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7
UNIVERSIDADE PAULISTA
Antonia Vanere da Silva – RA. C14381-2
Débora Kelly de Carvalho Cruz – RA. C009EJ-1
Talita Pinheiro Panassol – RA. C06144-1
Vania Estephani G. Hermosilla – RA. C060AC-0
Ana Cristina de Assis Costa – RA. C20GDD-9
RESENHA DO LIVRO O SUPLICIO DO PAPAI NOEL
SOROCABA
2014
Antonia Vanere da Silva – RA. C14381-2
Débora Kelly de Carvalho Cruz – RA. C009EJ-1
Talita Pinheiro Panassol – RA. C06144-1
Vania Estephani G. Hermosilla – RA. C060AC-0
Ana Cristina de Assis Costa – RA. C20DDG-9
RESENHA DO LIVRO O SUPLICIO DE PAPAI NOEL
Resenha do livro O Suplicio do Papai Noel o processo de criação dos mitos, do curso de Serviço Social, segundo período 2014 apresentado à Universidade Paulista – UNIP
Orientadora: Sandra Saleti
SOROCABA
2014
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ........................................................................................01
2 RESENHA................................................................................................03
3 PROCESSO DE CRIAÇÃO DOS MITOS.....................05
4 CONCLUSÃO .........................................................................................07
5 BIBLIOGRÁFIA.......................................................................................08
1 INTRODUÇÃO
Claude Lévi-Strauss, um dos grandes pensadores do século 20, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia.
O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada, sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte, surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de indígenas das Américas do Sul e do Norte.
	Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.
Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17° Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: “Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados, meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele – isso é algo que sempre deveríamos ter presente”.
Neste livro o autor trabalha toda uma gama de simbologia das festas natalinas. E tal ensaio se deu devido a um confronto entre membros da igreja francesa e a sociedade desse país em 1951, pois a igreja católica, junto da protestante considerou a figura do Papai Noel, pagã e que a festa havia perdido o significado religioso. 
Mas o autor recorre aos estudos de outras sociedades e também a fatos históricos, para justificar a existência de tal personagem, nas festividades natalinas e também importância deste no ritual de passagem contemporâneo.
È interessante, pois retrata que o natal sempre foi uma festa pagã, com sacrifícios, rituais e passagens. Sendo também essa personagem, não apenas uma figura que representasse a benevolência e a compaixão, mas sim a punição pelo péssimo comportamento de uma criança, sendo esta punida com um brinquedo mais simples do que se comportou melhor.
Trata também de que a festa de Natal moderna, não é um modelo único imposto pelo imperialismo dos EUA, mas sim toda uma convergência de tradições anglo-saxões e também romanas. E que tais rituais existem com algumas peças diferentes, em sociedades que não tiveram contato com os povos europeus.
2 RESENHA
Os artigos, em sua maioria, são cheios de dados: é tão bonito acreditar em Papai Noel, não faz mal a ninguém, as crianças se divertem tanto e guardam lembranças deliciosas para a maturidade etc. Na verdade, fogem à questão em vez de respondê-la, pois não se trata de justificar as razões pelas quais as crianças gostam de Papai Noel, e sim as razões pelas quais os adultos o inventaram. 
Assim, vimos surgir os grandes pinheiros, montados nos cruzamentos ou nas avenidas principais, iluminados à noite; os papéis decorativos para embrulhar os presentes de Natal; os cartões de boas-festas, e o costume de expô-los em cima da lareira dos destinatários na semana fatídica; as campanhas do Exército da Salvação erguendo nas ruas e nas praças seus caldeirões como se fossem potinhos de pedintes; por fim, as pessoas vestidas de Papai Noel para receber os pedidos das crianças nas grandes lojas de departamentos. Não muito diferente dos mitos desvendados anteriormente, só que agora são mitos da sociedade moderna.
Não podemos dizer que isso adveio somente dos costumes importados dos EUA ou por existirem muitos americanos na França com hábitos e costumes também americanos, mas é algo que sempre aconteceu na sociedade, em relação aos mitos de outras gerações vividas.
A forma americana é apenas sua encarnação mais moderna. Essa invenção/encarnação, porém, não nasceu do nada, pois outros costumes medievais são plenamente comprovados, como por exemplo, a chamada lenha de Natal.
Em tal contexto, a árvore de Natal surge como uma solução sincrética, isto é, concentra num só objeto exigências até então dispersas: árvore mágica, fogo, luz duradoura, verde persistente. Inversamente, Papai Noel, em sua forma atual, é uma criação moderna, e ainda mais recente é a crença que situa sua morada na Groenlândia, possessão dinamarquesa.
Por que então ele desperta tanta emoção? E por que é em torno da figura de Papai Noel que se concentra a animosidade de algumas pessoas?
Do ponto de vista da tipologia religiosa não é um ser mítico, pois não há um mito que dê conta de sua origem e de suas funções; tampouco é um personagem lendário, visto que não há nenhuma narrativa semi-histórica ligada a ele. Na verdade, esse ser sobrenatural e imutável, fixado eternamente em sua forma e definido por uma função exclusiva e um retorno periódico, pertence mais à família das divindades; as crianças prestam-lhe um culto em certas épocas do ano, sob a forma de cartas e pedidos. Durante o ano todo, invocamos a vinda de Papai Noel para lembrar às crianças que a generosidade dele será proporcional ao bom comportamento delas.
Historicamente, o Papai Noel da Europa Ocidental, com sua preferência pelas chaminés e pelos sapatos, resulta pura e simplesmente de um deslocamento recente da festa de São Nicolau, assimilada à comemoração de Natal, três semanas mais tarde.
Isto explica porque o jovem bispo se transforma num velho, mas apenas em parte, pois as transformações são mais sistemáticas do que o acaso das conexões históricas e de calendário nos faria admitir. Um personagem real se tornou um personagem mítico, fez-se símbolo da idade madura, o apóstolo das más condutas é incumbido de sancionar as boas condutas. Os adolescentes abertamente agressivos com seus pais são substituídos pelos pais que agora se ocultam atrás de barbas postiças para cobrir as crianças de brinquedos. 
O autor associa essas tradições ao natal quando fala da exclusão das crianças sobre a verdade sobre a tradição do natal, visto que elas são o alvo da tradição, pois sabemos que o Papai Noel não existe, mas mesmo assim fazemos as crianças acreditarem nele e depois dizemos que é mentira, então percebemos a partir de um fato ocorrido em uma pequena cidade e suas relações intrínsecas o quanto isso se relaciona com nosso cotidiano e muitas vezes nem sequer cogitamos hipóteses relacionadas. De fato é, portanto capaz de combinar fatos e relacioná-los com todo o conhecimento adquirido, para assim como Lévi-Strauss, sermos capazes de por causa de um Suplício de um Papai Noel conseguir relacioná-lo com morte ou até mesmo divindade.
3 PROCESSO DE CRIAÇÃO DOS MITOS
Os mitos foram utilizados pelos povos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles, explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado.
A estrutura do mito vem de uma formaque tranquilize os ânimos e responda às necessidades do coletivo.
Mito é um personagem criado, como Zeus, Hércules, fênix, etc. Para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de historias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente através da literatura oral, é o narrador quem constrói o esquema do mito, porém ele só nasce e se consolida a partir da aceitação coletiva, ou seja, o mito só existe quando cai no senso-comum. É ele quem dá a vida ao mito, assim o mito possui três funções principais: explicar, organizar e compensar.
O pensamento mítico envolve e relaciona elementos diversos, fazendo com que eles ajam entre si. Depois, ele organiza a realidade, dando um sentido metafórico às coisas, aos fatos. Em terceiro plano, ele cria relações entre os seres humanos e naturais, mantendo vínculos secretos que necessitam ser desvendados, nos ajuda a se acomodar no meio em que vivemos.
O mito é muito confundido com o conceito de lenda, porém esta não tem compromisso nenhum com a realidade, são meras histórias sobrenaturais, como é o caso da mula sem cabeça e do saci pererê. O mito não é exclusividade de povos primitivos, nem de civilizações nascentes, mas existe em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender a realidade.
E não pense que a criação de mitos é apenas algo dos povos antigos e deixou de ser feito nos dias de hoje. Um mito pode sobreviver além de seus povos de origem, e isso acontece justamente pela novas versões deles que vão surgindo, seja com a continuidade da narrativa oral que se transformam de geração para geração, seja com novas obras literárias que buscam um novo olhar sobre um certo mito ou até mesmo tentando recriá-lo completamente para adaptá-lo as novas gerações. Mesmos nas mídias artísticas mais modernas como o cinema, ou inclusive os videogames, essa criação de novos mitos continua a ser feita. 
No livro “O suplicio do Papai Noel”, o Papai Noel não é um ser mítico, pois não há um mito que dê conta de sua origem e de suas funções; tampouco é um personagem lendário, visto que não há nenhuma narrativa semi-histórica ligada a ele. Na verdade, esse ser sobrenatural e imutável, fixado eternamente em sua forma e definido por uma função exclusiva e um retorno periódico, pertence mais à família das divindades, as crianças prestam-lhe um culto em certas épocas do ano, sob a forma de cartas e pedidos; ele recompensa os bons e priva os maus. É a divindade de uma categoria etária de nossa sociedade (categoria etária, aliás, suficientemente caracterizada pelo fato de acreditarem Papai Noel), e a única diferença entre Papai Noel e uma verdadeira divindade é que os adultos não crêem nele, embora incentivem as crianças a acreditar e mantenham essa crença com inúmeras mistificações.
4 CONCLUSÃO
O papai Noel recompensa os bons e priva os maus. É a divindade de uma categoria etária de nossa sociedade (categoria etária, aliás, suficientemente caracterizada pelo fato de acreditar em Papai Noel), e a única diferença entre Papai Noel e uma verdadeira divindade é que os adultos não crêem nele, embora incentivem as crianças a acreditar e mantenham essa crença com inúmeras mistificações.
É fato consumado que os ritos e mitos de iniciação têm uma função prática nas sociedades humanas: eles ajudam os mais velhos a manter a ordem e a obediência entre os mais novos. 
A mitologia é algo tão enraizado na sociedade, que mesmo depois da descoberta da ciência ainda nos debatemos com ela.
5 BIBLIOGRAFIA
Livro: o Suplicio do Papai Noel Autor: Claude Lévi-Strauss, 1952. Editora: CosacNaify, 2008.
www.oocities.org/br/.../filosofia/filosofia_mitologia.htm
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2000, p. 161-3.
http://culturaerevolucao.wordpress.com/2010/10/17/biografia-de-claude-levi-strauss-antropologo-frances-nascido-na-belgica/

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