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ÉTICA DO ADVOGADO

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7
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO	3
2 REFERENCIAL TEÓRICO 	3
2.1 ÉTICA DO ADVOGADO	3
2.2 A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL	5
2.3 DA ÉTICA DO JUIZ DE DIREITO	6
2.4 DA ÉTICA DO PROFESSOR DE DIREITO	7
2.5 DA ÉTICA DO ESTUDANTE DE DIREITO	8
2.6 DAS LEIS SOBRE ÉTICA E JURISPRUDÊNCIAS	10
3. CONCLUSÃO	11
4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS	12
1. INTRODUÇÃO
Falar de ética é trazer a mente o que há de bom e de mau dentro de cada indivíduo, sejam particulares, agentes públicos ou a sociedade em geral, quando a relação entre essas pessoas ficam ameaçadas pelo no cumprimento seja de preceitos jurídicos, social e costumes esperados, entra a atuação do poder público, através das Leis, punição Estatal, como forma de regulamentar a vivência em sociedade.
A presente pesquisa salienta a importância da ética na sociedade, analisando precisamente o caso dos profissionais da área do direito sejam eles: professores, juízes, advogados, estudantes ou advogados. A importância de que alunos obtenham uma formação pautada na ética é algo primordial nos tempos atuais, diante de situações de escândalos, enfraquecimento de instituições públicas devido a escândalos de corrupção e necessidade latente da população de ver os princípios e Leis Brasileiras, serem obedecidas por toda sociedade.
O tema é de grande importância para os estudiosos sobre o tema, bem como para toda sociedade, haja vista, o tema ética estar intrínseco na sociedade desde as civilizações mais remotas, sendo fundamental para a obediência das relações sociais e respeito a convivência pacífica.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 ÉTICA DO ADVOGADO 
A ética tem sido um dos assuntos mais tratados nos dias atuais, uma vez que a corrupção, o descaso social e os vários escândalos políticos e sociais expostos todos os dias nas mídias gera uma revolta na sociedade e faz com que a mesma exija o resgate de valores morais em todos os contextos, sejam eles políticos, científicos ou econômicos. Rios ao falar de ética destaca:
Devemos, então, considerar que a idéia de crise aponta para duas perspectivas a de perigo e a de oportunidade. Se considerarmos apenas o perigo, correremos o risco de nos deixarmos envolver por uma atitude negativa, ignorando as alternativas de superação. E importante considerar a perspectiva de oportunidade, que nos remete a critica, como um momento fértil de reflexão e de reorientação da pratica (RIOS, 1995, p. 77). 
Assim como diversas outras profissão espera-se do advogado que o mesmo haja com ética e respeito com seus clientes, partes que venham a litigar, assim como colegas de profissão. O homem desde seu início na civilização sempre esteve em constante necessidade de interagir com os seus semelhantes, seja como forma de se manter em sociedade ou como forma de influenciar pessoas. Sobre a ética Nalini é unânime em afirmar:
Ética e a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. [...] O objeto da ética e a moral. A moral e um dos aspectos do comportamento humano. [...] A distinção entre ambas seria que a ética e mais teórica do que a moral. Pretende-se mais direcionada a uma reflexão sobre os fundamentos do que a moral. O que designaria a ética seria não apenas uma moral, conjunto de regras proprias de uma cultura, mas uma verdadeira “metamoral”, uma doutrina situada alem da moral. Dai a primazia da ética sobre a moral: a ética e desconstrutora e fundadora, enunciadora de princípios ou de fundamentos últimos (NALINI, 2001, p. 36).
A necessidade da ética se da desde os primeiros anos de graduação do futuro advogado, seja preceitos seus adquiridos no seu lar, como ensinados pelos seus discentes, como sua convivência profissional, independente da atual conjectura do país. Conforme preconiza o artigo 2º do Código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil: “O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce”.
Importante ressaltar que o direito tem um substrato ético fundamental: e baseado no respeito entre as pessoas e na idéia de limitar atividade própria para tornar possível o exercício da atividade alheia. Este soberano imperativo ético e pressuposto da ordem jurídica e constitui, a um tempo, limite e freio da reciprocidade jurídica (NALINI, 2001, p. 85).
Dada tal importância, como forma de pleitear o acesso dos cidadãos aos seus direitos, o advogado é de suma importância, como procurador daqueles que se encontram cerceados dos seus direitos. A importância do advogado na sociedade se da pela sua obrigação social e moral em ser uma espécie de instrumento da viabilização do acesso a justiça, sempre buscando os interesses dos seus clientes, porém sempre agindo com ética. 
Para que possa ter sua liberalidade profissional e atuação eficaz, o advogados dispõe de liberdade par argüir contra descumprimentos normativos, irregularidades nas audiências ou processos que venha atuar, tendo a Ordem dos Advogados do Brasil, como seu representante para representá-lo no que for necessário para garantia das suas prerrogativas.
2.2 DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
A advocacia é de suma importância como meio de garantir o acesso aos direitos dos cidadãos, principalmente quando esses são violados, exercendo assim a advocacia o elo entre o Poder Judiciário e a sociedade. Conforme dispõe no artigo 2º do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce”. O Estatuto da OAB fomenta a importância do advogado na sociedade, sendo que a criação da OAB no Brasil se deu na década de 30, sobre sua importância Lobo (2007, p. 223) destaca:
Na República Velha, a hegemonia política dos bacharéis deu sinais de declínio, na proporção do crescimento da advocacia como profissão autônoma e independente do Poder Público. Somente com a criação da OAB, em 1930, iniciou no Brasil a regulamentação profissional do advogado, com exigência de formação universitária, salvo nas regiões do Brasil onde se fazia necessária a figura do rábula ou provisionado. Até 1994, os dois primeiros Estatutos da Advocacia (Dec. N. 20.2784, de 14-12- 1931, e Lei n. 4.215, de 27-4-1963) voltavam-se exclusivamente para a advocacia entendida como profissão liberal autônoma. Não contemplavam a advocacia extrajudicial e o advogado assalariado dos setores público e privado.
O Brasil passou por um grande período ditatorial, onde a atuação dos advogados, bem como muitos direitos foram cerceados, necessitando assim que os advogados possuíssem uma classe profissional que buscasse os interesses dos advogados. A partir da Lei nº 8.906 de 1994, criando assim o Estatuto das Ordens dos Advogados do Brasil, foram dados os passos necessários para que a advocacia no Brasil não sofresse interferências, bem como influencia externa, algo bastante comum na era ditatorial.
A Ordem dos Advogados do Brasil é classificada como pessoa jurídica de direito público interno, sui generis, que foi criada através de lei federal, que visa a prestação de um serviço público, no qual é o serviço advocatício, a OAB possui como característica isenção tributária, sendo que seus funcionários são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Diversas são as formas a qual esse advogado poderá ser representado pela OAB, desde a assistência social da caixa de assistência, que é um órgão da OAB que visa o atendimento prestacional ao advogado carente, no caso a doação de cestas básicas ou descontos de serviços aos associados. Bem como o órgão defende as prerrogativas do advogado, seja o livre acesso aos tribunais, ou demais prerrogativas previstas no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.
2.3 DA ÉTICA DO JUIZ DE DIREITO
Assim como o advogado ou qualquer outro profissional que esteja diretamente ligado aoPoder Judiciário, também se espera do juiz de direito, que o mesmo haja com ética e prestação isenta a sociedade. O magistrado é importante como meio de manuntenção do Estado democrático de direito, julgando com isenção, imparcialidade, conforme o que preconiza a legislação. Sobre a importância da ética Boof (2003) enfatiza:
[...] percebemos que ética e moral não são sinônimos. A ética é parte da filosofia. Considera concepções de fundo, princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos, então, que tem caráter e boa índole. A moral é parte da vida concreta. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes e valores estabelecidos que podem ser, eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue costumes) mas não necessariamente ética (obedece a princípios). (BOFF, 2003).
Conforme defende Cortella (2010), falar de ética é lembrar que a mesma é composta por um conjunto de princípios e valores esperado na convivência em sociedade, sendo tudo aquilo que serve como base para que as pessoas possam basear suas ações em sociedade, bem como avaliar o que bom e errado para si. Sobre os deveres dos magistrados no Brasil, a Constituição Federal de 1988 destaca:
Art, 35 – são deveres do magistrado: I - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;  II - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;  III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;  IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência. V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado; VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término; VIl - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes; VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular (BRASIL, Constituição Federal de 1988).
A sociedade, o advogado, as partes, que pleiteiam seu processo perante o judiciário, esperam do juiz de direito, uma conduta exemplar, pautada na defesa da justiça aos mais fracos, equiparando as partes, sem que um se sobreponha a outra parte, preservando assim os princípios da Constituição Federal.
Herkenhoff (2010) defende que a exigência da sociedade, sobre os magistrados é que os mesmos tenham uma conduta exemplar, pautados na ética, condutas essas que no que for contrário a essas atitudes serão consideradas inaceitáveis pela sociedade.
2.4 DA ÉTICA DO PROFESSOR DE DIREITO
Todos os professores de nível acadêmico possuem grande influência sobre seus alunos, independente do curso a ser cursado, porém o curso de direito, exige que esse docente repasse aos seus alunos a responsabilidade, deveres éticos da profissão, bem como interpretação dos dados a quais esses futuros bacharéis de direito estarão sujeitos, na vivencia diária de suas profissões, seja como advogados, futuros juízes, promotores, conciliadores, independente da profissão que irão escolherem. Ensinar a ética da profissão é algo cabível ao professor, como mestre, para Mondardo:
Uma educação ética se realiza com a ajuda de professores, ou melhor, de ‘mestres’ éticos. Aqueles que ajudam o aluno a ter a cabeça bem feita e se preocupam tanto em enchê-la. [...] Aluno e professor construindo uma relação de afetividade. Um ensinar e aprender voltado para a compreensão da vida em sua totalidade, humanizando as relações de saber. Uma postura capaz de se apropriar do conhecimento, mas que o transforma em experiência de vida, numa teia de valores a serviço de ‘um devir que se constrói a cada instante numa perspectiva de uma ética do amor’ (MONDARDO, 2002, p. 84).
A importância do professor docente de nível superior, do curso de direito se da pela grande maioria esta na vivência diária da profissão a ser ministrada, sendo em sua grande maioria, composta por juízes, promotores, policiais ou outras áreas afins, estando assim agregando o seu conhecimento diário com a teoria da matéria a ser ministrada. 
Rios (1995, p. 56), enfatiza: “A prática educativa emancipatória requer, efetivamente do educador, uma tomada de posição pela missão histórica consciente e conseqüente da humanidade, de destruir as relações de classe que sustentam a alienação e privam o homem de seu pleno desenvolvimento humano. Mas a prática educativa é antes de tudo, profissional”.
O que pode se dizer que tanto agrega conhecimento a esses alunos do curso de direito é que raríssimos professores da área do direito, somente se dedicam a área pedagógica, tendo como diferencial o curso aliar todas as informações necessárias para que quando iniciarem a prática, não se deparem com informações que não enfrentaram no bancos acadêmicos.
2.5 DA ÉTICA DO ESTUDANTE DE DIREITO
Nos últimos anos tanto a Ordem dos Advogados do Brasil, como também para o Ministério da Educação e Cultura, cresceram bastante a preocupação com a qualidade do ensino do direito no Brasil, sendo preocupante no que tange a qualidade do ensino no Brasil, seja pelo crescente número de bacharéis em direito, como pela qualidade da formação desses estudantes.
A preocupação na qualidade do ensino a qual esses estudantes estão expostos, faz aumentar a preocupação sobre o nível de profissionais que serão no futuro, se estarem dispostos a assumirem as responsabilidades profissionais, da profissão escolhida, bem como estarem sempre pautados na ética e valores sociais, necessário pela profissão de advogado. É importante que o acadêmico de direito tenha consciência da sua importância na sociedade, bem como, construção de uma nova sociedade, através das mudanças necessárias trazidas pela condução da ética e transparência que o mesmo possa agregar.
A participação do aluno na vida concreta do direito é essencial. A escola não pode ser transmissora inerte da verdade codificada e de alguma orientação jurisprudencial. Ela tem o dever de formar uma consciência crítica no alunado. O novo bacharel deve ser um agente transformador da realidade, imbuído do compromisso de aperfeiçoar o ordenamento. E, antes de a faculdade lhe oferecer tudo isso, é seu dever ético dela exigir a fidelidade para com esse ideário. [...] Um estudante desprovido de ética não será um bom profissional. A democracia resultante de sua atuação não será a forma ideal de vida comunitária em que se procura garantir o bem de todos, prevalecendo a orientação da maioria, mas ser um regime hegemônico, baseado na priorização dos interesses sociais. É por esse motivo que a ética reveste uma importância absoluta neste início de milênio. Ouso afirmar que o estudante de direito deve procurar agir eticamente e ser virtuoso desde os bancos escolares (NALINI, 2001, p. 216). 
Silva et al. (2009, p. 32) reflete que inúmeras são as crises que o mundo está vivenciando, mas de todas a mais preocupante é a crise moral, pois as medidas efetivas advêm dos próprios indivíduos. A educação é algo que modifica todo o contexto social de um país, seja fazendo com que o mesmo cresça ou pela sua ausência, fazendo com que o índice de desemprego se expanda. Nalini enfatiza sobre a importância da ética para o futuro profissional:
O momento de se pensar seriamente em ética era ontem, não amanhã. O futuro cobrará do profissional posturas cujo fundamento ele não entenderá perfeitamente e de cuja experiência não dispõe, pois nada se lhe transmitiu ou cobrou. [...] está se a viver um tempo em que as sociedades criminosas destinam parcela considerável de seu dinheiropara formar profissionais voltados à sua tutela jurídica e, portanto, operadores destinados a atuar pró-criminalidade. Só o estudo aprofundado e a meditação conseqüente sobre a ética profissional é que poderá fazer frente a essa situação nova (NALINI, 2001, p. 209).
 A necessidade de maiores investimento direcionados a educação, e na qualidade do ensino prestado, além de refletir diretamente na economia de um país, é tido como fator que proporciona o bem-estar, redução das desigualdades e redução nas taxas de pobreza da nação.
Quanto à educação superior, sua importância é mais elevada, diante dos impactos que um profissional bem qualificado poderá proporcionar no mercado.
Existindo na atualidade uma grande procura pelo curso de direito, deixando de ser um curso elitizado como no passado e nas origens do Brasil, onde somente as famílias abastadas poderiam enviar os filhos para cursar o curso de direito na Europa. 
2.6 DAS LEIS SOBRE ÉTICA E JURISPRUDÊNCIAS
	Atualmente e ética é cobrada seja no ordenamento jurídico Brasileiro, bem como a preocupação de toda comunidade internacional, aumentando assim as denuncias e cobranças de que empresas, particulares ou qualquer um da sociedade, seja transparente, obedeça as legislações vigentes, seja empresas que lhe dão com o governo ou não, particulares em geral.
	A importância da ética nas relações sociais se da pela confiança e credibilidade que a sociedade da nas relações interpessoais, sabendo que terá uma garantia jurídica caso essa relação não seja honesta e vinda assim o Poder Público pleitear a parte desfavorecida, fazendo cumprir seu direito lesionado. 
	O contexto social jurídico, governamental Brasileiro esta bastante propenso para cobrança da ética em todos os ramos, haja vista, o grande aumento de escândalos de corrupção e crimes contra a administração pública. Dentre as diversas formas de atuação dessas organizações no Brasil, as mesmas se infiltram no funcionalismo público, seja através da corrupção ativa ou passiva, a grande exemplo do escândalo da Petrobrás e da operação lava Jato, existente já a alguns anos, que visa destituir o poder dessas organizações diante de licitações públicas e o uso de funcionários públicos para garantirem proveitos de todas espécies para esses criminosos. Cunha e Pinto tratam sobre o tema:
O crime é punido a título de dolo, sendo imprescindível animus associativo, aliado ao fim específico de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza (não necessariamente econômica), mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos ou de caráter transnacional, não importando, nesse caso, a pena máxima em abstrato prevista no tipo (CUNHA E PINTO, 2013, p. 18).
	Dentro do ordenamento jurídico Brasileiro, diversas jurisprudências tratam sobre a importância da obediência a ética, seja na profissão de advocacia, administração pública, etc. Conforme dispõe julgado abaixo:
E-3.295/06 - PATROCÍNIO CONTRA COLEGA EM REPRESENTAÇÃO PERANTE A ORDEM - COBRANÇA DE HONORÁRIOS - VEDAÇÃO ÉTICA. A representação de cliente contra advogado pode ser feita pelo próprio interessado que tem o jus postulandi para tanto (artigos 72 do EAOAB e 51 do CED). O patrocínio por advogado em favor do interessado, com cobrança de honorários, ainda que tenha amparo no texto constitucional (art.5o, inc. XIII) e na Lei nº 8.906/94 (arts. 22 e seguintes), sofre forte vedação ética pelo princípio de que "non omne quod licet honestum est" (Paulus). Tal conduta abriria caminho para a prática de uma atividade mercantilista, em detrimento dos colegas e da própria Ordem, agravada essa conduta pela pretensão antijurídica de impor sucumbência ao advogado representado disciplinarmente. V.U., em 16/02/2006, do parecer e ementa do Rel. Dr. BENEDITO ÉDISON TRAMA - Rev. Dr. CLÁUDIO FELIPPE ZALAF - Presidente Dr. JOÃO TEIXEIRA GRANDE (OAB/SP, online).
Todas as relações estatais ou não estão pautadas na ética, seja a ética esperada pelas empresas que estão no mercado, a exemplo do instituto do compliance, que através da Lei 12.846/2013, criou o Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP), com intuito de criar um banco de dados de empresas, que tentaram fraudar o governo ou que não tenham relações éticas na sociedade. Também vale ressaltar que diversas leis, como a de licitações Lei 8.666/93, da administração pública Lei nº 8027/90, lei de livre concorrência, Lei 12.529/11, como diversas leis que visem a regulação das relações em sociedade, sempre pautadas na ética.
3. CONCLUSÃO
Atualmente nunca se debateu tanto, sobre ética em todas as relações sociais da sociedade, como nos tempos atuais, devido a grande incidência de corrupção dentro da administração pública, diante de toda crise financeira e escândalos políticos aos qual o país tem passado, a função do Estado tem sido muito questionada, sendo bastante cobrada seja do agente público, como daqueles que mantém relações ou de qualquer um da sociedade, que seja transparente nas relações sociais, mantendo a moral no comportamento social. 
Percebe-se pelo presente tema, que a ética é uma forma de juízo moral, seja adquirido nos primeiros anos de vida através do contexto social, que a pessoa esta inserida, seja através da sua formação acadêmica ou profissional, a exemplo da análise do advogado, juiz, professor e estudante de direito.
A importância que os profissionais estejam pautados no código de ética, assim como no atendam os anseios sociais, trazendo função social para suas atividades é algo primordial e bastante cobrado pela sociedade.
Vale destacar que o professor possui uma grande simbologia, para a propagação da educação ética, vindo assim viabilizar o conhecimento das normas e preceitos da profissão a ser galgada, bem como os princípios éticos que orientam cada profissão. A importância dessa educação ética se da como forma de garantir uma formação adequada, assegurando conteúdos disciplinares condizentes com a necessidade do profissional e repassando as problemáticas da profissão, a exemplo do caso tratado no estudo que é o do advogado.
4 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 8.906/1994. Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados (OAB). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8906.htm Acesso em: 10 de novembro de 2018.
BRASIL. OAB/SP. 2018. Online. Disponível em: http://www.oabsp.org.br/tribunal-de-etica-e-disciplina/melhores-pareceres/E329506 Acesso em: 10 de novembro de 2018.
CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a sua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 12 ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Crime Organizado. p. 18.
HERKENHOFF, João Baptista. Ética dos magistrados: A sociedade exige uma conduta exemplar. Revista Consultor Jurídico. março.2010. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2010-mar-06/sociedade-exige-magistrados-conduta-exemplarmente-etica Acesso em: 10 de novembro de 2018.
 
LÔBO, PAULO LUIZ NETTO. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 3ª ed., 2002, p. 223.
MONDARDO, Dilsa. Ética holística aplicada ao ensino de direito. In: MONDARDO, Dilsa; FAGÚNDEZ, Paulo Roney Ávila (org.) Uma nova ética para o direito – abordagem holística. 2. ed. Florianópolis: Editora OAB/SC, 2002.
NALINI, J. R. Ética geral e profissional. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001.
RIOS, T. A.. Ética e competência. 4. ed. Sao Paulo: Cortez, 1995.
SILVA, Thamíris C A da; CALAÇA, Suelídia M. Dificuldade dos alunos de origem popular no acesso ao ensino superior. 2015.
Disponível em:
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV045_MD4_SA2_ID7317_07092015142534.pdf Acesso em: 10 de novembro de 2018.

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