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Sistema Único de Saúde - SUS

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Sistema Único de Saúde–SUS
É formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados tanto pelo poder público, como na iniciativa privada como um sistema complementar, criado em 22 de setembro de 1988.
O SUS pode ser considerado uma das maiores conquistas da Constituição de 1988. Na realidade ele representa a materialização de uma nova concepção de saúde em nosso país. Antes a Saúde era entendida como ausência de doença, o que levava a saúde girar em torno da doença. Agora o conceito de saúde abrange o bem estar físico, mental e social, englobando a alimentação, moradia, lazer, trabalho, meio ambiente, vigilância sanitária, educação, etc.
É importante lembrar que o que norteou a implantação do SUS foram os Movimentos Sanitaristas que partiu da base da sociedade, e que na 8. Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, se deu parâmetros que viriam a ser inscritos na Constituição de 1988.
A base legal do SUS é constituída fundamentalmente por 3 documentos que expressam os elementos básicos que estruturam e organizam ele. São eles:
· A Constituição Federal de 1988, na qual a saúde é um dos setores que estruturam a seguridade social, ao lado da previdência e da assistência social.
· A lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, também conhecida como lei orgânica do SUS e que dispõe principalmente sobre a organização e regulação das ações e serviços de saúde em todo território nacional 
· A lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que estabelece o formato da participação popular no SUS e dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. 
	ORIGEM DO SUS
	 Até os anos 1920, o brasileiro escolhia entre pagar um médico ou ficar sem. A única alternativa eram instituições filantrópicas, como as Santas Casas. O Estado se responsabilizava pelo saneamento e o controle de epidemias, como febre amarela e varíola, mas o cuidado individual ficava a cargo de cada cidadão.
 Isso começou a mudar em 1923, com a Lei Eloy Chaves. Ela criou as caixas de aposentadorias e pensões (CAPs) para empresas do setor ferroviário – na época, elas empregavam muita gente. Os trabalhadores que contribuíssem para esse fundo ganhavam, além do direito de se aposentar, alguma assistência médica. Posteriormente, cada categoria profissional passou a ter um sistema equivalente: comerciários, industriários, bancários… Todos foram unificados em 1966 com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
 Além de financiar a assistência médica a trabalhadores, o INPS precisava dar conta de aposentados, viúvas e órfãos. Dava trabalho atuar nas duas frentes – assim, em 1977, a saúde ganhou um órgão próprio: o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), que cuidava de hospitais e postos. Enquanto isso, o Ministério da Saúde, criado em 1953, se encarregava de ações mais amplas, como campanhas de vacinação. Quem não tinha carteira assinada (ou seja, que não contribuía com o INPS) era considerado indigente. Não tinha direito à saúde. 
 Com o enfraquecimento da Ditadura nos anos 1980, a sociedade civil cobrou uma reforma: o acesso à saúde não deveria ser limitado aos trabalhadores formais. Além disso, ganhou força a ideia de um sistema único que deve evitar que as pessoas fiquem doentes, e não só tentar curar as que já se deram mal. O SUS nasceu com a Constituição de 1988 – a primeira a definir a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado. O objetivo era que ele fosse financiado pela União, Estados e municípios por meio de impostos, e que incorporasse o conceito da integralidade. 
Contexto
Antes disso existia um “duplo comando” na área de saúde, o Ministério da Saúde cuidava das ações preventivas e o Ministério da Previdência Social era responsável pela prestação dos serviços médicos curativos. O acesso a esse ultimo era somente aos que contribuíam á Previdência Social, ou seja, somente trabalhadores com carteira assinada. 
Houve então a transferência para o Ministério da saúde toda a responsabilidade pela saúde do Brasil. Assim como, nos estados e municípios a responsabilidade agora são das secretarias de saúde, assim então, o principio da UNIVERSAIDADE, inscrito no art.196 da Constituição começou a ser realizado, incluindo a todos o direito a prestação de serviços do SUS.
Os avanços não param, agora o SUS passa a ser DESCENTRALIZADO, para assim garantir uma maior participação na formulação e na implantação dos serviços e ações de saúde., considerando a diversidade e a disparidade de realidades locais espalhadas em nosso país. 
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL passa a ser uma condição essencial. A existência e o funcionamento de conselhos de saúde nos três níveis de governo passam a ser obrigatório, nesse sentido, o controle e a participação social na área da saúde publica vem aumentando e complementando decisões e métodos.
O SUS está sempre em constante processo de aperfeiçoamento, assim como as ações de promoção em saúde pois como as sociedades são de grande metamorfose, a cada dia surgem novas tecnologias que devem ser incorporadas para melhoria dos serviços e das ações de saúde. Da mesma forma é constante o surgimento de novos agravos a saúde que carecem de novas profilaxias e de novos cuidados. 
O SUS nunca para de mudar e se estruturar.
Trabalha-se arduamente para consolidação dos seus princípios doutrinários (Universalidade, Equidade e Integralidade nos serviços e ações de saúde) e os organizativos (Descentralização de serviços, Regionalização, Hierarquização da rede e Participação Social). Para que, os municípios estejam capacitados a assumir suas responsabilidades diante do SUS, bem como desenvolver ações que deem prioridade a prevenção e promoção de saúde.
O SUS desde sua origem permite que se perceba o processo de constante aperfeiçoamento ao longo da sua história. Em outubro de 1988, o SUS foi instituído constitucionalmente, sendo que a sessão que trata da saúde na Constituição vai dos artigos 196 ao 200. 
PRINCIPIOS DO SUS
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 190 milhões de brasileiros utilizam o SUS para receber cuidados de saúde. Mas além do que é entendido por cuidado - como atendimentos médicos, exames e fornecimento de tratamentos - o SUS também é responsável pela vigilância sanitária brasileira, fiscalização de alimentos e medicamentos, além de desenvolvimento de novas políticas públicas de saúde, tornando-o essencial, mesmo para aqueles que buscam atendimento médico particular. Dentro do cenário atual de pandemia, as ações do SUS se tornaram ainda mais imprescindíveis para manter a ordem e garantir o cuidado da população, tendo em vista que mais de 80% dos brasileiros dependem exclusivamente do SUS para ter acesso à saúde.
Desde sua criação, o SUS segue alguns princípios fundamentais, que obedecem às diretrizes do Artigo 198 da Constituição Federal de 1988, que preveem a universalidade, a integralidade e a equidade no acesso à saúde.PRINCIPIOS DOUTRINARIOS
	
	
	
UNIVERSALIDADE 
	É um ideal a ser alcançado, todo cidadão tem direito à saúde e acesso a todos os serviços públicos de saúde. Além disso, o governo tem o dever de prover assistência à saúde igualitária para todos.
	
 EQUIDADE
	Toda pessoa é igual perante o SUS. Contudo, esse princípio não significa prover os mesmos serviços de saúde para todos, pois o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um.
	
INTEGRALIDADE
	Todas as pessoas devem ser atendidas desde as necessidades básicas, de forma integral. A integralidade trabalha em todo o ciclo vital do ser humano, do nascimento até a morte. Esse princípio foca na prevenção e  reabilitação da saúde. É preciso ter ações preventivas antes de o ser humano adoecer e precisar de cuidados médicos.
Já estes são os princípios que operacionalizam as ações de saúde baseadas na universalidade, integralidade e equidade:
	
	PRINCIPIOS ORGANIZATIVOS
	
DESCENTRALIZAÇÃO
	Promove a redistribuição do poder e das responsabilidades, em direção única, de forma articuladae integrada, nas três esferas do governo: municipal, estadual e federal. Com esse princípio, o município consegue conhecer as necessidades da região e tem autonomia para implementar medidas, especialmente nas unidades de saúde, que vão ao encontro das necessidades da sua população.
	
REGIONALIZAÇÃO
	Um município que tem uma infraestrutura mais adequada para o atendimento à saúde realiza atendimentos para outros municípios. Esses serviços são adquiridos em forma de convênios de saúde.
	
HIERARQUIZAÇÃO
	Tem a função de viabilizar a forma de acesso aos serviços de rede ambulatorial de alta, média e baixa complexidades, dependendo de cada caso.
	
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
	Formatada com a Lei nº 8.142/90, indica, por meio da efetivação dos conselhos de saúde e da realização de conferências de saúde, o Poder Público e a sociedade buscam formular estratégias e controlar e avaliar toda a execução da política de saúde nas esferas do governo.
	Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080/90
Ela fala sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde, da organização e do funcionamento dos serviços.
“A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.” (Lei 8080, Art. 2º)
A Lei determina que todos têm direito à Saúde, por isso, o SUS é universal. Para que o Estado garanta essa Saúde, ele precisa desenvolver, formular e executar políticas econômicas e sociais que abranja a todos de modo justo.
A Lei ainda relaciona fatores Determinantes e Condicionantes da Saúde, como: educação, lazer, moradia, saneamento, transporte e outros. Assim, a saúde passa a ser entendida não mais como ausência de doença, mas como uma série de fatores que, integrados, promovem o bem-estar.
CARACTERISTICAS
· Essa lei aborda as condições para promover, proteger e recuperar a saúde, além da organização e o funcionamento dos serviços também relacionados à saúde. 
· Regula em todo âmbito nacional, agregando todas as ações e serviços de saúde, inclusive os que são prestados pela iniciativa privada.
· Por meio desta lei, as ações de saúde passaram a ser regulamentadas em todo território nacional.
· A participação da iniciativa privada no SUS é aceita em caráter complementar com prioridade das entidades filantrópicas sobre as privadas lucrativas.
· A descentralização político-administrativa é reforçada na forma da municipalização dos serviços e das ações de saúde, com redistribuição de atribuições e recursos em direção aos municípios.
A partir desta lei, observamos que algumas das atribuições do SUS são:
· Assistência terapêutica integral;
· Assistência farmacêutica;
· Controle e fiscalização de alimentos, água e bebidas para o consumo humano;
· Formação de Recursos humanos para área da saúde;
Execução das ações de: 
· saúde do trabalhador
· vigilância epidemiológica
· vigilância sanitária e vigilância nutricional.
· de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica.
Trata da gestão dos recursos financeiros, condicionando a existência de conta específica para os recursos da saúde e a fiscalização da movimentação bancária pelo Conselho Municipal de Saúde.
Define os critérios para a transferência de recursos: perfil demográfico e epidemiológico, características quantitativas e qualitativas da rede, desempenho técnico e econômico-financeiro no período anterior e nível de participação orçamentária para a saúde, além de definir que o Plano Municipal de Saúde é a base das atividades e da programação de cada nível de direção do SUS. Para concluir, um tema fundamental tratado nesta lei é a garantia da gratuidade das ações e dos serviços nos atendimentos públicos e privados contratados e conveniados.
Regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
A Lei 8.080/90 traz 3 objetivos do SUS. Mas, muitas vezes, as bancas “transformam” estes objetivos em vários. Para lembrar quais são:
· Objetivo 1: através desta lei o conceito de saúde é ampliado e passa a ser um conjunto de fatores determinantes e condicionantes – logo, o primeiro objetivo do SUS é?
- Identificar e divulgar estes fatores determinantes!
· Objetivo 2: vimos que para o estado prover as ações e serviços de saúde há necessidade de?
- Formular uma política econômica e social!
· Objetivo 3: o art. 196 da CF/88 e o art. 2º desta lei definem que as ações e serviços de saúde devem ser de promoção, proteção e recuperação- logo, o terceiro objetivo?
- Assistir as pessoas por meio de ações de promoção, proteção e recuperação. Sempre lembrando que deve existir o somatório das ações preventivas e curativas, mas a prioridade: ações preventivas.
Para gravar o art. 196 da CF/88 e o Art. 2ª da LOS, basta fazer as seguintes perguntas, exemplo:
-  A saúde é um direito de quem? DE TODOS!
- Dever de quem? DO ESTADO!
- Para que seja implementada o que deve ser feito? UMA POLÍTICA ECONÔMICA E SOCIAL.
- Com que objetivo? REDUZIR O RISCO DE DOENÇAS E DE OUTROS AGRAVOS!
- Com que tipo de acesso? UNIVERSAL E IGUALITÁRIO!
- Para que tipo de ações? PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO!
Lei 8.142/90 e o Controle Social
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
	
CONTEUDO DA LEI
	PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA GESTÃO DO SUS.
	
	TRANSFERENCIAS INTERGOVERNAMENTAIS DE RECURSOS FINANCEIROS NA AREA DA SAUDE 
	
	OUTRAS PROVIDENCIAS 
O controle social é uma diretriz e princípio do SUS. É o mecanismo de participação da comunidade nas ações de saúde em todas as esferas de governo. De forma institucionalizada temos: os  conselhos e as conferências de saúde.
 A Conferência de Saúde se reunirá a cada 4 anos com a representação dos  vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, pelo Conselho de Saúde. As conferências de saúde são espaços de discussão das políticas. A mais importante, para a construção e consolidação de um sistema único com participação popular, foi a VIII CNS que aconteceu em 1986, momento de consolidação da reforma sanitária e criação dos ideais do SUS.
O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Sendo 50% representando usuários, 25% profissionais de saúde e 25% gestores/governo/prestadores de serviço de saúde.
8ª Conferencia de Saúde 
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde (SUS) e debateu três temas principais:
· ‘A saúde como dever do Estado e direito do cidadão’, 
· ‘A reformulação do Sistema Nacional de Saúde’ 
· ‘O financiamento setorial’
Mesmo em 2019, prestes à realização da 16ª Conferência Nacional de Saúde, que faz um resgate à Reforma Sanitária Brasileira, é possível encontrar semelhanças na luta constante em defesa do SUS. O relatório final da 8ª Conferência apontou a importante conclusão de que as mudanças necessárias para a melhoria do sistema de saúde brasileiro não seriam alcançadas apenas com uma reforma administrativa e financeira. Era preciso que se ampliasse o conceito de saúde e se fizesse uma revisão da legislação.
O crescimento do movimento sanitário, organizado desde os anos 1970, foi crucial para o amplo debate dessas questões. Enquanto o país passava pelo processo de redemocratização, o movimento ganhou consistência e avançouna produção de conhecimento, com a criação de órgãos como o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), em 1976, e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em 1979. 
Primeira conferência aberta ao povo
A 8ª foi a primeira conferência que contou com a participação de usuários. Antes dela, os debates se restringiam à presença de deputados, senadores e autoridades do setor. As conferências eram “intraministério”. O Ministério da Saúde convidava pessoas das secretarias e intelectuais, mas os eventos não tinham a dimensão atual. 
Os temas foram divulgados e postos em discussão através das pré-conferências estaduais e municipais. O interesse da sociedade levou à participação popular. As pré-conferências ativaram a mobilização em torno dos temas, que extrapolavam o ambiente técnico. Então, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, onde foi realizada a 8ª Conferência, reuniram-se, além dos delegados da sociedade civil que representavam formalmente seus grupos, vários outros grupos que começaram a fazer passeatas exigindo participar. Houve uma grande assembleia durante a Conferência para discutir a possibilidade de incorporação dessas pessoas, e elas acabaram sendo admitidas, como observadores.
A partir de 2016, com a aprovação da Emenda Constitucional 95, o poder público congelou investimentos em saúde até 2036, gerando um prejuízo estimado em R$ 400 bilhões para a área. Além disso, uma série de políticas fundamentais vem sendo alteradas sem o aval do controle social, fragilizando a atuação do CNS. Por esse motivo, conselheiros e conselheiras, junto à população brasileira vêm se esforçando para a realização da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), também história em contexto de desfinanciamento e fragilização do SUS.
A participação social no Brasil é muito importante. É através desse processo que a população pode contribuir ativamente no desenvolvimento de políticas públicas de saúde. O relatório final da 16ª Conferência vai gerar subsídios para a elaboração do Plano Plurianual 2020-2023 e do Plano Nacional de Saúde.

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