engloba a anamnese e o exame físico, os quais compreendem partes que se completam reciprocamente. O exame físico, por sua vez, pode ser subdividido em: ■ Exame físico geral ■ Exame dos órgãos ou sistemas. Porém, antes de iniciar o estudo de cada um dos itens que o constituem, é necessário atentar para três aspectos preliminares: ■ Posicionamento do examinador e do paciente para a realização do exame clínico ■ Conhecimento das regiões em que se divide a superfície corporal, de modo que o médico possa localizar e anotar corretamente os sintomas e os dados do exame físico ■ Etapas da anamnese. Enquanto estudante, o examinador deverá seguir as etapas que constituem a anamnese. Depois de ter perfeito domínio da técnica, o médico, em seu consultório, pode ter a liberdade de alterar os elementos da anamnese. Assim sendo, todos os itens serão pesquisados, porém anotados com mais liberdade, sem tanta rigidez no aprendizado. A inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta e o uso de alguns instrumentos e aparelhos simples são designados conjuntamente com o exame físico. Um aspecto do exame físico que merece ser ressaltado de imediato é seu significado psicológico. O paciente só se sente verdadeiramente “examinado” quando está sendo inspecionado, palpado, percutido, auscultado, pesado e medido. Esse componente afetivo sempre existe e atinge seu grau máximo nos pacientes com transtornos de ansiedade, podendo, inclusive, ultrapassar os limites do normal. Deve ser reconhecido e corretamente explorado pelo médico para consolidar a relação médicopaciente que teve início na anamnese. Terminada a anamnese, iniciase o exame físico de maneira sistematizada. Isso não quer dizer que o examinador não possa continuar suas indagações, complementando pontos não muito bem esclarecidos durante a anamnese. O contrário também ocorre, ou seja, o médico deve começar o exame físico tão logo se encontra com o paciente, fazendo uma inspeção geral. São duas etapas diferentes, mas podem ser realizadas de maneira simultânea, pois são indissociáveis e se completam. O exame físico pode ser dividido em duas etapas: a primeira constitui o exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por meio do qual são obtidos dados gerais, independentemente dos vários sistemas orgânicos ou segmentos corporais, obtendose uma visão do paciente como um todo; a segunda etapa corresponde ao exame dos diferentes sistemas e aparelhos, estudados em capítulos subsequentes. SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO GERAL Não existe um rígido sequenciamento para avaliar os componentes do exame físico geral. Em muitos pacientes são suas próprias condições clínicas que vão estabelecer a sequência a ser seguida. Mas, há vantagem de se estabelecer uma sequência básica, pois isso permite uma coleta de dados a mais completa possível, sempre fundamental para o raciocínio diagnóstico, planejamento terapêutico e avaliação prognóstica. A sequência proposta é a seguinte: ■ Estado geral ■ Nível de consciência ■ Fala e linguagem ■ Fácies ■ Biotipo ou tipo morfológico ■ Postura ou atitude na posição de pé ■ Atitude e decúbito preferido no leito ■ Medidas antropométricas (peso, altura, envergadura, índice de massa corporal, circunferências da cintura e abdominal, circunferência da panturrilha) ■ Desenvolvimento físico ■ Estado de nutrição ■ Estado de hidratação ■ Pele, mucosa, fâneros ■ Veias superficiais ■ Enfisema subcutâneo ■ Musculatura ■ Exame dos linfonodos ■ Temperatura corporal ■ Movimentos involuntários ■ Marcha INSPEÇÃO É a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigamse a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. A inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente, realizandose uma “inspeção inicial”, procurando vêlo em sua totalidade e atento para não deixar de ver algo que “salta à vista”. A “inspeção direcionada” pode ser panorâmica ou localizada – pode ser efetuada a olho nu ou com auxílio de uma lupa (Figura 7.2). Raramente se emprega a inspeção panorâmica com visão do corpo inteiro; entretanto, para o reconhecimento das dismorfias ou dos distúrbios do desenvolvimento físico, é conveniente abranger, em uma visão de conjunto, todo o corpo. Mais utilizada é a inspeção de segmentos corporais, e, a partir daí, devese fixar a atenção em áreas restritas. As lesões cutâneas tornamse mais evidentes quando ampliadas por uma lupa que tenha capacidade de duplicar ou quadruplicar seu tamanho. ■ A inspeção deve ser realizada por partes, desnudandose somente a região a ser examinada, sempre respeitando o pudor do paciente. Assim, quando se vai examinar o tórax, o abdome permanece recoberto, e vice- versa. O desnudamento das partes genitais causa sempre constrangimento do paciente. Na verdade, a única recomendação a ser feita é que o examinador proceda de tal modo que seus menores gestos traduzam respeito pela pessoa que tem diante de si. Se, em determinadas ocasiões, encontrar obstinada recusa por parte do paciente, o estudante deve interromper seu exame e solicitar ao professor que o auxilie. O estudante inicia seu aprendizado, em unidades básicas de saúde ou em hospitais universitários, em contato com os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em sua maioria de baixo poder econômico e pouca escolaridade. Essa particularidade deve realçar na mente do aluno a necessidade de respeito e recato, pois essas pessoas, humildes e indefesas, costumam sofrer caladas e resignadas por medo de levantar a voz para um protesto ou uma negativa ■ O conhecimento das características da superfície corporal, assim como da anatomia topográfica, permitirá ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a inspeção. Por esse motivo, e com a finalidade de educar a visão, será dada ênfase ao estudo das lesões elementares da pele (ver Parte 6, Sistema Tegumentar, Capítulo 11, Fundamentos de Anatomia e Fisiologia, e Capítulo 14, Doenças da Pele) ■ Há duas maneiras fundamentais de se fazer a inspeção: • Olhar frente a frente a região a ser examinada: a isso se designa inspeção frontal, que é o modo padrão desse procedimento • Observar a região tangencialmente: essa é a maneira correta para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou depressões PALPAÇÃO A palpação frequentemente confirma pontos observados durante a inspeção. A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. Pela palpação percebemse modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração, pulsação e verificação da existência de edema e vários outros fenômenos. Semiotécnica A técnica da palpação deve ser sistematizada e com uma abordagem tranquila e gentil. O paciente fica tenso ao ser tocado bruscamente, dificultando o exame. Explique cada etapa do exame ao paciente e a maneira como ele pode cooperar. Recomendase que o examinador aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra antes de iniciar qualquer palpação. A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do paciente e do segmento corporal a ser palpado. Geralmente, o paciente fica em decúbito dorsal, e o examinador de pé, à direita do paciente. Esse procedimento apresenta muitas variantes, que podem ser sistematizadas da seguinte maneira:■ Palpação com a mão espalmada, em que se usa toda a palma de uma ou de ambas as mãos (Figuras 7.3 e 7.4) ■ Palpação com uma das mãos superpondose uma à outra (Figura 7.5) ■ Palpação com a mão espalmada, em que se usam apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos (Figura 7.6) ■ Palpação com a borda da mão ■ Palpação usandose o polegar e o indicador, em que se forma uma “pinça” (Figura 7.7) ■ Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Esse procedimento é específico para avaliação da temperatura Digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, avaliar a circulação cutânea, detectar se há edema (Figura 7.9) ■ Puntipressão, que consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo. É usada para avaliar a sensibilidade dolorosa e para analisar telangiectasias tipo aranha vascular (Figura 7.10) ■ Vitropressão, realizada com o auxílio de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, analisandose a área através da própria lâmina. Sua principal aplicação é na distinção entre eritema e púrpura (no caso de eritema, a vitropressão provoca o apagamento da vermelhidão e, no de púrpura, permanece a mancha) (Figura 7.11) ■ Fricção com algodão, em que, com uma mecha de algodão, roçase levemente um segmento cutâneo, procurando ver como o paciente o sente (Figura 7.12). É utilizada para avaliar sensibilidade cutânea ■ Pesquisa de flutuação, em que se aplica o dedo indicador da mão esquerda sobre um lado da tumefação, enquanto o da outra mão, colocado no lado oposto, exerce sucessivas compressões perpendicularmente à superfície cutânea. Havendo líquido, a pressão determina um leve rechaço do dedo da mão esquerda, ao que se denomina flutuação ■ Outro tipo de palpação bimanual combinada é a que se faz, por exemplo, no exame das glândulas salivares (Figura 7.13), quando o dedo indicador da mão direita é introduzido na boca, enquanto as polpas digitais dos outros dedos – exceto o polegar – da outra mão fazem a palpação externa na área de projeção da glândula; outro exemplo de palpação bimanual é o toque ginecológico combinado com a palpação da região suprapúbica. PERCUSSÃO A percussão baseiase no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originamse vibrações que têm características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida. Devese observar não apenas o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada. Semiotécnica A técnica da percussão sofreu uma série de variações no decorrer dos tempos; hoje, utiliza- se basicamente a percussão direta e a percussão digitodigital, e, em situações especiais, a punhopercussão, a percussão com a borda da mão e a percussão tipo piparote. A percussão direta é realizada golpeandose diretamente, com as pontas dos dedos, a regiãoalvo (Figura 7.14). Para tal, os dedos permanecem fletidos na tentativa de imitar a forma de martelo, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. O golpe deve ser seco e rápido, não se descuidando de levantar, sem retardo, a mão que percute. Essa técnica é utilizada na percussão do tórax do lactente e das regiões sinusais do adulto. A percussão digitodigital é executada golpeandose com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador de uma das mãos a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão. Ao dedo que golpeia designase plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro. A mão que percute pode adotar uma das seguintes posições: ■ Todos os dedos, exceto o dedo médio, que procura imitar a forma de um martelo, ficam estendidos sem nenhum esforço (Figura 7.15) ■ O polegar e o indicador ficam semiestendidos, o mínimo e o anular são fletidos de tal modo que suas extremidades quase alcancem a palma da mão, enquanto o dedo médio procura adotar a forma de martelo (Figura 7.16). A movimentação da mão se fará apenas com a do punho. O cotovelo permanece fixo, fletido em ângulo de 90° e com o braço em semiabdução Tipos fundamentais de sons obtidos à percussão A obtenção dos três tipos fundamentais de sons deve ser treinada previamente antes de se passar à percussão do paciente, usandose os seguintes artifícios: ■ Som maciço: é obtido percutindose a cabeceira da cama, o tampo de uma mesa, uma parede ou um bloco de madeira ■ Som pulmonar: é obtido ao se percutir um colchão de mola, uma caixa contendo pedaços de isopor ou mesmo um livro grosso colocado sobre a mesa ■ Som timpânico: é o que se consegue percutindo uma caixa vazia ou um pequeno tambor. Antes de se aprofundar na semiologia dos sistemas digestório e respiratório, devemse percutir diferentes áreas do tórax normal para obtenção do som pulmonar; a área de projeção do fígado para se ter som maciço; e sobre o abdome, para conseguir som timpânico. Técnicas especiais de percussão: ■ Punhopercussão: mantendose a mão fechada, golpeiase com a borda cubital a região em estudo e averiguase se a manobra desperta sensação dolorosa (Figura 7.18) ■ Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeandose a região desejada com a borda ulnar, procurando observar se a manobra provoca alguma sensação dolorosa (Figura 7.19). Esses dois tipos de percussão são usados no exame físico dos rins. Os golpes são dados na área de projeção deste órgão (regiões lombares). A ocorrência de dor é sugestiva de lesões inflamatórias das vias urinárias altas (pielonefrite). É denominado sinal de Giordano. ■ Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocandose contra a parede abdominal. A percussão por piparote é usada na pesquisa de ascite (Figura 7.20) (ver Ascite, no Capítulo 93, Doenças do Fígado e das Vias Biliares). Tipos de sons obtidos à percussão Os sons obtidos à percussão poderiam ser classificados quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, as três qualidades fundamentais das vibrações sonoras. Som maciço. É o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do fígado, do coração e do baço). Som submaciço. Constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe concede características peculiares. Som timpânico. É o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível. Som claro pulmonar. É o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. AUSCULTA Semiotécnica Para uma boa ausculta, devese obedecer às seguintes normas: ■ Escolha correta do receptor (tipo e tamanho do receptor): de maneira geral, deve ser usado o receptor de diafragma de menor diâmetro, com ele sendo efetuada toda a ausculta. Contudo, vale salientar algumas particularidades que têm valor prático. Entre elas, o fato de o receptor de diafragma ser mais apropriado para ouvir ruídos de alta frequência, enquanto a campânula capta melhor os de baixa frequência ■ Aplicação correta do receptor: seja do tipo de diafragma ou de campânula, o receptor deve ficar levemente apoiado sobre a pele, procurandose obter uma perfeita coaptação de suas bordas na área que está sendo auscultada. A aplicação correta do receptor impede a captação de ruídos do ambiente, que interferem na percepção dos sons. Uma forte compressão da campânula sobre a pele a transforma em um receptor de diafragma – a própria pele do paciente distendida fortementepelas rebordas do receptor faz o papel de membrana –, anulando sua vantagem na ausculta de ruídos de baixa frequência. 2. QUAL A SEQUÊNCIA CORRETA DO EXAME ABDOMINAL E COMO DIFERENCIAR OS SONS ABDOMINAIS? Regiões abdominais A cavidade abdominal é divida por quatro planos: dois horizontais e dois verticais, delimitando as seguintes regiões: Hipocôndrio direito (HCD): fígado, vesícula biliar, rim direito; Epigástrio: lobo esquerdo do fígado, piloro, duodeno, cólon transverso e cabeça e corpo do pâncreas; Hipocôndrio esquerdo: baço, estômago, rim esquerdo, cauda do pâncreas; Flanco direito (ou região lateral): cólon ascendente, rim direito e jejuno; Mesogástrio (ou região umbilical): duodeno, jejuno, íleo, aorta abdominal, mesentério, linfonodos; Flanco esquerdo (ou região lateral): cólon descendente, jejuno, íleo; Fossa ilíaca direita (ou região inguinal): ceco, apêndice, ovário e tuba uterina direita; Hipogástrio: bexiga, útero, ureter; Fossa ilíaca esquerda (ou região inguinal): cólon sigmoide, ovário e tuba esquerda. A cavidade abdominal também pode ser divida em quatro quadrantes, a partir do plano mediano (vertical), seguindo o trajeto da linha alba e o plano transumbilical (horizontal) entre L3 e L4. Inspeção na semiologia abdominal Deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal com pernas estendidas. São observadas, forma, volume e alterações cutâneas do abdome. Forma: avaliar se há presença de assimetria, como pode ocorrer na hepatoesplenomegalia, hérnias de parede abdominal, neoplasias e obstruções. Globoso (panículo adiposo ou líquido ascítico), escavado (emagrecimento ou síndrome consuptiva), pendular (gravidez). Abaulamentos: presença de massas abdominais, como neoplasias ou hérnia da parede abdominal. Retrações (depressões): bridas pós- cirúrgicas, caquexia. Circulação colateral: pode ser visível em caso de obstrução do sistema venoso porta (cabeça de medusa) ou veia cava. Ondas peristálticas: em geral não são observadas em indivíduos normais, mas pode estar presente quadros obstrutivos. Lesões cutâneas: sinal de Cullen e sinal de Turner, presentes na pancreatite aguda. Ausculta abdominal Deve ser realizada nos quatro quadrantes de forma superficial para avaliar os ruídos hidroaéreos. Para avaliar alterações do fluxo aórtico (sopros ou aneurismas), aprofunda-se o estetoscópio ao longo do trajeto da aorta. Principais alterações a serem pesquisadas na ausculta: Presença de ruídos hidroaéreos (descrever intensidade ++++/IV); Peristaltismo de luta: obstrução; Íleo paralítico: silêncio abdominal; Sopros: sugerem aneurismas e compressões arteriais. Palpação abdominal Palpação superficial: Avaliar sensibilidade, integridade anatômica e grau de distensão da parede abdominal. Os pacientes com dor abdominal devem ser solicitados a localizá-la. Só então inicia-se a palpação da área mais distante da região dolorosa, deixando esta por último. Deve ser feita com uma mão a 45 graus ou duas mãos superpostas. Pontos dolorosos: Ponto epigástrico: sensível na úlcera péptica em atividade; Ponto cístico: situa-se no ângulo formado pelo rebordo costal direito com a borda externa do músculo reto abdominal, na interseção da linha hemi clavicular com o rebordo costal direito. Deve ser palpado em busca do Sinal de Murphy que pode estar presente na colecistite aguda. Ponto de McBurney: união do terço externo com dois terços internos da linha que une a espinha ilíaca ântero-superior à cicatriz umbilical. Dor nessa região sugere apendicite aguda. O Sinal de Blumberg , dor a descompressão, pode ser pesquisado na palpação profunda. Palpação profunda: tem como objetivo palpar órgãos abdominais em busca de visceromegalias e tumorações. Palpação do fígado: o método mais utilizado na prática é o de Lemos Torres, em que o examinador com a mão esquerda na região lombar direita do paciente tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda. Deve ser avaliado a borda hepática, se tem borda fina ou romba; regularidade da superfície, sensibilidade, consistência, presença de nodulações. Palpação do baço: normalmente não é palpável, exceto quando atinge duas ou três vezes seu tamanho normal. Para palpá- lo, o examinador posiciona-se à direita do paciente e com a mão direita em garra tenta sentir o polo esplênico inferior durante a inspiração profunda próximo ao rebordo costal esquerdo. Causas de esplenomegalia: hipertensão portal, infecção, anemia hemolítica, linfomas, esquistossomose. Percussão na semiologia abdominal A partir da percussão é possível identificar presença de ar livre, líquidos e massas intra-abdominais. A técnica é digito- digital, em que o examinador posiciona uma das mãos sobre o abdome e percute com o dedo indicador. Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico (vísceras ocas); Percussão normal: macicez hepática no hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de Traube, timpanismo nas demais regiões. Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) são maciços. Timpanismo generalizado pode indicar obstrução Algumas manobras são fundamentais para avaliar o paciente com suspeita de ascite, que é o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Essa avaliação baseia-se justamente na percussão como veremos nas duas principais manobras abaixo: Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio volume. Quando o paciente está em decúbito dorsal o líquido acumula-se na região lateral do abdome, revelando timpanismo na região anterior, quando o paciente posiciona-se em decúbito lateral, o líquido desloca-se para o mesmo lado, onde fica maciço e a região acima fica timpânica. Semi-círculo de Skoda: com o paciente em decúbito dorsal percute-se a regiçao periumbilical do meio para as extremidades. Em casos de ascite, observa- se alteração do timpanismo. 3. QUAL A SEQUÊNCIA ADEQUADA PARA A ANAMNESE E O QUE PERGUNTAR ACERCA DO INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO? A anamnese inclui os seguintes elementos: ■ Identificação ■ Queixa principal ■ História da doença atual ■ Interrogatório sintomatológico ■ Antecedentes pessoais e familiares ■ Hábitos de vida ■ Condições socioeconômicas e culturais. Interrogatório sintomatológico Essa parte da anamnese, denominada também anamnese especial ou revisão dos sistemas, constitui, na verdade, um complemento da história da doença atual. O interrogatório sintomatológico documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais. De um modo geral, uma HDA bemfeita deixa pouca coisa para o interrogatório sintomatológico (IS), que é, entretanto, elemento indispensável no conjunto do exame clínico. Podese dizer mesmo que este só estará concluído quando um interrogatório sintomatológico, abrangendo todos os sistemas do organismo, tiver sido adequado e corretamente executado. A principal utilidade prática do interrogatório sintomatológico reside no fato de permitir ao médico levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. Por exemplo: o relato de um paciente conduziu ao diagnóstico de gastrite e, no IS, houve referência a edema dos membros inferiores. Esse sintoma pode despertar uma nova hipótese diagnóstica que vai culminar no encontro de uma cirrose. Em outras ocasiões, é no interrogatório sintomatológico que se origina a suspeita diagnóstica mais importante. Essa possibilidade pode ser ilustrada com o caso de um paciente que procurou o médico concentrando asua preocupação em uma impotência sexual. Ao ser feita a revisão dos sistemas, vieram à tona os sintomas polidipsia, poliúria e emagrecimento, queixas às quais o paciente não havia dado importância. No entanto, a partir delas o médico levantou a suspeita da enfermidade principal daquele paciente – o diabetes melito. Além disso, é comum o paciente não relatar um ou vários sintomas durante a elaboração da história da doença atual. Simples esquecimento ou medo inconsciente de determinados diagnósticos podem levar o paciente a não se referir a padecimentos de valor crucial para chegar a um diagnóstico. Outra importante função do interrogatório sintomatológico é avaliar práticas de promoção à saúde. Enquanto se avalia o estado de saúde passado e presente de cada sistema corporal, aproveitase para promover saúde, orientando e esclarecendo o paciente sobre maneiras de prevenir doenças e evitar riscos à saúde. É trabalhoso, mas a única maneira de realizar uma boa anamnese especial, particularmente nessa fase de iniciação clínica, é seguir um roteiro rígido, constituído de um conjunto de perguntas que correspondam a todos os sintomas indicativos de alterações dos vários sistemas do organismo. Mais ainda: para tirar o máximo proveito das atividades práticas, o estudante deve registrar os sintomas presentes e os negados pelo paciente. SISTEMATIZAÇÃO DO INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO Não é fácil sintetizar o interrogatório sintomatológico quando se tem como permanente preocupação uma visão global do paciente. Sem dúvida, a melhor maneira é levar em conta os segmentos do corpo, mas os sistemas do organismo abrangem quase sempre mais de um segmento. A solução é conciliar as duas coisas, reunindo em cada segmento os órgãos de diferentes aparelhos, quando isso for possível. Os sistemas que não se enquadram nesse esquema são investigados em sequência. No início do aprendizado clínico muitas são as dificuldades, desde a incompreensão dos termos usados pelos pacientes até a escassez de conhecimentos clínicos. Sem dúvida, gasta-se longo tempo para se fazer o interrogatório sintomatológico, mas é um exercício imprescindível no aprendizado do método clínico.À medida que se adquire experiência, pode-se simplificar ou adaptá-lo às circunstâncias em que o exame clínico é realizado. O domínio do método clínico exige um esforço especial nessa fase. A chave do problema está no exame do maior número possível de pacientes, seguindo-se a sistematização proposta: ■ Sintomas gerais ■ Pele e fâneros ■ Cabeça e pescoço ■ Tórax ■ Abdome ■ Sistemas urinário e genital ■ Sistema hemolinfopoético ■ Sistema endócrino ■ Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades ■ Músculos ■ Artérias, veias, linfáticos e microcirculação ■ Sistema nervoso ■ Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. Sintomas gerais Febre: Sensação de aumento da temperatura corporal Astenia: Sensação de fraqueza. Alterações do peso: Especificar perda ou ganho de peso, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outros fatores). Sudorese: Eliminação abundante de suor. Pode ser generalizada ou predominante em alguns locais (ex: nas mãos e pés). Calafrios: Sensação momentânea de frio com ereção de pelos e arrepiamento da pele. Relação com febre. Cãibras: Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular. Pele e fâneros Alterações da pele: Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões. Alterações dos fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas. Cabeça e pescoço Crânio, face e pescoço Dor: Localizar o mais corretamente possível a sensação dolorosa. A partir daí, indaga- se sobre as outras características semiológicas da dor. Alterações no pescoço: Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações anormais. Olhos Diminuição ou perda da visão: Uni ou bilateral, súbita ou gradual, relação com a intensidade da iluminação, visão noturna, correção (parcial ou total) com óculos ou lentes de contato. Dor ocular e cefaleia: Bem localizada pelo paciente ou de localização imprecisa no globo ocular. Sensação de corpo estranho Prurido: Sensação de coceira. Queimação ou ardência: Acompanhando ou não a sensação dolorosa. Lacrimejamento: Eliminação de lágrimas, independentemente do choro. Sensação de olho seco: Sensação de secura, como se o olho não tivesse lubrificação. Xantopsia, iantopsia e cloropsia: Visão amarelada, violeta e verde, respectivamente. Diplopia: Visão dupla, constante ou intermitente. Fotofobia: Hipersensibilidade à luz. Nistagmo: Movimentos repetitivos rítmicos dos olhos, caracterizar o tipo. Escotomas: Manchas ou pontos escuros no campo visual. Secreção: Líquido que recobre as estruturas externas do olho. Vermelhidão: Presença de congestão de vasos na esclerótica. Alucinações visuais: Sensação de luz, cores ou reproduções de objetos. Ouvidos Dor: Localizada ou irradiada de outra região. Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido. Otorragia: Perda de sangue pelo canal auditivo, relação com traumatismo. Distúrbios da acuidade auditiva: Perda parcial ou total da audição, uni ou bilateral; início súbito ou progressivo. Vertigem e tontura: Sensação de estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os objetos girando em torno de si (vertigem objetiva). Nariz e cavidades paranasais Prurido: Pode resultar de doença local ou sistêmica. Dor: Localizada no nariz ou na face. Verificar todas as características semiológicas da dor. Espirros: Isolados ou em crises. Indagar em que condições ocorrem, procurando detectar locais ou substâncias relacionados com os espirros. Obstrução nasal Corrimento nasal: Aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento). Epistaxe: Hemorragia nasal. Diminuição do olfato: Diminuição (hiposmia) ou abolição (anosmia). Aumento do olfato: Transitório ou permanente. Alterações do olfato: Percepção anormal de cheiros. Cacosmia: Consiste em sentir mau cheiro, sem razão para tal. Parosmia: Perversão do olfato. Alterações da fonação: Voz anasalada (rinolalia). Cavidade bucal e anexos Alterações do apetite: Polifagia ou hiperorexia; inapetência ou anorexia; perversão do apetite (geofagia ou outros tipos). • Sialorreia: Excessiva produção de secreção salivar. • Halitose: Mau hálito. • Dor: Dor de dente, nas glândulas salivares, na língua (glossalgia), na articulação temporomandibular. Trismo. • Ulcerações/Sangramento: Causa local ou doença do sistema hemopoético. Faringe Dor de garganta: Espontânea ou provocada pela deglutição. Verificar todas as características semiológicas da dor. Tosse: Seca ou produtiva. Pigarro: Ato de raspar a garganta. Ronco: Pode estar associado à apneia do sono. Laringe Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas da dor. Alterações da voz: Disfonia; afonia; voz lenta e monótona; voz fanhosa ou anasalada. Tosse: Seca ou produtiva; tosse rouca; tosse bitonal. Pigarro: Ato de raspar a garganta. Tireoide e paratireoides Dor: Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas. Outras alterações: Nódulo, bócio, rouquidão, disfagia. Vasos e linfonodos Dor: Localização e outras características semiológicas. Adenomegalias: Localização e outras características semiológicas. Pulsações e turgência jugular. Tórax Parede torácica Dor: Localização e demais características semiológicas, em particular a relação da dor com os movimentos do tórax. Alterações da forma do tórax. Dispneia: Relacionada com dor ou alterações da configuração do tórax.Mamas Dor: Relação com a menstruação e outras características semiológicas. Nódulos: Localização e evolução; modificações durante o ciclo menstrual. Secreção mamilar: Uni ou bilateral, espontânea ou provocada; aspecto da secreção. Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras Dor: Localização e outras características semiológicas. Tosse: Seca ou com expectoração. Frequência, intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, período em que predomina. Expectoração: Volume, cor, odor, aspecto e consistência. Tipos de expectoração: mucoide, serosa, purulenta, mucopurulenta, hemoptoica. Hemoptise: Eliminação de sangue pela boca, através da glote, proveniente dos brônquios ou pulmões. Obter os dados para diferenciar a hemoptise da epistaxe e da hematêmese. Vômica: Eliminação súbita, através da glote, de quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto mucoide ou seroso. Dispneia: Relação com esforço ou decúbito; instalação súbita ou gradativa; relação com tosse ou chieira; tipo de dispneia. Chieira: Ruído sibilante percebido pelo paciente durante a respiração; relação com tosse e dispneia; uni ou bilateral; horário em que predomina. Estridor: Respiração ruidosa. Tiragem: Aumento da retração dos espaços intercostais. Diafragma e mediastino Dor: Localização e demais características semiológicas. Soluço: Contrações espasmódicas do diafragma, concomitantes com o fechamento da glote, acompanhadas de um ruído rouco. Isolados ou em crises. Sintomas de compressão: Relacionados com o comprometimento do simpático, do nervo recorrente, do frênico, das veias cavas, das vias respiratórias e do esôfago. Coração e grandes vasos Dor: Localização e outras características semiológicas; dor isquêmica; dor da pericardite; dor de origem aórtica; dor de origem psicogênica. Palpitações: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos; tipo de sensação, horário de aparecimento, modo de instalação e desapa- recimento; relação com esforço ou outros fatores desencadeantes. Intolerância aos esforços: Sensação desagradável ao fazer esforço físico. Desmaio e síncope:Perda súbita e transitória, parcial ou total, da consciência; situação em que ocorreu; duração; manifestações que antecederam o desmaio e que vieram depois. Cianose: Coloração azulada da pele; época do aparecimento (desde o nascimento ou surgiu tempos depois); intensidade; relação com choro e esforço. Edema: Época em que apareceu; como evoluiu, região em que predomina. Astenia: Sensação de fraqueza. Posição de cócoras: O paciente fica agachado, apoiando as nádegas nos calcanhares. Esôfago Disfagia: Dificuldade à deglutição; disfagia alta (bucofaríngea); disfagia baixa (esofágica). Odinofagia: Dor retroesternal durante a deglutição. Dor: Independente da deglutição. Pirose: Sensação de queimação retroesternal; relação com a ingestão de alimentos ou medicamentos; horário em que aparece. Regurgitação: Volta à cavidade bucal de alimento ou de secreções contidas no esôfago ou no estômago. Eructação: Relação com a ingestão de alimentos ou com alterações emocionais. Soluço: Horário em que aparece; isolado ou em crise; duração. Hematêmese: Vômito de sangue; características do sangue eliminado; diferenciar de epistaxe e de hemoptise. Abdome Parede abdominal Dor: Localização e outras características semiológicas. Alterações da forma e do volume: Crescimento do abdome; hérnias; tumorações. Estômago Dor: Localização na região epigástrica; outras características semiológicas. Náuseas e vômitos: Horário em que aparecem; relação com a ingestão de alimentos; aspecto dos vômitos. Dispepsia: Conjunto de sintomas constituído de desconforto epigástrico, empachamento, sensação de distensão por gases, náuseas, intolerância a determinados alimentos. • Pirose: Sensação de queimação retroesternal. Intestino delgado Diarreia: Duração; volume; consistência, aspecto e cheiro das fezes. Esteatorreia: Aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes. Dor: Localização, contínua ou em cólicas. Distensão abdominal, flatulência e dispepsia: Relação com ingestão de alimentos. Hemorragia digestiva: Aspecto “em borra de café” (melena) ou sangue vivo nas fezes (enterorragia). Cólon, reto, ânus Dor: Localização abdominal ou perianal; outras características semiológicas; tenesmo. Diarreia: Diarreia baixa; aguda ou crônica; disenteria. Obstipação intestinal: Duração; aspecto das fezes. Sangramento anal: Relação com a defecação. Prurido: Intensidade; horário em que predomina. Distensão abdominal: Sensação de gases no abdome. Náuseas e vômitos: Aspecto do vômito; vômitos fecaloides. Fígado e vias biliares Dor: Dor contínua ou em cólica; localização no hipocôndrio direito; outras características semiológicas. Icterícia: Intensidade; duração e evolução; cor da urina e das fezes; prurido. Sistema genitourinário Rins e vias urinárias Dor: Localização e demais características semiológicas. Alterações miccionais: Incontinência; hesitação; modificações do jato urinário; retenção urinária. Alterações do volume e do ritmo urinário: Oligúria; anúria; poliúria; disúria; noctúria; urgência; polaciúria. Alterações da cor da urina: Urina turva; hematúria; hemoglobinúria; mioglobinúria; porfirinúria. Alterações do cheiro da urina Dor: Dor lombar e no flanco e demais características semiológicas; dor vesical; estrangúria; dor perineal. Edema: Localização; intensidade; duração. Órgãos genitais masculinos Lesões penianas: Úlceras, vesículas (herpes, sífilis, cancro mole). Nódulos nos testículos: Tumor, varicocele. Dor: Testicular; perineal; lombossacra; características semiológicas. Priapismo: Ereção persistente, dolorosa, sem desejo sexual. Hemospermia: Presença de sangue no esperma. Corrimento uretral: Aspecto da secreção. Disfunções sexuais: Disfunção erétil; ejaculação precoce; ausência de ejaculação, anorgasmia, diminuição da libido. Órgãos genitais femininos Distúrbios menstruais: Polimenorreia; oligomenorreia; amenorreia; hipermenorreia; hipomenorreia; menorragia; dismenorreia. Tensão pré-menstrual. Cólicas; outros sintomas. Hemorragias: Relação com o ciclo menstrual. Corrimento: Quantidade; aspecto; relação com as diferentes fases do ciclo menstrual. Prurido: Localizado na vulva. Disfunções sexuais: Dispareunia; frigidez; diminuição da libido; anorgasmia. Sistema endócrino Tireoide Alterações locais: Dor; nódulo; bócio; rouquidão; dispneia; disfagia. Manifestações de hiperfunção: Hi- persensibilidade ao calor; aumento da sudorese; perda de peso; taquicardia; tremor; irritabilidade; insônia; astenia; diarreia; exoftalmia. Manifestações de hipofunção: Hi- persensibilidade ao frio; diminuição da sudorese; aumento do peso; obstipação intestinal; cansaço facial; apatia; sonolência; alterações menstruais; ginecomastia; unhas quebradiças; pele seca; rouquidão; macroglossia; bradicardia. Sistema Musculoesquelético Coluna vertebral Dor: Localização cervical, dorsal, lombossacra; relação com os movimentos; demais características semiológicas. Rigidez pós-repouso: Tempo de duração após iniciar as atividades. Ossos Dor: Localização e demais características semiológicas. Deformidades ósseas: Caroços; arqueamento do osso; rosário raquítico. Articulações Dor: Localização e demais características semiológicas. Rigidez pós-repouso: Pela manhã. Sinais inflamatórios: Edema, calor, rubor e dor. Limitação de movimento: Localização; grau de limitação. Crepitação articular: Localização. Músculos Fraqueza muscular: Segmentar; generalizada; evolução no decorrerdo dia. Dificuldade para andar ou para subir escadas. Atrofia muscular: Localização. Dor: Localização e demais características semiológicas; cãibras. Cãimbras: Dor acompanhada de contração muscular. Espasmos musculares: Miotonia; tétano. Sistema nervoso Distúrbios da consciência: Obnubilação; estado de coma. Dor de cabeça e na face: Localização e outras características semiológicas. Tontura e vertigem: Sensação de rotação (vertigem); sensação de iminente desmaio; sensação de desequilíbrio; sensação desagradável na cabeça. Convulsões: Localizadas ou generalizadas, tônicas ou clônicas; manifestações ocorridas antes (pródromos) e depois das convulsões. Ausências: Breves períodos de perda da consciência. Automatismos: Tipos. Amnésia: Perda da memória, transitória ou permanente; relação com traumatismo craniano e com ingestão de bebidas alcoólicas. Distúrbios visuais: Ambliopia; amaurose; hemianopsia; diplopia. Distúrbios auditivos: Hipocusia; acusia; zumbidos. Distúrbios da marcha: Disbasia. Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade: Paresias, paralisias, parestesias, anestesias. Distúrbios esfincterianos: Bexiga neurogênica; incontinência fecal. Distúrbios do sono: Insônia; sonolência; sonilóquio; pesadelos; terror noturno; sonambulismo; briquismo; movimentos rítmicos da cabeça; enurese noturna. Distúrbios das funções cerebrais superiores: Disfonia; disartria; dislalia; disritmolalia; dislexia; disgrafia; afasia; distúrbios das gnosias; distúrbios das praxias. 4. COMO RELACIONAR OS FATORES PSICOLÓGICOS COM OS SINTOMAS APRESENTADOS? Muitas enfermidades aparentemente somáticas têm como fator etiológico fundamental transtornos emocionais, e todo paciente somático, no modo de viver sua doença e lutar contra ela, emprega recursos que sua personalidade e seu modo particular de reagir lhe permitem. A medicina psicossomática deixa de ser uma especialidade ou um grupo de doenças para converter-se em um fundo, um colorido de toda a medicina contemporânea. Independentemente de sua etiologia, a doença está inserida na biografia do paciente, e o médico nunca poderá ajudá-lo devidamente se não compreender o significado biográfico do seu padecimento. O significado de uma fratura de fêmur, por exemplo, para um homem de meia-idade, arrimo de família, que não receberá nenhuma ajuda financeira enquanto estiver impossibilitado de voltar ao trabalho, será bem distinto daquele que possua uma situação estável, sem preocupações financeiras, que terá seus proventos integrais enquanto estiver afastado de sua função. Além disso, a evolução dos dois casos não é condicionada somente por motivações conscientes e recentes, mas pela combinação destas com os modos de reação adquiridos na primeira infância, resultantes de suas primeiras relações com figuras de autoridade, doenças, temores e desejos. Estes modos involuntários de reação operam de maneira inconsciente e, muitas vezes, são irracionais, absurdos e contraproducentes para os atuais desejos do paciente, e formam a base das condutas neuróticas. Todo médico, seja qual for sua área, de vez em quando terá de enfrentar situações em que se manifestem quadros psiquiátricos. São exemplos disso as crises histéricas, estados de angústia no pré e pós-operatório, quadros confusionais com agitação, como o delírio febril das doenças infecciosas, atitudes de hipocondria e de negação da doença, quadros psiquiátricos mascarados, sob a forma de queixas somáticas (mal- estar geral, constipação, perda de apetite, perda de peso, astenia, cefaleia, insônia). O queé uma doença psicossomática? As doenças psicossomáticas são causadas por problemas emocionais do indivíduo e representam a ligação direta entre a saúde emocional e a física. Ou seja, quando o sofrimento psicológico, de alguma forma, acaba causando ou agravando uma doença física. Esse processo não é consciente e a confirmação do diagnóstico não costuma ser simples, principalmente por se tratar de um diagnóstico de exclusão. Ou seja, todas as outras possíveis causas devem ser investigadas e excluídas antes. Também chamado de transtorno de somatização, nesse processo a pessoa costuma apresentar múltiplas queixas físicas, em diferentes locais do corpo e que não são explicadas por nenhuma doença ou alteração orgânica. Geralmente os sistomas intensificam quando a pessoa se encontra em situações de estresse/e ou pressão arterial. As causas: Não existe uma causa única para o desenvolvimento de uma doença psicossomática. Seu desenvolvimento depende de uma predisposição pessoal e orgânica, em como o corpo e o psicológico interagem e reagem frente a certas condições e/ou situações de vida. Algumas outras doenças psiquiátricas facilitam o desenvolvimento da somatização, como depressão, ansiedade e estresse e as situações que geralmente estão associadas ao seu desenvolvimento incluem: Sobrecarga profissional; Eventos traumáticos prévios (seja na infância ou na vida adulta); Vítimas de violência psicológica, física ou sexual; Sofrimento psicológico de qualquer tipo associado à dificuldade de falar sobre o assunto ou à tendência de se isolar socialmente. 5. COMO ELABORAR PROPOSTAS DE CUIDADO EFETIVAS MEDIANTE ALTERAÇÕES PRESENTE NO EXAME FÍSICO (EX.: ICTERÍCIA, ALTERAÇÕES NOS LINFONODOS, EDEMA ETC ) ? Na icterícia, a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas. Ela ocorre quando há excesso de bilirrubina (um pigmento amarelo) no sangue - uma condição denominada hiperbilirrubinemia. Exames: Exames de sangue para avaliar o funcionamento do fígado ou se ele foi danificado (testes de função hepática) Geralmente exames de imagem, como ultrassonografia , tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) Às vezes, biópsia ou laparoscopia Os testes de função hepática (também chamados testes de enzimas hepáticas) medem os níveis sanguíneos de enzimas e de outras substâncias produzidas pelo fígado. Estes testes ajudam os médicos a determinar se a causa é o funcionamento inadequado do fígado ou um duto biliar bloqueado. Se um duto biliar estiver bloqueado, exames de diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia, são geralmente necessários. Como a icterícia é tratada? Tratamento da causa Para coceira, colestiramina Para um duto biliar obstruído, um procedimento para desobstrui-lo (como colangiopancreatografia retrógrada endoscópica [CPRE ]) O distúrbio subjacente e qualquer problema que ele causa são tratados, conforme a necessidade. Se a icterícia foi causada por uma hepatite viral aguda , ela pode desaparecer gradualmente, sem tratamento, à medida que a condição do fígado melhora. Entretanto, a hepatite pode se tornar crônica, mesmo se a icterícia desaparecer. A icterícia propriamente dita não requer tratamento em adultos (ao contrário de recém-nascidos – consulte Hiperbilirrubinemia ). Geralmente, a coceira desaparece gradualmente à medida que a condição do fígado melhora. Se a coceira for incômoda, pode ser útil tomar a colestiramina por via oral. Entretanto, a colestiramina é ineficaz quando o duto biliar está completamente obstruído. Se a causa for um duto biliar obstruído, um procedimento pode ser feito para abrir o duto biliar. Esse procedimento pode ser feito geralmente durante a CPRE, usando os instrumentos inseridos no endoscópio . Avaliação de linfonodos inchados Nem todas as pessoas com linfonodos inchados necessitam de avaliação médica imediata. As informações a seguir podem ajudar as pessoas a decidir quando a avaliação médica é necessária e a saber o que esperar durante a avaliação. Sinais de alerta Em pessoas com linfonodos inchados, alguns sintomas e característicasdevem ser investigados. Incluem Um linfonodo com diâmetro de uma polegada ou mais (cerca de 2,5 cm) Um linfonodo com secreção purulenta Um linfonodo endurecido Fatores de risco para infecção por HIV (como ter sido picado por uma agulha usada por outra pessoa, ou ter participado de comportamentos sexuais de alto risco) ou tuberculose (viver ou trabalhar com pessoas com tuberculose ou ter mudado recentemente de uma área com prevalência de tuberculose) Febre ou perda de peso inexplicável https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952958_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952981_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952981_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952986_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952986_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/bi%C3%B3psia-de-f%C3%ADgado https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado%2C-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-sangue-do-f%C3%ADgado https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado,-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952993_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-hepatite-viral-aguda https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/hepatite/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-hepatite-viral-aguda https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/diagn%C3%B3stico-dos-dist%C3%BArbios-do-f%C3%ADgado,-da-ves%C3%ADcula-biliar-e-das-vias-biliares/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-do-f%C3%ADgado-e-da-ves%C3%ADcula-biliar#v13952993_pt Quando consultar um médico Se o linfonodo estiver dolorido ou expelindo pus ou outra substância, deve-se consultar um médico imediatamente. Alguém deve telefonar para o médico da pessoa. O médico decidirá sobre a urgência da consulta com base na presença de sinais de alerta e de outros sintomas. Para pessoas sem sinais de alerta e se sentindo bem no demais, uma espera de aproximadamente uma semana não é prejudicial. O que o médico faz Primeiro, os médicos fazem perguntas sobre os sintomas e o histórico clínico da pessoa. Em seguida, os médicos fazem um exame físico. O que eles encontram durante a avaliação do histórico e o exame físico geralmente sugere uma causa para o inchaço dos linfonodos e os exames que possivelmente precisarão ser realizados (veja a tabela Causas e características dos linfonodos inchados ). Inchaço dos linfonodos Os médicos perguntam Onde estão localizados os linfonodos inchados Há quanto tempo eles estão inchados Se pessoa sente dor Se a pessoa sofreu alguma lesão (em especial arranhões de gatos e mordidas de ratos) recentemente Se a pessoa tem uma infecção ou sintomas de uma infecção (por exemplo, coriza, tosse, febre, dor de garganta, perda de peso inexplicada ou dor de dente ou na gengiva) Em seguida, os médicos fazem um exame físico. Os médicos também verificam a presença de febre e examinam as regiões em que os linfonodos estão perceptíveis. Os médicos também procuram por sinais de infecção ou linfonodos em outras partes do corpo. Pessoas com linfonodos inchados em todo o corpo geralmente sofrem de uma doença que afeta o corpo inteiro. No entanto, pessoas com linfonodos inchados em apenas uma região podem ter uma doença que afeta somente tal região (como uma infecção) ou uma doença mais disseminada. Em alguns casos, o histórico e os achados do exame físico sugerem a causa da doença, como quando uma pessoa tem uma infecção do trato respiratório superior ou uma infecção dentária. Em outros casos, os resultados não indicam nenhuma causa. As pessoas com sinais de alerta têm mais chance de terem uma doença grave, mas o inchaço dos linfonodos na ausência de outros sintomas também pode ser uma doença grave. Linfonodos endurecidos, muito aumentados e sem mobilidade quando empurrados podem indicar câncer. Sensibilidade, rubor e calor em um único linfonodo aumentado pode indicar uma infecção ganglionar. Exames Se os médicos suspeitarem de uma doença específica (como mononucleose em jovens com sintomas de febre, dor de garganta e esplenomegalia), os exames iniciais serão direcionados para investigar esse quadro clínico (veja a tabela Causas e características dos linfonodos inchados ). Se o histórico e o exame físico não mostrarem uma causa provável, mais testes serão feitos conforme os linfonodos envolvidos e outros sintomas presentes. Pessoas com sinais de alerta e com inchaços generalizados dos linfonodos devem fazer um hemograma completo e uma radiografia torácica. Os médicos também podem realizar testes de tuberculose, infecção por HIV e mononucleose. Exames de sangue são necessários para detectar toxoplasmose e sífilis. Em pessoas com dor ou rigidez nas articulações ou com eritema, são feitos exames de sangue para verificar a presença de lúpus eritematoso sistêmico (lúpus). Se houver suspeita de câncer ou linfoma, é feita a biópsia do linfonodo. A biópsia também pode ser necessária quando o inchaço generalizado dos linfonodos não puder ser curado entre três e quatro semanas. Tratamento de linfonodos inchados O tratamento é direcionado à causa. Por exemplo, caso se suspeite de uma infecção bacteriana do linfonodo, uma tentativa de administrar antibióticos para verificar se o inchaço desaparece. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-do-sistema-linf%C3%A1tico/incha%C3%A7o-dos-linfonodos#v6573296_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-do-sistema-linf%C3%A1tico/incha%C3%A7o-dos-linfonodos#v6573296_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-do-sistema-linf%C3%A1tico/incha%C3%A7o-dos-linfonodos#v6573296_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-do-sistema-linf%C3%A1tico/incha%C3%A7o-dos-linfonodos#v6573296_pt 6. POLIÚRIAE POLIDIPSIA SÃO SINTOMAS DE DIABETES? Sintomas O défice ou insuficiência no funcionamento da insulina provoca o consequente excesso de glicose no sangue, causando os três sintomas mais característicos da diabetes: poliúria (aumento da produção de urina), polidipsia (sede excessiva) e polifagia (apetite exagerado). A poliúria é provocada pela eliminação do excedente de glicose através da urina, pois os rins deixam de conseguir reter a glicose que filtram do sangue, como ocorre com níveis normais de glicemia, o que proporciona a eliminação de uma certa parte da glicose com a urina, arrastando consigo uma maior quantidade de líquido. A sensação de sede que, por vezes, chega a ser quase constante é originada por uma perda de líquidos provocada pelas frequentes e abundantes emissões de urina. O apetite exagerado é originado pela falta de energia que afecta os tecidos, já que estes não conseguem obter as quantidades de glicose de que necessitam. Estes sintomas costumam ser acompanhados por outras manifestações. A falta de glicose no interior das células faz com que estas obtenham a energia através da combustão de lípidos e proteínas, uma circunstância que a médio prazo provoca a perda de peso corporal, uma diminuição da massa muscular e uma sensação de cansaço que pode ser significativa. Na diabetes mellitus do tipo 1, os sintomas costumam apresentar-se de forma mais ou menos brusca e, normalmente, costumam ser muito intensos; por isso, as pessoas afectadas por este tipo de diabetes, caso não sejam adequadamente tratadas, têm tendência para ficarem muito magras e para apresentarem um típico estado de debilidade. Na diabetes mellitus do tipo 2, os sintomas vão-se manifestando gradualmente, ao longo de meses ou anos, e são mais ligeiros; por isso, costumam passar muitas vezes despercebidos, especialmente a perda de peso, pois este tipo de diabetes afecta sobretudo as pessoas obesas. Diabetes Tipo 1 Urinar em excesso (Poliúria); Muita sede (Polidipsia); Muita fome (Polifagia); Perda de peso sem motivo aparente; Extrema fadiga e irritabilidade. Diabetes Tipo 2 Normalmente os sintomas do diabetes tipo 2 são silenciosos, atrasando o diagnóstico e o início do tratamento. Qualquer um dos sintomas listados acima (o tipo 1); Infecções frequentes; Visão turva; Cortes / machucados que demoram a cicatrizar; Formigueiro ou dormência / nas mãos / pés; Recorrente pele, gengiva, ou infecções da bexiga. Entendendo os sinais e sintomas do diabetes Poliúria Poliúria é uma condição em que o corpo urina mais do que o habitual, passando a eliminar quantidades excessivas de urina a cada micção, quantidades superiores a 3 litros por dia em comparação com a produção diária normal de urina em adultos que é de cerca de um a dois litros. Este é um dos principais sintomas de diabetes (ambos os tipos de diabetes 1 e 2) e pode levar a desidratação grave. Quando não tratada pode afetar a função renal. Parte do excesso de glicose na corrente sanguínea do paciente diabético, não é reabsorvida pelos rins, a eliminação deste excesso provoca um aumento do volume de urina. Polidipsia Polidipsia é o termo usado quando se tem sede excessiva e é um dos sintomas iniciais do diabetes. Também é geralmente acompanhada por secura temporária ou prolongada da boca, a xerostomia. Todos nós temos sede em vários momentos durante o dia, no entanto, sentir sede todo o tempo ou se a sede é mais forte do que o habitual e continuar mesmo depois da ingesta de água, devemos ficar atentos. A polidipsia em pessoas com diabetes é causada devido aos níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia), consequência do excesso de eliminação de líquidos causada pela poliúria. Polifagia Polifagia ou hiperfagia é o termo médico usado para descrever quando se tem um aumento excessivo da fome ou apetite, este é um dos 3 sintomas mais comuns em quem tem diabetes. A Polifagia pode ocorrer quando se apresenta descontrole glicêmico: hiperglicemia ou hipoglicemia. 7. COMO ORIENTAR ATIVIDADE FÍSICA PARA UM IDOSO, MELHOR MODALIDADE? . Orientações gerais para uma prescrição O idoso deve ter um nível de capacidade física suficiente para realizar as suas atividades diárias, tomar parte ativa em atividades recreativas e diminuir o risco de aumentar ou piorar as conseqüências do envelhecimento. Quem está sentado durante a maior parte do dia apresenta sinais evidentes de diminuição desta capacidade. Sente-se cansado durante a maior parte do tempo e incapaz de manter relações com outras pessoas da sua idade. Entra assim num ciclo vicioso que o leva a evitar a atividade porque se cansa demasiado rapidamente. As novas orientações de saúde apelam para 30 minutos ou mais de atividade física moderada, durante a maior parte dos dias da semana. Pode-se utilizar qualquer atividade que se provoque um esforço entre as intensidades baixa e moderadamente intensa. Nas atividades de baixa intensidade podem ser incluídas atividades físicas como a caminhada por puro prazer, a jardinagem, os trabalho domésticos, a automassagem e a dança recreativa. Não é necessário praticar todos os exercícios de uma só vez. Podendo-se fazer sessões de 5 a 10 minutos, várias vezes ao dia. O importante é cumprir os necessários 30 minutos quotidianos. A chave está no total de energia gasta, não na intensidade. É especialmente importante incluir exercícios de força como, por exemplo, o transporte de compras, pelo menos duas vezes por semana. Isso obriga os músculos a se exercitarem com mais freqüência, fortalecendo-os e combatendo, assim, as perdas provocadas pelo envelhecimento. E, dado que as calorias são queimadas durante todo tipo de atividade física, ela é um fator chave para manter um peso saudável. Este tipo de atividade deve ser complementado por atividades físicas moderadamente vigorosas durante 30 a 60 minutos, três ou mais vezes por semana. Entende-se por moderadamente intensos os exercícios físicos que ofereçam ao corpo uma carga maior que a da vida diária com objetivo de ir além da simples redução das perdas. Neste tipo de atividade o foco é o treinamento para aquisição, recuperação e incrementos na Aptidão Física, num processo educacional planejado que ajude o idoso a atingir e manter acessível o máximo de suas capacidades funcionais. É preciso lembrar que, se a atividade for suficiente para provocar alterações positivas na fisiologia do idoso, também pode oferecer alguns riscos em potencial, necessitando, portanto, ser planejada e prescrita dentro dos princípios do treinamento esportivo. Consideram- se exercícios de moderada intensidade aqueles como a caminhada rápida, o subir escadas, a dança aeróbica, a corrida, o ciclismo e a natação, que trabalham a capacidade aeróbia. Outras modalidades de exercícios tais como musculação, ginástica localizada, circuitos de treinamento, ioga, tai chi chuan, lian kung e os vários esportes também podem ser adaptados para o trabalho de moderada intensidade. Atividade física a partir dos 65 anos Para os adultos com 65 anos ou mais, as atividades físicas incluem atividades de lazer (como caminhadas, dança, jardinagem ou natação), locomoção (a pé ou pedalando), ocupacionais (se o indivíduo ainda estiver trabalhando), tarefas domésticas, jogos, esportes e exercícios planejados, de preferência na companhia da família, dos amigos ou de grupos comunitários. A atividade física nesta idade é altamente indicada para manter a saúde dos sistemas cardiorrespiratório, muscular e ósseo, além de reduzir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis, controlar os sintomas da depressão e o declínio da capacidade cognitiva. Adultos maiores de 65 anos devem realizar ao menos 150 minutos de atividadeaeróbica de intensidade moderada durante a semana ou então 75 minutos de atividade aeróbica de alta intensidade, sendo possível combinar os dois tipos de exercício em diferentes proporções para atingir esta meta mínima. Da mesma forma que os adultos mais jovens, é indicado que as atividades aeróbicas sejam distribuídas ao longo do tempo e organizadas em períodos mais curtos de no mínimo 10 minutos de duração. Exercícios de fortalecimento dos músculos, envolvendo os grandes grupos musculares, devem ser praticados em dois ou mais dias da semana. Para os idosos que estiverem em boa condição física, recomenda-se aumentar o tempo dedicado à atividade física para 300 minutos por semana, no caso de atividades de intensidade moderada, ou 150 minutos semanais para atividades de alta intensidade. Para aqueles com mobilidade reduzida, a OMS recomenda atividade física ao menos três vezes por semana para melhorar a noção de equilíbrio e evitar quedas. Quando não for possível fazer a quantidade recomendada de atividade física devido a alguma condição de saúde, o idoso deve se manter tão ativo quanto suas limitações permitirem. Entre os principais benefícios da atividade física para idosos estão: Redução dos índices gerais de mortalidade,principalmente nos casos decorrentes de doenças cardíacas, pressão alta, derrame, diabetes tipo 2, câncer de cólon e de mama Melhor desempenho cardiorrespiratórioe manutenção da massa muscular Melhoras na constituição óssea Melhora geral na saúde funcional Redução do risco de quedas Melhoras nas funções cognitivas 8. COMO AVALIAR O TÔNUS E TROFISMO DO PACIENTE? Musculatura Para a investigação semiológica da musculatura, empregamse a inspeção e a palpação. Todos os grupos musculares devem ser examinados. Para a inspeção não se exige técnica especial: basta olhar atentamente a superfície corporal com o paciente em repouso, observando o relevo das massas musculares. A palpação é feita com as polpas digitais colocadas em forma de pinça, com o polegar em oponência aos demais dedos da mão (Figura 8.39). De início, palpa-se o músculo ou o grupo muscular em estado de repouso e, em seguida, solicita-se ao paciente que faça uma leve contração do segmento que está em exame para se investigar o músculo em estado de contração. Assim procedendo, conseguem se informações quanto a: ■ Troficidade: corresponde à massa do músculo ■ Tonicidade: corresponde ao estado de semicontração própria do músculo. A musculatura classificase da seguinte maneira: ■ Quanto à troficidade: • Normal • Hipertrófica: aumento da massa muscular • Hipotrófica: diminuição da massa muscular ■ Quanto à tonicidade: • Tônus normal • Hipertonicidade, espasticidade, musculatura espástica ou rigidez: notase um estado de contração ou semicontração do músculo, mesmo em repouso, evidenciado pelo relevo muscular e aumento da consistência à palpação • Hipotonicidade ou flacidez: significa que o tônus está diminuído ou ausente, com perda do contorno da massa muscular e diminuição da consistência. As alterações encontradas devem ser descritas topograficamente. Exemplos de alterações da musculatura: poliomielite, na qual se percebem grupos musculares hipotróficos e flácidos, decorrentes de lesões do neurônio motor inferior; hemiplegias, observando-se espasticidade da musculatura correspondente; lesões extrapiramidais nas quais é típico o aumento da tonicidade sem alterações da troficidade; atletas e trabalhadores braçais desenvolvem os grupos musculares mais diretamente relacionados com seu trabalho, que se tornam hipertróficos; idosos e pacientes acamados durante longo tempo, nos quais a musculatura torna-se hipotrófica e flácida. Por fim, é conveniente ressaltar que, nas crianças e nas mulheres, há normalmente certo grau de hipotonia. O tono muscular é avaliado pela palpação dos músculos, movimentação passiva dos membros e balanço passivo de extremidades. 9. COMO CALCULAR MAÇOS ANO PARA TABAGISTAS? O consumo de tabaco, droga socialmente aceita, não costuma ser negado pelos pacientes, exceto quando tenha sido proibido de fumar. Os efeitos nocivos do tabaco são indiscutíveis: câncer de boca, faringe, laringe, pulmão e bexiga, afecções broncopulmonares (asma, bronquite, enfisema, DPOC e bronquiectasias), afecções cardiovasculares (doença arterial coronariana, hipertensão arterial, tromboembolia), disfunções sexuais masculinas, baixo peso fetal (mãe tabagista), intoxicação do recém nascido em aleitamento materno (nutriz tabagista), entre outras. Diante disso, nenhuma anamnese está completa se não se investigar esse hábito, registrandose tipo (cigarro, cachimbo, charuto e cigarro de palha), quantidade, frequência, duração do vício e abstinência (já tentou parar de fumar). CARGA TABÁGICA: Número de cigarros consumidos por dia, dividido por 20 (1 maço = 20 cigarros) e multiplicado pelo número de anos em que o paciente fumou. Doenças pulmonares começam a surgir a partir de 20 anos-maço e são mais comuns em pessoas com 40 anos-maço ou mais. 1. Obs.: O preço de um maço de cigarros no Brasil pode variar entre R$ 5,00 e R$ 8,50 para as marcas mais vendidas. Com isso, é possível perceber que o gasto anual pode ficar entre R$ 1.800,00 a R$ 3.060,00. Uma pessoa que fuma 20 cigarros por dia há 10 anos, pagando R$ 7,50 por maço, por exemplo, já gastou algo entorno de R$ 23.375,00 apenas com cigarro. 10. COMO CARACTERIZAR A DISPNEIA NA HDA? A dispneia é a dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia subjetiva nem sempre é confirmada pelos médicos, e a objetiva nem sempre é admitida pelo paciente. Relacionando a dispneia com as atividades físicas, podese classificála em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. Dispneia de repouso é a dificuldade respiratória mesmo em repouso. A dispneia pode acompanhar-se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada). Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para obter algum alívio. Trepopneia é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são. A platipneia (contrário da ortopneia) é a dispneia que aparece quando o paciente passa da posição deitada para sentado ou em pé. As causas mais frequentes são malformação arteriovenosa pulmonar, síndrome hepatopulmonar, forame oval patente ou um defeito no septo atrial (shunt direita- esquerda intracardíaco). Além da classificação em dispneia de grandes, médios e pequenos esforços, pode ser caracterizada de outras maneiras: (1) por escalas categóricas, que se concentram no tipo e na quantidade de esforço para desencadear a dispneia; (2) por escalas analógicas visuais, quando o paciente aponta em uma linha, em geral de 100 mm, a magnitude da dispneia em repouso ou quando desempenhando alguma atividade; (3) por escalas multidimensionais, quando o instrumento de medida se concentra na limitação funcional e na magnitude do esforço. Para situações especiais foram propostas classificações com mais detalhes como a escala de dispneia do Medical Research Council modificada (mMRC) (Quadro 36.4). Fisiopatologia. As causas de dispneia podem ser divididas em atmosféricas, obstrutivas, pleurais, toracomusculares, diafragmáticas, teciduais ou relacionadas ao sistema nervoso central. Perguntas específicas: A evolução da dispneia foi de ritmo rápido ou lento? Tal pergunta é importante para a diferenciação da dispneia de esforço da insuficiência ventricular esquerda(caracterizada por evolução rápida) daquela dispneia que ocorre nas enfermidades pulmonares e anemia (as quais possuem um lento agravamento da sensação de dispneia). História da doença atual deve englobar a duração, o tipo de início (p. ex., abrupto, insidioso) e os fatores de desencadeamento ou exacerbação (p. ex., exposição a alergênios, frio, esforço físico, posição supina). A gravidade pode ser determinada pela avaliação do nível de atividade necessário para causar dispneia (p. ex., a dispneia em repouso é mais grave do que a dispneia apenas ao subir escadas). Médicos devem observar o quanto a dispneia mudou a partir do estado habitual do paciente. A revisão dos sistemas deve procurar por possíveis sintomas causais, incluindo dor ou opressão torácica (embolia pulmonar , isquemia do miocárdio, pneumonia ); edema dependente, ortopneia e dispneia paroxística noturna (insuficiência cardíaca ); febre, calafrios, tosse e produção de expectoração (pneumonia); fezes escuras alcatroadas ou menstruação intensa (sangramento oculto possivelmente causando anemia ); e perda ponderal ou sudorese noturna (câncer ou infecção pulmonar crônica). https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/embolia-pulmonar-ep/embolia-pulmonar-ep https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/pneumonia/vis%C3%A3o-geral-da-pneumonia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca-ic https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/abordagem-ao-paciente-com-anemia/etiologia-da-anemia 11. COMO AVALIAR ESCALA MRC DE DISPNEIA? 12. QUAIS OS TIPOS DE CANSAÇO? Existem vários tipos de cansaço, como físico, mental/emocional, espiritual, criativo, sensorial e social O cansaço físico é relacionado ao esforço moderado ou intenso; já o mental ou emocional tem relação com a preocupação Cada cansaço apresenta características próprias que precisam ser identificadas e tratadas Qualquer tipo persistente pode ser um alerta para doenças que estão se desencadeando Cansaço físico O cansaço físico é associado ao esforço físico moderado ou intenso e traz a sensação ou a real fraqueza muscular. Nesse sentido, quanto mais preparo físico, mais resistente a pessoa se torna ao cansaço. Já o sedentarismo e a obesidade podem servir como gatilhos para uma maior sensação de cansaço na execução de atividades até mesmo consideradas leves, como a caminhada. Este tipo de cansaço também é corriqueiro em pessoas que levam uma vida muito agitada, com excesso de trabalho, acúmulo de estresse e pouco tempo para lazer e descanso. A falta de sono, alimentação desregrada, falta de cálcio e vitamina D e, em alguns casos, depressão ou ansiedade também pioram o cansaço físico. Os principais sintomas são: dores na cabeça e no corpo, falta de disposição, às vezes piora da memória, formigamentos, irritabilidade e exaustão física. Cansaço mental/emocional O cansaço mental normalmente está vinculado a sentimentos de preocupação, esquecimento e falta de atenção. Já o cansaço emocional costuma se apresentar por meio de sintomas como tristeza, angústia e alterações no humor. Este último pode ser tão intenso frente aos níveis de cobrança pessoal, de preocupações e de tarefas de rotina que pode levar a chamada Síndrome do Esgotamento Emocional. Na maioria das vezes, o organismo suporta situações estressantes, mas a sobrecarga constante dificulta o equilíbrio emocional necessário para combater esses tipos de cansaços. Além disso, cada um tem um limite e reações diferentes, em tempos distintos. Os principais sintomas são: cansaço excessivo (mente e corpo), tornando a pessoa incapaz de se sentir descansada em algum momento; mudanças de apetite (ausência ou excesso de fome); insônia; dificuldade de se concentrar; alterações de humor (normalmente desânimos ou apatia); medos ou inseguranças (sensações de ameaça ou fantasias sobre pensamentos ruins); desesperança. Além disso, sintomas físicos como aceleração dos batimentos cardíacos, dores de cabeça e no corpo e alterações no peso podem surgir. Cansaço espiritual Para entrar nesse tópico é importante compreender que a espiritualidade independe de qualquer vínculo a instituições religiosas. O cansaço espiritual tem relação com a perda de sentido da vida. Os principais sintomas são: medo de morrer, perda da esperança, sentimentos de abandono e até revolta com o que cada um chama de Deus ou força superior. Cansaço criativo As exigências não param e, por mais que você trabalhe, nunca está bom. Nas redes sociais, por exemplo, há sempre a necessidade de inovar, chamar a atenção de um público cada vez mais exigente. No começo pode ser legal a competitividade, mas com o passar do tempo a tendência é que a pessoa tenha um cansaço criativo. Os principais sintomas são: tentar adiar ao máximo as tarefas do dia a dia, falta de energia para inovar, ignorar prazos apertados, esgotamento constante, estresse inexplicável, dúvidas se o trabalho está sendo bem feito, inquietação e irritabilidade. Cansaço social O cansaço social diz respeito aos relacionamentos interpessoais. É comum que muita gente dê crédito à opinião alheia, ouça um conselho, ou então que tente manter uma boa relação a todo custo. Mas às vezes isso cansa e as tentativas de uma boa convivência dão lugar ao esgotamento social. Isso não significa que as relações afetivas não sejam importantes, ao contrário, elas são indispensáveis para nos mantermos felizes e saudáveis. Mas assim como os relacionamentos contribuem para melhoria da saúde e impactam na qualidade de vida, relacionamentos conturbados podem gerar impactos negativos, mesmo que de forma inconsciente. Os principais sintomas são: preguiça de dar atenção aos outros, fadiga, irritação, vontade de ficar calado em rodas de conversas.... Muscular ou física Causa: excesso de atividade física. Sintoma: cansaço físico intenso. Mental Causa: excesso de atividade intelectual. Sintomas: dificuldade na concentração, irritabilidade, cefaleia. Emocional Causa: exposição a situações de estresse excessivo. Sintomas: ansiedade, depressão, perda de sono. Crônica Causa: grande carga de estresse na rotina, principalmente no trabalho e nas relações íntimas e familiares. Sintomas: fadiga incapacitante e prolongada, com duração de pelo menos seis meses; tendência depressiva; dificuldade de lidar com estresse quando comparado aos indivíduos saudáveis. COMO INVESTIGAR UMA DISPNEIA (EXAMES QUE PODERIAM SER SOLICITADO PARA PACIENTES TABAGISTAS E DISPNEICOS)? A dispneia tem muitas causas pulmonares, cardíacas e outras (1 ), que variam de acordo com a acuidade do início (ver tabelas Algumas causas da dispneia aguda , Algumas causas da dispneia subaguda e Algumas causas da dispneia crônica ). As causas mais comuns incluem Asma DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Insuficiência cardíaca Isquemia do miocárdio Descondicionamento físico Pneumonia A causa mais comum de dispneia em pacientes com doenças crônicas pulmonares ou cardíacas é Exacerbação de sua doença No entanto, esses pacientes também podem desenvolver outra condição aguda (p. ex., um paciente com asma pode sofrer um infarto do miocárdio; um paciente com insuficiência cardíaca crônica pode desenvolver pneumonia). A oximetria de pulso deve ser feita em todos os pacientes; realiza-se também uma radiografia de tórax, a menos que os sintomas sejam claramente causados por uma exacerbação leve ou moderada de uma condição conhecida. Por exemplo, pacientes com asma brônquica ou insuficiência cardíaca não precisam de uma radiografia a cada crise, a menos que os achados
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