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Semiologia do Sistema Nervoso- portinhodocx

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1 
EXAME FÍSICO 
PESCOÇO E COLUNA CERVICAL 
Carótidas: palpação e ausculta de ambas as carótidas 
separadamente, comparando-se a amplitude e averiguando 
se há frêmito e/ou sopro.. Objetivo avaliar presença de 
estenose ou oclusão da artéria 
Região supraclavicular: ausculta, neste ponto a artéria 
vertebral tem origem na subclávia 
Limitação dos movimentos: pede-se ao paciente que 
execute: flexão, extensão, rotação e lateralização da cabeça.. 
Dificuldade – doenças osteoarticulares, musculares, 
meningites, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea. 
Rigidez da nuca: o examinador coloca uma das mãos na 
região occipital do paciente em decúbito dorsal e tenta flertir 
a cabeça – frequentemente encontrada na meningite e na 
hemorragia subaracnóidea 
Prova de Brudzinski: o examinador repousa uma das 
mãos sobre o tórax do paciente que está em decúbito 
dorsal e com membros estendidos, e com a outra colocada 
na região occipital, executada uma flexão forçada da cabeça. 
+: quando o paciente flete os membros inferiores. 
 
Transição craniovertebral: ‘’pescoço curto’’ 
COLUNA LOMBOSSACRA 
Limitação dos movimentos: solicita-se a execução dos 
movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralização da 
coluna.. Observa-se limitação na amplitude e em qual grau 
Provas de estiramento de raiz nervosa: 
o Prova de laségue: paciente em decúbito dorsal e os 
membros inferiores estendidos, o examinador eleva 
um dos membros. +: paciente sente dor na face 
posterior do membro examinado (cerca de 30°) 
 
o Prova de kernig: consiste na extensão da perna, 
estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia 
e a perna sobre a coxa. +: paciente relata dor ao 
longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir o 
movimento. Utilizada para diagnóstico de meningite, 
hemorragia subaracnóidea e da radiculopatia ciática 
 
 
MARCHA OU EQUILÍBRIO DINÂMICO 
 
 
 
 
Marcha ceifante ou hemiplégica: mantem o membro 
superior fletido em 90° no cotovelo, em adução e a mão 
fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo 
lado é espástico, e o joelho não flexiona. (perna se arrasta). 
Pacientes que apresentam hemiplegia – AVC 
Marcha anserina ou de pato: paciente acentua a lordose 
lombar e inclina o tronco ora para a direita ora para a 
esquerda, lembrando o andar de um pato. Observada em 
doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos 
músculos pélvicos e das coxas 
Disbasia: distúrbio 
de marcha – uni 
ou bilateral 
2 
Marcha parkinsoniana: cabeça permanece inclinada para 
frente e os passos são miúdos e rápidos. Ocorre na 
síndrome parkinsoniana 
Marcha cerebelar: doente ziguezagueia. Ocorre em 
lesões do cerebelo 
Marcha tabética: Indica perda da sensibilidade 
proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula 
Marcha de pequenos passos: passos curtos, e ao 
caminhar paciente arrasta os pés. Ocorre na paralisia 
pseudobulbar e em doenças extrapiramidais 
Marcha vestibular: paciente com lesão do labirinto, é 
como se fosse empurrado para o lado quando tenta se 
mover em linha reta (marcha em estrela) 
Marcha escarvante: ocorre na paralisia do movimento 
de flexão dorsal do pé (lembra o passo do ganso) 
Marcha em tesoura: frequente nas formas espásticas 
da paralisia cerebral 
Marcha claudicante: ao caminhar paciente manca para 
um dos lados, ocorre na insuficiência arterial periférica e em 
lesões do aparelho locomotor 
Marcha do idoso: com passos curtos e diminuição do 
movimentos associados de membros superiores 
EQUÍLIBRIO ESTÁTICO 
Solicita-se ao paciente que continue na posição vertical, com 
os pés juntos, olhando para a frente. 
Prova de Romberg +: quando tem tendência a queda e 
desequilíbrio ao fechar os olhos. A tendência a queda para 
qualquer lado – lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva 
consciente. Para o mesmo lado – lesão do aparelho 
vestibular. 
É positiva nas labirintopatias, tabes dorsalis, na degeneração 
combinada subaguda e na polineuropatias periféricas 
 
 
MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA: 
O sistema motor voluntário que comanda os movimentos 
dos vários segmentos do corpo é representado pelos 
neurônios centrais ou superiores que se situam no córtex 
frontal. Avaliada por: 
 Motricidade espontânea: Solicita-se ao paciente que 
execute uma série de movimentos, tais como: abrir e fechar 
a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o 
braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. 
Observa-se se estão sendo realizados em toda sua amplitude 
(avaliar o grau e a sede da limitação). As causas de redução 
ou abolição do movimento são representadas por lesão dos 
neurônios motores e/ou de suas vias (sistema piramidal, 
colunas ventrais da medula e nervos) 
 Força muscular: Movimentos anteriores, com oposição 
aplicada pelo examinador. Nos casos de discreta ou duvidosa 
deficiência motora dos membros, realizam-se as seguintes 
provas deficitárias – provas de Barré, Mingazzini e dos 
braços estendidos. O resultado do exame de força pode ser 
realizado de duas maneiras: 
Literalmente – em que se anota a graduação e a sede: 
 Força normal nos 4 membros 
 Força discretamente diminuída na extensão do 
_ 
 Força moderamente diminuída na flexão do _ 
 Força muito reduzida na extensão do _ 
 Força abolida na flexão do _ 
 
 
 
Convencionalmente: 
3 
 5: força normal 
 4+: movimento submáximo contra a 
resistência 
 4: movimento moderado contra a resistência 
 4-: movimento discreto contra resistência 
 3: movimento contra a gravidade mas não 
contra a resistência 
 2: movimento quando a gravidade é eliminada 
 1: contração muscular sem deslocamento 
articular 
 0: sem contração muscular 
TÔNUS MUSCULAR 
O exame do tônus muscular é efetuado com o paciente 
deitado e em completo relaxamento muscular. 
 Inspeção: verifica-se se há achatamento das massas 
musculares de encontro ao plano do leito. Só 
apresenta valor significativo quando há acentuada 
diminuição do tônus 
 Palpação: analisa o grau de consistência muscular – 
aumentada: lesões motoras centrais e diminuída nas 
periféricas 
 Movimentos passivos: movimentos de flexão e 
extensão nos membros e se observam: 
- passividade: se há resistência (tônus aumentado) 
ou normal (tônus diminuído) 
- extensibilidade: presença de exagero ou não no 
grau de extensibilidade da fibra muscular. Diminuição 
do tônus – hipotonia, e aumento (hipertonia) 
 Na hipotonia – achatamento das massas musculares, 
diminuição da consistência muscular, aumento da passividade, 
aumento da extensibilidade e prova de balanço com 
oscilações. Ocorre – lesão do cerebelo, coma profundo, 
lesões das vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, das 
pontas anteriores da medula, dos nervos, na coreia aguda e 
no mongolismo. 
Na hipertonia – aumento da consistência muscular e 
extensibilidade, diminuição da passividade e prova do balanço 
com reduzidas oscilações. 0corre – lesões das vias motoras 
piramidal e extrapiramidal. Também pode ser transitória e/ou 
intermitente. (tétano, descerebração) 
A hipertonia piramidal, denominada espasticidade, é 
observada na hemiplegia, na diplegia cerebral infantil, na 
esclerose lateral amniotrófica e na mielopatia compressiva. 
Apresenta pelo menos 2 características: 
o Eletiva, atingindo globalmente os músculos, mas 
predomínio dos extensores dos MMII e flexores dos 
MMSS. Determinam a postura de 
Wernicke- Mann 
 
o Elástica, com retorno a posição inicial de um 
segmento do corpo no qual se interrompeu o 
movimento passivo de extensão 
A hipertonia extrapiramidal, denominada rigidez, ocorre – 
parkinsonismo, degeneração hepatolenticular. Apresenta: 
o Não é eletiva, acomete globalmente a musculatura 
agonista, sinergista e antagonista 
o Plástica, com resistência constante a movimentação 
passiva (associada ao sinal de roda dentada) 
Miotomia – relaxamento elentecido após contração. 
(Distrofia miotônica de Steinert e na miotomia congênitade 
Thomsen) 
Distonia – contração simultânea da musculatura 
agonista e antagonista. (Torcicolo espasmódico, cãibra do 
escrivão) 
Paratonia – paciente se opõe a tentativa do examinador 
em movimentar seu membro. (lesões frontais bilaterais) 
COORDENAÇÃO 
 
A coordenação adequada traduz o bom funcionamento do 
cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. Nas lesões da 
sensibilidade proprioceptivas o paciente utiliza a visão para 
corrigir as incoordenações, na lesões cerebelares isto não 
Ataxia: perda de coordenação, 
sendo cerebelar, sensitiva e 
mista. 
4 
ocorre. O registro das alterações encontradas – sede e o 
grau. 
Exames para a avaliação: 
o Prova indicador-nariz: com o membro superior 
estendido lateralmente, paciente deve tocar a ponta 
do nariz.. Feita com olho aberto e fechado (paciente 
sentado ou em pé) 
 
 
o Prova calcanhar-joelho: decúbito dorsal, paciente 
toca o joelho com o calcanhar do membro a ser 
examinado, olhos abertos depois fechados. 
Alteração – paciente desliza o calcanhar pela crista 
tibial. (Dismetria é quando o paciente não consegue 
alcançar com precisão o alvo.) 
 
o Prova dos movimentos alternados: paciente deve 
realizar movimentos rápidos e alternados. Estes 
movimentos são denominados diadococinesia, se 
são realizados se diz eudiadococinesia, se realizados 
com dificuldade disdiadococinesia, e se houver 
incapacidade de realizar adiadococinesia. 
 
 
REFLEXOS 
Reflexos motores – base anatomofuncional é o arco reflexo. 
Constituído por: via aferente: receptor e fibras sensoriais do 
nervo, centro reflexógeno: substância cinzenta no sistema 
nervoso, via eferente: fibras motoras do nervo e o órgão 
efetor: músculo 
 
 Reflexos extereoceptivos ou superficiais: estímulos 
feitos na pele ou na mucosa externa com objeto rombo. 
o reflexo Cutâneo-plantar: decúbito dorsal, membros 
inferiores estendidos estímulo da região plantar, 
próximo a borda lateral e no sentido póstero-
anterior, fazendo um leve semicírculo na parte mais 
anterior. Resposta normal: flexão dos dedos.. 
Inversão da resposta normal, ou seja, extensão do 
hálux é o sinal de Babinski - lesão da via piramidal 
ou cortico-espinal. 
 
 
 
o reflexo Cutâneo-abdominal: decúbito dorsal, 
examinador estimula o abdômen no sentido da linha 
mediana em três níveis:- superior, médio e inferior. 
Resposta normal - contração dos músculos 
abdominais (deslocamento leve do umbigo para lado 
estimulado). Resposta abolida - lesão piramidal, 
obesos multíparas, idosos 
 
 
5 
Reflexos profundos e miotáticos: 
Podem ser do tipo fásicos/clônicos ou tônicos/posturais. 
Nos reflexos miotáticos ou clônicos o estímulo é feito pela 
percussão com o martelo no tendão do músculo a ser 
examinado. São realizados os reflexos: aquileu, patelar, flexor 
dos dedos, supinador, pronador, bicipital e tricipital. 
Podem estar normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados. 
Suas alterações podem ser simétricas ou não. O registro dos 
resultados: 
Arreflexia ou reflexo abolido: 0 
Hiporreflexia ou reflexo diminuído: - 
Normorreflexia ou reflexo normal: + 
Reflexo vivo: ++ 
Hiperreflexia ou reflexo exaltado: +++ 
 
A arreflexia ou a hiporreflexia são encontradas comumente 
nas lesões que interrompem o arco reflexo (poliomielite, 
polineuropatia periférica, miopatia), e a hiper­reflexia nas 
lesões da via piramidal (acidente vascular cerebral, tumor, 
doença desmielinizante, traumatismo). Nos pacientes com 
lesão do cerebelo é comum a resposta em pêndulo do 
reflexo patelar (reflexo patelar pendular), consequência da 
hipotonia. 
 
 
SENSIBILIDADE 
Os estímulos que atuam sobre os órgãos receptores da 
superfície corporal ou na profundidade do corpo, sejam eles 
de qualquer natureza, são conduzidos por sistemas especiais 
(vias aferentes ou aferências sensitivas) até o SNC. 
De modo geral, as fibras mais calibrosas transmitem as 
sensações relacionadas com a vibração, com as modificações 
posturais e com o tato discriminativo. As fibras mais finas 
estão encarregadas da transmissão das sensações de frio, de 
calor, de dor e de tato grosseiro. 
Classificações das formas de sensibilidade: 
 
 Sensibilidade subjetiva compreende as queixas 
sensitivas que o paciente relata durante a anamnese, ou seja, 
a dor e as parestesias (dormência, formigamento). 
 
 Sensibilidade objetiva, não deixa de ser subjetiva, uma 
vez que depende da resposta do paciente aos estímulos 
percebidos. É dita objetiva pois está presente um estímulo 
aplicado pelo examinador. 
 Sensibilidade especial corresponde aos sensórios. 
As seguintes recomendações devem ser obedecidas: 
 O ambiente deve ser adequado (silencioso e com 
temperatura agradável) 
 As roupas do paciente devem ser sumárias 
(havendo necessidade, deve ser despido) 
 O paciente deve manter os olhos fechados durante 
o exame após explicações adequadas do que se irá 
fazer 
 Tanto quanto possível, deve-se evitar sugestão 
quanto a sede e natureza do estímulo aplicado; por 
6 
exemplo, não perguntar ao paciente se ele está 
sentindo ser tocado com algodão no pé direito 
quando isso estiver acontecendo 
 O examinador deve inquirir, ao aplicar o estímulo, se 
o paciente está sentindo alguma coisa? O quê? Em 
que parte do corpo? Em seguida, comparar os 
estímulos em áreas homólogas e também em 
vários locais do mesmo segmento 
 O tempo de exame não deve ser muito 
prolongado 
 O seguinte material deve ser utilizado: pedaço de 
algodão/pincel pequeno e macio, estilete rombo 
que provoque dor sem ferir o paciente, dois tubos 
de ensaio/vidrinhos, um com água gelada e outro 
com água quente (a cerca de 45°), e diapasão de 
128 vibrações por segundo. 
SEMIOTÉCNICA 
 Sensibilidade Superficial: 
o Sensibilidade tátil, utiliza-se um pedaço de algodão, o 
qual é roçado de leve em várias partes do corpo. 
o Sensibilidade térmica requer dois tubos de ensaio, 
um com água gelada e outro com água quente, 
com que se tocam pontos diversos do corpo, 
alternando-se os tubos. 
o Sensibilidade dolorosa é pesquisada com o estilete 
rombo, capaz de provocar dor sem ferir o paciente. 
 Sensibilidade Profunda: 
o Sensibilidade vibratória (palestesia) é pesquisada com 
o diapasão de 128 vibrações por segundo, colocado 
em saliências ósseas. 
o Sensibilidade à pressão (barestesia) é pesquisada 
mediante compressão digital ou manual em 
qualquer parte do corpo, especialmente de massas 
musculares. 
o Cinética postural ou artrocinética (batiestesia) é 
explorada deslocando-se suavemente qualquer 
segmento do corpo em várias direções (flexão, 
extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento 
em uma determinada posição que deverá ser 
reconhecida pelo paciente. Para facilitar o exame, 
elegem-se algumas partes do corpo, como o hálux, 
o polegar, o pé ou a mão. 
o Sensibilidade dolorosa profunda é avaliada mediante 
compressão moderada de massas musculares e 
tendões. Normalmente, isso não desperta dor. Os 
pacientes com tabes dorsalis não sentem dor 
quando se faz compressão, mesmo forte, de 
órgãos habitualmente muito dolorosos (testículos). 
ESTEREOGNOSIA 
 
 
 
Em seguida ao exame da sensibilidade. 
Quando se perde esta função (astereognosia ou agnosia 
tátil) indicativa de lesão do lobo parietal contralateral. 
Diminuição da sensibilidade tátil = hipoestesia, sua abolição = 
anestesia; e seu aumento = hiperestesia 
Havendo alterações, o registro será feito como o exemplo a 
seguir: 
o Diminuição da sensibilidade tátil: 
o Abolição da sensibilidade vibratória 
o Aumento da sensibilidade superficial dolorosa. 
É fundamental acrescentar aos exemplos citados o grau e a 
localização das alterações.. 
NERVOS CRANIANOS 
Os nervos cranianos são 12 e têm origem no tronco 
encefálico ou se dirigem para ele, com exceção dos dois 
primeiros – que, por sinal, não têm características 
morfológicas de nervo, e sim de tecido cerebral – e do 
ramo externo do XI,que se origina na medula cervical. 
 
Estereognosia: capacidade de 
reconhecer um objeto com a 
mão sem o auxílio da visão. 
7 
 
 
NERVO OLFATÓRIO: 
As impressões olfatórias são recolhidas pelos receptores da 
mucosa pituitária na cavidade nasal e conduzidas aos centros 
corticais da olfação situados nos hipocampos, após 
atravessarem os dois lobos frontais. Os centros corticais, por 
sua vez, intercomunicamse pelas fibras associativas 
comissurais. 
No exame da olfação, empregam-se substâncias com 
odores conhecidos. O paciente, de olhos fechados, deve 
reconhecer o aroma que o examinador coloca diante de 
cada narina. 
As alterações decorrem de: fratura do andar anterior da 
base do crânio e tumor da goteira olfatória.. Além disso, 
existem alterações da olfação por lesões corticais que 
compreendem os seguintes tipos: 
o Parosmia (perversão do olfato) 
o Alucinações olfatórias 
o Cacosmia, (sensação olfatória desagradável na 
ausência de qualquer substância capaz de originar 
odor) 
Essas manifestações podem representar 
verdadeiras crises epilépticas, por lesão do úncus 
hipocampal. (crises epilépticas uncinadas.) 
NERVO ÓPTICO: 
As imagens são recolhidas na retina por meio dos cones e 
bastonetes e conduzidas ao centro da visão no lobo occipital. 
O nervo é examinado da seguinte forma: 
 Acuidade visual: pede-se ao paciente para dizer o que 
vê na sala de exame (na parede, na mesa) ou para ler algo. 
Examina-se cada olho separadamente. Havendo diminuição 
da acuidade (ambliopia); quando abolida, (amaurose). Ambas 
podem ser uni ou bilaterais e costumam ser causadas por 
neurite retrobulbar, tumores e hipertensão intracraniana. No 
idoso, a acuidade visual e a sensibilidade ao contraste de 
cores diminuem, em parte, em razão da opacificação do 
cristalino e do humor vítreo. 
Campo visual (campimetria): sentado, o paciente fixa 
um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O 
examinador coloca suas mãos na periferia do seu campo 
visual e as move enquanto pergunta ao paciente se ele está 
vendo os movimentos. Essa conduta deve ser realizada em 
cada olho separadamente e, depois, com os dois olhos 
abertos simultaneamente. As alterações causadas por 
tumores, infecções e desmielinização são anotadas em 
relação ao campo visual, e não à retina. Assim, hemianopsia 
homônima direita significa perda da metade direita de ambos 
os campos visuais. 
 
8 
 
 Fundoscopia: Visualiza-se tecido nervoso e os vasos, as 
alterações que podem ser encontradas - 
o palidez da papila (atrofia do nervo óptico) 
o edema uni ou bilateral da papila (hipertensão 
intracraniana) 
o modificações das arteríolas (hipertensão arterial) 
 
 
NERVO OCULOMOTOR ( I I I ) , TROCLEAR ( IV) E O 
ABDUCENTE (VI) 
São examinados em conjunto, pois inervam os vários 
músculos que têm por função - motilidade dos globos 
oculares. Os músculos são: reto medial, o reto superior, o 
reto inferior, o oblíquo inferior (inervados pelo oculomotor), o 
oblíquo superior (inervado pelo troclear) e o reto lateral 
(inervado pelo abducente). O nervo III inerva também a 
musculatura elevadora da pálpebra. 
 
. Motilidade extrínseca: A posição do globo ocular é 
dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. 
Quando há predomínio de um deles (por paresia ou paralisia 
de seu antagonista), ocorre o estrabismo (desvio do olho de 
seu eixo normal), que pode ser horizontal (convergente ou 
divergente) ou vertical (superior ou inferior). Na presença de 
estrabismo, pelo menos na fase inicial, o paciente reclama de 
visão em dupla (diplopia) 
O exame se faz em cada olho separadamente, e, depois, 
simultaneamente, da seguinte maneira: com a cabeça imóvel, 
o paciente é solicitado pelo examinador que desloque os 
olhos nos sentidos horizontal e vertical. No exame simultâneo, 
acrescenta-se a prova da convergência ocular, que se faz 
aproximando gradativamente um objeto dos olhos do 
paciente.. As causas mais frequentes de lesões dos nervos 
oculomotores são os traumatismos, diabetes melito, 
aneurisma intracraniano, hipertensão intracraniana e tumores 
da região selar. 
 
 
9 
 
 
Motilidade intrínseca: 
O exame da pupila é feito em seguida ao estudo da 
motilidade extrínseca dos globos oculares.. A pupila é 
normalmente circular, bem centrada e tem diâmetro de 2 a 
4 mm. O diâmetro pupilar é o resultado do funcionamento 
equilibrado entre os dois sistemas autônomos – simpático e 
parassimpático. 
o Irregularidade do contorno pupilar (discoria) 
o Diâmetro pupilar aumentado (midríase) 
o Diâmetro pupilar diminuído (miose) 
o Igualdade de diâmetro (isocoria) 
o Desigualdade (anisocoria) 
 
Em ambiente de pouca luminosidade, o paciente deve olhar 
para um ponto mais distante. O examinador incide o feixe de 
luz em uma pupila e observa a resposta nos dois lados. 
Chama-se reflexo fotomotor direto a contração da pupila na 
qual se fez o estímulo, e de reflexo fotomotor consensual a 
contração da pupila oposta. Em seguida, aproxima-se dos 
olhos um objeto e as pupilas se contrairão normalmente – é 
o reflexo da acomodação. 
 
Os reflexos podem estar normais, diminuídos ou abolidos. A 
abolição pode abranger todos os reflexos ou ser dissociada. 
Assim, na lesão unilateral do oculomotor, a pupila entra em 
midríase homolateral (predomínio do simpático) e não 
responde a estímulo algum – é chamada midríase paralítica. 
A pupila oposta permanece normal. Na lesão bilateral da via 
aferente (fibras pupilomotoras que estão juntas com o nervo 
óptico), os reflexos fotomotor direto ou consensual estão 
abolidos, enquanto o reflexo de acomodação está 
preservado. Outro exemplo é representado pela lesão da via 
aferente do lado direito: aplicando-se o estímulo à direita, os 
reflexos direto e consensual estarão abolidos; se o estímulo 
for aplicado à esquerda, ambos os reflexos estarão normais; 
o reflexo de acomodação está preservado. 
Existem duas alterações pupilares classicamente conhecidas: 
 O sinal de Argyll-Robertson consiste basicamente em 
miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença do 
reflexo de acomodação. A lesão responsável pelo sinal de 
Argyll-Robertson situa-se na região periaquedutal, no 
mesencéfalo. 
A síndrome de Claude Bernard-Horner é caracterizada 
por miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral. 
Decorre de lesão do simpático cervical (traumatismo, tumor 
do ápice pulmonar, pós-cirurgia cervical). 
NERVO TRIGÊMEO (V) 
10 
 
Nervo misto - raízes motoras e sensitivas. 
 Raiz motora. - representada pelo nervo mastigador, 
que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal, 
masseter e pterigóideos). Avalia-se a lesão unilateral da raiz 
motora pela observação dos seguintes aspectos: 
o Atrofia das regiões temporais e masseterinas 
o Desvio da mandíbula para o lado da lesão com a 
abertura da boca 
o Debilidade do lado paralisado ao trincar os dentes 
o Dificuldade do movimento de lateralização da 
mandíbula. 
 Raízes sensitivas. - compreendem os nervos oftálmico, 
maxilar e mandibular. 
 
As raízes sensitivas são responsáveis pela sensibilidade geral 
da metade anterior do segmento cefálico. O exame dessas 
raízes é semelhante ao da sensibilidade superficial. 
 
 
Cabe acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana - feita 
com uma mecha de algodão que toca suavemente a região 
entre a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com 
os olhos virados para o lado oposto. Resposta normal é a 
contração do orbicular das pálpebras; daí a denominação de 
reflexo corneopalpebral. 
 
As alterações do trigêmeo podem ser consequência de 
herpes-zóster, traumatismo e tumores. 
Quando há comprometimento da raiz sensitiva, o paciente 
irá referir dor, limitada à área correspondente à sua 
distribuição. Em tais casos, utiliza-se a designação de 
neuralgia do trigêmeo ou trigeminalgia.. 
A diferença entre a trigeminalgia secundária da trigeminalgia 
essencial/idiopática.,na essencial não se encontram 
alterações objetivas deficitárias de sensibilidade da face, 
enquanto nas secundárias tais alterações estão presentes. 
NERVO FACIAL (VI I ) 
Do ponto de vista semiológico, interessa a parte motora do 
nervo facial (responsável pela inervação muscular), que se 
divide em dois ramos – temporofacial e cervicofacial –, os 
quais se distribuem para a musculatura da mímica facial. 
Para se fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente 
que enrugue a testa, franza os supercílios, cerre as 
11 
pálpebras, mostre os dentes, abra a boca, assobie, infle a 
boca e contraia o platisma. 
 
Na paralisia unilateral, observam-se lagoftalmia (o olho 
permanece sempre aberto), ausência do ato de piscar, 
epífora (lacrimejamento), desvio da boca para o lado normal 
– sobretudo quando se pede ao paciente que mostre os 
dentes ou abra amplamente a boca –, incapacidade para 
contrair o platisma, para assobiar e para manter a boca 
inflada.. 
 
Prosopoplegia = paralisia da face, diplegia facial = bilateral 
Cerca de 80% dessas paralisias são chamadas a frigore, e 
têm caráter benigno. São provocadas por infecções virais 
que se acompanham de reação edematosa do nervo. Outras 
causas incluem o diabetes melito, os tumores, a otite média, 
os traumatismos, o herpes-zóster e a hanseníase. Na 
hanseníase, a paralisia pode ser incompleta do tipo 
ramuscular, isto é, apenas ramos terminais são lesionados. 
A diferença entre a paralisia por lesão do nervo facial 
(paralisia infranuclear ou periférica) e a por lesão da via 
corticonuclear ou feixe geniculado (paralisia central ou 
supranuclear- acontece com frequência em AVC e tumores 
cerebrais) tem importância prática. No tipo periférico, toda a 
hemiface homolateral é acometida, enquanto, na central, 
somente a metade inferior da face contralateral se mostra 
alterada.. 
 
O nervo intermédio ou nervo intermediário de Wrisberg – 
tem curto trajeto junto com o nervo facial. Função: 
impressões gustativas dos dois terços anteriores da língua. 
Logo, em alguns casos de paralisia facial periférica, é possível 
caracterizar alguma anormalidade da gustação. 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VI I ) 
É constituído por duas raízes: a coclear - audição, e a 
vestibular, responsável pelo equilíbrio.. No exame neurológico 
de rotina faz-se apenas uma exploração simplificada das duas 
raízes deste nervo.. 
 Raiz coclear. A raiz coclear é avaliada por meio dos 
seguintes dados e manobras: 
o Diminuição gradativa da intensidade da voz natural 
o Voz cochichada 
o Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido 
o Audiometria 
o Prova de Rinne, que consiste em aplicar o diapasão 
na região mastoide. Quando o paciente deixa de 
ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao 
conduto auditivo. Em condições normais, o paciente 
acusa a percepção do som (Rinne positivo). 
Transmissão óssea mais prolongada que a aérea 
(Rinne negativo) significa deficiência auditiva de 
condução nervosa. 
12 
 
As alterações auditivas são representadas por sintomas 
deficitários (hipoacusia) ou de estimulação (zumbido, 
hiperacusia e alucinações). 
As causas mais comuns de lesão da raiz coclear são a 
rubéola, o neurinoma, a fratura do rochedo, a 
intoxicação medicamentosa e a síndrome de Ménière 
Já os sintomas irritativos (zumbidos) podem estar ou 
não associados a déficit de audição, ou depender de 
focos epilépticos corticais (alucinações) ou, ainda, 
acompanhar a paralisia facial periférica (hiperacusia). 
Raiz vestibular: 
No acometimento da raiz vestibular as queixas do paciente 
incluem vertigens, náuseas, vômitos e desequilíbrio. 
Vertigem: corresponde a uma incômoda e ilusória sensação 
de deslocamento do corpo ou dos objetos 
A investigação compreende o reconhecimento de: 
o nistagmo: movimentos oculares ritmados, com dois 
componentes: um rápido e outro lento. Pode ser 
espontâneo ou provocado (olhar extremo) e 
compreende os tipos horizontal, vertical, rotatório e 
misto. 
o desvio lateral e postural durante a marcha 
observa-se lateropulsão para o lado da lesão. 
Estando o paciente de pé ou sentado com os olhos 
fechados, os membros superiores estendidos para 
frente e elevados em ângulo reto com o corpo, os 
braços desviam-se para o lado do labirinto lesionado, 
e o corpo tende a pender para este mesmo lado.. 
o sinal de Romberg +: desequilíbrio do corpo para o 
lado lesionado. 
o Provas calórica e rotatória: pelo estímulo dos 
labirintos com água quente e fria (prova calórica) e 
uma cadeira giratória (prova rotatória) 
As causas de lesões da raiz vestibular são as mesmas que 
atingem a coclear. Em algumas situações clínicas, ambos os 
ramos são comprometidos simultaneamente, como no caso 
da clássica síndrome de Ménière. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO(IX) E NERVO VAGO (X): 
A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por 
distúrbios da gustação do terço posterior da língua 
(hipogeusia e ageusia), porém este exame não é 
habitualmente realizado. Pode aparecer disfagia. Raramente 
ocorre dor. 
Na lesão unilateral dos nervos IX e X, observam-se desvio do 
véu palatino para o lado normal (não lesionado), quando o 
paciente pronuncia as vogais “a” ou “e”, desvio da parede 
posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) por 
meio de cuidadosa estimulação, disfagia com regurgitação de 
líquidos pelo nariz e diminuição ou abolição do reflexo 
velopalatino.. 
A lesão isolada do X nervo e que envolve apenas o ramo 
laríngeo determina disfonia. 
As causas mais frequentes de lesão dos nervos IX e X, ou 
de seus ramos, são: neuropatia diftérica, tumor do 
mediastino, esclerose lateral amiotrófica, siringobulbia e 
traumatismo.. 
NERVO ACESSÓRIO (XI ) 
Interesse no exame do ramo externo. Inerva os músculos 
esternocleidomastóideos e a porção superior do trapézio.. 
A lesão do acessório tem como consequência atrofia desses 
músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na 
rotação da cabeça para o lado oposto 
(esternocleidomastóideo) do músculo comprometido. 
NERVO HIPOGLOSSO (XI I) 
Exclusivamente motor. 
Exame: inspeção da língua que deve ser movimentada para 
todos os lados, no interior da boca ou exteriorizada, 
forçando-a de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a, 
para avaliação de sua consistência. 
13 
 
 
Nas lesões unilaterais do hipoglosso observam-se atrofia e 
fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, 
a ponta da língua se desvia para o lado da lesão; às vezes, 
ocorre disartria para as consoantes linguais. 
 
Nas lesões bilaterais, as manifestações compreendem atrofia, 
fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para 
mastigar e deglutir (a língua auxilia esses atos). As causas da 
lesão do hipoglosso são praticamente as mesmas já 
assinaladas para os nervos IX, X e XI.. 
NERVOS PERIFÉRICOS 
Examinados em seus trajetos periféricos pelo método 
palpatório: 
o Nervo cubital, ao nível do cotovelo, na epitróclea 
 
o Nervo radial na goteira de torção no terço inferior 
da face externa do braço 
 
o Nervo fibular na parte posterior e inferior da cabeça 
da fíbula 
 
o Nervo auricular na face lateral da região cervical 
 
Algumas doenças (hanseníase, neurite intersticial hipertrófica) 
acometem seletivamente os nervos periféricos, espessando-
os. 
.AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
A escala de Glasgow deve fazer parte do exame 
neurológico nos pacientes com alteração do nível de 
consciência: 
 
14 
 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL 
É uma escala que permite graduar a demência e avalia-la 
evolutivamente nas consultas subsequentes. 
PRINCIPAIS SÍNDROMES NEUROLÓGICAS 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
Caixa craniana abriga no seu interior o encéfalo, as 
meninges, o sangue dentro das artérias, das veias e seios 
venosos e capilares e o liquor 
Pressão intracraniana é avaliada por meio da punção lombar 
(pressão normal é de 10 a 20 cmH2O) 
Causasmais comuns de hipertensão intracraniana são: 
tumores (incluindo abscesso), meningite, hemorragia 
(cerebral ou subaracnóidea), traumatismo (com ou sem 
hematoma), edema cerebral, intoxicações exógenas, 
trombose venosa cerebral, hipertensão arterial maligna, 
estenose congênita do aqueduto silviano, neurocisticercose, 
uso de medicamentos em crianças (tetraciclinas, vitamina A, 
ácido nalidíxico) e hipertensão intracraniana benigna 
(pseudotumor cerebral). 
Sinais e sintomas: 
o Cefaleia. Ocasional, moderada e localizada na fase 
inicial, passando a constante, intensa e global com o 
evolver do quadro clínico. 
o Vômitos (em jato): Predominam pela manhã, 
quando o paciente passa da posição deitada para a 
sentada ou de pé. Não têm relação com a 
alimentação., não apresentarem um período 
nauseoso que os anteceda 
o Vertigens: não é frequente 
o Edema da papila: fase inicial, unilateral. 
o Convulsão: pouco frequente, quase sempre é 
generalizada. Quando focal, pode significar que o 
agente causal situase na área cerebral 
correspondente. 
o Paralisia de nervos cranianos: na maioria dos casos, 
o VI nervo é comprometido. Pode ser uni ou 
bilateral, e as manifestações são o estrabismo 
convergente e a diplopia. 
o Distúrbios psíquicos: caracterizam-se por 
irritabilidade, desinteresse, raciocínio lento, 
indiferença, confusão, desatenção, falta de iniciativa 
o Distúrbios autonômicos: bradicardia, hipertensão 
arterial (reflexo de Cushing), taquipneia 
SÍNDROME DO I NEURÔNIO MOTOR OU SÍNDROME 
PIRAMIDAL 
É um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da 
interrupção, anatômica ou funcional, da via corticoespinal. 
Sintomas deficitários ou negativos: 
o Perda ou diminuição da motricidade (paresia ou 
plegia), que atinge globalmente um ou mais 
membros, sobretudo a musculatura antigravitária 
o Diminuição ou abolição dos reflexos cutâneo-
abdominais, que pode ser definitiva ou transitória 
o Atrofia muscular, atingindo globalmente o segmento 
paralisado (após muito tempo) 
Sintomas de liberação ou positivos: 
o Sincinesias, que correspondem a movimentos 
associados anormais e se evidenciam nos membros 
deficitários quando o paciente executa determinado 
movimento (p. ex., a mão do lado hemiplégico se 
contrai quando o paciente fecha fortemente a mão 
do lado normal) 
o Sinal de Babinski + 
o Exagero do reflexo de automatismo ou de defesa, 
representado pela tríplice flexão do membro 
inferior ao estímulo nociceptivo 
o Hiperreflexia profunda, às vezes policinesia (mais de 
uma resposta a um único estímulo) e/ou sinreflexia 
(resposta ao estímulo também do lado oposto) 
o Espasticidade. 
 
15 
Causas mais importantes da síndrome piramidal são os 
acidentes vasculares cerebrais, os tumores, as doenças 
desmielinizantes (esclerose múltipla), os processos 
degenerativos (esclerose lateral amiotrófica), os traumatismos 
e as infecções. 
SÍNDROME DO I I NEURÔNIO MOTOR 
Os impulsos motores que partem do centro não chegam à 
periferia. Em consequência, todos os atos motores 
(voluntários, automáticos e reflexos) são abolidos. 
Sinais e sintomas: 
o Paresia ou paralisia: frequentemente segmentar, 
assimétrica, interessando o grupamento muscular 
inervado pelos neurônios lesionados 
o Hipotonia: aumento da passividade e da 
extensibilidade musculares 
o Arreflexia: superficial ou profunda 
o Fasciculações: evolução crônica 
o Atrofia da musculatura comprometida 
As causas principais desta síndrome incluem poliomielite 
anterior aguda, esclerose lateral amiotrófica, amiotrofia 
mielopática infantil, siringomielia, polineuropatia periférica, 
radiculopatias, mononeuropatias e neuropatias múltipla. 
SÍNDROME HEMIPLÉGICA 
Ocorre lesão da via piramidal, em qualquer ponto do trajeto 
desde o córtex cerebral até a medula, e se traduz pela 
perda da motricidade de uma metade do corpo. 
As causas mais comuns da síndrome hemiplégica são os 
acidentes vasculares cerebrais, os tumores, os traumatismos, 
as infecções e as doenças desmielinizante 
SÍNDROME CEREBELAR 
É constituída de alterações da coordenação e do tônus 
muscular 
Sinais e sintomas - 
Alterações dos movimentos ativos (ataxia) 
o Dismetria 
o Disdiadococinesia ou adiadococinesia 
o Tremor: chamado tremor intencional, cinético ou 
cerebelar. Ocorre quando o paciente executa um 
movimento e reflete sua decomposição 
o Dissinergia ou assinergia: é a dificuldade para efetuar 
movimentos que representam determinado ato. 
o Disartria: é caracterizada pela fala lenta, monótona e 
explosiva 
o Disgrafia: as letras tornam-se maiores e irregulares 
o Distúrbios dos movimentos oculares 
o Disbasia 
Alterações do tônus (hipotonia): 
o Diminuição da consistência das massas musculares 
o Aumento da passividade 
o Reflexos patelar e tricipital pendulares 
sinal de Romberg – (porque as manifestações clínicas não se 
modificam significativamente quando se elimina o controle 
visual) 
As principais causas da síndrome cerebelar são os tumores 
(incluindose o abscesso), infecções, distúrbios vasculares 
(infarto, hemorragia), intoxicações exógenas (álcool), uso de 
medicamentos (hidantoinato, piperazina), doença 
desmielinizante (esclerose múltipla), doenças 
heredodegenerativas, traumatismo e atrofias (primária e 
paraneoplásica). 
SÍNDROME RADICULOCORDONAL POSTERIOR 
Esta síndrome compreende um conjunto de manifestações 
decorrentes de lesão do cordão ou funículo posterior da 
medula e das raízes que o constituem, que são condutoras 
da sensibilidade proprioceptiva. 
Sinais e sintomas: 
o Disbasia do tipo ataxotalonante 
o Aumento da base de sustentação, para a 
manutenção do equilíbrio, quando na posição 
vertical 
o Prova de Romberg + 
o Ataxia nas provas habituais 
o Hipotonia bem evidente 
o Abolição dos reflexos profundos 
o Abolição de todas as modalidades sensitivas que 
transitam pelas fibras calibrosas (vibratória, cinético-
postural e tátilepicrítica). 
As causas mais importantes são a sífilis nervosa (tabes), a 
doença de Friedreich (ataxia espinocerebelar) e a 
degeneração combinada da medula (mielose funicular). 
16 
SÍNDROME DE BROWN-SÉQUARD OU 
HEMISSECÇÃO TRANSVERSA LATERAL DA 
MEDULA 
Do lado da lesão: 
o Síndrome piramidal: destaca-se a paralisia 
o Síndrome cordonal posterior: evidenciada pela 
abolição da sensibilidade vibratória e cinéticopostural 
Do lado oposto da lesão: i 
o Síndrome sensitiva: caracterizada pela abolição da 
sensibilidade dolorosa e térmica. 
Causas: traumatismos, neoplasias e infecções 
SÍNDROME MENÍNGEA 
Causada por nfecção (meningite), ou hemorragia (meníngea 
ou subaracnóidea). 
Na hemorragia meníngea o quadro instala-se sempre de 
modo súbito e inesperado, enquanto na meningite os 
sintomas costumam aparecer rapidamente, como nas 
meningites purulentas, ou mais gradativamente, como é o 
caso das meningites não purulentas. 
Características semiológicas: 
hipertensão intracraniana, síndrome radicular (constituída de 
hiperestesia, fotofobia, raquialgia, postura antálgica, 
habitualmente em decúbito lateral e com os membros 
inferiores semifletidos, rigidez da nuca, positividade das 
provas de Kernig, Brudzinski e Lasègue) e síndrome 
infecciosa – quando estiver presente a meningite –, que 
inclui a febre, a prostração, a astenia, a anorexia, a 
taquicardia. 
SÍNDROME DE COMPRESSÃO MEDULAR 
Sinais e sintomas: 
Distúrbios da sensibilidade: alterações subjetivas (queixa dor 
do tipo radicular que piora com movimentos súbitos 
toracoabdominais (tosse, espirro). Parestesias 
(dormência/formigamento) 
Alterações objetivas: leve ou perda total da sensibilidade 
Distúrbios da motricidade: paresia que pode evoluir para 
paralisia 
Distúrbios dos reflexos: Sinal de Babinski + 
Distúrbio do tônus: aumento da tônus dos músculos atingidos

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