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Semiologia neurológica (geral)

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Semiologia neurológica 1
Semiologia neurológica
Objetivo
Diagnóstico sindrômico:
→ Conjunto de sinais e/ou sintomas que ocorrem associadamente e podem ser 
determinados por diferentes causas
→ Síndrome de hipertensão intracraniana, síndrome de irritação meníngea, síndrome 
piramidal, síndromes cerebelares
Diagnóstico topográfico/anatômico:
→ Localização da lesão através do conhecimento semiológico e neuroanatômico
Diagnóstico etiológico:
→ Entidade patológica específica que está ocasionando a lesão ou disfunção
Anamnese em neurologia
→ Essencial no estabelecimento de uma boa relação médico-paciente e na construção do 
diagnóstico
→ Identificação
→ Queixa principal/sintoma guia: caracterização do sintoma (localização, características, 
intensidade, cronologia, fatores desencadeantes, fatores de alívio ou piora, manifestações 
associadas)
→ Interrogatório sobre os diversos aparelhos e sistemas (ISDAS)
→ História mórbida pregressa (HMP)
→ História mórbida familiar (HMF)
→ História fisiológica, sociocultural e hábitos (HFS)
Identificação
Idade: pacientes mais jovens (enxaqueca, esclerose múltipla, tremor essencial), pacientes 
mais velhos (AVC, arterite temporal, doença de Parkinson, Alzheimer)
Sexo: masculino (cefaleia em salvas, esclerose lateral amiotrófica, doença de Parkinson), 
feminino (enxaqueca, esclerose múltipla, fibromialgia, depressão)
Cor/raça/etnia: afrodescendentes (anemia falciforme), asiáticos (doença de Moya-Moya), 
açorianos (doença de Machado-Joseph SCA3), luso- brasileiro (polineuropatia amiloidótica 
familiar PAF)
Nível de escolaridade e profissão: doenças ocupacionais, avaliação da inteligência e 
comportamento adaptado nas demências e outras doenças neuropsiquiátricas
Semiologia neurológica 2
Naturalidade: doenças epidemiológicas (dengue, chagas, febre amarela)
Caracterização dos sintomas:
Localização: dor de cabeça hemicraniana direita, paresia do membro superior esquerdo, 
perda visual do olho direito, formigamento nos pés
Características: dor latejante, em aperto, em queimação, em choque, surda, 
inespecífica/complexa
Intensidade: escalas quantitativas (0 a 10), escalas qualitativas (fraca, moderada, forte), 
escalas visuais
Cronologia dos sintomas
Inicio
→ Súbito/agudo: decorrer de segundos/minutos/poucas horas = doenças neurovasculares
→ Subagudo: decorrer de horas ou dias = doenças infecciosas, inflamatórias, tóxico- 
metabólicas
→ Crônica: decorrer de vários dias/semanas/meses/anos = doenças neurodegenerativas, 
neoplásicas
Progressão:
Insidiosa/gradual: progressiva, como a doença de Alzheimer, ou em degraus como na 
demência vascular
→ Rápida: doenças infecciosas
→ Estática: sem progressão/Não progride
→ Surto e remissão (parcial ou total): esclerose múltipla
→ Surtos paroxísticos com curta duração, autolimitados e recorrentes: clises 
epilépticas
Duração:
→ Poucos segundos/minutos: VPPB, neuralgia do trigêmeo, crise epiléptica
→ Minutos/horas: enxaqueca, cefaleia em salvas, acidente isquêmico transitório
→ Horas/dias: enxaqueca, cefaleia tipo tensão, labirintite, neuronite vestibular
Frequência: ocorrência por dias, semanas, meses ou anos
Fatores desencadeantes:
→ Trauma: dissecção arterial, hemorragia subaracnóide pós-traumática, lesão medular
→ Uso de álcool: enxaqueca, cefaleia em salvas, crises epilépticas
→ Relação sexual: cefaleia orgástica
Semiologia neurológica 3
Fatores de alívio ou piora: fotofobia e fonofobia (enxaqueca), esforços repetitivos 
(miastenia gravis) + manifestações associadas
Investigação dos diversos aparelhos e sistemas (ISDAS):
→ Convulsões/perda de consciência sem explicação
→ Cefaleia – se é associada à problemas visuais
→ Vertigens/tonturas
→ Perda da acuidade visual
→ Diplopia
→ Hipoacusia
→ Zumbidos
→ Dificuldades na fala – afasia, disfasia, disartria, dislalia
→ Dificuldades na deglutição – disfagia, odinofagia
→ Perda de força total
→ Dormência – hipoestesia
→ Formigamento – parestesias
→ Tremores ou outros movimentos anormais
→ Alterações da marcha e do equilíbrio
→ Perda de controle esfincteriano (incontinência ou retenção)
→ Dificuldades de pensamento e memória
→ Insônia ou hipersômnia
→ Sintomas depressivos
História Mórbida Pregressa
→ Hipertensão arterial primária, DM, hipercolesterolemia, obesidade, tabagismo, fibrilação 
arterial, sedentarismo → AVC
→ Hipertensão, tabagismo, rins policísticos → Aneurisma intracraniano
→ Uso de ACO, história de trombofilia, tabagismo → trombrose venosa central
→ DM → neuropatia diabética
História Mórbida Familiar:
→ Aneurismas intracerebrais, AVC, epilepsia, Parkinson, demências, enxaqueca, doenças 
neuropsiquiátricas
→ Consanguinidade: doenças genéticas recessivas
História fisiológica e social
Semiologia neurológica 4
→ Tabagismo: CA de pulmão, aneurisma intracraniano, AVC
→ Etilismo: AVC, hemorragia intracraniana, demência, síndrome de abstinência, 
encefalopatia de Wernicke
→ Cannabis: vasoconstrição cerebral reversível, déficits atencionais, ansiedade e 
depressão, transtornos que cursam com psicose
→ Cocaína: vasoconstrição cerebral reversível, sangramentos intracranianos, 
vasoespasmo cerebral
→Sedentarismo: AVC
Exame físico neurológico
Inspeção geral inicial
Estado/impressão geral: bom, regular, mau estado geral
Fáceis
Parkinsoniana: hiponímia facial, face em máscara, olhar fixo, diminuição da frequência de 
piscamento, diminuição da expressividade, expressão de espanto
→ Doença de Parkinson, parkinsonismos atípicos ou secundários
Miastênica: ptose palpebral uni ou bilateral, flacidez da musculatura facial, paresia ocular 
ou estrabismo, visão dupla
→ Miastenia Gravis (doença neuromuscular), Acidente ofídico (neurotoxinas)
Paralisia facial: perda das rugas frontais (periférica), dificuldade de fechar o olho do lado 
afetado (periférica), apagamento do sulco nasolabial, desvio da boca para o lado sadio 
principalmente ao sorrir, flacidez da musculatura
→ Lesão cerebral: AVC, tumor, trauma
→ Lesão nervosa periférica: paralisia de Bell, trauma
Movimentos anormais
Tremores: séries de movimentos involuntários, oscilatórios, geralmente rítmicos, com 
contração alternada de agonistas e antagonistas
→ De repouso: Parkinson
→ De ação: postural (tremor fisiológico exacerbado e tremor essencial), cinético 
(doenças cerebelares), isométrico e tarefa- específica
Coreia (do grego “dança”): movimentos hipercinéticos involuntários não-rítmicos, caóticos, 
imprevisíveis, abruptos, espasmódicos de duração breve – pode ser localizado, em 
hemicorpo ou generalizado
→ partes proximais ou distais do corpo, incluindo cabeça e pescoço
→ Doença de Huntington, Coreia de Sydenham, Coreia gravídica
Semiologia neurológica 5
Hemibalismo: movimentos involuntários abruptos de arremesso, semelhante, mas mais 
pronunciados e agressivos do que a coreia
→ Acometem partes proximais das extremidades
→ Lesão do núcleo subtalâmico contralateral
Atetose: movimentos involuntários, algo rítmico, mas irregulares, lento, mais prolongados, 
de natureza sinuosa ou serpiginosa
→ Movimentos estereotipados
→ Ocorrem nas porções distais das extremidades
→ Podem ocorrer junto com as coreias
Distonia: contrações musculares involuntárias, prologadas que forçam as áreas do corpo a 
posturas anormais, geralmente com co-contração de agonistas e antagonistas 
simultaneamente
→ Pescoço, tronco, face, cordas vocais, extremidades
Exame do estado mental e nível de consciência
Conceito: Consciência pode ser definida como o estado de percepção de um indivíduo de 
si mesmo e do mesmo em que está inserido, incluindo sua capacidade de interação com o 
mesmo
Subdividida em duas dimensões principais: 
→ ativação (nível da consciência)
→ cognição (conteúdo da consciência)
Ativação (despertar)
→ Função primitiva que representa o nível de vigília e responsividade geral a estímulos
→ Mantido por vias específicas localizadas no tronco encefálico e diencéfalo que regulam a 
ativação geral das funções corticais e o ciclo sono-vigília
→ Ocomprometimento destas vias gera uma queda global no nível de 
vigília/responsividade e, consequentemente, das demais funções cognitivas
Como descrever o nível de consciência
Análise descritiva (prioridade): grau de agitação ou sonolência, espontâneos, 
responsividade a estímulos, abertura ocular, resposta motora
Termos subjetivos: agitado, alerta, confuso, sonolento, obnubilado, torporosos, comatoso
Escalas objetivas: escala de coma de Glasgow, FOUR, RASS, Ramsey
Escala subjetiva de nível de consciência Glasgow
Semiologia neurológica 6
Funções corticais superiores
Cognição: soma das funções mentais cognitivas e afetivas mediadas a nível cortical e 
subcortical por redes neuronais distintas
→ Disfunções em uma destas redes comprometem de forma parcial a consciência, 
alternando resposta normal a algum tipo específico de estímulo
→ Geralmente não acarreta em rebaixamento do nível de vigília e de responsividade a 
estímulos, a não ser que uma lesão cortical muito extensa ou difusa ocorra (demência 
avançada)
Orientação: pessoa, tempo e espaço
→ O que aconteceu? Onde estava? Onde está agora?
→ Em que ano, mês, dia estamos?
→ Qual seu nome? Idade? Nome do cônjuge? Nome dos filhos? Onde você mora?
Atenção:
→ Descrição da capacidade do paciente de se manter atento a um estímulo, 
concentrado apesar de estímulos externos distratíveis
→ Cuidado: déficits na atenção podem contaminar todos os outros domínios
Memória:
→ Memoria imediata (ocupacional ou de trabalho): teste de dígitos
→ Memória recente (de curto alcance): recordar palavras após 5min de distrações 
(verbal) e recordar formas ou objetos mostrados (não- verbal)
→ Memória remota (de longo alcance): informações pessoais, familiares, fatos 
escolares básicos
Linguagem: fala espontânea do paciente: pronúncia, velocidade, prosódia (ritmo e 
entonação), intensidade
→Disartria/anartria: déficit motor que acarreta em disfunção da articulação de sons ou 
palavras – linguagem preservada ou se pode estar associada à disfagia e ataxia
→ Dislalia: substituição ou supressão de sons ou fonemas – trocar R pelo L
Semiologia neurológica 7
→ Disfasia/afasia: transtorno da linguagem derivado de lesões das áreas corticais 
específicas da A capacidade motora de articular a fala pode estar completamente 
preservada – testar:
→ Fala espontânea/fluência
→ Compreensão, se obedece a comandos simples e complexos
→ Nomeação, nomear objetos/figuras/elaborar lista de palavras
→ Repetição, se repete palavras não relacionadas/”nem aqui, nem ali, nem lá”
→ Escrita
→ Leitura
→ Hipofonia: voz de baixa intensidade
→ Disfonia/afonia: perda parcial ou total da voz (rouquidão)
→ Bradilalia: diminuição da velocidade de fala
→ Rinolalia: voz anasalada
→ Gagueira (esparmofemia): fala espasmódica, involuntariamente hesitante, com 
dificuldade de produzir os próximos sons desejados
→ Alexia: dificuldade ou perda de capacidade de ler
→ Disgrafia/agrafia: perda da capacidade de escrever, mesmo com o sistema motor 
intacto
Copy of Relação afasias e alterações
Afasias Fluência Compreensão Repetição Nomeação Leitura Escrita
Afasia motora (Broca) - + - - - -
Afasia sensitiva
(Wernicke)
+ - - - - -
Afasia global - - - - - -
Afasia de condução + + - + - + +
Mini exame do estado mental MEEM
Orientação temporal (5 pontos)
→ Qual a hora aproximada? 
→ Em que dia da semana estamos? 
→ Que dia do mês é hoje? 
Nomear dois dois objetos (2 pontos)
→ Exemplo: Relógio e caneta
Repetição (1 ponto)
→ Nem aqui, nem ali, nem lá
https://www.notion.so/Afasia-motora-Broca-9b01f8a5507f410db3ac9ebdf6b35b1e
https://www.notion.so/Afasia-sensitiva-Wernicke-de3d79b59e844ed98f8f3705e0916332
https://www.notion.so/Afasia-global-099a6f8a9d6b4368bd2bc1000fb46d89
https://www.notion.so/Afasia-de-condu-o-20055039d1ff4be4aad0ce00b1a6adb9
Semiologia neurológica 8
→ Em que mês estamos? 
→ Em que ano estamos?
Orientação espacial (5 pontos)
→ Em que local estamos? 
→ Que local é este aqui? 
→ Em que bairro nós estamos ou qual é o 
endereço daqui? 
→ Em que cidade nós estamos? 
→ Em que estado nós estamos?
Registro (3 pontos)
→ Repetir: CARRO, VASO, TIJOLO
Atenção e cálculo (3 pontos)
→ Subtrair: 100-7=93, -7=86, -7=79, -7=72, 
-7=65
Memória de evocação (3 pontos)
→ Quais os três objetos perguntados 
anteriormente?
Comando de estágios (3 pontos)
→ Apanhe essa folha de papel, dobre-a ao 
meio e coloque-a no chão
Escrever uma frase completa (1 ponto)
→ Escrever uma frase que tenha sentido
Ler e executar (1 ponto)
→ Exemplo: feche os olhos
Copiar o diagrama (1 ponto)
→ copiar dois pentágonos com intersecção
Avaliação da marcha
Marcha casual:
→ Largura da base (primeiro esforço compensatório)
→ Equilíbrio dinâmico/tendência à queda
→ Grau comparativo de levantamento dos artelhos/calcanhares
→ Comprimento da passada
→ Velocidade de virada na mudança de direção
→ Movimento dos quadris/movimento pendular dos braços
Manobras sensibilizatórias:
→  Marcha pé ante pé/em tandem
→ Andar na ponta dos pés
→ Andar nos calcanhares
→ Andar de olhos fechados
Equilíbrio estático:
→ Alargamento da base, oscilações, tendências à queda
Semiologia neurológica 9
→ Manobras sensibilizatórias
→ Teste de Romberg
Tipos de marcha
Atípica: marcha normal
Hemiplégica (ceifante):
→ Membro inferior afetado em extensão se arrastando em semicírculo (foice)
→ Membro superior do mesmo lado em posição de flexão e pronação
→ Em pacientes com lesão piramidal
→ Causa mais comum é o AVC
Diplégica (em tesoura): paciente caminha jogando os pés para dentro
Atáxica (cerebelar ou ébria):
→ Base alargada, com pés separados
→ Oscilações posturais e tremores com tendências à queda
→ Passos irregulares
→ Trajeto tortuoso/em ziguezague
→ Incoordenação motora – lesões serebelares
→ “marcha de bêbado”
Tabética ou talonante:
→ Paciente levanta abrupta e explosivamente os membros inferiores
→ Leva os calcanhares ao solo pesadamente
→ Mantem os olhos fixos no chão
→ Piora com o fechamento dos olhos
→ Indica perda da sensibilidade proprioceptiva
Neuropática (escarvante ou equina):
→ Paralisia uno ou bilateral da flexão dorsal do pé (pé caído)
→ Para evitar que o pé se arraste ou que tropece, o paciente levanta muito o membro 
inferior
→ Às vezes bate com o pé flácido no solo
→ Neuropatias periféricas ou outras causas de fraqueza na dorsiflexão do pé
Parkinsoniano (pequenos passos):
→ Paciente se locomove em bloco, enrijecido
→ Perda do movimento pendular automático dos braços
Semiologia neurológica 10
→ Cabeça e corpo inclinados para frente
→ Passos rápidos e curtos
→ Como se corresse atrás do próprio centro de gravidade
→ Às vezes podem-se observar tremores
Miopática (anserina):
→ Paciente acentua a lordose lombar para andar
→ Inclina o tronco alternadamente para os lados
→ Doenças musculares que afetam musculatura proximal dos quadris
→ Gestação
→ “andar do pato”
Antálgica:
→ Feita às sacudidelas
→ pé é elevado, em movimentos espasmódicos, muito mais alto do que o necessário e 
depois é pousado bruscamente no solo
Exame clínico do sistema sensorial
→ Realizado para saber se existem áreas de sensação ausente, diminuída, exacerbada ou 
pervertida 
→ determinar tipo de sensação afetada, grau de anormalidade e distribuição
→ Primeiro perguntar por sensações anormais espontâneas 
→ dor, alodínia, disestesias, parestesias
→ Realizar os diferentes tipos de estímulos: tátil, doloroso, térmico, vibratório, 
proprioceptivo
→ Sempre comparar com o lado oposto
→ Respostas serão subjetivas, nem sempre confiáveis
Alterações no exame sensorial
Alodínia: aumento na sensibilidade da dor, em resposta a estímulo normalmente não 
doloroso
Analgesia/hipoalgesia: ausência ou diminuição de sensibilidade à dor
Anestesia/hipoestesia: ausência ou diminuição de todas as modalidades sensitivas
Disestesia: sensações pervertidas anormais desagradáveis ou dolorosa, espontâneas ou 
após estímulos
Semiologia neurológica 11
Parestesias: sensações anormais espontâneasna ausência de estimulação específica – 
frio, calor, formigamento, dormência, ardência
Hiperalgesia: aumento na sensibilidade à dor
Palestesia: sensibilidade vibratória (diminuída = hipopalestesia, ausente = apalestesia)
Exame clínico do Sistema Motor
Via corticoespinhal (piramidal)
→ Leva estímulo do córtex motor primário no lobo frontal (frente do sulco central)
→ Primeiro neurônio motor – superiores – leva informações pela cápsula interna, algumas 
cruzam e outras não – conexão na medula com segundo neurônio motor
→ Segundo neurônio motor
Força muscular
→ Resistência ativa contra grupos musculares do paciente que realiza um movimento 
específico com a finalidade de medir sua força e comparar com a de outros segmentos
→ Evitar que outros grupos musculares (mais próximos ou sinergistas) auxiliem no 
movimento sendo avaliado
→ Se houver fraqueza contra qualquer resistência, observar grupo muscular em 
movimentação espontânea e/ou contra a gravidade
Escala de força muscular do Medical Research Council
0 Esboço de contração muscular visível
1 Movimento ativo se eliminada a gravidade (para os lados)
2 Movimento ativo que vence a gravidade
3 Vence a gravidade e resistência leve
+4 Vence a gravidade e resistência moderada
-4 Vence a gravidade e resistência forte
5 Força normal
Alterações que podem ser analisas através de testes
Desvio pronador: paciente deve ficar com 
os braços esticados para a frente, as 
palmas das mãos voltadas para cima e os 
olhos fechados; teste é positivo quando o 
Manobra de Mingazzini: Teste para 
evidenciar uma paresia ligeira de um 
membro inferior. O teste é positivo quando, 
ao mandar o paciente elevar em paralelo 
Semiologia neurológica 12
paciente não mantem na posição ou realiza 
pronação do antebraço.
os dois membros inferiores, o membro 
afetado cai.
Trofismo muscular
→ Hipertrofia
→ Hipotrofia
Tônus muscular 
→ Movimentação passiva das articulações
→ Movimentos amplos
→ Buscar ocorrência de aumento ou redução da resistência dos músculos ao movimento
→ Movimentos rápidos para analisar aumento do tônus
Reflexos tendinosos profundos
Sempre comparar os dois lados
→ Reflexo estiloradial
→ Reflexo biciptal
→ Reflexo triciptal
→ Reflexo patelar
→ Reflexo aquileu
→ Reflexo cutâneo plantar – sinal de Babinski:
Graduação dos reflexos:
0+ ausente
1+ diminuído
2+ normal
Semiologia neurológica 13
3+  exacerbado
4+ hiperativo, com ou sem área reflexógena aumentada, com ou sem clônus
Alterações no exame motor
Paresia: diminuição de força em algum segmento/grupo muscular
Plegia: perda completa da força
Hiperreflexia: presença de reflexo exacerbado, principalmente se em comparação com o 
contralateral
Aumento da área reflexógena: aumento da área além do normal, da área que evoca o 
reflexo pesquisado à percussão do martelo
Hipertonia: aumento do tônus do musculo com resistência à movimentação passiva
Espasticidade: estado em que um músculo/segmento fica parético, hipertônico e com 
hiperreflexia, geralmente por perda da modulação de neurônio motor superior
Clônus: série de contrações musculares involuntárias, rápidas e Pode ocorrer 
espontaneamente oi após ação do músculo
Provas cerebelares
→ Prova index-index
→ Prova index-nariz
→ Prova calcanhar-joelho
→ Teste de movimentos rápidos alternados
→ Sinal do rechaço – Stewart Holmes
💡 Nas provas cerebelares podemos observar: tremores, decomposição do 
movimento, errando o alvo, decomposição de movimento; resistência mais ampla 
quando a contraforça cessa (no caso do sinal do rechaço)
Achados no exame motor cerebelar:
Marcha atáxica: marcha com base alargada, pés separados, oscilações posturais e 
tremores com
tendencias à queda. Passos irregulares, trajeto tortuoso/em ziguezague
Dissinergia: perda de ação harmoniosa e coordenada dos músculos envolvidos em um 
movimento (temporal, ativação sequencial)
Dismetria: erro no julgamento de distância, velocidade, força e direção do movimento
Eudiadococinesia: preservação da capacidade de realizar movimento rápido e alternado
Semiologia neurológica 14
Disdiadococinesia: alteração na capacidade de realizar movimento rápido e alternado
Hipotonia: diminuição do tônus muscular, com perda da resistência, movimentos 
pendulares e flacidez
Disartria: alteração em que a fala se torna lenta, arrastada, pastosa ou espasmódica por 
conta da dissinergia dos músculos da fonação
Sinais de radiculopatia lombossacra
→ Usado em conjunto com os sinais de irritação meníngea
→ Sinal de Lasègue (30-70º): Com a pessoa em decúbito dorsal e os braços e pernas 
esticadas, o profissional de saúde realiza a flexão da coxa sobre a bacia, O sinal é positivo 
se a pessoa sentir uma dor na face posterior do membro que está a ser examinado (atrás 
da perna)
Sinais de irritação meníngea
Sinal de Brudzinski: O examinador coloca uma das mãos abaixo da cabeça do paciente e 
flexiona o pescoço; uma flexão espontânea dos quadris e joelhos bilateralmente indica sinal 
positivo. 
Sinal de Lasègue: teste da elevação da perna estendida e é o principal sinal semiológico 
na detecção de compressão radicular.
Sinal de Kernig: flexão involuntária do joelho quando o examinador realizava a flexão 
passiva de 90° graus do quadril com o joelho estendido. Quando o sinal é positivo, o 
paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender o joelho por completo.
Semiologia dos Nervos Cranianos
→ Nervos especializados que fazem contato direto com o encéfalo, sendo a maioria deles 
ligada a núcleos do tronco encefálico
→ Fibras aferentes: somáticas (gerais e especiais) e viscerais (gerais e especiais)
→ Fibras eferentes: somáticas e viscerais
NERVO OLFATÓRIO – I
→ Teste por estímulos não irritativos – evitar substâncias voláteis que acabará estimulando 
o nervo trigêmeo
→ Está no epitélio olfatório das cavidades nasais
→ Testar no paciente com os olhos fechados
→ Testar as narinas separadamente, ocluindo de forma alternada
→ Verificar se o paciente percebe o cheiro e se o identifica
→ Correlacionado com o paladar
→ Substancias comuns – cravo, canela, café, sabonete, álcool
Semiologia neurológica 15
NERVO ÓPTICO – II
→ O nervo óptico é um grosso feixe de fibras aferentes que liga a retina ao cérebro
→ Cones e bastonetes na retina
→ Quiasma óptico
→ Trato geniculado lateral
→ Radiação óptica
→ Projeção no lobo occipital
→  Fibras que cruzam e algumas não cruzam
→ Lesão antes do quiasma: olho direito totalmente cego
→ Lesão no quiasma: visão em túnel – visão central preservada, mas periférica 
comprometida – lesões na hipófise que comprimem o quiasma
→ Lesão no trato óptico antes da radiação no lado esquerdo: perda contralateral de 
campo visual
Campimetria por confrontação
→ Paciente sentado com a linha dos olhos do examinador
→ Fixa ponto na face no examinador
→ Paciente e examinador cobrem um dos olhos (comparação)
→ Objeto/mão colocada em cada quadrante de cada olho – verificar se o paciente percebe 
a presença ou movimento do objeto em cada quadrante
→ Realizar em ambos os olhos
Acuidade visual
→ Testar os olhos separadamente
→ Sempre testar usando as correções do paciente (óculos, lentes)
→ Contagem de dedos
→ Leitura simples: se paciente conseguir ler metade das letras da linha, ok
→ Identificação de cores
→ Optótipo de Snellen: 6m do paciente, ângulo visual de 5º, iluminação adequada
Fundoscopia
→ Possibilita visualizar disco óptico
→ Visualiza fundo de olho normal ou com alterações: edema de pupila, retinopatia 
diabética
NERVOS ÓPTICO I E OCULOMOTOR III
Semiologia neurológica 16
Reflexo pupilar
→ Reflexo pupiar fotomotor direto e consensual (indireto)
→ Paciente deve fixar o olhar em locais distantes atrás do examinador
→ Utilizar feixe de luz e incidir obliquamente sobre cada um dos olhos
→ Observar o reflexo da pupila testada (direto) e contralateral ao estímulo (consensual)
→ Resposta normal: constrição rápida seguida por discreta dilatação de volta a um estado 
intermediário (escape pupilar)
→Colocar luz sob a retina de um dos olhos → estímulo luminoso pelo trato óptico → parte 
das fibras se cruzam → estímulos chegam em ambos os lados dos núcleos pré-tectais → 
faz aferência para pupila
Reflexo de acomodação pupilar
→ Constrição pupilar com objeto próximo
→ Ptose palpebral
→ Músculo levantador da pálpebra – oculomotor
Distúrbios das pupilas
→ Isocoria
→ Anisocoria
→ Miose
→ Midríase
→ Corectopia: descentralização da pupila na íris
→ Discoria: deformidades na pupila, levando à alteração na forma por causas geralmente 
oculares
NERVOS OCULOMOTOR III, TROCLEAR IV, ABDUCENTE VI
Movimentação Ocular Extrínseca
Oculomotor
→ M reto medial: adução (pro lado nasal)
→ M reto superior: supradução (abdução)
→ M reto inferior: infradução (pode fazer abdução junto)
→ M oblíquo inferior: supradução (adução)
Troclear
→ M oblíquo superior: infradução (adução)
Abducente
Semiologia neurológica 17
→ M reto lateral: abdução
Exame clínico
→ Fixação de objeto/ponta do dedo do examinador: verificar capacidade de fixação
→ Movimento de perseguição nas 9 posições básicas do olhar – alvo 0,5 a 1m do 
examinador
→ Movimentos devem permanecer uniformes e conjugados durante todo o exame
→ Perguntar se o paciente apresenta diplopia durante exame
NERVO TRIGÊMEO V
→ Sensibilidade da face: testar estímulo tátil nas três regiões, bilateralmente (dor, 
temperatura, vibração) comparar os lados
→ Controle da musculatura mastigatória:
→ Palpar os músculos mastigatórios e pedir para o paciente abrir e cerrar a mandíbula: 
temporal, masseter e pterigóides
→ Comparar os lados, buscar por atrofia
→ Paresia do trigêmeo desvia a mandíbula para o lado fraco na abertura
NERVO FACIAL VII
Mímica facial
→ Testar músculo frontal: levantar a testa
→ Testar orbicular dos olhos: fechar os olhos contra resistência
→ Testar orbicular da boca: encher bochechas de ar
→ Testar vários outros músculos: pedir para o paciente sorrir
Paralisia facial
→ Paralisia facial central (supra nuclear): geralmente antes do núcleo do nervo – paralisia 
do andar inferior da face
→ Paralisia facial periférica (nuclear/infranuclear): lesão no núcleo do nervo ou após o 
núcleo
→ Gustação dos 2/3 anteriores da língua, lacrimação e salivação
NERVO VESTIBULOCOCLEAR VIII
Audição
→ Observar compreensão durante a consulta
→ Tendência a virar a cabeça para um lado para escutar
→ Otoscopia
→ Comparar os lados
Semiologia neurológica 18
→ Perda auditiva neurossensorial – doença da cóclea e doença do VIII NC
→ Perda auditiva condutiva – oclusão do canal auditivo, doença do ouvido médio, 
anormalidade nos ossículos
→ Perda auditiva central – rara (bilateralidade e redundância do sistema auditivo)
Teste de Rinnie: compara condução óssea (CO) com condução aérea (CA) – o normal é 
CA > CO
Teste de Weber: busca-se lateralização do estímulo
Copy of Comparação Teste de Rinnie e Weber
Tipos de perda Rinnie Weber
Perda neurossensorial CA > CO Lateraliza p/ o lado normal
Perda condutiva CO > CA Lateraliza / o lado anormal
Nistagmo
→ Fase rápida: direção da nome ao nistagmo
→ Fase lenta
→ Pode er horizontal/vertical/torsional
→ Persistente/esgotável
→ Fase rápida ocorre: com a mirada lateral/em repouso/contralateral
NERVOS GLOSSOFARÍNGEO IX e VAGO X:
→ Nervos intimamente relacionados em origem, trajeto e distribuição
→ Glossofaríngeo: gustação e sensação do 1/3 posterior da língua (não testado)
→ Observar simetria e elevação do véu palatino: na lesão, o palato se desvia para o lado 
normal (sinal da cortina)
→ Reflexo da ânsia, disfagia/disfonia
NERVO ACESSÓRIO XI:
→ Ramo externo: m esternocleidomastoideo e trapézios
→ Parte craniana: acessórios do nervo vago
→ Parte espinhal: elevação dos ombros e rotação da cabeça
NERVO HIPOGLOSSO XII:
→ Movimentação da língua
→ Busca-se: fraqueza, alterações da movimentação, atrofia
→ Lesão
https://www.notion.so/Perda-neurossensorial-065ec68aede0496abfcfe853109f2a5d
https://www.notion.so/Perda-condutiva-041e612141954db98264a360b556bcd4
Semiologia neurológica 19
→ desvio para o lado sadio na protusão 
→ desvio para o lado afetado no repouso
Nathália Farias
@medicinathy

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