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1 EXAME FÍSICO PESCOÇO E COLUNA CERVICAL Carótidas: palpação e ausculta de ambas as carótidas separadamente, comparando-se a amplitude e averiguando se há frêmito e/ou sopro.. Objetivo avaliar presença de estenose ou oclusão da artéria Região supraclavicular: ausculta, neste ponto a artéria vertebral tem origem na subclávia Limitação dos movimentos: pede-se ao paciente que execute: flexão, extensão, rotação e lateralização da cabeça.. Dificuldade – doenças osteoarticulares, musculares, meningites, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea. Rigidez da nuca: o examinador coloca uma das mãos na região occipital do paciente em decúbito dorsal e tenta flertir a cabeça – frequentemente encontrada na meningite e na hemorragia subaracnóidea Prova de Brudzinski: o examinador repousa uma das mãos sobre o tórax do paciente que está em decúbito dorsal e com membros estendidos, e com a outra colocada na região occipital, executada uma flexão forçada da cabeça. +: quando o paciente flete os membros inferiores. Transição craniovertebral: ‘’pescoço curto’’ COLUNA LOMBOSSACRA Limitação dos movimentos: solicita-se a execução dos movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralização da coluna.. Observa-se limitação na amplitude e em qual grau Provas de estiramento de raiz nervosa: o Prova de laségue: paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos, o examinador eleva um dos membros. +: paciente sente dor na face posterior do membro examinado (cerca de 30°) o Prova de kernig: consiste na extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia e a perna sobre a coxa. +: paciente relata dor ao longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir o movimento. Utilizada para diagnóstico de meningite, hemorragia subaracnóidea e da radiculopatia ciática MARCHA OU EQUILÍBRIO DINÂMICO Marcha ceifante ou hemiplégica: mantem o membro superior fletido em 90° no cotovelo, em adução e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. (perna se arrasta). Pacientes que apresentam hemiplegia – AVC Marcha anserina ou de pato: paciente acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora para a direita ora para a esquerda, lembrando o andar de um pato. Observada em doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas Disbasia: distúrbio de marcha – uni ou bilateral 2 Marcha parkinsoniana: cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos. Ocorre na síndrome parkinsoniana Marcha cerebelar: doente ziguezagueia. Ocorre em lesões do cerebelo Marcha tabética: Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula Marcha de pequenos passos: passos curtos, e ao caminhar paciente arrasta os pés. Ocorre na paralisia pseudobulbar e em doenças extrapiramidais Marcha vestibular: paciente com lesão do labirinto, é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta (marcha em estrela) Marcha escarvante: ocorre na paralisia do movimento de flexão dorsal do pé (lembra o passo do ganso) Marcha em tesoura: frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral Marcha claudicante: ao caminhar paciente manca para um dos lados, ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor Marcha do idoso: com passos curtos e diminuição do movimentos associados de membros superiores EQUÍLIBRIO ESTÁTICO Solicita-se ao paciente que continue na posição vertical, com os pés juntos, olhando para a frente. Prova de Romberg +: quando tem tendência a queda e desequilíbrio ao fechar os olhos. A tendência a queda para qualquer lado – lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente. Para o mesmo lado – lesão do aparelho vestibular. É positiva nas labirintopatias, tabes dorsalis, na degeneração combinada subaguda e na polineuropatias periféricas MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA: O sistema motor voluntário que comanda os movimentos dos vários segmentos do corpo é representado pelos neurônios centrais ou superiores que se situam no córtex frontal. Avaliada por: Motricidade espontânea: Solicita-se ao paciente que execute uma série de movimentos, tais como: abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. Observa-se se estão sendo realizados em toda sua amplitude (avaliar o grau e a sede da limitação). As causas de redução ou abolição do movimento são representadas por lesão dos neurônios motores e/ou de suas vias (sistema piramidal, colunas ventrais da medula e nervos) Força muscular: Movimentos anteriores, com oposição aplicada pelo examinador. Nos casos de discreta ou duvidosa deficiência motora dos membros, realizam-se as seguintes provas deficitárias – provas de Barré, Mingazzini e dos braços estendidos. O resultado do exame de força pode ser realizado de duas maneiras: Literalmente – em que se anota a graduação e a sede: Força normal nos 4 membros Força discretamente diminuída na extensão do _ Força moderamente diminuída na flexão do _ Força muito reduzida na extensão do _ Força abolida na flexão do _ Convencionalmente: 3 5: força normal 4+: movimento submáximo contra a resistência 4: movimento moderado contra a resistência 4-: movimento discreto contra resistência 3: movimento contra a gravidade mas não contra a resistência 2: movimento quando a gravidade é eliminada 1: contração muscular sem deslocamento articular 0: sem contração muscular TÔNUS MUSCULAR O exame do tônus muscular é efetuado com o paciente deitado e em completo relaxamento muscular. Inspeção: verifica-se se há achatamento das massas musculares de encontro ao plano do leito. Só apresenta valor significativo quando há acentuada diminuição do tônus Palpação: analisa o grau de consistência muscular – aumentada: lesões motoras centrais e diminuída nas periféricas Movimentos passivos: movimentos de flexão e extensão nos membros e se observam: - passividade: se há resistência (tônus aumentado) ou normal (tônus diminuído) - extensibilidade: presença de exagero ou não no grau de extensibilidade da fibra muscular. Diminuição do tônus – hipotonia, e aumento (hipertonia) Na hipotonia – achatamento das massas musculares, diminuição da consistência muscular, aumento da passividade, aumento da extensibilidade e prova de balanço com oscilações. Ocorre – lesão do cerebelo, coma profundo, lesões das vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, das pontas anteriores da medula, dos nervos, na coreia aguda e no mongolismo. Na hipertonia – aumento da consistência muscular e extensibilidade, diminuição da passividade e prova do balanço com reduzidas oscilações. 0corre – lesões das vias motoras piramidal e extrapiramidal. Também pode ser transitória e/ou intermitente. (tétano, descerebração) A hipertonia piramidal, denominada espasticidade, é observada na hemiplegia, na diplegia cerebral infantil, na esclerose lateral amniotrófica e na mielopatia compressiva. Apresenta pelo menos 2 características: o Eletiva, atingindo globalmente os músculos, mas predomínio dos extensores dos MMII e flexores dos MMSS. Determinam a postura de Wernicke- Mann o Elástica, com retorno a posição inicial de um segmento do corpo no qual se interrompeu o movimento passivo de extensão A hipertonia extrapiramidal, denominada rigidez, ocorre – parkinsonismo, degeneração hepatolenticular. Apresenta: o Não é eletiva, acomete globalmente a musculatura agonista, sinergista e antagonista o Plástica, com resistência constante a movimentação passiva (associada ao sinal de roda dentada) Miotomia – relaxamento elentecido após contração. (Distrofia miotônica de Steinert e na miotomia congênitade Thomsen) Distonia – contração simultânea da musculatura agonista e antagonista. (Torcicolo espasmódico, cãibra do escrivão) Paratonia – paciente se opõe a tentativa do examinador em movimentar seu membro. (lesões frontais bilaterais) COORDENAÇÃO A coordenação adequada traduz o bom funcionamento do cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. Nas lesões da sensibilidade proprioceptivas o paciente utiliza a visão para corrigir as incoordenações, na lesões cerebelares isto não Ataxia: perda de coordenação, sendo cerebelar, sensitiva e mista. 4 ocorre. O registro das alterações encontradas – sede e o grau. Exames para a avaliação: o Prova indicador-nariz: com o membro superior estendido lateralmente, paciente deve tocar a ponta do nariz.. Feita com olho aberto e fechado (paciente sentado ou em pé) o Prova calcanhar-joelho: decúbito dorsal, paciente toca o joelho com o calcanhar do membro a ser examinado, olhos abertos depois fechados. Alteração – paciente desliza o calcanhar pela crista tibial. (Dismetria é quando o paciente não consegue alcançar com precisão o alvo.) o Prova dos movimentos alternados: paciente deve realizar movimentos rápidos e alternados. Estes movimentos são denominados diadococinesia, se são realizados se diz eudiadococinesia, se realizados com dificuldade disdiadococinesia, e se houver incapacidade de realizar adiadococinesia. REFLEXOS Reflexos motores – base anatomofuncional é o arco reflexo. Constituído por: via aferente: receptor e fibras sensoriais do nervo, centro reflexógeno: substância cinzenta no sistema nervoso, via eferente: fibras motoras do nervo e o órgão efetor: músculo Reflexos extereoceptivos ou superficiais: estímulos feitos na pele ou na mucosa externa com objeto rombo. o reflexo Cutâneo-plantar: decúbito dorsal, membros inferiores estendidos estímulo da região plantar, próximo a borda lateral e no sentido póstero- anterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais anterior. Resposta normal: flexão dos dedos.. Inversão da resposta normal, ou seja, extensão do hálux é o sinal de Babinski - lesão da via piramidal ou cortico-espinal. o reflexo Cutâneo-abdominal: decúbito dorsal, examinador estimula o abdômen no sentido da linha mediana em três níveis:- superior, médio e inferior. Resposta normal - contração dos músculos abdominais (deslocamento leve do umbigo para lado estimulado). Resposta abolida - lesão piramidal, obesos multíparas, idosos 5 Reflexos profundos e miotáticos: Podem ser do tipo fásicos/clônicos ou tônicos/posturais. Nos reflexos miotáticos ou clônicos o estímulo é feito pela percussão com o martelo no tendão do músculo a ser examinado. São realizados os reflexos: aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, pronador, bicipital e tricipital. Podem estar normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados. Suas alterações podem ser simétricas ou não. O registro dos resultados: Arreflexia ou reflexo abolido: 0 Hiporreflexia ou reflexo diminuído: - Normorreflexia ou reflexo normal: + Reflexo vivo: ++ Hiperreflexia ou reflexo exaltado: +++ A arreflexia ou a hiporreflexia são encontradas comumente nas lesões que interrompem o arco reflexo (poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia), e a hiperreflexia nas lesões da via piramidal (acidente vascular cerebral, tumor, doença desmielinizante, traumatismo). Nos pacientes com lesão do cerebelo é comum a resposta em pêndulo do reflexo patelar (reflexo patelar pendular), consequência da hipotonia. SENSIBILIDADE Os estímulos que atuam sobre os órgãos receptores da superfície corporal ou na profundidade do corpo, sejam eles de qualquer natureza, são conduzidos por sistemas especiais (vias aferentes ou aferências sensitivas) até o SNC. De modo geral, as fibras mais calibrosas transmitem as sensações relacionadas com a vibração, com as modificações posturais e com o tato discriminativo. As fibras mais finas estão encarregadas da transmissão das sensações de frio, de calor, de dor e de tato grosseiro. Classificações das formas de sensibilidade: Sensibilidade subjetiva compreende as queixas sensitivas que o paciente relata durante a anamnese, ou seja, a dor e as parestesias (dormência, formigamento). Sensibilidade objetiva, não deixa de ser subjetiva, uma vez que depende da resposta do paciente aos estímulos percebidos. É dita objetiva pois está presente um estímulo aplicado pelo examinador. Sensibilidade especial corresponde aos sensórios. As seguintes recomendações devem ser obedecidas: O ambiente deve ser adequado (silencioso e com temperatura agradável) As roupas do paciente devem ser sumárias (havendo necessidade, deve ser despido) O paciente deve manter os olhos fechados durante o exame após explicações adequadas do que se irá fazer Tanto quanto possível, deve-se evitar sugestão quanto a sede e natureza do estímulo aplicado; por 6 exemplo, não perguntar ao paciente se ele está sentindo ser tocado com algodão no pé direito quando isso estiver acontecendo O examinador deve inquirir, ao aplicar o estímulo, se o paciente está sentindo alguma coisa? O quê? Em que parte do corpo? Em seguida, comparar os estímulos em áreas homólogas e também em vários locais do mesmo segmento O tempo de exame não deve ser muito prolongado O seguinte material deve ser utilizado: pedaço de algodão/pincel pequeno e macio, estilete rombo que provoque dor sem ferir o paciente, dois tubos de ensaio/vidrinhos, um com água gelada e outro com água quente (a cerca de 45°), e diapasão de 128 vibrações por segundo. SEMIOTÉCNICA Sensibilidade Superficial: o Sensibilidade tátil, utiliza-se um pedaço de algodão, o qual é roçado de leve em várias partes do corpo. o Sensibilidade térmica requer dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente, com que se tocam pontos diversos do corpo, alternando-se os tubos. o Sensibilidade dolorosa é pesquisada com o estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir o paciente. Sensibilidade Profunda: o Sensibilidade vibratória (palestesia) é pesquisada com o diapasão de 128 vibrações por segundo, colocado em saliências ósseas. o Sensibilidade à pressão (barestesia) é pesquisada mediante compressão digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente de massas musculares. o Cinética postural ou artrocinética (batiestesia) é explorada deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão, extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em uma determinada posição que deverá ser reconhecida pelo paciente. Para facilitar o exame, elegem-se algumas partes do corpo, como o hálux, o polegar, o pé ou a mão. o Sensibilidade dolorosa profunda é avaliada mediante compressão moderada de massas musculares e tendões. Normalmente, isso não desperta dor. Os pacientes com tabes dorsalis não sentem dor quando se faz compressão, mesmo forte, de órgãos habitualmente muito dolorosos (testículos). ESTEREOGNOSIA Em seguida ao exame da sensibilidade. Quando se perde esta função (astereognosia ou agnosia tátil) indicativa de lesão do lobo parietal contralateral. Diminuição da sensibilidade tátil = hipoestesia, sua abolição = anestesia; e seu aumento = hiperestesia Havendo alterações, o registro será feito como o exemplo a seguir: o Diminuição da sensibilidade tátil: o Abolição da sensibilidade vibratória o Aumento da sensibilidade superficial dolorosa. É fundamental acrescentar aos exemplos citados o grau e a localização das alterações.. NERVOS CRANIANOS Os nervos cranianos são 12 e têm origem no tronco encefálico ou se dirigem para ele, com exceção dos dois primeiros – que, por sinal, não têm características morfológicas de nervo, e sim de tecido cerebral – e do ramo externo do XI,que se origina na medula cervical. Estereognosia: capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão. 7 NERVO OLFATÓRIO: As impressões olfatórias são recolhidas pelos receptores da mucosa pituitária na cavidade nasal e conduzidas aos centros corticais da olfação situados nos hipocampos, após atravessarem os dois lobos frontais. Os centros corticais, por sua vez, intercomunicamse pelas fibras associativas comissurais. No exame da olfação, empregam-se substâncias com odores conhecidos. O paciente, de olhos fechados, deve reconhecer o aroma que o examinador coloca diante de cada narina. As alterações decorrem de: fratura do andar anterior da base do crânio e tumor da goteira olfatória.. Além disso, existem alterações da olfação por lesões corticais que compreendem os seguintes tipos: o Parosmia (perversão do olfato) o Alucinações olfatórias o Cacosmia, (sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância capaz de originar odor) Essas manifestações podem representar verdadeiras crises epilépticas, por lesão do úncus hipocampal. (crises epilépticas uncinadas.) NERVO ÓPTICO: As imagens são recolhidas na retina por meio dos cones e bastonetes e conduzidas ao centro da visão no lobo occipital. O nervo é examinado da seguinte forma: Acuidade visual: pede-se ao paciente para dizer o que vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou para ler algo. Examina-se cada olho separadamente. Havendo diminuição da acuidade (ambliopia); quando abolida, (amaurose). Ambas podem ser uni ou bilaterais e costumam ser causadas por neurite retrobulbar, tumores e hipertensão intracraniana. No idoso, a acuidade visual e a sensibilidade ao contraste de cores diminuem, em parte, em razão da opacificação do cristalino e do humor vítreo. Campo visual (campimetria): sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está vendo os movimentos. Essa conduta deve ser realizada em cada olho separadamente e, depois, com os dois olhos abertos simultaneamente. As alterações causadas por tumores, infecções e desmielinização são anotadas em relação ao campo visual, e não à retina. Assim, hemianopsia homônima direita significa perda da metade direita de ambos os campos visuais. 8 Fundoscopia: Visualiza-se tecido nervoso e os vasos, as alterações que podem ser encontradas - o palidez da papila (atrofia do nervo óptico) o edema uni ou bilateral da papila (hipertensão intracraniana) o modificações das arteríolas (hipertensão arterial) NERVO OCULOMOTOR ( I I I ) , TROCLEAR ( IV) E O ABDUCENTE (VI) São examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função - motilidade dos globos oculares. Os músculos são: reto medial, o reto superior, o reto inferior, o oblíquo inferior (inervados pelo oculomotor), o oblíquo superior (inervado pelo troclear) e o reto lateral (inervado pelo abducente). O nervo III inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. . Motilidade extrínseca: A posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. Quando há predomínio de um deles (por paresia ou paralisia de seu antagonista), ocorre o estrabismo (desvio do olho de seu eixo normal), que pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (superior ou inferior). Na presença de estrabismo, pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de visão em dupla (diplopia) O exame se faz em cada olho separadamente, e, depois, simultaneamente, da seguinte maneira: com a cabeça imóvel, o paciente é solicitado pelo examinador que desloque os olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, acrescenta-se a prova da convergência ocular, que se faz aproximando gradativamente um objeto dos olhos do paciente.. As causas mais frequentes de lesões dos nervos oculomotores são os traumatismos, diabetes melito, aneurisma intracraniano, hipertensão intracraniana e tumores da região selar. 9 Motilidade intrínseca: O exame da pupila é feito em seguida ao estudo da motilidade extrínseca dos globos oculares.. A pupila é normalmente circular, bem centrada e tem diâmetro de 2 a 4 mm. O diâmetro pupilar é o resultado do funcionamento equilibrado entre os dois sistemas autônomos – simpático e parassimpático. o Irregularidade do contorno pupilar (discoria) o Diâmetro pupilar aumentado (midríase) o Diâmetro pupilar diminuído (miose) o Igualdade de diâmetro (isocoria) o Desigualdade (anisocoria) Em ambiente de pouca luminosidade, o paciente deve olhar para um ponto mais distante. O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos olhos um objeto e as pupilas se contrairão normalmente – é o reflexo da acomodação. Os reflexos podem estar normais, diminuídos ou abolidos. A abolição pode abranger todos os reflexos ou ser dissociada. Assim, na lesão unilateral do oculomotor, a pupila entra em midríase homolateral (predomínio do simpático) e não responde a estímulo algum – é chamada midríase paralítica. A pupila oposta permanece normal. Na lesão bilateral da via aferente (fibras pupilomotoras que estão juntas com o nervo óptico), os reflexos fotomotor direto ou consensual estão abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está preservado. Outro exemplo é representado pela lesão da via aferente do lado direito: aplicando-se o estímulo à direita, os reflexos direto e consensual estarão abolidos; se o estímulo for aplicado à esquerda, ambos os reflexos estarão normais; o reflexo de acomodação está preservado. Existem duas alterações pupilares classicamente conhecidas: O sinal de Argyll-Robertson consiste basicamente em miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença do reflexo de acomodação. A lesão responsável pelo sinal de Argyll-Robertson situa-se na região periaquedutal, no mesencéfalo. A síndrome de Claude Bernard-Horner é caracterizada por miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral. Decorre de lesão do simpático cervical (traumatismo, tumor do ápice pulmonar, pós-cirurgia cervical). NERVO TRIGÊMEO (V) 10 Nervo misto - raízes motoras e sensitivas. Raiz motora. - representada pelo nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, masseter e pterigóideos). Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela observação dos seguintes aspectos: o Atrofia das regiões temporais e masseterinas o Desvio da mandíbula para o lado da lesão com a abertura da boca o Debilidade do lado paralisado ao trincar os dentes o Dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula. Raízes sensitivas. - compreendem os nervos oftálmico, maxilar e mandibular. As raízes sensitivas são responsáveis pela sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico. O exame dessas raízes é semelhante ao da sensibilidade superficial. Cabe acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana - feita com uma mecha de algodão que toca suavemente a região entre a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto. Resposta normal é a contração do orbicular das pálpebras; daí a denominação de reflexo corneopalpebral. As alterações do trigêmeo podem ser consequência de herpes-zóster, traumatismo e tumores. Quando há comprometimento da raiz sensitiva, o paciente irá referir dor, limitada à área correspondente à sua distribuição. Em tais casos, utiliza-se a designação de neuralgia do trigêmeo ou trigeminalgia.. A diferença entre a trigeminalgia secundária da trigeminalgia essencial/idiopática.,na essencial não se encontram alterações objetivas deficitárias de sensibilidade da face, enquanto nas secundárias tais alterações estão presentes. NERVO FACIAL (VI I ) Do ponto de vista semiológico, interessa a parte motora do nervo facial (responsável pela inervação muscular), que se divide em dois ramos – temporofacial e cervicofacial –, os quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. Para se fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente que enrugue a testa, franza os supercílios, cerre as 11 pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a boca e contraia o platisma. Na paralisia unilateral, observam-se lagoftalmia (o olho permanece sempre aberto), ausência do ato de piscar, epífora (lacrimejamento), desvio da boca para o lado normal – sobretudo quando se pede ao paciente que mostre os dentes ou abra amplamente a boca –, incapacidade para contrair o platisma, para assobiar e para manter a boca inflada.. Prosopoplegia = paralisia da face, diplegia facial = bilateral Cerca de 80% dessas paralisias são chamadas a frigore, e têm caráter benigno. São provocadas por infecções virais que se acompanham de reação edematosa do nervo. Outras causas incluem o diabetes melito, os tumores, a otite média, os traumatismos, o herpes-zóster e a hanseníase. Na hanseníase, a paralisia pode ser incompleta do tipo ramuscular, isto é, apenas ramos terminais são lesionados. A diferença entre a paralisia por lesão do nervo facial (paralisia infranuclear ou periférica) e a por lesão da via corticonuclear ou feixe geniculado (paralisia central ou supranuclear- acontece com frequência em AVC e tumores cerebrais) tem importância prática. No tipo periférico, toda a hemiface homolateral é acometida, enquanto, na central, somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada.. O nervo intermédio ou nervo intermediário de Wrisberg – tem curto trajeto junto com o nervo facial. Função: impressões gustativas dos dois terços anteriores da língua. Logo, em alguns casos de paralisia facial periférica, é possível caracterizar alguma anormalidade da gustação. NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VI I ) É constituído por duas raízes: a coclear - audição, e a vestibular, responsável pelo equilíbrio.. No exame neurológico de rotina faz-se apenas uma exploração simplificada das duas raízes deste nervo.. Raiz coclear. A raiz coclear é avaliada por meio dos seguintes dados e manobras: o Diminuição gradativa da intensidade da voz natural o Voz cochichada o Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido o Audiometria o Prova de Rinne, que consiste em aplicar o diapasão na região mastoide. Quando o paciente deixa de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução nervosa. 12 As alterações auditivas são representadas por sintomas deficitários (hipoacusia) ou de estimulação (zumbido, hiperacusia e alucinações). As causas mais comuns de lesão da raiz coclear são a rubéola, o neurinoma, a fratura do rochedo, a intoxicação medicamentosa e a síndrome de Ménière Já os sintomas irritativos (zumbidos) podem estar ou não associados a déficit de audição, ou depender de focos epilépticos corticais (alucinações) ou, ainda, acompanhar a paralisia facial periférica (hiperacusia). Raiz vestibular: No acometimento da raiz vestibular as queixas do paciente incluem vertigens, náuseas, vômitos e desequilíbrio. Vertigem: corresponde a uma incômoda e ilusória sensação de deslocamento do corpo ou dos objetos A investigação compreende o reconhecimento de: o nistagmo: movimentos oculares ritmados, com dois componentes: um rápido e outro lento. Pode ser espontâneo ou provocado (olhar extremo) e compreende os tipos horizontal, vertical, rotatório e misto. o desvio lateral e postural durante a marcha observa-se lateropulsão para o lado da lesão. Estando o paciente de pé ou sentado com os olhos fechados, os membros superiores estendidos para frente e elevados em ângulo reto com o corpo, os braços desviam-se para o lado do labirinto lesionado, e o corpo tende a pender para este mesmo lado.. o sinal de Romberg +: desequilíbrio do corpo para o lado lesionado. o Provas calórica e rotatória: pelo estímulo dos labirintos com água quente e fria (prova calórica) e uma cadeira giratória (prova rotatória) As causas de lesões da raiz vestibular são as mesmas que atingem a coclear. Em algumas situações clínicas, ambos os ramos são comprometidos simultaneamente, como no caso da clássica síndrome de Ménière. NERVO GLOSSOFARÍNGEO(IX) E NERVO VAGO (X): A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia), porém este exame não é habitualmente realizado. Pode aparecer disfagia. Raramente ocorre dor. Na lesão unilateral dos nervos IX e X, observam-se desvio do véu palatino para o lado normal (não lesionado), quando o paciente pronuncia as vogais “a” ou “e”, desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) por meio de cuidadosa estimulação, disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do reflexo velopalatino.. A lesão isolada do X nervo e que envolve apenas o ramo laríngeo determina disfonia. As causas mais frequentes de lesão dos nervos IX e X, ou de seus ramos, são: neuropatia diftérica, tumor do mediastino, esclerose lateral amiotrófica, siringobulbia e traumatismo.. NERVO ACESSÓRIO (XI ) Interesse no exame do ramo externo. Inerva os músculos esternocleidomastóideos e a porção superior do trapézio.. A lesão do acessório tem como consequência atrofia desses músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastóideo) do músculo comprometido. NERVO HIPOGLOSSO (XI I) Exclusivamente motor. Exame: inspeção da língua que deve ser movimentada para todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, forçando-a de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência. 13 Nas lesões unilaterais do hipoglosso observam-se atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão; às vezes, ocorre disartria para as consoantes linguais. Nas lesões bilaterais, as manifestações compreendem atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir (a língua auxilia esses atos). As causas da lesão do hipoglosso são praticamente as mesmas já assinaladas para os nervos IX, X e XI.. NERVOS PERIFÉRICOS Examinados em seus trajetos periféricos pelo método palpatório: o Nervo cubital, ao nível do cotovelo, na epitróclea o Nervo radial na goteira de torção no terço inferior da face externa do braço o Nervo fibular na parte posterior e inferior da cabeça da fíbula o Nervo auricular na face lateral da região cervical Algumas doenças (hanseníase, neurite intersticial hipertrófica) acometem seletivamente os nervos periféricos, espessando- os. .AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA A escala de Glasgow deve fazer parte do exame neurológico nos pacientes com alteração do nível de consciência: 14 MINIEXAME DO ESTADO MENTAL É uma escala que permite graduar a demência e avalia-la evolutivamente nas consultas subsequentes. PRINCIPAIS SÍNDROMES NEUROLÓGICAS HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Caixa craniana abriga no seu interior o encéfalo, as meninges, o sangue dentro das artérias, das veias e seios venosos e capilares e o liquor Pressão intracraniana é avaliada por meio da punção lombar (pressão normal é de 10 a 20 cmH2O) Causasmais comuns de hipertensão intracraniana são: tumores (incluindo abscesso), meningite, hemorragia (cerebral ou subaracnóidea), traumatismo (com ou sem hematoma), edema cerebral, intoxicações exógenas, trombose venosa cerebral, hipertensão arterial maligna, estenose congênita do aqueduto silviano, neurocisticercose, uso de medicamentos em crianças (tetraciclinas, vitamina A, ácido nalidíxico) e hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral). Sinais e sintomas: o Cefaleia. Ocasional, moderada e localizada na fase inicial, passando a constante, intensa e global com o evolver do quadro clínico. o Vômitos (em jato): Predominam pela manhã, quando o paciente passa da posição deitada para a sentada ou de pé. Não têm relação com a alimentação., não apresentarem um período nauseoso que os anteceda o Vertigens: não é frequente o Edema da papila: fase inicial, unilateral. o Convulsão: pouco frequente, quase sempre é generalizada. Quando focal, pode significar que o agente causal situase na área cerebral correspondente. o Paralisia de nervos cranianos: na maioria dos casos, o VI nervo é comprometido. Pode ser uni ou bilateral, e as manifestações são o estrabismo convergente e a diplopia. o Distúrbios psíquicos: caracterizam-se por irritabilidade, desinteresse, raciocínio lento, indiferença, confusão, desatenção, falta de iniciativa o Distúrbios autonômicos: bradicardia, hipertensão arterial (reflexo de Cushing), taquipneia SÍNDROME DO I NEURÔNIO MOTOR OU SÍNDROME PIRAMIDAL É um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da interrupção, anatômica ou funcional, da via corticoespinal. Sintomas deficitários ou negativos: o Perda ou diminuição da motricidade (paresia ou plegia), que atinge globalmente um ou mais membros, sobretudo a musculatura antigravitária o Diminuição ou abolição dos reflexos cutâneo- abdominais, que pode ser definitiva ou transitória o Atrofia muscular, atingindo globalmente o segmento paralisado (após muito tempo) Sintomas de liberação ou positivos: o Sincinesias, que correspondem a movimentos associados anormais e se evidenciam nos membros deficitários quando o paciente executa determinado movimento (p. ex., a mão do lado hemiplégico se contrai quando o paciente fecha fortemente a mão do lado normal) o Sinal de Babinski + o Exagero do reflexo de automatismo ou de defesa, representado pela tríplice flexão do membro inferior ao estímulo nociceptivo o Hiperreflexia profunda, às vezes policinesia (mais de uma resposta a um único estímulo) e/ou sinreflexia (resposta ao estímulo também do lado oposto) o Espasticidade. 15 Causas mais importantes da síndrome piramidal são os acidentes vasculares cerebrais, os tumores, as doenças desmielinizantes (esclerose múltipla), os processos degenerativos (esclerose lateral amiotrófica), os traumatismos e as infecções. SÍNDROME DO I I NEURÔNIO MOTOR Os impulsos motores que partem do centro não chegam à periferia. Em consequência, todos os atos motores (voluntários, automáticos e reflexos) são abolidos. Sinais e sintomas: o Paresia ou paralisia: frequentemente segmentar, assimétrica, interessando o grupamento muscular inervado pelos neurônios lesionados o Hipotonia: aumento da passividade e da extensibilidade musculares o Arreflexia: superficial ou profunda o Fasciculações: evolução crônica o Atrofia da musculatura comprometida As causas principais desta síndrome incluem poliomielite anterior aguda, esclerose lateral amiotrófica, amiotrofia mielopática infantil, siringomielia, polineuropatia periférica, radiculopatias, mononeuropatias e neuropatias múltipla. SÍNDROME HEMIPLÉGICA Ocorre lesão da via piramidal, em qualquer ponto do trajeto desde o córtex cerebral até a medula, e se traduz pela perda da motricidade de uma metade do corpo. As causas mais comuns da síndrome hemiplégica são os acidentes vasculares cerebrais, os tumores, os traumatismos, as infecções e as doenças desmielinizante SÍNDROME CEREBELAR É constituída de alterações da coordenação e do tônus muscular Sinais e sintomas - Alterações dos movimentos ativos (ataxia) o Dismetria o Disdiadococinesia ou adiadococinesia o Tremor: chamado tremor intencional, cinético ou cerebelar. Ocorre quando o paciente executa um movimento e reflete sua decomposição o Dissinergia ou assinergia: é a dificuldade para efetuar movimentos que representam determinado ato. o Disartria: é caracterizada pela fala lenta, monótona e explosiva o Disgrafia: as letras tornam-se maiores e irregulares o Distúrbios dos movimentos oculares o Disbasia Alterações do tônus (hipotonia): o Diminuição da consistência das massas musculares o Aumento da passividade o Reflexos patelar e tricipital pendulares sinal de Romberg – (porque as manifestações clínicas não se modificam significativamente quando se elimina o controle visual) As principais causas da síndrome cerebelar são os tumores (incluindose o abscesso), infecções, distúrbios vasculares (infarto, hemorragia), intoxicações exógenas (álcool), uso de medicamentos (hidantoinato, piperazina), doença desmielinizante (esclerose múltipla), doenças heredodegenerativas, traumatismo e atrofias (primária e paraneoplásica). SÍNDROME RADICULOCORDONAL POSTERIOR Esta síndrome compreende um conjunto de manifestações decorrentes de lesão do cordão ou funículo posterior da medula e das raízes que o constituem, que são condutoras da sensibilidade proprioceptiva. Sinais e sintomas: o Disbasia do tipo ataxotalonante o Aumento da base de sustentação, para a manutenção do equilíbrio, quando na posição vertical o Prova de Romberg + o Ataxia nas provas habituais o Hipotonia bem evidente o Abolição dos reflexos profundos o Abolição de todas as modalidades sensitivas que transitam pelas fibras calibrosas (vibratória, cinético- postural e tátilepicrítica). As causas mais importantes são a sífilis nervosa (tabes), a doença de Friedreich (ataxia espinocerebelar) e a degeneração combinada da medula (mielose funicular). 16 SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD OU HEMISSECÇÃO TRANSVERSA LATERAL DA MEDULA Do lado da lesão: o Síndrome piramidal: destaca-se a paralisia o Síndrome cordonal posterior: evidenciada pela abolição da sensibilidade vibratória e cinéticopostural Do lado oposto da lesão: i o Síndrome sensitiva: caracterizada pela abolição da sensibilidade dolorosa e térmica. Causas: traumatismos, neoplasias e infecções SÍNDROME MENÍNGEA Causada por nfecção (meningite), ou hemorragia (meníngea ou subaracnóidea). Na hemorragia meníngea o quadro instala-se sempre de modo súbito e inesperado, enquanto na meningite os sintomas costumam aparecer rapidamente, como nas meningites purulentas, ou mais gradativamente, como é o caso das meningites não purulentas. Características semiológicas: hipertensão intracraniana, síndrome radicular (constituída de hiperestesia, fotofobia, raquialgia, postura antálgica, habitualmente em decúbito lateral e com os membros inferiores semifletidos, rigidez da nuca, positividade das provas de Kernig, Brudzinski e Lasègue) e síndrome infecciosa – quando estiver presente a meningite –, que inclui a febre, a prostração, a astenia, a anorexia, a taquicardia. SÍNDROME DE COMPRESSÃO MEDULAR Sinais e sintomas: Distúrbios da sensibilidade: alterações subjetivas (queixa dor do tipo radicular que piora com movimentos súbitos toracoabdominais (tosse, espirro). Parestesias (dormência/formigamento) Alterações objetivas: leve ou perda total da sensibilidade Distúrbios da motricidade: paresia que pode evoluir para paralisia Distúrbios dos reflexos: Sinal de Babinski + Distúrbio do tônus: aumento da tônus dos músculos atingidos
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