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Ética e Legislação no Sistema Confea/Crea

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ÉTICA, LEGISLAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL NO SISTEMA
CONFEA/CREA 
Ética, legislação e exercício profissional no sistema Confea/Crea
Prof. Me. Rafael A. de Castro 
Ética, legislação e exercício profissional no sistema Confea/Crea
CONCEITOS BÁSICOS PARA A COMPREENSÃO DA VIDA SOCIAL 
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As interações sociais e a estrutura social
O homem é um ser social. 
Essa é uma afirmação que dita com todo o formalismo de um conceito tem um significado quase automático e aceito sem muita discussão. Mas que analisado mais detidamente apresenta várias implicações.
Sendo um ser social, o indivíduo é produto de um sistema complexo de interações que de um modo ou de outro ocorre com toda a humanidade, e mais particularmente da sociedade do qual faz parte. 
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	ENTENDENDO A SOCIEDADE 
Sociabilidade – capacidade natural da espécie humana para viver em sociedade que desenvolver-se pelo processo de socialização não qual o indivíduo se integra ao grupo que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos e costumes característicos daquele grupo.
A convivência humana pressupõe uma variedade de formas de contatos sociais, que se torna a base da vida social, sendo o primeiro passo para qualquer associação humana.
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ENTENDENDO A SOCIEDADE
Tipos de contatos sociais:
Primários – sãos os contatos pessoais direitos e que tem uma forte base emocionais, pois há o compartilhamento das experiências individuais
Secundários – são os contatos impessoais, calculados formais. Trata-se de um meio para atingir determinados fim.
Com a industrialização e a urbanização diminuíramos grupos de contatos primários.
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CONVÍVIO SOCIAL, ISOLAMENTO E ATITUDES
O convívio social foi e continua a ser decisivo para o desenvolvimento da humanidade, através das descobertas realizadas e transmitidas. No convívio social, o compartilhamento entre os indivíduos se dá pelos contatos sociais.
A ausência de contatos sociais caracteriza o isolamento social. Existem mecanismo que reforçam o isolamento são eles; as atitudes de ordem social(preconceito) e as atitudes de ordem individual(timidez). 
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CONVÍVIO SOCIAL, ISOLAMENTO E ATITUDES
As formas de convívio social são diversificada, pois cada cultura, povo, tem suas regras particulares.
A comunicação é vital para a espécie humana enquanto ser social para o desenvolvimento da cultura. O principal meio de comunicação é a linguagem.
Através convívio social ocorre a interação social, ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que estabelecida entre eles.
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CONVÍVIO SOCIAL, ISOLAMENTO E ATITUDES
Os contatos sociais e a interação constituem, portanto, condições indispensáveis à associação humana.
A interação assume formas diferentes. A forma que a interação social assume chama-se relação social.
A forma mais típica de interação social, como vimos, é aquela em que há influência recíproca entre os participantes.
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Processos Sociais 
Processo é o nome que se dá à contínua mudança de alguma coisa numa direção definida. Processo social indica interação social,movimento e mudança. 
Os processos sociais são as diversas maneiras pelas quais os indivíduos e os grupos atuam uns com os outros, a forma como os indivíduos se relacionam e estabelecem relações sociais.
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TIPOS DE PROCESSOS SOCIAIS
Associativos
1.Cooperação – trabalham juntos para o mesmo fim, pode ser direta e indireta.
2.Acomodação – ajuste a uma situação de conflito, sem que ocorra mudanças internas.
3.Assimilação – é a solução definitiva e tranquila do conflito social, eles são superados. 
Dissociativos
1.Competição – leva os indivíduos a agirem uns contra os outros, em busca de uma melhor situação.
2.Conflito – elevação da tensão social. 
 
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Cooperação 
A cooperação consiste sempre numa ação comum para realizar determinado fim.
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TIPOS DE PROCESSOS SOCIAIS
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Competição 
A competição é um processo social que ocorre com os indivíduos ou grupos sociais, e que consiste na disputa consciente ou inconsciente por bens e vantagens sociais limitadas em número e oportunidades (bens escassos).
Sociologia A 6 e 7 Prof DPS
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Conflito 
O conflito é um processo pelo qual pessoas ou grupos procuram recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores.
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 Acomodação 
A acomodação é o processo pelo qual o indivíduo ou grupo se ajustam a uma situação conflitiva sem terem admitido mudanças importantes nos motivos que deram origem ao conflito.
A acomodação é o ajustamento aparente, superficial e quase sempre precário dos que estiveram em conflito, e pode apresentar vários graus:
a. a coerção – quando o contendor vitorioso domina completamente seu rival e lhe impõe seus costumes e modos de agir;
b. a tolerância – ocorre quando as partes em conflito encerram a luta, mas não buscam qualquer forma de entendimento, apenas se toleram mutuamente;
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c. o compromisso ou acordo – quando ocorrem concessões de ambas as partes que estão em conflito. 
O acordo pode ser obtido mediante um arbitramento (uma terceira pessoa ou grupo estabelece os termos do acordo, e as partes em conflito os aceitam antes de conhecê-los) ou da mediação (um terceiro grupo ou pessoa propõe um acordo, cujos termos podem ser discutidos com os interessados);
d. a conciliação – ocorre quando as partes em conflito, após identificarem interesses e propósitos comuns, resolvem viver em paz, embora mantenham algum tipo de hostilidade.
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Assimilação 
A assimilação é um processo que implica que os indivíduos ou grupos alterem profundamente suas maneiras de pensar, sentir e agir. 
É um processo longo e complexo, que garante uma solução permanente para os conflitos.
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O poder social
Um importante processo social é a capacidade que possuem os indivíduos ou grupo social de modificar o comportamento de outros grupos ou pessoas.
O que é poder
A maior parte dos cientistas sociais compartilha da ideia de que poder é a capacidade para afetar o comportamento dos outros.
Para Max Weber, “poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”.
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A dominação
A dominação, segundo Weber “é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem... 
A situação de dominação está ligado à presença efetiva de alguém mandando eficazmente em outros, mas não necessariamente à existência de um quadro administrativo nem à de uma associação; porém certamente – pelo menos em todos os casos normais – à existência de um dos dois”.
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Os componentes do poder
A força
Denominamos força ao uso ou ameaça de coerção física.
A autoridade
 Compreendemos autoridade como um direito estabelecido para tomar decisões e ordenar ações de outrem.
Influência
Chamamos de influência à habilidade para afetar as decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assimproceder.
As elites
Entende-se por elite um minoria que existe em todas as sociedades e que por várias formas é detentora de autoridade ou poder, em contraposição a uma maioria que dele está privada. Uma vez que existem várias formas de poder, podemos dizer que existem elites que correspondem a cada tipo de poder, seja ele político, econômico, social.
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A estrutura social
A Estrutura Social se refere aos padrões relativamente estáveis e duradouros em que estão organizadas as relações sociais e que formam a estrutura básica daquilo que nós denominamos sociedade.
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A sociedade
Uma sociedade é um grupo autônomo de pessoas que ocupam um território comum, têm uma cultura comum e possuem uma sensação de identidade compartilhada.
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Os grupos sociais
O ser humano nasce num grupo social, e ao longo de toda sua vida deverá interagir com inúmeros grupos sociais. O primeiro grupo social que tem contato é a família, que lhe transmite, a língua, os valores, e a cultura da sociedade a que pertencem
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Conceito de grupo social
A palavra grupo é carregada de múltiplos sentidos. 
Muitas vezes é utilizada para se referir a um agregado, ou um conjunto de pessoas que por pouco tempo acontece de estarem ao mesmo tempo no mesmo lugar. 
Em outros momentos grupo está associado a indivíduos que estão colocados juntos porque compartilham de uma mesma característica.
Os grupos sociais têm características singulares, são diretamente observáveis exteriormente. 
Os seus membros apresentam objetivos comuns.. 
Apresentando normas, símbolos e valores que o tornam um agente social diferenciado dos indivíduos que o compõem. 
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Grupos pessoais e grupos externos
Grupos pessoais (ou de dentro) são os grupos aos quais as pessoas sentem que pertencem. 
Expressam a ideia de “meu/minha”, “nosso/nossa”. Minha família, minha religião, meu clube, meu partido, meu país – qualquer grupo a que se juntem os pronomes “meu, minha, nosso, nossa”.
Grupos externos (ou de fora) são os grupos aos quais não pertencemos. Outras famílias, outras religiões, outros clubes, outros partidos, outros países.
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Grupos de referência e estereótipos
Grupos de referência são aqueles que o indivíduo aceita como modelo e guia de seu próprio comportamento e suas ações.
Estereótipo é a imagem que um grupo partilha de um outro grupo.
Muitas vezes são impressões distorcidas das características dos grupos externos.
Os atores quando desempenham um papel caracterizando um determinado grupo social, de modo geral se baseiam no estereótipo. 
Um caipira paulista será retratado com um chapéu e um cigarro de palha, descalço, com roupas remendadas por exemplo. 
O estereótipo do carioca na sociedade paulista é de que é malandro. 
A revista Zé Carioca publicada pela Disney utiliza esse estereótipo do povo carioca no personagem. 
Há algum tempo a Rede de TV Globo teve que modificar o estereótipo dos negros que apareciam em suas novelas – eram sempre empregados domésticos, motoristas – por protestos dos governos africanos que compravam suas novelas
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Grupos primários e secundários
Grupos primários (ou grupos informais) são aqueles em que as pessoas ficam se conhecendo intimamente como personalidades individuais, através de contatos sociais que são íntimos, pessoais e totais, porque envolvem muitas partes da experiência de vida de uma pessoa. 
Os grupos são pequenos os relacionamentos tendem a ser informais e descontraídos.
Nos grupos secundários os contatos sociais são impessoais, limitados, não permanentes, e suas reuniões têm um objetivo prático determinado.
O tamanho do grupo é flexível e seus membros são substituíveis. Exemplos: um sindicato, uma sociedade amigos de bairro, um centro acadêmico, a relação comprador e vendedor em qualquer loja, empresas e partidos políticos. 
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Comunidade e sociedade
Uma comunidade pode ser definida como:
Uma localização geográfica particular, uma região ou uma localidade, com a qual as pessoas se identificam, por exemplo: comunidade bragantina, comunidade ribeirão-pretana, comunidade campineira. 
Um tipo particular de relação social que é característico, e compartilhado pelos membros de uma determinada comunidade que podem ou não ter uma localidade comum. 
Por exemplo: a comunidade evangélica, a comunidade judaica, a comunidade cristã.
Um Sistema Social local (ou em pequena escala) e que descreve um conjunto de relações sociais encontrado num grupo particular de pessoas. 
Por exemplo: uma comunidade rural isolada.
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Grupos de pressão ou de interesse
A expressão “grupo de interesse” pode ser aplicada a uma enorme variedade de organizações e grupos. 
Pode ser aplicada ás diversas organizações patronais, aos sindicatos de empregados, às associações profissionais, e aos diversos grupos que defendem as mais diferentes causas, reivindicações de moradores. Ideias religiosas, morais e outras.
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O Lobby
Costuma-se utilizar o termo lobby como significando grupo de pressão.
 A palavra lobby indica mais uma atividade ou processo do que uma organização. 
É o processo por meio do qual os representantes de grupos de pressão, agindo como intermediários, levam ao conhecimento das autoridades públicas os desejos de seu grupo.
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As relações ente grupos nas organizações
As relações entre diversos grupos constituem um dos fatores mais importantes dentro da organização. 
Pela influência que exercem os grupos nos indivíduos, em outros grupos e no sistema da organização.
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Tipos de conflitos
Os conflitos que surgem entre os grupos dentro de uma organização estão diretamente relacionados à motivação de sua origem.
O conflito emotivo se traduz em sentimentos negativos de uma das partes em relação à outra, tais como desconfiança, ressentimento, má comunicação e atuação baseada em “estereótipos” (fulano pertence ao grupo, portanto é mau caráter).
Um conflito essencial ou fundamental implica disputas em cima das normas, políticas e práticas, competição para apoderar-se de recursos escassos e diferenças em pontos de vista sobre as funções e as relações de trabalho.
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Soluções para os problemas entre grupos
Nos conflitos que têm origem emocional, deve-se buscar corrigir os desentendimentos dentro dos grupos, e desenvolver ações visando ao aumento da comunicação. 
Nos conflitos que estamos considerando como essenciais, a solução do conflito virá do desempenho das tarefas, concentrando-se em formas criadoras de definição de funções, em reestruturações etc.
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Processo para um melhor relacionamento entre grupos
Neste processo podemos distinguir duas categorias: a diferenciação e a integração, que podem ser complementares e se constituírem em estágios.
Na diferenciação deve-se se fixar nas diferenças entre os grupos.
A. Concentrar-se nos pontos de divergência;
B. Ter uma ideia clara das discrepâncias;
C. Entender-se se trata de diferenças de princípios, de métodos de trabalho, de estilos dos grupos, ou de objetivos.
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A integração só é possível após se ter alcançado a diferenciação. Começa quando cada grupo capta e avalia suas próprias semelhanças e diferenças.
A. procurara solução de problemas que afetem aos dois grupos.
B. Intercâmbio de membros dos grupos.
C. Utilização de pessoas de fora da organização.
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Razões da oposição à mudança 
O grau de mudança efetivo nas relações depende do grau que se conseguiu a diferenciação e a integração. 
Além do mais os grupos podem se opor ao processo por várias razões:
A. Medo de propostas em que tudo corra risco.
B. Medo de perder a individualidade.
C. Medo de perder o controle.
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