Buscar

Semiologia Neurológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO COGNITIVA 
Pacientes que apresentam alterações cognitivas, 
geralmente, tem relato de esquecimentos, dificuldade 
para falar, confusão mental ou desorientação. Pode 
ser dividida em: 
 Consciência (atenção) – vigil; 
 Conteúdo da consciência – usar minimental; 
 Atenção (manter o foco); 
 Percepção de si próprio e do meio externo. 
É mais comum que as alterações do nível de 
consciência sejam causadas por distúrbios clínicos 
sistêmicos tóxico-metabólicos (sepse e quadros 
infecciosos, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base, 
intoxicações exógenas, etc). Tais quadros são 
caracterizados como delirium ou estado confusional 
agudo. 
 
Pacientes com Distúrbios de Linguagem apresentam 
queixa de dificuldade de fala ou confusão mental, 
geralmente com dificuldade na nomeação, repetição, 
fluência, leitura e escrita. 
 Afasia: Dificuldade na nomeação de objetos. 
 Parafasia: Troca de sílabas ou mesmo 
palavras completas por outras fora de 
contexto. 
Queixas de memória também são comuns, sendo a 
declarativa episódica para eventos mais recentes, a 
mais acometida na condição da Doença de Alzheimer. 
A disfunção da linguagem ou memória representa um 
sinal neurológico focal, que deve ser investigado por 
exame de neuroimagem. 
As causas agudas mais comuns de comprometimento 
cognitivos são vasculares (AVE) e infecciosas 
(meningoencefalites), enquanto as causas crônicas 
estão associadas a doenças neurodegenerativas, 
como Alzheimer. 
O que é sinal neurológico focal? 
Pode apresentar-se como alteração de linguagem, 
fraqueza muscular, alteração de sensibilidade, 
movimento involuntário, incoordenação, perda de 
visão e diplopia, paralisia facial, alteração de fala e 
deglutição, etc. 
AVALIAÇÃO SOMÁTICA 
 Motricidade; 
 Sensibilidade; 
 Coordenação; 
 Movimentos involuntários; 
 Sinais meníngeos; 
MOTRICIDADE 
 Avaliação de força muscular (deficitária, 
velocidade e oposição); 
 Reflexos profundos (martelo); 
Finger Tapping - velocidade 
 Reflexos superficiais (cutâneoplantar – 
Babinski); 
 Tônus muscular (movimento passivo); 
 Trofismo muscular (volume do músculo); 
 
 
Para topografar a localização da lesão responsável 
pela perda de força, utiliza-se a pesquisa dos reflexos 
profundos, reflexos superficiais, tônus e trofismo. 
 
 Síndrome Piramidal: Lesão central (cérebro 
ou medula); 
 Síndrome da Unidade Motora: Lesão na 
unidade motora (nervo, junção muscular); 
 
 
Lesão Central – Síndrome Piramidal: Caracterizada 
pela liberação do neurônio motor inferior (fica mais 
excitável). Hipertonia elástica (espasticidade) + 
reflexos exaltados + Babinski. Não é necessário ter 
todos os achados. A fase aguda pode demorar alguns 
dias/semanas para acontecer os achados. 
Cérebro Tronco 
Encefálico 
Medula 
Espinhal 
Hemiparesia Hemiparesia Tetra/Para 
Corticais 
(Afasia) 
NNCC (alternas) Nível Sensitivo 
Esfincter 
 
Exames: Neuroimagem e líquor (LCR). Assim, 
encontra-se a etiologia (vasculares, desmienilizantes, 
infecciosas ou neoplásicas). 
Lesão Periférica – Síndrome da Unidade Motora: 
Caracterizada pela lesão no sistema nervoso periférico 
(segundo neurônio motor, nervo periférico, junção 
neuromuscular e músculo). Apresenta reflexos 
hipoativos + atrofia/hipotrofia muscular + 
fasciculações. Não é necessário ter todos os achados. 
Neurônio 
Motor 
Inferior 
Nervo 
Periférico 
Junção 
Neuromuscular 
 
Músculo 
Motor puro Sensitivo-
motor 
Motor puro Motor 
puro 
Assimétrico Simétrico Simétrico Simétrico 
Proximal e 
distal 
Distal Proximal Proximal 
Atrofia e 
fasciculação 
Bota e luva Flutuação/ 
fadiga 
NNCC (ptose) 
 
 
 
Fase Aguda de Lesão Central (CHOQUE): Ausência de 
sinais piramidais. Observar padrão e outros achados. 
SENSIBILIDADE 
 Superficial (dor e temperatura); 
 Profunda (vibratória e palestesia) – 
propriocepção consciente, tato epicrítico, etc; 
Queixa de sensibilidade superficial: Parestesia, 
dormência, dor, etc. Exame: hipoestesia (território) – 
menos sensibilidade. 
Queixa de sensibilidade profunda: Desequilíbrio, 
dificuldade de marcha e incoordenação. Exame: 
Ataxia sensitiva (Romberg – olhos) e avaliar com 
diapasão (sensibilidade vibratória). 
ELA Metabólicas 
imunes 
genéticas 
Miastenia Miosites 
Genéticas 
Cérebro Tronco 
Encefálico 
Medula 
Espinhal 
Raízes 
Nervosas 
Nervos 
periféricos 
Hemihipoest
esia 
Sinais 
alternos 
Nível 
sensitivo, 
bexiga 
Dor/dermá
tomos 
Sensitivo 
motor 
Hemiparesia Nervos 
cranianos 
Para ou 
tetraparesia 
 Mononeur
opatias 
(nervo 
isolado) 
Cognitivo Polineurop
atias (bota 
e luva) 
 
COORDENAÇÃO 
 Movimentos finos; 
 Postura e marcha; 
A ataxia sensitiva é caracterizada pela dificuldade de 
postura em pé e marcha que pioram marcada e 
praticamente de forma imediata com o fechar dos 
olhos, conhecida popularmente como sinal de 
Romberg. 
A ataxia vestibular é acompanhada de vertigem, 
náusea e vômitos, e a marcha apresenta 
lateropulsão, ou seja, tendência a desviar sempre 
para um lado. 
A ataxia cerebelar é classificada em dois: 
 Ataxia cerebelar axial: Caracterizada por 
andar de base larga (marcha ebriosa – marcha 
de bêbado), alteração de fala (disartria do tipo 
fala escandida) e movimentos oculares 
involuntários (nistagmo). 
 Ataxia cerebelar apendicular: Incoordenação 
nas extremidades com tremor de intenção 
(piora ao chegar próximo ao alvo), dismetria 
(dedo erra o alvo), decomposição do 
movimento (perda de harmonia na realização 
do ato motor) e disdiadococinesia 
(incoordenação para realizar movimentos 
alternados). 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
Transtorno hipocinético, sendo o parkinsonismo o 
mais conhecido, caracterizado por síndrome clínica 
com combinação variável de bradicinesia (redução de 
volume de movimento, fácies em máscara), tremor de 
repouso (“contar moedas”), hipertonia plásica (rigidez 
em roda dentada) e instabilidade postural. 
Os transtornos hipercinéticos apresentam tremor, 
coreia, distonia e tiques. 
 Tremor: Rítmico. 
 Parkinsonismo: De repouso, contar moedas, 
alta amplitude, baixa frequência, achados da 
síndrome parkinsoniana associados, resposta 
à levodopa; 
 Tremor essencial: Postural, alta frequência, 
baixa amplitude, história familiar positiva, 
melhora com ingestão de álcool, melhora com 
propranolol; 
 Coreia: Movimento involuntário hipercinético 
caracterizado pela extrema irregularidade e 
imprevisibilidade, lembrando uma realização 
de dança pela extremidade envolvida. As 
causas podem ser doença de Huntington e 
coreia de Sydenham (febre reumática); 
 Tiques: Movimentos involuntários 
hipercinéticos súbitos, breves, intermitentes, 
que podem ser parcialmente suprimidos, 
relativamente bizarros, motores e/ou vocais. 
A causa clássica é a Síndrome de Tourette na 
infância. 
 Distonia: Contração simultânea de músculos 
agonistas e antagonistas, gerando posturas 
bizarras de segmentos corpóreos, podendo 
ser generalizada ou local. 
SINAIS MENÍNGEOS 
 
 
 
 
Rigidez nucal 
AVALIAÇÃO DE NERVOS CRANIANOS 
 
NERVO OLFATÓRIO (I NERVO CRANIANO) 
Realizar exame comparativo da olfação com uma 
substância conhecida (como café), com os olhos 
fechados e alternando e comparando as narinas, para 
avaliar se há dificuldade. Lesões da base de crânio, 
como neoplasias, podem cursar com início insidioso 
de dificuldade de olfação. Avaliar causas 
otorrinolaringológicas. Tem pouca importância, 
porém, lembrar das consequências do COVID. 
NERVO ÓPTICO (II NERVO CRANIANO) 
Baseada em queixa de perda visual. Avalia-se 
acuidade visual, campo visual, pesquisa do reflexo 
fotomotor, visão para cores e fundo de olho. 
 Acuidade visual: Cartões de letras e números 
de tamanhos diferentes posicionados em uma 
distância padrão. 
 Campo visual: Examinado de forma 
comparativa, um olho de cada vez. 
 Hemianopsia: Perda da metadedo 
campo visual dos dois olhos, o que 
indica lesão das fibras visuais no 
trajeto encefálico – AVC ou lesão 
estrutural. 
 Reflexo fotomotor: Pupilas reagem 
contraindo no estímulo luminoso. 
 Miose: Contração de ambas as 
pupilas. 
 Exame de fundo de olho: Edema de papila. 
 
Doenças que afetam o nervo óptico: esclerose 
múltipla, inflamação idiopática (neurite óptica), 
arterite temporal, doença vascular isquêmica, sífilis, 
etc. 
MOTRICIDADE OCULAR – OCULOMOTOR 
(III), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) 
Suspeitar de lesão diante de paciente com queixa de 
visão dupla (diplopia) ou estrabismo. O exame é feito 
a partir da inspeção e seguimento do dedo do 
examinador nas nove posições do olhar (em estrela de 
9 pontas). O objetivo é avaliar se há desalinhamento 
ocular. 
 Nervo Abducente (VI): Realiza o movimento 
horizontal de colocar o olho para fora (olhar 
para longe do nariz). 
 Paresia do Abducente: Estrabismo 
convergente, em que o olho doente é 
virado para dentro por predomínio do 
nervo oculomotor saudável. 
 Nervo Oculomotor (III): Realiza praticamente 
todos os outros movimentos oculares, 
inclusive de olhar para dentro (no sentido do 
nariz). 
 Paresia do Oculomotor: Estrabismo 
divergente, em que o olho é virado 
para fora por predomínio do nervo 
abducente saudável, geralmente 
associado a ptose palpebral e 
midríase (comprometimento de fibras 
parassimpáticas que dilatam a pupila). 
 
 
 
As causas de alteração na motricidade ocular podem 
ser: trauma/expansiva/tronco, DM – isolado idoso, VI 
– hipertensão intracraniana, III – aneurisma 
comunicante posterior, miastenia – flutuante e 
Wernicke. 
NERVO TRIGÊMEO (V NERVO) 
É responsável pela sensibilidade da face e porção 
motora dos músculos da mastigação. É realizada 
pesquisa comparativa da sensibilidade dolorosa 
bilateralmente em todos os terços, além de avaliar a 
força e trofismo dos músculos da mastigação. 
Também é possível avaliar o reflexo corneopalpebral 
com chumaço de algodão em contato com a córnea, 
produzindo resposta reflexa de piscamento. 
 
Neuralgia do trigêmeo: Dor tipo choque que, 
geralmente, afeta o 3º ramo do trigêmeo, respeitando 
a linha média. Dura poucos segundos e pode ser 
provocado por movimentações da face, como sorrir. 
Pode ser a primeira apresentação de uma doença 
desmienilizante em jovens. 
NERVO FACIAL (VII) 
É responsável pela musculatura da mímica e 
expressões faciais. O exame avalia a postura da face 
do indivíduo em repouso, que deve ser simétrica. 
Solicita-se que o paciente sorria, mostre os dentes, 
feche os olhos e levante as sobrancelhas. Pode 
apresentar, patologicamente, desvio de rima labial, 
sorriso torto, incapacidade de ocluir os olhos, 
dificuldade de levantar as sobrancelhas, etc. 
 Paralisias faciais centrais: Acometem apenas 
a metade inferior da face, poupando os 
músculos que fecham os olhos e levantam as 
sobrancelhas. 
 Paralisias faciais periféricas: São geralmente 
mais evidentes, acometendo toda a hemiface 
superior e inferior. 
 Toda a hemiface: Sinal de Bell, 
lagoftalmo (não conseguir fechar o 
olho). 
 Olho seco, perda de gosto e 
hiperacusia. 
 Idiopático e bom prognóstico. 
 Geralmente não precisa de imagem. 
 Prednisona 5 a 7 dias e cuidados 
oculares – colírio. 
 Aciclovir não tem evidência robusta. 
 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VII) 
Responsável pelo equilíbrio e audição. Transtornos 
desse nervo são apresentados por vertigem (tontura 
rotatória), náusea, vômitos, nistagmo e desequilíbrio 
(dificuldade de postura e marcha). 
 Periférico (labirinto): Sintomas harmônicos, 
zumbido e alterações auditivas, sem sinal 
neurológico focal, reflexo vestíbulo-ocular 
alterado e nistagmo característico (horizonto-
rotatório, lado preferencial e inibido pela 
fixação). 
 Central (tronco encefálico): Geralmente 
apresentam outros sinais neurológicos 
associados, como nistagmo vertical. 
Solicitar que o paciente ande, analisar a marcha, 
questionar sobre tontura e desequilíbrio, 
movimentação involuntária, avaliar reflexo vestíbulo-
ocular. 
Vertigem Central: Desequilíbrio proeminente, fatores 
de risco cardiovascular, reflexo vestíbulo-ocular 
normal, sinal neurológico focal, nistagmo vertical 
(movimento ocular involuntário para cima), 
multidirecional, não inibido por fixação e 
desalinhamento ocular. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO E VAGO (IX E XX) 
Quando acometidos, causam disfunção na deglutição 
(disfagia) e articulação da palavra falada (disartria). 
Pode-se examinar avaliando o palato mole para 
observar se há desvio e reflexo nauseoso que, se 
ausente unilateral, patológico. 
Causas de lesão: acidentes vasculares ou lesões 
neurológica estruturais no tronco encefálico (vertigem 
e Wallemberg), local de sua origem. 
NERVO ACESSÓRIO (XI) 
Tem pouca importância clínica. É responsável por 
parte da musculatura esquelética do pescoço. Deve-
se examinar testando a força dos movimentos de 
rotação cervical (esternocleidomastoideo) e elevação 
dos ombros (trapézio). Lesões nesse nervo podem 
causar posturas anômalas do pescoço e do ombro. 
NERVO HIPOGLOSSO (XII) 
É responsável pela movimentação voluntária da 
língua, observando se há atrofia ou fasciculações. 
Também testar a força dos movimentos da língua. 
Pode ser afetado por doença do neurônio motor ou 
lesões estruturais no tronco encefálico.

Outros materiais