Relatório de estágio supervisionado híbrido ensino fundamental #Nota100

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER	Comment by Correções: As vivências do estágio resultam em um documento que tem como principal base a coleta dos dados da OBSERVAÇÃO e PRÁTICA, entretanto, apesar deste ser o grande elemento avaliado, outros precisam estar de acordo por se tratar de um trabalho acadêmico. São eles: autenticidade, formatação, estrutura textual (coesão, coerência e ortografia) e, por fim, as normas gerais da ABNT (Conforme a NBR 14724). Ainda, sua formulação está contemplada na carga horária das demais atividades voltadas ao estágio. A composição da nota final segue, portanto, todos esses elementos e os critérios do AVA, sendo que, em caso de decréscimo de pontos o motivo estará indicado em comentário no seu texto. É um imenso prazer estarmos juntas nesse caminho de construção de conhecimentos!
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
DEISE CRISTINA BIACO, RU1722127, TURMA 2017/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO – ENSINO – ENSINO FUNDAMENTAL
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 
2021
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................03
2. Desenvolvimento...........................................................................03
2.1 Estado da Arte...........................................................................05
2.2 Campo externo remoto – análise imagética…………………….05
2.3 Plano de Ação………………………………………………………08
2.4 Material didático – criação e reflexão…………………………….09
2.5 Prática do Campo – teoria e práxis……………………………….10
3. Considerações finais………………………………………………….12
4. Referências……………………………………………………………...13
 
1 Introdução
A atividade curricular denominada estágio supervisionado tem um papel muito importante na formação dos futuros docentes, pois oferece ao estudante a possibilidade de vivenciar diferentes cenários de atuação ligados aos diferentes níveis de ensino, contextos educacionais e profissionais.
“Sua finalidade é colaborar no processo de formação dos educadores, para que estes, ao compreender e analisar os espaços de sua atuação, possam proceder a uma inserção profissional crítica, transformadora e criativa.” (PIMENTA; LIMA, 2011, p.219)
O estágio supervisionado permite aos estudantes e egressos de diversos cursos , a experiência por meio da aplicação dos conhecimentos adquirimos durante sua formação acadêmica.
O estágio supervisionado sofreu alterações em seu formato ao longo dos últimos anos, tanto para atender às necessidades da legislação quanto para acompanhar os avanços tecnológicos e respeitar o contexto em que o documento foi criado.
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, o estágio supervisionado no formato híbrido foi uma das opções que as universidades ofereceram para que os acadêmicos concluíssem seus cursos. 
Diante o cenário pandêmico que estamos enfrentando, o Ministério da Educação divulgou documentos que autoriza a substituição de aulas presenciais por aulas remotas e também a realização do estágio supervisionado no modelo híbrido, através da portaria n°544 de 16 de junho de 2020.
O principal objetivo do estágio é proporcionar aos alunos instrumentos de preparação para a introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem adequado e acompanhamento pedagógico supervisionado pelo professor em sala de aula. Dessa forma, o docente contribui como facilitador do processo de aprendizagem e profissionalização deste aluno, onde através do estágio, ele se prepara para assumir um papel importante na sociedade, como protagonista e profissional qualificado.
2. Desenvolvimento 
O desenvolvimento desse relatório aconteceu por meio de análises e reflexões que foram observadas no contexto atual, através de minha participação presencial na turma do 5° ano do ensino fundamental que é o último ano do fundamental l.
Esses alunos a partir do próximo ano entrarão numa fase de transição que é a transição do fundamental l para o fundamental ll, onde enfrentarão uma nova fase na sua vida escolar, vista por muito deles como um período complicado, que é o da pré-adolescência. Essa transição não deve ser vista como um problema nem para o aluno e nem para a escola e é nesta hora que a escola deverá apoiá-los e mostrá-los a nova realidade que enfrentarão a partir do próximo ano.
“A transição entre as séries escolares é entendida como um conjunto de demandas que requerem esforço adaptativo em cinco domínios ou tarefas: (a)ajuste às mudanças nas definições de papéis e comportamentos esperados; (b)realocar-se nas redes sociais e de suporte social; (c)reorganizar seus recursos pessoais e sócias; (d)desenvolver uma reavaliação cognitiva do seu próprio mundo cotidiano e ações previstas; (e)lidar com o estresse associados às incertezas da situação como um todo.” (ELIAS, 1989)
O Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental foi realizado na Escola Municipal de educação básica Maria Dalva Tomé de Araújo, localizado na cidade de São Sebastião da Grama, no estado de São Paulo, no período de 01/06 a 14/06 de 2021.
Essa escola oferta todas as etapas da educação básica, nos períodos matutino, vespertino e noturno. A escola consta com um total de 500 alunos, onde 3 destes alunos estão em processo de inclusão. A escola consta também com a colaboração de 30 funcionários, entre professores, coordenadores, diretor, vice-diretor, merendeira, agentes escolares, agentes de limpeza, secretária, porteiro. O prédio possui 2 andares, contendo 15 salas de aula amplas e bem arejadas, 8 banheiros, sendo 2 deles adaptados para os alunos com necessidades especiais, 4 banheiros para uso dos professores e funcionários, 1 biblioteca, 1 sala de vídeo, 1 laboratório, 2 salas de informática, 1 pátio, 1 playground, 1 quadra esportiva, 1 mini campo de futebol, 1 cozinha, 1 lactário, 1 secretaria, 1 sala para a direção e vice, 1 sala para coordenação, 1 sala para os professores. A escola foi recentemente adaptada para receber os alunos de inclusão, possuindo rampas e elevador para acesso dos cadeirantes, além de outros espaços adaptados.
A escola citada tem o compromisso com uma educação adequada aos interesses dos alunos ao tomar como princípio educativo o trabalho, implica em desenvolver um percurso em que estejam presentes e articuladas as duas dimensões, a teoria e a prática, em todos os momentos da formação, contemplando ao mesmo tempo uma sólida formação científica e tecnológica.
Devido ao período que estamos passando, onde as aulas estão sendo realizadas de forma remota, algumas atitudes tiveram que ser tomadas, pois a escola não contava com uma estrutura física para o fim específico de ensino e aprendizagem à distância. Diante dessa situação viu-se a necessidade de adaptação a tal metodologia, foi desenvolvido um projeto que visava minimizar o prejuízo acadêmico de seus alunos, a vigorar até o final do ano letivo.
O objetivo do projeto era a adaptação de um espaço físico para servir de sala de recursos audiovisuais, contendo câmera com tripé, fundo infinito e croma, e acesso à internet de qualidade. Nesse projeto também constava a aquisição de programas de edição de vídeo e desenvolvimento de plataforma de acesso remoto aos conteúdos gravados. O passo seguinte foi direcionar os poucos recursos da escola vindos do governo, e desenvolver parcerias que tornassem possível o desenvolvimento do projeto.
Diante dos custos e a fadada impossibilidade da aquisição dos equipamentos necessários, os professores passaram a gerar os conteúdos em seus próprios smartphones e notebooks, sendo a escola apenas responsável pela disponibilização de internet de qualidade.
A interação entre professores, alunos e família se deu por meio do uso de aplicativo de mensagens instantâneas e do aplicativo Google Meet. As apostilas eram enviadas pela escola através de e-mails para as famílias imprimirem, e as famílias que não tinham como imprimir, buscavam os materiais impressos pela escola.
Alguns alunos e professores apresentaram dificuldades na adaptação dessas novas tecnologias,mas foi notável o esforço de cada um para se reinventar, planejar e criar estratégias para dar continuidade ao ensino. 
2.1 Estado da arte
Com o levantamento de pesquisas realizados através do estado da arte, foi possível compreender a necessidade de se trabalhar temas polêmicos como o bullying, por exemplo, nessa fase de transição escolar.
A adolescência é uma etapa de intensas mudanças fisiológicas, psíquicas e relacionais e para que haja a efetivação plena do seu desenvolvimento cognitivo, sexual, emocional e psicológico é necessário que o adolescente transite em ambientes confortáveis que transmitam segurança, apoio e proteção.
A palavra bullying originou-se do inglês bully (valentão, tirano, brigão) e foi traduzida para o português como assédio escolar, embora ainda não há um termo em português que abarque todo o seu significado. 
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCD), o Brasil é um dos piores países em termo de bullying escolar no mundo e segundo dados dessa organização o bullying nas escolas brasileiras é duas vezes maior que a média de outros países.
O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) assegura a toda criança e adolescente o direito à liberdade, ao respeito e a dignidade, mas para que seja cumprida essa norma é preciso que o bullying seja devidamente enfrentado.
2.2. Campo Externo Remoto – Análise Imagética 
2.2.1. Contexto
O tema central que guia o enredo do filme Extraordinário é o bullying sofrido por Auggie Pullman, um menino que nasceu com uma deficiência facial e que foi educado em casa pela mãe até seus 10 anos de idade. Até que seus pais decidiram que era o momento do menino enfrentar a escola e a triste realidade que a cerca. 
O convite à reflexão que o filme nos oferta é o debate sobre personalidade humana, encarando temas como bullying, relacionamento familiar, superação e relações humanas. 
2.2.2. Roteiro 
Auggie Pullman é um garoto de 10 anos que nasceu com uma deformidade no rosto. Depois de muito tempo sendo educado em casa pela mãe, Auggie começa a frequentar a escola.
A fase de adaptação difícil para qualquer criança, é ainda mais desafiadora para alguém que é discriminado pela aparência, como é o caso do garoto.
Apesar de sua pouca idade, Auggie é um garoto cheio de sabedoria, que cresce rodeado de amor e de bons conselhos da família, principalmente de sua mãe Isabel, que tenta trabalhar a autoestima do garoto e prepará-lo para enfrentar os desafios encontrados na escola.
A história se foca na sua trajetória de evolução mostrando que o garoto ensinou aos outros e também aquilo que foi aprendendo com eles. 
Por ter uma fisionomia diferente, Auggie sempre foi encarado com desconfiança e desprezo pelos outros garotos da escola.
2.2.3. Espaço/Ambiente 
A história toda acontece no presente, dentro da casa de Auggie e dentro da escola, especificamente na sala do 5°ano.
O narrador do enredo na sua maioria é o próprio garoto, que relata toda sua vivência e experiência, embora a escola seja praticamente seu primeiro contato com o mundo social.
2.2.4. Personagens
Auggie - protagonista da história, é um garoto que nasceu com um problema raro de saúde, uma deformidade facial. Um garoto engraçado, inteligente, cheio de sabedoria, inseguro, que enfrenta seus primeiros desafios sociais na escola.
Isabel – mãe de Auggie, fundamental na educação e na maneira que Auggie vê o mundo. Ela é desenhadora e cria universos em torno de seu filho. Desde cedo, ela o ensina a usar a imaginação.
Quando o garoto está sendo olhado pelos colegas de forma estranha, e sendo alvo de comentários desagradáveis, Auggie lembra do conselho da mãe: “se você não gosta do lugar onde está, apenas imagine onde quer estar.” 
Via – irmã mais velha de Auggie, ficou um pouco negligenciada com o nascimento do irmão, no entanto, isso não diminuiu o seu amor por ele, nem o desejo que ela sentia em protegê-lo. Apesar de ser uma adolescente bem discreta, ela ensina o irmão a não se encolher perante o olhar de ninguém.
Jack Will – amigo de Auggie, Jack é uma criança “norma”, com saúde e boa aparência. Auggie o vê falando mal dele pelas costas e aí desconfia dessa amizade. Quando os dois são selecionados para formarem um par durante um trabalho de ciências, Jack prova ser seu amigo de verdade. 
Summer – uma menina da mesma turma, vê que Auggie está sozinho e se aproxima dele. Ela é uma garota amável e gentil que gosta de brincar e conversar com ele.
Julian – o bully, adora humilhar Auggie. Quando os pais dele são chamados na escola, tentam defender o filho falando que o rosto de Auggie é assustador e que o filho tem o direito de usar sua liberdade de expressão.
De modo geral, todo o elenco do filme possui personalidade calma e bondosa, exceto Julian, tornando assim, o filme ainda mais “extraordinário”. 
2.2.5. Reflexões Interdisciplinares
Ser “diferente” costuma ser complicado. Ainda mais numa sociedade que não sabe lidar muito bem com isso. Mas nem tudo está perdido, o filme nos mostrou que é possível viver uma vida incrível mesmo se não estivermos de acordo com os padrões sociais.
O filme nos trouxe uma linda mensagem de amor ao próximo e nos fez acreditar que de certa forma, todos somos extraordinários. Nos ensinou a aceitar as diferenças, a valorizar nossa família e nossos amigos, a nunca subestimar e nem praticar qualquer tipo de preconceito, a ser gentil e a distribuir empatia.
Enfim, o filme só nos trouxe emoções e ensinamentos que devemos levar para vida, tanto profissional quanto pessoal. 
2.2.6. Relações com minha formação acadêmica pedagógica
O filme Extraordinário é um excelente filme para se trabalhar várias questões que atravessam os muros escolares, o bullying, a inclusão, o preconceito e o relacionamento familiar, são algumas delas.
A escola deve ser necessariamente o lugar da diversidade, da inclusão, do direito e das ações humanistas. Sem esses requisitos, a educação não é pública e muito menos de todos.
É a partir dessas perspectivas que o filme Extraordinário torna-se interessante e rico de abordagens para trabalharmos na escola.
Nossos estudantes muitas vezes espalhados pela escola passam por tudo que Auggie passou, por isso devemos olharmos para eles sempre com um olhar inclusivo, solidário e cheio de respeito.
Assim como no filme, a escola muitas vezes reproduz ações opressoras e excludentes construídas historicamente e socialmente no interior da sociedade, principalmente se não adotarmos uma postura inclusiva e humanista. 
O filme Extraordinário nos leva a pensar na possibilidade de construirmos uma sociedade na qual possamos mudar o nosso jeito de olhar para o outro. Sem essa postura nossos conteúdo serão sempre vazios, sem sentido e destinados ao esquecimento pelos próprios alunos.
2.2.7. Ficha técnica do filme
	Título do filme: Wonder (original)
	Ano: 2017
	País de origem: Estados Unidos 
	Palavras chave: Bullying, relacionamento familiar, inclusão 
	Idade Recomendada: 10 anos 
	Gênero: Drama
	Cor: Colorido
	Direção: Stephen Chbosky 
	Idioma: Inglês 
	Elenco principal: Júlia Roberts, Owen Wilson, Jacob Tremblay, Noah Jupe, Izabela Vidovic, Sônia Braga
	Duração do filme: 113 min
	Produção: David Hoberman e Tood Lieberman 
	Restrições: Nenhuma 
	Sinopse: Auggie Pullman é um garotinho que nasceu com uma desordem craniofacial congênita. Pela primeira vez, ele irá frequentar uma escola regular, como qualquer outra criança. No quinto ano, ele irá precisar se esforçar para conseguir se encaixar em sua nova realidade.
	Conteúdos explícitos: Os desafios que uma criança com deficiência encontra ao frequentar uma escola regular.
	Conteúdos implícitos: A bondade, a amizade, o respeito, a empatia , o relacionamento familiar e o amor ao próximo 
	Interdisciplinaridade com outras áreas: Todas as áreas do conhecimento 
	Observações: O filme deve ser assistido por toda família, pois nos traz uma linda mensagem de respeito e amor ao próximo.
2.3. Plano de Ação 
2.3.1. Identificação 
Tema: Bullying 
Disciplina: Interdisciplinar 
Ano/série:5°ano
2.3.2. Conteúdos da aula:
A existência do bullying dentro do ambiente escolar e como devemos enfrentá-lo.
2.3.3. Objetivos:
· discutir o bullying, suas causas, consequências e possíveis soluções;
· identificar posturas preconceituosas nos colegas da sala;
· refletir sobre a atitude de cada um perante o próximo.
2.3.4. Síntese do assunto:
Trata-se de um tema que vem se disseminando entre as mais diversas camadas sociais, e a escola como unidade social tem o papel fundamental de reconhecer a prática do bullying em seu ambiente, visando a construção do respeito mútuo frente às diferenças.
2.3.5. Desenvolvimento da aula:
· Fazer uma breve introdução da aula expondo o tema em questão, logo após, exibir para a turma o filme “Extraordinário”.
· Após assistirem ao filme, pedir aos alunos que se posicionem em círculo e promover uma socialização sobre o filme explicando o que é o bullying, desenvolver ali uma roda de conversa.
· Na sequência, propor uma atividade prática usando cartazes(papel pardo). Em grupos cada um desenha no cartaz uma parte do corpo humano, formando assim um boneco e dentro dele escrever o que cada aluno entendeu, demonstrando assim seu entendimento sobre o filme. 
· Questionar os alunos sobre quais sentimentos eles sentiram em relação ao filme e ao realizarem a atividade prática.
· Como plano de ação, colocar os cartazes expostos nos corredores da escola para divulgar e provocar reflexões na comunidade escolar.
2.3.6. Recursos:
· Tv
· Pendrive
· Papel pardo
· Canetinhas 
· Fita adesiva
2.3.7. Referências
- http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm 
2.4. Material Didático – criação e reflexão 
Conforme dito no item 2.3.5 (desenvolvimento da aula), pedi para a turma criar um boneco no papel pardo e que escrevessem dentro dele todos os sentimentos que tiveram e sentiram enquanto assistiam ao filme.
Depois de discutirmos cada sentimento e refletirmos sobre nossas atitudes perante às diferenças, colamos os cartazes nos corredores da escola na tentativa de comover quem os vê.
2.5. Prática do campo e as teorias – práxis 
Teoria e prática são indispensáveis na formação do futuro educador. A legislação se propõe a explicar as circunstâncias teoria e prática através da LDB 9394/96:
“Art.61- a formação de profissionais da educação de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino, e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: l – a associação entre teorias e práticas inclusive mediante a capacitação em serviço;
Art.65 – a formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino, de no mínimo, trezentas horas.”
O estágio conforme o confronto entre teoria e prática, seguido por um processo reflexivo, o aluno (estagiário)
passa a compreender a dinâmica do estágio, o qual o permitirá que sua identidade docente comece a estruturar-se.
“A pesquisa é componente essencial das práticas de estágio, apontando novas possibilidades de ensinar e aprender a profissão docente.” (PIMENTA; LIMA, 2004, p.14)
A prática do ensino, amparada pelo estágio, permite que o aluno e o professor tenham uma visão das propostas iluminadas pela teoria.
O aluno ao refletir sobre a prática pedagógica observada e a sua própria prática, transforma o saber e reconstrói sua identidade profissional, refletindo em melhorias na qualidade do ensino. Dessa forma, o estágio busca promover interação entre os profissionais ativos e os profissionais em formação, onde estes compartilham experiências adquiridas com os demais colegas.
A pesquisa com o apoio do professor orientador do estágio, reflete a luz da teoria, as experiências vividas e projeta um novo conhecimento. Neste sentido, proporciona novas oportunidades, descobrindo novos caminhos, superando obstáculos, construindo novos jeitos de caminhar e mudar sua prática, amparada em pesquisa e reflexão. 
Portanto, com as horas de estágio pude presenciar a atuação dos professores e demais funcionários da escola frente à atual situação pandêmica do país. Vi o esforço de todos para se reinventar, planejar e criar estratégias para dar continuidade ao ensino e não deixar que os alunos fossem tão prejudicados por causa dessa atual situação.
Durante meu período de estágio foi possível perceber a dificuldade de adaptação dos professores e dos alunos às novas ferramentas tecnológicas de ensino, às novas normas sugeridas pela vigilância sanitária, ao uso das máscaras, do álcool 70% e do distanciamento social. 
Pude perceber também a relação entre a escola e as famílias que também ficou um pouco perturbada com esse novo formato de aula. Muitas famílias demonstraram inquietações e dificuldades para se adaptar a essas novas tecnologias, mas tudo foi pensado pelo professor e pela escola que procuraram sempre qualidade ao enviarem os materiais para os alunos, esclarecendo e dando apoio às famílias.
Percebi a distribuição das funções de cada um, sendo o professor o principal elaborador das estratégias pedagógicas e conteúdos a serem desenvolvidos em cada disciplina e a família agindo como “professor-tutor” em casa, fazendo a mediação para que seus filhos consigam desenvolver as atividades propostas pelo professor.
Esse novo formato de aula, trouxe consigo a necessidade de aplicar técnicas que proporcionem conciliar qualidade de conteúdo com ferramentas e linguagem que prendem a atenção dos alunos e os façam a compreender com facilidade as atividades propostas, lembrando que estes sempre que possível devem ser mantidos sob a supervisão e acompanhamento dos pais. 
Ao que diz respeito aos alunos, foi preciso estabelecer uma nova rotina de estudos, adaptadas às condições financeiras de cada família, pois vale ressaltar que muitos alunos, por diversos motivos, foram prejudicados tanto no que diz respeito à educação e no financeiro.
Em sua grande maioria, a inabilidade das famílias com a tecnologia era mínima, trazendo à tona questões emocionais e comportamentais, transformando-os em sinalizadores das dificuldades de aprendizado, expressadas tanto de forma interna (como a ansiedade, o retraimento e o sentimento de inferioridade), quanto externa, por meio de comportamentos e atitudes conflituosas com o ambiente e o desinteresse pelos estudos resultando assim em desistência e abandono escolar.
Por fim, posso destacar o quanto foi gratificante para mim poder acompanhar de perto, analisar, observar e participar de todos esses novos desafios educacionais impostos pela pandemia.
Embora com todos esses novos desafios, fui muito bem acolhida pelo professor da sala e por toda equipe escolar durante todo o tempo que fui estagiar. Levarei comigo todo aprendizado, carinho e respeito que pude obter durante esses dias estagiados.
“Quando se une teoria e prática, têm-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.” (FREIRE, 1989, p.67)
3. Considerações finais
O estágio supervisionado feito no ensino fundamental foi muito importante para minha formação ainda mais no atual momento de crise pandêmica no Brasil.
O estágio me mostrou o quanto a tecnologia aliada a metodologia pode sim ser possível mostrou também como o grande alcance das redes sociais pode levar tecnologia às famílias em diversos lugares.
O contato direto com o ambiente escolar me proporcionou ampliar as condições para minha atuação profissional, pois a prática traz consigo desafios diários junto ao contato direto com a realidade escolar.
O estágio foi para mim um período em que busquei vincular meus conhecimentos teóricos junto aos práticos, num momento em que teoria e prática se uniram para que fosse possível apresentar um bom trabalho ao aplicar meu plano de ação.
Por falar em plano de ação, a atividade norteadora dessa disciplina, tornou-se importante o momento em que foi possível atingir meus objetivos, onde conciliei conhecimentos obtidos ao longo do curso com as observações realizadas na sala de aula.
Enfim, na medida que foi se concretizando as etapas deste trabalho, posso afirmar que as oportunidadesoferecidas e os conhecimentos adquiridos fizeram com que a execução deste trabalho alcançasse total êxito em todos os aspectos, contribuindo para uma reflexão e um conhecimento pessoal sobre o aperfeiçoamento na área da pedagogia, fator indispensável na formação de um profissional da educação. 
4 Referências 
BRASIL – Lei n°9.94/96 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União ano 134, n-248 p.27, 23 de dez.1996
BRASIL – Lei n°11.788 de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de set.2008. Seção 1, p.3
BRASIL – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n°8.069, de 13 de julho de 1990.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa, Rio de Janeiro/São Paulo, ed. Paz e Terra, 2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra, 2005, 42°edição 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação. Cartas Pedagógicas e Outros Escritos – São Paulo, ed. UNESP, 2000
PIMENTA, S.G. Questões sobre a organização do trabalho na escola. Ideias, São Paulo, v.16, p.78-83, 1993
PIMENTA, S.G. (org). O estágio e à docência. São Paulo: Cortez, 2004
MIRANDA, Marília G.de. O professor pesquisador e sua pretensão de resolver a relação entre teoria e a prática na formação de professores. In: O papel da Pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: Papius, 5ed; 2006
MORAN, José Manuel. Novos Caminhos do ensino à distância. Informe CEAD- Centro de Ed.à distância. SENAI, Rio de Janeiro, Ano1, n.5, out/nov/dez. 1994, p.1-3, 10. Novas tecnologias e o Reencantamento do Mundo. Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, vol.23, n.126, set/out. 1995, p. 24-26.
Https://www.google.com.br/amp/s/www.culturagenial.com/filme-extraordinário/amp/
Https://www.scielosp.org/article/csc/2015.v20n11/3509-3522/pt/
Https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bullying 
Https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.html
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