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Psicologia Geral 2021-1

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Apontamentos Psicologia Geral
Alcinda Bulo
UNIDADE 1
A vida Humana é essencialmente Social. O homem é produto da história da Humanidade, que foi cristalizando ao longo do tempo, nesse processo de trocas sociais, foi se ajustando aos símbolos, signos, que são elementos da cultura. Com base nesses símbolos, torna-se fácil a interacção humana, pois permite a compreensão, a comunicação entre os diferentes indivíduos na sociedade. É neste contexto da necessidade de compreensão e melhoria nas relações humanas que a Psicologia configura-se como uma área capaz de providenciar elementos necessários para uma melhoria da actividade humana.
Quando terminar o estudo de Psicologia Geral, o estudante deve ser capaz de:
· Explicar o objecto de estudo da Psicologia Geral (o comportamento Humano) descrevendo as etapas da sua evolução e sua importância para a actualidade.
· Compreender a importância da Psicologia na vida do homem;
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões nomeadamente: o lado social, profissional e estudante, daí ser importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos de caso, reflexão, etc.
O manual contém muita informação, algumas chaves, outras complementares, daí ser importante saber filtrar e apresentar a informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de notas desempenha um papel muito importante. 
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.
Para os iniciantes do Curso de Psicologia, a expectativa é maior, a prior lhes vem à cabeça que serão capazes de ler a mente dos outros. Por esta razão, muitos quando se deparam os estudantes desta área científica o receio é maior, pois se acredita que eles são capazes de penetrar nos nossos pensamentos, invadindo deste modo a privacidade.
Esta forma de pensar resulta da concepção que desde o início a Psicologia se identificou, o estudo dos fenômenos conscientes, através da introspecção, método usado pelo alemão Wilhelm Wundt no estudo dos processos mentais baseando-se nas sensações. Com o tempo percebe-se que não é necessariamente assim, ninguém seria capaz de entrar nos pensamentos dos outros, pois assim sendo as nossas ações seriam tão previsíveis.
A Psicologia enquanto campo Científico constitui preocupação de muitos, todos nós gostaríamos de conhecermo-nos, a nós próprios e aos outros por forma a melhorar as nossas relações ainda que preocupações desta natureza tenham marcado a vida dos nossos antepassados. 
Tantas vezes já nos perguntamos: porque a vida é assim, fulano tem atitude estranha, por que se comporta deste modo, da mesma forma ficamos preocupados em compreender fenômenos de natureza macro, como a ideologia de Adolf Hitler, de Savimbi, Bin Laden. Essas são preocupações do homem, que foi criando pressupostos para uma nova área Científica- a Psicologia. 
A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. Deriva-se das palavras gregas: psiquê que significa “alma” e logia que significa “estudo de ou ciência”.
A Psicologia trata de estudar o comportamento humano nas suas diversas manifestações (observáveis e não observáveis).
Objeto do estudo comportamento humano
Estudar o comportamento humano não é tarefa fácil, psicóloga acredita que a Psicologia é tão complexa quanto o próprio homem. Não é fácil, sobretudo, quando o objeto de estudo é o próprio homem, capaz de se transformar em sujeito da pesquisa. Daí todo o cuidado que se tem ao estudar o comportamento humano. 
O comportamento humano é também difícil de ser compreendido pela natureza da sua realidade, bio-psico-sociocultural. A análise do seu comportamento requer o cuidado de ter-se em conta essa complexa realidade humana. Por esta razão a Psicologia pode e deve possuir laços interdisciplinares com outras ciências, como por exemplo, as de natureza biológica, sociológica, cultural, etc. Nesta ordem de ideias, Cardoso, Frois & Fachada (1993) consideram como objetivo final da Psicologia a explicação das condutas em função dos fatores ou variáveis que as condicionam ou determinam, daí a necessidade de se ter em conta as outras áreas científicas na abordagem dos fenómenos psicológicos.
PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA A 
O Pensamento Psicológico Antes e Depois do Século XVIII
Para compreender a psicologia é necessário compreender sua história, história essa que está ligada a cada momento histórico, às exigências do conhecimento da humanidade, as demais áreas de conhecimento humano e aos novos desafios colocados pela realidade económica e social e pela insaciável necessidade do Homem de compreender a si mesmo.
Há que destacar que “A psicologia se desenvolveu a partir da Biologia e da Filosofia, com objetivo de se tornar uma ciência que descreve e explica como pensamos, sentimos e agimos.” (MAYERS, 1999, p. 1). Numa primeira manifestação a Psicologia foi, simplesmente, uma disciplina descritiva, isto é, tratava de descrever as manifestações comportamentais dos indivíduos sem com isso explicar a causa ou os porquês dessa manifestação. 
A Psicologia entre os Gregos
Filósofos pré-socráticos – preocupam-se em definir a relação do Homem com o mundo através da percepção o mundo existe porque o Homem o vê, ou o Homem vê o mundo que já existe – oposição entre idealistas (a ideia forma o mundo) e materialistas (a matéria que forma o mundo já dada para a percepção).
Sócrates (496-399 a.C.)
Com ele a Psicologia na antiguidade ganha consistência: segundo Sócrates o que distingue o Homem do animal é a razão, porque permite ao Homem de sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade – definindo a razão como essência e peculiaridade do Homem, Sócrates abre um caminho que será explorado pela Psicologia: fruto desta reflexão são por exemplo, as Teorias da consciência que de certa forma são resultado desta sistematização na Filosofia.
Platão (427-347 a.C.)
Discípulo de Sócrates, procura o «lugar» para a razão no nosso corpo (cabeça), onde se encontra a alma do Homem. A medula será o elemento de ligação da alma com o corpo – este elemento era necessário porque Platão concebia a alma separa do corpo (dualismo). Quando alguém morria a matéria (corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. (reincarnação)
Objectivos 
Hoje a psicologia, para além de descrever e explicar o comportamento humano, objetiva prever e modificar (dentro das possibilidades) o comportamento humano.
No entanto, é preciso ter em conta que a tentativa de explicar o comportamento humano não é um ato recente, em tempos, antes do ano 300 a.C., Aristóteles, filósofo grego, preocupou-se com os temas relacionados com aprendizagem e memória, vocação e emoção, percepção e personalidade Mayers (1999). Mesmo pensadores como Platão (427 -347 a.C), Santo Agostinho (354 – 430 d.C.), Descartes (1596-1650) também contribuíram com profundas reflexões sobre a natureza do ser humano. E, mais tarde Charles Darwin, nas suas viagens descobriu e explicou a lei de seleção natural.
Com tantos antecedentes, a Psicologia como Ciência independente (da Biologia e da Filosofia) nasceu em 1879, “data em que o alemão Wilhelm Wundt estabeleceu em Lípsia(hoje Alemanha do Leste), o primeiro laboratório de Psicologia Experimental” (CAPARRÓS, 1999, p.10).
Os antecedentes apresentados nos parágrafos anteriores associados à ideia de que as preocupações com o comportamento humano não começaram em 1879, com a criação do laboratório de Wundt, mas bem antes, quando os provérbios ou adágios populares, ainda partindo de um conhecimento de senso comum, eram os alicerces para a compreensão e explicação da conduta humana, deixa para a humanidade a seguinte questão: onde fica esse todo contributo na história da Psicologia? Então porquê 1879? Estas preocupações constituíram num desafio colocado a esta Ciência jovem. Porém, a resposta vem de Caparrós (1999), que lembra-nos de que se trata da Psicologia Científica que é diferente da do senso comum, o que caracteriza uma ciência, de entre outros aspectos, é um campo delimitado e emprego de certos métodos, técnicas ou instrumentos na sua investigação e a possibilidade de verificação a partir de testes objetivos.
Com efeito, cada um de nós possui conhecimentos da psicologia do senso comum, este entendido como o “conjunto de opiniões geralmente aceites pelos membros de um grupo social numa determinada época (...) é aquela forma de saber vulgar, própria do comum das pessoas, que se adquire de modo espontâneo, sem esforço e não intencionalmente na experiência do dia a dia” (CARDOSO, FROIS & FACHADA, 1993). 
Sendo assim, a Psicologia científica não se limita nesta explicação casual, ela, enquanto ciência procura fundamentar de forma objetiva, através de pesquisas cientificamente ajustadas à natureza de cada situação do ser humano. E, isso foi possível graças ao alemão Wilhelm Wundt em 1879 que criou as condições para que a Psicologia configurasse como área científica, o que não significa menosprezar o contributo e a importância que o conhecimento do senso comum presta a essa jovem ciência.
Duas razões levaram ao desenvolvimento tardio da Psicologia: A primeira, o carácter espiritual, sagrado e transcendental do Homem o que fez com que as investigações não fossem feitas diretamente ao ser humano, por isso grande parte das pesquisas psicológicas foram feitas com animais, e, a segunda prende-se com a complexidade do ser humano e do seu comportamento, isso fez com que os psicólogos levassem mais tempo para aperfeiçoar os métodos antes de serem aplicados ao Homem.
Princípios Psicológicos
A psicologia encontra-se, atualmente, no seu auge e num estágio de indiscutível desenvolvimento progressivo. Os princípios básicos pela qual a Psicologia se fundamenta são:
1. Princípio do monismo materialista. Estabelece que a psique é uma propriedade do cérebro, e por consequência os psicólogos devem estudar as leis da atividade nervosa superior para compreenderem de forma objetiva a natureza dos processos psíquicos e conhecer os mecanismos fisiológicos desses processos a fim de “sobrepor” os fenómenos psíquicos aos processos fisiológicos;
1. Princípio do determinismo. Mediante a qual se reconhece a condicionalidade causal dos fenómenos psíquicos pelos processos da atividade nervosa superior e as influências do meio exterior.
1. Princípio do reflexo. Segundo o qual a consciência é reflexo subjetivo do mundo objetivo. A partir deste critério os psicólogos devem estudar a psique, a consciência, não como algo independente e que se desenvolve segundo suas próprias leis imanentes, mas como algo condicionado pela existência objetiva do mundo que reflete.
1. Princípio unidade entre a consciência e a ação. Pressupõe que a consciência é inseparável da atividade e não apenas manifesta-se nela, mas também forma-se durante a atividade. Guiando-se por este princípio, os psicólogos devem estudar os processos psíquicos não de forma abstrata, mas com relação aos tipos concretos de atividade.
1. Princípio da historicidade. Estabelece que a psique, a consciência, desenvolve-se no processo de desenvolvimento histórico do homem, por isso é necessário, estudar os fenómenos psíquicos no seu desenvolvimento, esclarecendo a condicionalidade social dos diferentes aspectos da consciência humana e da personalidade.
1. Princípio da unidade entre a teoria e a prática. Significa que os psicólogos devem estruturar os seus trabalhos de investigação científica de tal forma que os ajude a resolver tarefas práticas da construção social.
 Relação com outras Ciências 
A Psicologia possui um campo de estudo próprio, que se confunde, porém, com outras ciências, como Filosofia, Sociologia e a Biologia. Por ter como objecto de estudo o homem, a Psicologia se alinha às outras ciências na busca por compreender as acções e fenómenos característicos dos seres humanos.
Sociologia, Antropologia, Fisiologia, Filosofia, História, Psicologia de Aprendizagem, Psicologia do desporto, Clinica, P. Social, P. Jurídica, militar, P. Industrial, P. Biologia e Pedagogia. 
Métodos 
Tal como todas outras áreas científicas, a Psicologia firmou-se como ciência quando elaborou seus os seus próprios caminhos. Normalmente, a construção do conhecimento científico parte de um método que se caracteriza por formular hipótese, teorias e organizar observações. Em eternos gerais os, métodos usado na psicologia são: Estudo de caso, Observação, Experimental e Clínico
Importância da Psicologia do Senso Comum
Resposta: Primeiro, a Psicologia existe em cada um de nós de forma casual, esse modo de proceder é que organiza maior parte da nossa vida que não exige necessariamente uma ciência, porém não dispensa o conhecimento científico dada a limitação deste conhecimento senso comunal. Se pararmos para pensar nos problemas que enfrentamos no dia-a-dia veremos que a solução destes não exige necessariamente os conhecimentos científicos. A psicologia como ciência tem raízes no senso comum, que a partir dai passou a organizar-se como ciência.
Importância do estudo da Psicologia
A vida na Sociedade, para uma melhor cooperação, exige dos seus intervenientes a compreensão mútua, nas relações interpessoais, essa compreensão é muito necessária para a direcção do processo das relações na vida do individuo. Ninguém pode se relacionar melhor consigo mesmo e com os outros se não se conhece, não entende e não se supera. 
Escolas que deram origem as teorias 
· Funcionalismo
· Estruturalismo
· Associacionismo 
Visão de Wilhelm Wundt
Wilhelm Wundt, considerado pai da Psicologia, montou o primeiro laboratório de psicologia experimental na Europa (1879) influenciado pela Fisiologia, área que já tinha atingido o estatuto de uma ciência, a semelhança da Física, Química, mesmo a Filosofia;
Interessado no estudo da experiência consciente procurava fazê-lo analisando a consciência nos mais ínfimos componentes. Procurava os elementos básicos da psicologia às partes mais ínfimas da consciência analisável. “Como a física tinha seus elementos, também a psicologia as teria (...) os elementos básicos eram unidos por associação” – tese defendida por Wundt (SPRINTALL & SPRINTALL, 2000, p. 20). Para este pensador, a mente é composta por elementos individuais ou átomos de experiência ligados por associação. Para estudar esses elementos Wundt utilizou a técnica de introspecção que consistia no treinamento de sujeitos a olharem para dentro de si, relatando seus sentimentos e sensações. 
Essa forma de olhar para os fenômenos psicológicos não agradou os psicólogos gestaltistas. Adiante estão descritos seus argumentos.
Os gestaltistas 
Max Wertheimer, seu expoente principal citado por (SPRINTALL & SPRINTALL, 2000) considera Wundt ter levado a Psicologia por água abaixo – ao tentar produzir a sua perfeita tabela atômica organizada da psicologia, com ela perdera de vista a realidade da experiência humana, ao analisar a experiência em suas partes ínfimas, tinha de facto destruído a noção da experiência como totalidade. Max considera “o todo é maior do que a soma das partes” (citado por Wertheimer, apud Sprintal&sprintal, 2001). Por isso, é preciso estudar o todo, a totalidade, a configuração inteira, a gestalt. 
Os elementos atuam de maneira diferentequando são retirados do seu contato. As sensações são partes integrantes da experiência humana e o estudo destas não nos revela essa complexa experiência humana. Para estes teóricos, a compreensão da experiência humana é irredutível ao estudo das sensações, sobretudo na sua forma de estudá-los, por associação.
Os comportamentalistas 
Conhecidos também como behavioristas, de seu representante John B. Watson, os comportamentalistas atacam Wundt pelo uso do método de introspeção enquanto instrumento científico. Eles acreditavam nos elementos, mas não gostavam como Wundt tentava os encontrar. 
Watson considera o verdadeiro objeto de estudo, comportamento (behavior). A introspeção não tem utilidade para a psicologia, como também não tem para a Física e para a Química.
A única coisa observável, por isso, a única que permite o uso dos métodos científicos é o comportamento manifesto pelo sujeito. Se a consciência puder apenas ser estudada através da introspeção, e não tiver correlatos do comportamento, então a psicologia terá de se ver livre dela (SPRINTALL & SPRINTALL, 2000 p. 26).
Watson aliou-se ao poderoso Russo Ivan Pavlov, cujo trabalho sobre condicionamento era mais conhecido na altura e consegui o que queria na altura, demonstrar a existência do – reflexo condicionado, algo observável para substituir o não observável de Wundt.
Visão dos psicanalistas
A preocupação dos psicólogos até esta etapa evolutiva centrou-se no estudo da consciência, diferem-se simplesmente na forma como estes a estudam-na. A visão psicanalítica ampliou a compreensão do campo de estudo da psicologia, sua principal inovação é o mundo inconsciente, antes por muitos ignorados. 
A consciência para Freud parece determinada por esse mundo inconsciente, pois é o reservatório de toda nossa experiência, o que realmente sabemos de nós (consciente), não explica a experiência (desejos, frustrações, ansiedades, mágoas, glórias etc.), por várias razões, reprimimos e, outras, que por força da memória esquecemos.
Freud especulou se alguns distúrbios neurológicos não poderiam ter causas psicológicas, em vez de fisiológicas. Para explorar esta possibilidade, ele usou a hipnose para tratar de pacientes que sofriam desses distúrbios. 
 Enquanto experimentava com a hipnose, Freud descobriu o “inconsciente”. Juntando os relatos dos pacientes sobre suas vidas, ela conclui que a perda da sensibilidade em umas das mãos podia ser causada por um medo de tocar os órgãos genitais; a cegueira ou a surdez podiam ser causadas por não querer ver ou ver alguma coisa que provocava uma intensa ansiedade.
Diante de capacidades desiguais dos pacientes para a hipnose, ele passou a usar a associação livre, em que apenas dizia ao paciente para relaxar e falar qualquer coisa que lhe aflorasse a mente, por mais trivial ou embaraçosa que pudesse parecer. Freud acreditava que a associação livre produzia uma corrente de pensamento que levava ao inconsciente do paciente, recuperando e acreditando, dessa forma, lembranças inconscientes dolorosas, com frequências oriundas da infância. Freud chamou sua teoria e técnicas associadas de psicanálise. 
Subjacente à concepção psicanalítica de Freud havia sua convicção de que a mente é como um iceberg- a maior parte dela está oculta. Nossa concepção consciente é a parte do iceberg que flutua acima da superfície. Por baixo da superfície, está à região inconsciente, muito maior, contendo pensamentos, desejos, sentimentos e lembranças para os quais, em grande medida, não estamos despertos. Guardamos alguns desses pensamentos temporariamente numa área pré-consciente, de onde podemos recuperá-los à vontade para a percepção consciente. De maior interesse para o Freud eram essas paixões e pensamentos inaceitáveis que ele acreditava que reprimimos, ou bloqueamos à força, da nossa percepção, porque admiti-los seria doloroso demais. 
Freud achava que podíamos não ter percepção consciente desses sentimentos e ideias perturbadoras, mas eles nos influenciam poderosamente. Em sua opinião, os impulsos não reconhecidos expressam-se de formas disfarçadas – o trabalho que escolhemos as convicções a que nos apagamos, os hábitos quotidianos os sintomas perturbadores. Dessa maneira, o inconsciente se infiltra nos nossos pensamentos e ações.
Para Freud o determinista, jamais era acidental, ele achava que vislumbrava a infiltração do inconsciente não apenas nas associações livres, convicções, hábitos e sintomas das pessoas, mas também em seus sonhos e lapsos ou atos falhos, enquanto liam, escreviam e falavam.
O aparelho Psíquico
O aparelho psíquico de Freud é constituído por três elementos fundamentais (Id, Ego e Superego); estes elementos estão relacionados entre si funcionando assim de forma interdependente. Freud citado por Cardoso, Frois & Fachada (1993) considera o primeiro elemento ID, que se desenvolve nos primeiros momentos da vida, e corresponde ao conjunto de desejos instintivos que procura a auto-satisfação do sujeito e rege-se pelo princípio de prazer, é denominada parte biológica ou anomalística.
Entre os 3 a 5 anos forma-se o segundo elemento que se rege pelo princípio normativo ou social, o Superego, conjunto de normas sociais do próprio meio em que a criança se desenvolve.
O terceiro elemento da estrutura psíquica é o Ego, este tende a gerir o conflito entre o ID e o Superego, isto é entre os desejos e a possibilidade de satisfazê-las de acordo com os princípios ético-morais vigentes em cada contexto social. É também denominado como elemento psíquico que age segundo o princípio da razão. Por exemplo, o estudante que sente a necessidade de cabular no teste porque quer passar de classe (ID), no entanto, ele reconhece que este ato é sancionável e é desonesta a atitude que pretende tomar (Superego) pode resolver em não cabular e no próximo teste estude o suficiente para cobrir a nota do teste anterior (Ego). 
Estrutura e Funcionamento do Sistema Nervoso
Estamos neste momento em casa, na biblioteca da escola ou no café, de livro aberto, a iniciar o estudo do sistema nervoso. Até ao momento, o nosso dia decorreu de modo natural, tendo-nos comportado como habitualmente nas circunstâncias normais da nossa vida. Fizemos a higiene matinal, tomamos o pequeno-almoço, viemos para a escola, cumprimentamos pessoas, discutimos com alguns colegas, sorrimos para os outros, assistimos as aulas, lemos o jornal, ouvimos música, etc.
Tudo isto exigiu que os nossos músculos e as nossas glândulas executassem atos de natureza fisiológica e que determinados mecanismos internos se implicassem em atos de natureza psicológica. E toda esta atividade foi realizada espontaneamente, sem grande esforço e reflexão da nossa parte, como se fosse inevitável que as coisas se processassem com esta naturalidade e ligeireza.
Será sempre assim? Estará sempre presente esta naturalidade? E em todas as pessoas? Não haverá circunstancia em que uma alteração no organismo venha a destruir a tranquilizadora rotina do nosso modo de estar na vida?
Essas questões evidenciam a relação entre as estruturas fisiológicas e o comportamento humano, basta uma ligeira afecção numa pequena parte do cérebro para a conduta da pessoa se alterar significativamente.
Podemos ver, pois, que percepcionar o mundo e orientamo-nos nela, dando conta dos problemas, executar atos ajustados, ser amigo das pessoas, gozar o bom tempo e o sol, fazer projetos, desejar a ir numa festa viver a vida e apreciar o que ela tem de bom, alimentar expectativas relativamente ao futuro, tudo isso implica no normal funcionamento de estruturas fisiológicas cujo controlo está a cargo do sistema nervoso. 
Constituído por um conjunto de órgãos inter-relacionados, o sistema nervoso tem como função geral à coordenação dos processos que garantem o equilíbrio interno do organismo e o equilíbrio do ser humano no seio exterior.
Na sua atividade, o sistema nervoso dispõe de dois subsistentes fisiológicos que se designam por sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
· O sistema nervoso central desempenha essencialmenteas tarefas associadas ao processamento e coordenação das informações. É constituído por duas estruturas nervosas: o cérebro e a espinal-medula.
· O sistema nervoso periférico desempenha as tarefas ligadas à condução e a circulação das informações. Nele se inscrevem os nervos sensoriais, os motores e os mistos.
NEURÔNIO 
Desde os órgãos coordenadores aos condutores, todo o sistema nervoso é constituído por células nervosas, unidades básicas designadas por neurônio.
Estas como as demais células, o neurônio é formado por um corpo celular, em cujo interior se situa o núcleo. Diferencia-se, no entanto, das outras células por uma série dos prolongamentos, que o constituem, a que se da o nome de dendrites. Um deles alonga-se bastante em relação aos outros, chegando a apresentar alguns decímetros de comprimento: é o cilindro-eixo ou axônio, que termina num conjunto de ramificações parecidas com uma raiz, chamadas telo dendrites. 
Para (ABRUNHOSA & LEITÃO, 2009, p. 60) os neurônios apresentam duas propriedades importantes para compreender a circulação de mensagens.
· Excitabilidade, que lhes permite reagir a estímulos. Quando uma fibra nervosa é estimulada, modificam-se as suas características elétricas, o que produz uma pequena corrente a transmitir a outro neurônio.
· Condutibilidade, que lhes permite transmitir as excitações e outras células nervosas. A direção normal das excitações implica a sua passagem das telo dendrites de um axônio as dendrites do neurônio seguinte.
SINAPSE 
Uma das funções dos neurônios é a condutibilidade, ou seja, a transmissão dos impulsos nervosos que, no seu conjunto, constituem o influxo nervoso. Os impulsos nervosos transitam das telo dendrites de um neurônio as dendrites do seguinte, levando com elas as informações.
INFLUXO NERVOSO energia ou impulsos elétricos que circulam nos neurônios.
Não existe contato físico ou continuidades entre as dendrites de um neurônio e as telo dendrites do neurônio seguinte, mas uma ligação funcional, a que se da o nome da sinapse. 
Entre as telo dendrites de um axônio e a dendrite do neurônio seguinte existe um pequeno intervalo a que da o nome de fenda sináptica. Nas extremidades do axônio existem pequenas vesículas com substâncias químicas, os neurotransmissores ou mensageiros químicos. No momento em que o influxo nervoso atinge o ponto sináptico, as vesículas laçam essas substâncias na fenda, cheia de partículas ionizadas, preenchendo o espaço intercelular ou sinóptico. As partículas ionizadas atuam quimicamente sobre as paredes das dendrites do neurônio seguinte, cujo equilíbrio elétrico fica momentaneamente alterado, absorvendo a informação transmitida. De imediato segue-se a receptação dos neurotransmissores para as vesículas, ficando assim disponível para novo impulso.
COMUNICAÇÃO NERVOSA 
Como órgão coordenador, o cérebro tem que “saber” o que se passa no organismo. Este conhecimento só é possível mediante a circulação da informação através dos nervos, que são um conjunto de fibras nervosas formadas por axônios e recobertas por uma membrana.
Os nervos são, pois as vias de circulação das mensagens entre o sistema nervoso central, os órgãos sensoriais, os músculos e as glândulas. Por exemplo, ao acabarem de ler uma página, os nervos encarregam-se de levar ao cérebro essa informação é trazer aos músculos do braço e da mão as instruções para voltar a folha.
A informação circula em três tipos de nervos, que fazem parte o sistema nervoso periférico: os sensórios, os motores e os mistos.
Nervos sensoriais- O mesmo que nervos aferentes. Transportam as informações dos órgãos sensoriais até a espinal-medula e ao cérebro, para ai serem processadas.
Nervos motores- O mesmo que eferentes. Transportam as impressões dos órgãos periféricos, isto é, músculos e glândulas.
Nervos mistos- Transportam a informação da periferia para os órgãos centrais (cérebro e espinal-medula), e destes para os órgãos periféricos. Sensoriais, motores ou mistos, os nervos são constituídos por feixes de dendrites e axônios, que podem ter junções sinópticas com muitos outros. Porém, os impulsos nervosos não transmitem indiscriminadamente para qualquer neurônio. São os órgãos centrais que decidem o trajeto que o influxo deve seguir e lhe indicam o percurso, fazendo uma espécie de agulhagem.
CRONAXIA 
Cronaxia é velocidade com que uma célula nervosa pode excitar (ABRUNHOSA & LEITÃO, 2009, p. 63).
Os neurônios não levam o mesmo tempo a reagir estímulos, possuindo cronaxias diferentes. Porém, o influxo nervoso só transita de células para outras quando possuem a mesma cronaxia.
Compete aos centros nervosos fazer com que as células nervosas fiquem com a mesma velocidade de excitação ou com velocidades de excitação diferentes.
· Os neurônios que ficam com a mesma rapidez de excitabilidade são aqueles por onde passa o influxo.
· Os neurônios que ficam com rapidez de excitabilidade diferente são aqueles por onde o influxo não pode circular. 
Assim, os centros nervosos definem, pelas alterações que introduzem nas cronaxias, o trajeto que o influxo deve seguir: da periferia aos órgãos centrais, para que as mensagens veiculadas sejam descodificadas, ou dos órgãos de comando aos efetores, para que o comportamento seja efetuado.
Genética e Comportamento
Hereditariedade, para Myers (1999) refere-se ao conjunto de processos biológicos que são responsáveis na transmissão das características dos pais aos seus descendentes. 
Cardoso, Frois & Fachada (1993) distinguem aqui dois tipos de hereditariedade, a Específica e a Individual, a primeira refere-se às características comuns da mesma espécie, essas características são as que distinguem os indivíduos das outras espécies. Todavia, apesar da existência de características comuns nos indivíduos, estes podem apresentar características particulares que os distinguem dos outros, ai estaremos a falar de Hereditariedade individual.
Genótipo é constituído por todos os caracteres quer morfológico, quer psicológico quer comportamental, são características como altura, cor dos olhos, cor e tipo de cabelo, etc. Esse conjunto de material hereditário responsável pelo fenótipo, constituído pelo gene das células denomina-se genótipo.
Para ser preciso na questão Cardoso, Frois e Fachada (1993, p. 155) explicam que,
 “o conhecimento claro dos princípios básicos do mecanismo da hereditariedade permitirá compreender, justificar e resolver muitos dos problemas dos seres humanos nos mais diversos domínios da vida social tais como a educação, segurança social, o emprego, etc.”
Os trabalhos sobre o estudo da hereditariedade mais conhecidos são os de Gregório Mendel, acredito que o estudante já se lembra deste cientista cuja experiência com ervilha é famosa. 
Como ao longo do tempo nos tornamos quem é? Cada um de nós já se questionou e gostaria de obter resposta desta inquietação. Mas a resposta para essa questão não é pacífica, por um lado as explicações religiosas e por outro as científicas podem trazer ideias contrárias a este respeito. Desde as descobertas de Abadi Spallanzani (1775), ficou claro que a longa marcha do desenvolvimento humano começa com a união do espermatozoide com o óvulo (processo denominado por fecundação) este desenvolvimento progride numa sequência ordenada, embora frágil. 
Cromossomos sexuais
Por cromossoma, devemos entender o “elemento integrante do núcleo de cada célula transportador dos genes que são as unidades básicas da hereditariedade” (ABRUNHOSA & LEITÃO, 2009, p. 20).
Já deixamos claro que o processo de transmissão de caracteres de pais à sua descendência designa-se por hereditariedade, esta transmissão ou processo que recebe o nome de herança genética processa-se através da fecundação, isto é da união do óvulo e espermatozoide. O óvulo fecundado é designado por ovo e constitui a primeira célula e pelo processo da mitose vai-se dividindo até formar outras células que são constituintes do organismo.
Em cada célula existe um núcleo com cromossomas formados por genes, que são os agentes portadores e transmissores de toda informaçãohereditária. O número e a disposição de cromossomas estão definidos num cariótipo que é o mesmo em todos os indivíduos da mesma espécie. Mas importa referir que o cariótipo humano apresenta 46 cromossomas dispostos em pares: 23 para cada origem. (materna e paterna)
Psicologia Evolutiva	
É o estudo sistemático do desenvolvimento da personalidade humana, desde a formação do individuo, no acto da fecundação, até à velhice ou estágio final da vida. A Psicologia Evolutiva procura reconstruir os problemas com os quais nossos ancestrais se defrontaram em seus ambientes primitivos, e os comportamentos de solução de problemas que criaram para resolver esses desafios específicos. A partir da reconstrução dessas adaptações de solução de problemas, essa ciência tenta estabelecer as origens comuns de nossos comportamentos ancestrais, e como essas origens comportamentais se manifestam actualmente em culturas nas mais remotas regiões do nosso planeta. 
Psicologia Evolutiva da Personalidade I
Conceito de Personalidade
O temo personalidade “vem do latim persona que originalmente significava máscara” (CARDOSO, FROIS & FACHADA, 1993, p. 370). Esta visão serviu para definir personalidade do ponto de vista externo. Mais tarde o conceito de personalidade passou a referir as qualidades que estão por detrás da máscara, ou seja, as qualidades íntimas e pessoais do indivíduo. 
Neste sentido Pestana & Páscoa (1995) entendem por personalidade ao conjunto estruturado das características inatas (herdadas), das aquisições do meio (sociocultural), e da história das experiências vividas (desenvolvimento) que organizam e determinam o comportamento do indivíduo.
A definição destes autores dispensa o esclarecimento dos elementos importantes no desenvolvimento da personalidade, pois ficou claro que o meio, a herança, e as experiências vividas constituem factores preponderantes na compreensão da totalidade do indivíduo. 
Carácter designa essencialmente qualidades de valor de uma personalidade. A palavra carácter provém do grego “chrakter” que significa sinal, marca ou característica. 
A Personalidade: é um conjunto de características psicológicas que, desenvolvidas ao longo da vida e dotadas de uma relativa continuidade, nos diferencia uns dos outros (apesar de muitas semelhanças que possamos apresentar). 
 Para Allport a Personalidade: é a organização dinâmica, que resulta no íntimo de um indivíduo, daqueles sistemas psicofísicos que determinam o modo de adaptação ao meio característico e próprio de cada indivíduo (Buhler, 1962), ou ainda: 
Estrutura da Personalidade
 Para Freud, a personalidade é composta por três instâncias fundamentais: o ID, o ego e o superego.
O ID
 E a parte da personalidade dominada pelos impulsos. Não possui valores morais e guia-se pelo princípio do prazer o qual pressiona-o constantemente para que os impulsos sejam satisfeitos sob o risco de eles se tornarem nocivos a personalidade e criar portanto, distúrbios psíquicos. Freud considera que este processo primário constitui uma forma infantil de actividade mental. 
O ego
 E para Freud a consciência e surge nas crianças como uma forma de relação com o ambiente e serve para regular os desejos e necessidades próprias destas. A tarefa fundamental do ego é identificar quais os objectos reais capazes de satisfazer as necessidades do ID. 
O superego
E a instância do psíquico que lida com as normas sociais. Ele força o ID levando-o a observar as normas e valores morais na satisfação das necessidades do indivíduo. A principal preocupação do superego é decidir se uma coisa é certa ou errada, para poder agir de acordo com os padrões morais da sociedade.
 Em suma O ID seria o componente biológico da personalidade, o ego o componente psicológico e o superego o componente social. Enquanto o ID obedece ao princípio do prazer, o ego obedece ao princípio da realidade. 
Factores gerais que influenciam a personalidade 
Hereditariedade
Aquilo que o individuo recebe como herança física transmitida pelos seus progenitores, no momento da gestação. A carga genética do individuo e capaz de estabelecer o seu potencial, poder ou não se desenvolver. Por exemplo, a inteligência pode ser um factor genético, mas também pode ou não ser desenvolvido, dependendo das condições que o ambiente proporciona. 
Crescimento orgânico
E o aspecto físico que considera o processo dinâmico que se apresenta visivelmente pelo aumento do tamanho corporal. Ex: a estruturação do esqueleto permite a criança alcançar objectos que antes não conseguia.
Maturação neurofisiologica
E o que torna possível determinado padrão de comportamento, ou seja, existe um equipamento neurofisiologico que passa por evolução determinada por factores biológicos. Ex: para uma criança pegar um talher como os adultos precisa de um desenvolvimento neurofisiologico.
Meio
Conjunto de influências e estimulações ambientais que podem alterar os padrões de comportamento do individuo. Ex: Se o incentivo a leitura for muito intenso, uma criança com seus 5 anos pode já saber reconhecer letras e escrever. 
Meio social
A família e fundamental neste ponto, principalmente nos primeiros anos de vida pelas características e qualidade das relações existentes. Quanto mais próximo e o relacionamento de duas pessoas, tanto mais e provável que as características da sua personalidade sejam as mesmas.
Meio intra-uterino
Ainda no útero da mãe a criança recebe estímulos de diversa natureza. Por isso, por exemplo, o médico aconselha a mulher grávida a movimentar-se com cautela, evitar trabalho pesado, priorizar o descanso, pois esses movimentos podem afectar o estado do feto no útero da mãe.
Experiências pessoais
A complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, linguísticas, afectivas, de autonomia e de construção de valores das crianças e jovens.
 Outro aspecto importante na construção da personalidade e a formação da adolescência, que se reflecte no vestir, nas ideias defendidas e nas formas de se expressar. 
Propriedades individuais da Personalidade 
· Indivíduos extrovertidos (E): preferem actividades em grupos, pensam enquanto falam, ganham energia com interacção social. 
· Indivíduos intuitivos (N): são criativos, confiam na sua intuição, são cheios de ideias, focam no que poderá acontecer. 
· Indivíduos observadores (S): são pés-no-chão, confiam nos seus sentidos e em assuntos práticos, focam no que já aconteceu. 
· Indivíduos pensantes (T): são fortes, seguem sua mente, focam na objectividade e racionalidade. 6. Indivíduos sentimentais (F): são sensíveis, seguem seus corações, focam na harmonia e cooperação. 
· Indivíduos julgadores (J): são decisivos, preferem regras claras e orientações, vêem prazos como sagrados, buscam fechamento. 
· Indivíduos exploradores (P): são muito bons na improvisação, preferem manter suas opções abertas, são relaxados com seu trabalho, buscam liberdade. 
· Indivíduos assertivos (-A): são emocionalmente estáveis, calmos, relaxados, se negam a se preocupar muito. 
· Indivíduos cautelosos (-T): são inibidos, se preocupam com a sua imagem, buscam o sucesso, são perfeccionistas. 
Desenvolvimento cognitivo
Falar de desenvolvimento cognitivo e falar do desenvolvimento da capacidade mental do indivíduo para pensar, interpretar, compreender, analisar e resolver problemas.
Não se pode falar deste assunto se falar do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget (1896-1980), maior expoente do desenvolvimento cognitivo, dedicou-se a psicologia, epistemologia e educação.
Faculdades do conhecimento
· Mente: e através dela que o homem percepciona a realidade exterior, interior e a explica racionalmente.
· Sentidos: permitem-nosretirar informações acerca do que nos rodeia.
· Sensação: e a mais simples forma de conhecimento que o ser humano possui, pois lhe ajuda a percepcionar o mundo, a realidade. A este trabalho de selecção e enquadramentos das nossas sensações chamamos percepção do mundo ou da realidade.
“O desenvolvimento ocorre porque o organismo amadurece e sofre influência do meio físico e social.” Piaget 
· Assimilação: e o processo que permite acrescentar novos elementos a um conceito anteriormente adquirido ou a um esquema já formão, e o momento em que a criança actualiza um aspecto no seu repertório comportamental ou mental.
· Acomodação: e o processo mental pelo qual se modificam os esquemas existentes em resultado das experiencias do meio.
 Estágios do desenvolvimento cognitive Piaget 
· Estagio sensório-motor (0-2 anos)
A criança começa a explorar e conhecer o ambiente através dos seus sentidos. Ao final desta fase, a criança será capaz de compreender por exemplo que a mãe continua existindo mesmo quando ela esta fora do seu alcance, antes disso, ela pensa que quando ela sai, simplesmente desaparece, período egocêntrico (pensa que todas as outras pessoas vêem, pensam e sentes o mesmo que ela).
· Estágio pré-operacional (2-6 anos)
Estabelecimento da noção de objecto sem que o mesmo esteja próximo, habilidade de imaginação e imitação dos objectos.
· Estagio operatório concreto (7-11 anos)
Transição entre a acção e as estruturas lógicas mais gerais. Há operações matemáticas e infra lógicas, período de escolarização, diminui o uso dos sensores.
· Estagio operatório formal (12 a diante)
As crianças são capazes de pensar racionalmente e não precisam que os objectos pensados estejam presentes. E capaz de pensar em todas as relações previamente existentes. 
Desenvolvimento psicossocial
Socialização e o processo de integração do indivíduo em sociedade, e através do relacionamento do individuo com os outros que adquire e assimila comportamentos, culturas regras que contribuem para a sua integração numa determinada comunidade. A socialização também e um processo de aprendizagem que decorre na escola e na comunidade onde esta inserido.
Este processo de socialização envolve imitação, observação nas pessoas de grande destaque, pais, irmãos, professores, pessoas na qual se identificam, e onde ocorre o processo de moldagem. Essa moldagem pode ser positiva ou negativa no âmbito social. Existem factores que contribuem para a socialização, tal e o caso de:
Família
Muitas respostas sociais são aprendidas pela observação e reprodução das acções da nossa própria família. E a primeira identificação e imitação que a criança tem, principalmente com a mãe, por isso, a qualidade da sua relação influi no desenvolvimento da personalidade da criança. Este comportamento só diminui quando a criança atinge a idade escolar, por esta conseguir cuidar da sua segurança pessoal e ter solução para alguns problemas. O número de informações que a mãe disponibiliza ao longo do crescimento da criança também contribui para o desenvolvimento cognitivo. A influência do pai começa aos 3 anos, na formação do superego, adoptando seus padrões de conduta.
Os amigos
A criança começa a se interessar por outras da mesma idade desde a infância até os três anos. Essa interacção e boa, pois ensina a criança a compartilhar seus pertences e desenvolver um comportamento altruísta e cooperativo. Nesses grupos há comportamentos recíprocos que podem ser hierarquizados pelo poder, posição, linguagem, normas sociais, apelidos, etc.
ERIK ERIKSON (1902-1994) criou uma teoria destacando a adolescência como etapa fundamental do desenvolvimento humano, dividiu a formação da identidade em estágios (“OITO IDADES DO HOMEM”)
· Confiança e desconfiança básicas: Relação bebé-mãe nos primeiros 2 anos de vida. O bebe experimenta acções que devem gerar segurança e confiança. Quando não acontece desse jeito e gerado um sentimento de desconfiança.
· Autonomia vs vergonha e dúvida: do 2º ao 3º ano, a criança tem necessidade de autocontrolo e aceitar controlo dos outros, vivendo um sentido de autonomia. As normas são importantes aqui.
· Iniciativa vs culpa: dos 3 aos 6 anos, com mais autonomiza a criança explora mais o mundo usando o corpo e a imaginação para buscar alcançar suas metas. 
· Diligência vs inferioridade: geralmente quando a criança entra para o ensino escolar, suas tarefas se tornam mais complexas, e desta forma aumentam as expectativas sobre o seu êxito e caso o mesmo seja frustrado, pode experimentar o sentimento de inferioridade.
· Identidade vs confusão: entre os 12 e 18/20 anos há uma crise fundamental: este indivíduo adquire uma identidade psicossocial pelo adolescente.
· Intimidade vs isolamento: até os 30 anos, os jovens adultos se deparam com a missão de construir suas relações efectivas de intimidade com os outros no plano de amor e amizade. Não conseguindo estabelecer este vínculo o sujeito se mantém em isolamento.
· Hiperactividade vs estagnação: dos 30 aos 60. O indivíduo passa a querer criar, produzir sua vida e como seu legado para as gerações futuras.
· Integridade vs desespero: a última idade, caracterizada pela avaliação do que o individuo fez ao longo da vida, uma retrospectiva.
Desenvolvimento psicossexual
A teoria do desenvolvimento psicossexual foi proposta por Sigmund Freud. Ele acreditava que a personalidade era desenvolvida atrás de uma série de estágios de infância em que a energia da busca do prazer do ID torna-se focada em determinadas áreas do corpo.
Freud descreveu o desenvolvimento psicossexual em 5 fases ou estágios:
1ª Fase (oral) -de 0 a1 ano
Nesta fase o desenvolvimento da personalidade e centrado na boca do bebe, ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de coisa em sua boca para satisfazer o prazer. Significa que seus prazeres são orientados para a boca, como a mordida e amamentação.
2ª Fase (anal) -de 2 a 4 anos
 Nesta fase o prazer e centrado no ânus, e a criança sente grande prazer em defecar, ela aprende a controlar seus esfíncteres. Essa capacidade rende a criança muitos elogios, fazendo com que ela a perceba como nova fonte do prazer. Envolve também o treino da higiene.
3ª Fase (fálica)-dos 3 aos 5 anos
Caracteriza-se pelo foco nas áreas genitais, momento em que as crianças se tornam conscientes das diferenças sexuais. A presença e ausência do pénis passa a ser objecto de temores que se dão de maneira inconsciente.
De acordo com Freud, a experiencia do menino e uma experiencia de complexo de Édipo e da menina e complexo de eletra.
4ª Fase (latência)-6 aos 14
Caracteriza-se por um deslocamento do prazer da sexualidade para actividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em actividades sociais e escolares considerado um período de relativa calma na evolução sexual.
5ª Fase (genital) -dos 14 em diante
O indivíduo desenvolve um forte interesse sexual no sexo oposto. Esta fase começa durante a puberdade, mas dura todo o resto da vida da pessoa, busca relacionar-se amorosamente com outras pessoas.
Desenvolvimento moral
O psicólogo Piaget afirmou que o desenvolvimento mora encontra-se ligado ao desenvolvimento cognitivo. Mas Kahlberg descreveu o desenvolvimento mora da criança tendo afirmado que atravessa três níveis de desenvolvimento moral e subdividiu em subníveis, totalizando s estágios
Estágio 1
Orientação para o castigo e a obediência, as crianças avaliam as mas e boas acções a partir das recompensas e castigo.
Estágio 2
Orientação para o bom menino/boa menina, evitando assim comportamentos inacataveis.
Estágio 3
Orientação para a ordem e a lei. A criança aceita que a sua aceitação na sociedade esta condicionada a obediência a lei.
Estágio 4
Orientação para o contrato social, a criança vê a sociedade como fonte da lei vale a protecção dos direitos individuais
Estágio 5
Orientação para os princípios éticos universais que seria o grau elevado do desenvolvimento moral, o que vale e a vida humana e ela tem primazia sobre todas as coisas.
Psicologia da Personalidade II
Gestalt e a Constituiçãoda Personalidade
Para Gestalt, a personalidade é o sistema de atitudes adoptadas nas relações interpessoais. Quando o ser humano chega ao mundo precisa necessariamente do calor de braços humanos, de contacto cheio de ternura. Precisa sentir-se seguro de que será protegido, de que foi desejado, de que alguém acalmará sua sede e fome.
Uma criança depende das experiencias dos pais e de seu meio ambiente. O homem vive a unidade solidária do seu destino individual com o destino da comunidade a que pertence, não pode ter êxito ou fracasso por sua conta. O problema do ser define-se então como possibilidade.
A acção do homem no seu ser-no-mundo é desdobrada pela possibilidade originária de ser-com-os-outros, não é jamais individual.
Os homens não se dirigem directa e simplesmente as coisas em sua mera presentidade, mas por uma trama de significados em que as coisas vão podendo aparecer. Para o organismo, antes que possa denominá-lo de algum modo personalidade, e na formação da personalidade, os factores sociais são essenciais.
Conceito de Personalidade para Karl Roger	
O Rogers preocupa-se com a tomada de consciência e com a experiência, apesar de encarar o self (também chamado de autoconceito e de noção do eu, é a percepção de si e da realidade) como o foco da experiência. A pessoa de funcionamento integral é aquela que tem consciência de sua self contínua. “ A personalidade que funciona plenamente é uma personalidade em contínuo estado de fluxo, uma personalidade constantemente mutável”(ROGERS, 1959,p,212 na ed. brasileira).
A pessoa de funcionamento integral tem características distintas, abaixo citadas: Aberta à experiencia: “ ela torna-se capaz de viver completamente a experiência do seu organismo, em vez de a impedir de atingir a consciência” (ROGERS, 1961); Vive no presente: “é capaz de realizar cada momento integralmente e reestruturar suas respostas à medida que a experiência permite ou sugere novas personalidades” (FADIMAN & FRAGER) Confiante nas exigências internas e no julgamento intuitivo: segurança crescente na hora de tomar decisões, valorizando sua capacidade de síntese de dados e elaborando melhores respostas. A pessoa de funcionamento integral é livre para responder e experienciar suas próprias respostas às situações por ela vivenciada. Essa é a essência da vivência de uma “ vida plena”. A “vida plena” é um processo, não um estado de ser. É uma direcção, não um destino” (ROGERS, 1961).
Teorias da Psicologia da Personalidade 
As teorias da personalidade diferem em questões básicas referentes à natureza da humanidade.
Teoria da Personalidade de Sigmund Freud
Existem muitas teorias que estudam a personalidade, porém uma das mais importantes na história do estudo da personalidade está a de Freud. Ele foi o primeiro a organizar, de facto, o conceito de teoria da personalidade. A psicanálise é o método desenvolvido por Sigmund Freud em 1896 cujas bases de estudos se fundamentam no inconsciente. 
Níveis de vida mental
Para ele a vida mental está dividida em dois níveis: o Inconsciente (que é dividido em pré-consciente) e o Consciente. Usava esses três níveis para designar tanto um processo quanto uma localização (hipotética).
Inconsciente- Contém todos os impulsos, desejos ou instintos que estão além da consciência, mas que no entanto, motivam a maioria de nossos sentimentos, acções e palavras. Ainda que possamos estar conscientes de nossos comportamentos explícitos, muitas vezes, não estamos conscientes dos processos mentais que estão por trás deles.
Pré-consciente- É onde todos elementos que não são conscientes, mas podem se tornar conscientes prontamente ou com alguma dificuldade. O conteúdo provém de duas fontes, a primeira: Percepção consciente- o que a pessoa percebe é consciente por um período transitório, isso passa para o pré-consciente quando o foco da atenção muda para outra ideia. Geralmente estas ideias que alternam entre ser conscientes e pré-conscientes estão livres de ansiedade, e são muito parecidas com as imagens conscientes do que os impulsos inconscientes. A segunda: Percepção inconsciente- Freud acreditava que as ideias podiam escapar do censor vigilante e entrar no pré-consciente de forma disfarçada. Algumas dessas imagens nunca se tornam conscientes porque trariam níveis crescentes de ansiedade, que viria a activar o censor final para reprimir essas imagens, obrigando-as a voltar para o inconsciente
Consciente-Único nível da vida mental que está disponível para nós. São aqueles elementos mentais na consciência em determinado ponto no tempo. As ideias podem chegar na consciência através de duas maneiras: Consciente perceptivo- está voltado para o mundo exterior e age para perceber estímulos externos. A segunda vem da Estrutura mental- que inclui ideias não ameaçadoras, do pré-consciente, e ameaçadoras (porém bem disfarçadas) do inconsciente.
Instâncias da Mente 	
Freud desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, e organizou o aparelho psíquico em três estruturas, e para ele o comportamento é resultado desses três sistemas que são o ID, o EGO e o SUPEREGO. Cada um é responsável por um aspecto da personalidade humana. 
O ID: É a parte mais primitiva da mente, na essência da personalidade e totalmente inconsciente. Esse é o aspecto da personalidade associado aos instintos. Ele funciona como uma fonte psíquica que opera através de pulsões e desejos inconscientes. É dele a solução imediata para situações de tensão, porém exclui a lógica, valores e moral. É o impulso orgânico que a mente produz, sempre em busca da obtenção do prazer. O ID não tem contacto com a realidade, mas se esforça constantemente para aliviar essa tensão satisfazendo desejos básicos, ele serve ao princípio do prazer.
O EGO: Diferentemente do que ocorre no ID, o Ego é a parte racional da nossa personalidade e controla os instintos. É a única região da mente que tem contacto com a realidade. Ele é o filtro mediador e balanceador entre o ID e os estímulos externos. Enquanto o Id funciona à base primitiva do desejo, o Ego opera no que é real, e busca satisfazer os desejos através de um objecto apropriado. Por ser o único em contacto com o mundo externo, o ego se torna o ramo executivo da personalidade ou o que toma as decisões.
O SUPEREGO: Aqui, o ID encontrou o seu oposto no que diz respeito aos valores morais. É dever do Superego trabalhar para que a perfeição seja atingida através do que é correcto perante a sociedade. É função do superego reprimir impulsos contrários às regras. “ O superego tem o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou errado, sem meio-termo) e está sempre em conflito com o ID”, explica o SBie (Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional). É criado por princípios moralistas e idealistas, em um contraste com o princípio do prazer e o da realidade. 
Mecanismos de defesa 
Os mecanismos são normais e usados universalmente, mas quando levados ao extremo culminam em comportamento compulsivo, repetitivo e neurótico. Quanto mais defensivos são, menos energia psíquica nos sobra para satisfazer os impulsos do ID. Que vai de encontro ao propósito do ego ao estabelecer mecanismos de defesa: evitar lidar directamente com impulsos sexuais e agressivos e se defender contra a ansiedade que os acompanha. Os principais são: 
Repressão- é o mecanismo mais básico porque está envolvido com os outros. Sempre que o ego é ameaçado por impulsos indesejáveis do ID, ele se protege reprimindo-os, ou seja, força os sentimentos ameaçadores para o inconsciente. 
Formação reactiva- uma das formas que faz um impulso reprimido se tornar consciente é a adopção de um disfarce que é directamente oposto à sua forma original. Pode ser identificado por seu carácter exagerado e sua forma obsessiva e compulsiva. – Inversão do desejo real. 
Deslocamento- as pessoas podem redireccionar seus impulsos inaceitáveis a vários objectos ou pessoas, de forma que o impulso original é disfarçado ou oculto. Exemplo: uma mulher está irritada com sua colega, mas desloca (ou desconta) sua raiva nos empregados. Deslocamentotambém pode se referir à substituição de um sintoma neurótico por outro, exemplo: o impulso compulsivo de se masturbar pode ser substituído por lavar as mãos compulsivamente. 
Fixação- quando a perspectiva de dar o passo seguinte produz ansiedade excessiva, o Ego pode recorrer à estratégia de se manter no estágio psicológico presente mais confortável- é a vinculação permanente da libido a um estágio do desenvolvimento anterior e primitivo. 
 Regressão- depois que a libido passou por algum estágio de desenvolvimento, durante momentos de ansiedade, ela pode regredir ao estágio anterior. Mais comuns em crianças, por exemplo: uma criança completamente desmamada pode regredir pedindo mamadeira ou seio quando nasce um irmão, pois a atenção dada ao novo bebé representa uma ameaça. Regressões costumam ser temporárias, enquanto que as fixações demandam gasto mais ou menos permanente de energia psíquica. 
Projecção- é quando um impulso interno produz ansiedade excessiva, e o Ego pode reduzir essa ansiedade atribuindo o impulso indesejado a um objecto externo, como outra pessoa. Ou seja, enxergar nos outros sentimentos ou tendências inaceitáveis, que na verdade, residem no próprio inconsciente. Um tipo extremo de projecção é a paranóia- fortes delírios de ciúmes e perseguição. 
 Introjecção- as pessoas incorporam qualidades positivas de outro individuo em seu próprio Ego. Exemplo: um jovem adopta os valores ou estilo de vida de um artista de cinema, essa introjecção dá a ele uma sensação de auto-estima e minimiza os sentimentos de inferioridade. 
Sublimação- ajuda tanto o individuo quanto o grupo social. É a repressão do alvo genital de Eros, que é substituído por um propósito cultural ou social- como arte, música. A frustração de um relacionamento afectivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimada na paixão pela leitura ou pela arte. 
Teoria da Personalidade em Jung
O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, também partia do pressuposto da existência do consciente e do inconsciente. Porém para Jung, existe também o conceito de inconsciente colectivo. Esse inconsciente não se trata só do que vivenciamos, e sim de tudo que a humanidade teve como experiencia. E foi nesse estudo que ele começou a ter divergências com Freud, mas essa também foi sua maior contribuição na psicologia.
Jung acreditava que cada um de nós é motivado não somente por experiências reprimidas, mas também por certas experiências de tom emocional herdadas de nossos ancestrais. Essas imagens herdadas compõem o que Jung chamou de Inconsciente Colectivo (elementos que nunca experimentamos de modo individual, mas que chegaram até nós pelos nossos ancestrais).
Níveis da Psique
Jung, assim como Freud baseou sua teoria da personalidade no pressuposto de que a mente, ou psique, possui um nível consciente e um inconsciente. Diferentemente de Freud, no entanto, Jung afirmava de modo veemente que a porção mais importante do inconsciente origina-se não das experiencias pessoais do individuo, mas do passado distante da existência humana, um conceito que Jung denominava inconsciente colectivo.
· Consciente- De acordo com Jung, as imagens conscientes são aquelas percebidas pelo ego, enquanto os elementos inconscientes não possui relação com o ego. A noção de Jung do ego é mais restritiva do que a de Freud. Jung entendia o ego como o centro da consciência, mas não o centro da personalidade. O ego não é toda a personalidade, mas precisa ser completado pelo self mais abrangente, o centro da personalidade, que é, em grande parte, inconsciente.
· O inconsciente pessoal- abrange todas as experiências reprimidas, esquecidas ou subliminarmente percebidas de um indivíduo. Ele contém memórias e impulsos infantis reprimidos, eventos esquecidos e experiências originalmente percebidas abaixo do limiar da consciência. O inconsciente pessoal é formado por experiências individuais e, portanto, é único para cada um. Algumas imagens no inconsciente pessoal podem ser lembradas com facilidade, outras são recordadas com dificuldade e há aquelas que estão além do alcance da consciência. O conceito de Jung do conceito de inconsciente pessoal difere um pouco da visão de Freud, do consciente e pré-consciente combinados. 
· Inconsciente colectivo- o inconsciente colectivo possui raízes no passado ancestral de toda a espécie. Representa o conceito mais controverso de Jung e característico. Os conteúdos físicos são herdados e transmitidos de uma geração para a seguinte como potencial psíquico. As experiências dos ancestrais distantes com conceitos tipo, Deus, mãe, terra, água, etc, foram transmitidos ao longo das gerações, foram transmitidos de geração em geração que as pessoas de todos os tempos e climas foram influenciadas por experiências de seus ancestrais primitivos. Os conteúdos do inconsciente colectivo são mais ou menos os mesmos para as pessoas em todas as culturas, eles não estão adormecidos, mas sim activos e influenciam os pensamentos/emoções/acções de uma pessoa. 
Teoria Humanista
Sistema de pensamento no qual os interesses e valores humanos são primordialmente importantes.
Os psicólogos humanistas faziam objecções à psicanalise e ao comportamento, que eram as duas forcas mais importantes na psicologia norte-americana daquela época, argumentando que esses sistemas ofereciam uma imagem da natureza humana demasiadamente restrita e negativa. Eles criticam Freud e outros seguidores da tradição psicanalítica por estes estudarem apenas o lado emocionalmente perturbado da natureza humana.
Eles questionavam como poderíamos esperar aprender sobre características e qualidades humanas positivas se nos concentrávamos apenas em neuroses e psicoses. Os humanistas dizem que o comportamento humano é demasiadamente complexo para ser explicado por meio de métodos e comportamentalistas.
As teorias dos humanistas enfatizam: a força e a aspiração humanas, o livre-arbítrio consciente e a realização do nosso potencial; Descrevem as pessoas como seres activos e criativos, interessados em desenvolvimento e auto-realização.
Abraham Maslow
Estipulou que a sua abordagem sobre a personalidade avaliaria os melhores representantes da espécie humana. Sua teoria da personalidade não tem origem em histórias de casos de pacientes clínicos, mas em pesquisas com adultos criativos, independentes, auto-suficientes e realizados. Maslow concluiu que cada pessoa nasce com as mesmas necessidades instintivas que nos capacitam a crescer, a nos desenvolver e a realizar nossos potenciais.
O desenvolvimento da personalidade: a hierarquia das necessidades
Maslow propôs uma hierarquia de 5 necessidades inatas que activam e direccionam o comportamento humano. Elas possuem um componente hereditário, mas podem ser influenciadas ou anuladas pelo aprendizado, pelas expectativas sociais e pelo medo de desaprovação.
As personalidades são dispostas ordenadamente, de mais forte a mais fraca. As necessidades inferiores têm se ser pelo menos parcialmente satisfeitas antes que as superiores se tomem influentes. Por exemplo, as pessoas famintas não sentem impulso para satisfazer a necessidade superior de estima; estão preocupadas em satisfazer a necessidade fisiológica de comida. É apenas quando têm alimento e abrigo adequado e quando as necessidades inferiores restantes estão satisfeitas que elas ficam pelas necessidades de classificação mais alta de hierarquia. Portanto não somos impulsionados por todas as necessidades ao mesmo tempo, geralmente apenas uma dominará a nossa personalidade.	
· Necessidades Fisiológicas: são aquelas que relacionam-se com o ser humano como ser biológico. São as mais importantes: necessidade de manter-se vivo, de respirar, de comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais, entre outras.
· Necessidades de segurança: são aquelas que estão vinculadas com as necessidades de sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, de conservar o emprego, por exemplo, ter um emprego estável, boa remuneração, plano de saúde, seguro de vida.
· Necessidades Sociais: são necessidades de manterrelações humanas com harmonia: sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho e afecto dos familiares, amigos e pessoas do sexo oposto.
· Necessidades de Estima: existem dois tipos: o reconhecimento das nossas capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa capacidade de adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digo, respeitado por si e pêlos outros, com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho. Incluem-se também as necessidades de auto-estima. 
· Necessidades de auto-realização: também conhecidas como necessidades de crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima; a autonomia, a independência e o autocontrole. 
· Necessidades cognitivas: Maslow propôs um segundo conjunto de necessidades inatas, as necessidades cognitivas – de conhecer e entender. A de conhecer é mais forte que a de entender, precisando ser satisfeita, pelo menos parcialmente, antes que a de entender possa emergir. Essas necessidades aparecem no final da 1ͣ infância e início da meninice e são expressas pelas crianças com uma curiosidade natural. Por ser inatas, não precisam ser ensinadas. O fracasso em satisfazer as necessidades cognitivas é danoso e tolhe o desenvolvimento e funcionamento plenos da personalidade. 
· Necessidades estéticas: Maslow sugeriu que algumas pessoas carecem de experiências esteticamente prazerosas. Quando as necessidades estéticas não são satisfeitas, o desenvolvimento completo da personalidade fica prejudicado. 
 Variáveis situacionais: também desempenham um papel na teoria de Maslow de desenvolvimento da personalidade. 
 Características das Necessidades
· Quanto mais inferior, mais fortes e prioritárias são. As superiores são mais fracas.
· As necessidades superiores surgem mais tarde na vida, as fisiológicas e de segurança emergem na infância e as de afiliação e de estima aparecem na adolescência e a de auto-realização na meia-idade.
· Maslow chamou as necessidades inferiores de necessidades de deficiência; o insucesso em satisfazê-las produz um défice ou uma privação no indivíduo.
· Uma necessidade não tem de ser completamente satisfeita antes que a próxima necessidade da hierarquia se torne importante.
· Embora a hierarquia de Maslow aplique-se à maioria de nós, pode haver excepções. 
 Teoria de Erich Fromm
 Forças que influenciam a personalidade: sociais e culturais que afectam o indivíduo numa cultura e forças universais que vêm influenciando a humanidade durante toda a sua história.
 Fromm acreditava que não éramos moldados por forças biológicas. Sua ênfase nos determinantes sociais da personalidade é mais ampla. Pode-se dizer que ele tem uma visão mais extensa do desenvolvimento da personalidade do que os outros teóricos devido a sua preocupação com a história. Ele sugeriu que nos eventos históricos podemos encontrar as raízes da solidão, da insignificância e do isolamento humano. Para encontrarmos um significado para a vida, precisamos fugir da sensação de isolamento e desenvolver um senso de que fazemos parte de algo. 
Fromm era optimista em relação a nossa capacidade de criar nosso próprio carácter e solucionar os nossos problemas. 
Divergências em relação à Freud: Fromm afastou-se tanto das teorias de Freud na elaboração de sua abordagem que passou a ser extremamente odiado no círculo freudiano. 
Visão de Fromm da condição humana: na história da civilização ocidental, como as pessoas foram conseguindo mais liberdade, passaram a se sentir mais solitárias, insignificantes e alienadas. Opostamente, quanto menos liberdade tinham, mais se sentiam entrosadas e seguras. 
 Alienação da natureza: Os humanos estão livres dos mecanismos biológicos instintivos que guiam o comportamento animal. Mais do que isso, são seres conscientes de si mesmos e de seu mundo. 
Processos psíquicos cognitivos 
A presente Unidade procura abordar aquilo que chamamos de Processos Sensoriais, que também são processos cognitivos, como elementos importantes na construção do Conhecimento. Para o efeito serão tratados alguns sentidos, tais como: Audição, Visão, Olfacto, Tacto, etc.
A possibilidade de sobrevivência no mundo depende da capacidade de utilização do repertório (equipamento) humano, os sentidos. A capacidade de descriminar os estímulos ambientais depende dos nossos sentidos, Isto é, audição, visão, tacto, gustação, olfato. 
Sensação é para Abrunhosa & Leitão (2009, p. 139) a “captação de estímulos realizada pelos órgãos sensoriais” nota-se neste conceito que cada sentido é responsável na captação de um determinado estímulo. A este conjunto de órgãos e suas funções é denominada de processos sensoriais.
A questão mais discutida no estudo dos processos sensoriais é a “Origem do Conhecimento” (GLETMAN, FRIDLUND & REISBERG, 2009). Os empiristas defendem a posição da passividade dos nossos sentidos na construção do conhecimento, nesta ordem de ideia tal como a máquina fotográfica, os nossos sentidos captam das meias experiências pré-concebidas, exclui-se aqui o seu papel seletivo. Locke (ano), um dos representantes desta corrente, defendia que nada existia na mente do individuo ao nascer, o ser humano era simplesmente uma folha em branco ou uma tabua rasa. Hoje acreditamos que os empiristas foram reducionistas, o homem é capaz de selecionar, ordenar os estímulos e atribui-lhes o significado, pois o indivíduo percebe-os porque guardam sentido para ele.
Codificação Sensorial
 Um código é um conjunto de regras através das quais um conjunto de símbolos e transformado num outro conjunto de símbolos (GLEITMAN, FRIDLUND & REISBERG, 2009). É a tentativa de compreender os intervenientes no processamento sensorial, ou seja, entre o estímulo físico e a experiência sensorial leva-nos a discutir as diferentes formas de codificação sensorial.
De acordo com os autores acima referenciados, temos três formas de explicar a codificação sensorial:
Código sensorial- através dele o sistema nervoso representa as várias experiências sensoriais;
 Código da intensidade psicológica- mudanças no volume do som, do brilho, em geral quanto mais intenso o estímulo mais é a probabilidade de ativação neuronal e maior será a magnitude psicológica.
Código da Qualidade sensorial- o que distingue uma sensação da outra não é apenas o estímulo que causa esta sensação, a doutrina da energia específica dos nervos explica que as diferenças nas qualidades sensoriais não são causadas por diferenças dos próprios estímulos, mas pelas diferentes estruturas nervosas que esses estímulos excitam. 
Para o melhor esclarecimento das qualidades sensoriais, Myers (1999) propõe o conceito Limiar para designar os diferentes níveis de estimulação ou de intensidade sensorial, assim temos Limiar inferior, absoluto e relativo.
Limiar Inferior- também chamado de estimulação subliminar, isto é abaixo do limiar essas estimulações normalmente não as sentimos, mas ela tem poder sobre o mundo sensorial. 
Limiar Absoluto- é o nível em que detectamos o estímulo na metade das vezes, se for abaixo destes níveis poucas vezes detectaríamos, por isso pode ser considerado como o nível médio e não necessariamente absoluto. Por esta razão significa que todos os estímulos apresentados a este nível serão percebidos. 
Limiar Relativo- também conhecido por diferença mal perceptível. Não é um a quantidade constante, mas certa proporção relativamente constante do estímulo, o limiar inferior varia com o aumento da magnitude do estímulo, dai a designação relativa. 
Os Sentidos
Não vamos entrar em muitos detalhes sobre aos diferentes tipos de sentidos, para mais esclarecimento temos no fim do manual uma proposta de obras a consultar.
O sentido e o mundo; Princípios Básicos;
Os sistemas sensoriais permitem que os organismos obtenham as informações de que precisam. Através das sensações conhecemos os pormenores ou aspectos dos objetos e das situações. No entanto as condições das sensações são os agentesexternos ou internos que excitando os receptores sensoriais determinam neles modificações que atingem a consciência. 
No processo das sensações temos que considerar as seguintes condições e fases:
a) O estimulo- que é todo o agente capaz de provocar uma resposta de um organismo, podem ser estímulos mecânicos (tácteis e sonoros), físicos (térmicos, eléctricos e luminosos) e químicos (gustativos e olfativos).
b) A excitação- que é a modificação momentânea a que se segue uma reação de um organismo a um estímulo. A existência deste depende da eficácia do estímulo.
c) A sensação- que é a apreensão pela consciência da mensagem nervosa originada pela consciência. 
Visão
A tarefa do sentido visual, como a de todos os sentidos, é a de receber a estimulação, convertê-la para sinais neuronais e enviar estas mensagens neuronais para o cérebro.
O estímulo da visão é a radiação ou vibrações luminosas. Para que o estímulo seja eficaz são necessárias três condições: frequência, intensidade e duração.
Dispositivo receptor
O principal dispositivo receptor da vista é a retina que é uma membrana de meio milímetro (1/2 mm) de espessura. Cada uma das retinas forra a parte do glóbulo ocular e prolonga-se pelo nervo óptico até ao cérebro.
Há dois (2) tipos de retinas – as que terminam em forma de bastonetes e as que se apresentam em forma de cones. Estes dois tipos de células correspondem a sensibilidades e funções diferentes.
Por exemplo, os bastonetes são extremamente sensíveis à luz e não suportam a luminosidade intensa pelo que só entram em funcionamento na semi-obscuridade. Por isso, os animais de vida noturna como (gato, morcego...), têm uma retina rica em bastonetes.
Os cones são essencialmente sensíveis às cores e são menos sensíveis à luz. Tem o seu funcionamento de dia ou quando a luminosidade é suficientemente intensa.
Audição
O estímulo sonoro é constituído por vibrações mecânicas transmitidas por um meio elástico geralmente o ar. Para que haja o estímulo sonoro deve-se ter em conta as três condições – duração, intensidade e frequência.
As frequências audíveis ao homem variam entre 20 e 20 mil vibrações por segundo. As frequências inferiores a 20 (infracções) e superiores a 20 mil não excitam o ouvido humano.
As altercações são audíveis por certos animais como, por exemplo, cães e ratos. Portanto, o dispositivo receptor da audição, situa-se no ouvido interno nas chamadas células auditivas onde se gera o influxo nervoso, transmitido ao cérebro pelo nervo auditivo.
Os dados imediatos da audição são os sons e ruídos. Os sons são sensações distintas e geralmente agradáveis produzidas por vibrações de frequências regulares.
Os ruídos são sensações confusas geralmente desagradáveis produzidas por vibrações de frequências irregulares. 
Outros Sentidos
Acontecimentos extraordinários estão ocultos dentro dos quatro outros sentidos comuns: tacto, paladar, olfato e o sentido de posição.
O tacto
O estímulo táctil é qualquer corpo sólido, liquido ou gasoso com a condição de que comprima a pele deformando-a mais ou menos ligeiramente. A sua ação é mecânica. 
Os dispositivos receptores tácteis distribuem-se pelas diferentes regiões da pele. É de realçar a existência de dois tipos de receptores:
a) Superficiais - sensíveis a deformações ligeiras, fornecem sensações de contato.
b) Profundas- só sensíveis a compressões demoradas, fornecem sensações de pressão.
Portanto, os dados imediatos de tacto são as sensações de pressão e de contato.
O paladar
Como o tacto, o sentido do paladar envolve quatro sensações básicas, nomeadamente doces, azedo, salgado e amargo. O gosto é uma sensação química.
Os estímulos gustativos são substâncias chamadas sápidas que se diluem na saliva, (ação química). O dispositivo receptor é constituído por células reunidas em papilas e que com ramificações do nervo gustativo se encontram dispostas na superfície da língua.
Para que as células sejam excitadas é necessária a diluição, por isso, a introdução na boca de qualquer substância sápida determina logo um acréscimo de secreção salivar (reflexo salivar).
Os elementos do sentido gustativo são os sabores e que se dividem em quatro grupos – doce, amargo, acida e salgado. Esta distinção de sabores tem uma base fisiológica, porque cada sabor fundamental corresponde a grupos de células de estabilidade química diferentes.
A sensação gustativa combina-se com as outras que as enriquecem ou modifica (térmicas ou olfativas). 
As sensações gustativas térmicas, como por exemplo, café, cerveja, sopa e água sabem de modo diferente conforme se são tomadas quentes ou frias. As sensações olfativas, ao exemplo da comida, da bebida entre outras sabem melhor quando cheiram bem.
O olfato
Como o paladar, o olfato é uma sensação química. Cheiramos alguma coisa quando moléculas de uma substância trazidas pelo ar alcançam um pequeno agrupamento de 5 milhões de células receptoras no alto de cada cavidade nasal.
Os estímulos olfativos são partículas de substâncias voláteis transportadas na corrente respiratória que passam pelas fossas nasais.
O seu dispositivo receptor é constituído por uma camada de células extremamente excitante que são ramificações de nervo olfativo e que formam um número de muitos milhões da mucosa nasal especialmente na sua parte superior.
Os dados imediatos do sentido olfativo são os odores. Há uma grande qualidade de odores muito ricos em qualidades sensíveis. Uns agradáveis (flores, frutos), outros desagradáveis (suor) e outros ainda repugnantes (carnes podres, excrementos humanos, ovos podres, etc.).
A sensibilidade olfativa é varia muito de espécie para espécie e é relativamente pouco desenvolvida no homem e extremamente desenvolvida nos animais chamados osmóticos, na vida dos quais tem um papel primordial. É pelo olfato que os animais geralmente distinguem substâncias próprias para a sua alimentação das substâncias nocivas. É pelo olfato que os animais caçadores e predadores descobrem e perseguem as suas presas.
O sentido de posição
O funcionamento eficaz do corpo exige um sentido sinestésico, que comunica ao cérebro a posição e o movimento de partes do corpo, assim como um sentido de equilíbrio, que monitora a posição e o movimento de todo o corpo.
Chama-se sentido de equilíbrio a capacidade que o ser vivo tem de assumir quer no estado de repouso quer em movimento, a posição somática correspondente às exigências de momento. 
E o sentido de orientação é a capacidade que tem o ser vivo de se situar no espaço e de se dirigir para o lugar não diretamente percebido.
Os estímulos de orientação e de equilíbrio são de natureza mecânica respectivamente a força de gravidade e as forças centrípetas produzidas pelos movimentos do nosso corpo.
O dispositivo receptor dos sentidos de equilíbrio e de orientação no homem é o ouvido interno a que se encontram dispositivos sobre os quais atuam os estímulos, isto é, os otólitos e a endolinfa.
Os otólitos são corpúsculos calcários (pedrinhas) situados em pequenas cavidades do ouvido interno. São sensíveis a ação da gravidade, isto é, pesam sob ação de gravidade. Os otólitos fazem a pressão sobre as células revestidas de cílios tácteis e que por sua vez comunicam com os nervosos sensitivos através dos quais a excitação é transmitida ao cérebro.
Restrições Sensoriais
Pessoas temporária ou permanentemente privadas de um dos sentidos geralmente compensam ao se tornarem mais conscientes das informações recebidas dos outros sentidos.
Experiências de restrição sensorial temporária muitas vezes acarretam uma percepção aguçada de todas as formas de sensação. Sob supervisão, a restrição sensorial pode proporcionar um impulso terapêutico para as pessoas que procuram controlar problemas como o tabagismo. 
Percepção
Chama-se percepção o processo de organização e interpretação dos estímulos sensoriais. Difere da sensação na medida em que é uma actividade cognitiva pela qual conferimos sentido e significação à informação sensorial. No entanto, a percepção é um fenômeno complexo e resultante da interação de vários fatores e tem

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