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Lúdico e Musicalização na Educação Infantil

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Talita Daniele Alves Gomes Caldeira 
 
Graduada no Curso de Artes/Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de 
Montes Claros (2013) e Pós-Graduada Lato Sensu em CULTURA E LITERATURA pela 
Faculdade de Educação São Luís (2020). Atualmente leciona a disciplina ARTE na 
educação básica na cidade de Ipatinga na rede privada e pública. Escritora na área da 
Educação Artística e tutora do curso de Pedagogia da Faculdade única de Ipatinga-MG. 
 
Marilene Nunes 
 
Pedagoga (2001) com Especialização em Gestão Estratégica de Recursos Humanos (2002) 
pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UNILESTE. Mestre do em Administração 
com ênfase em Gestão do Conhecimento pela Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo 
- FIPEL (2008). Atualmente é Coordenadora e professora-tutora do Curso de Pedagogia 
em EaD da Faculdade Única de Ipatinga. 
LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização 
escrita do Editor. 
 
 
 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles 
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos 
científico (artigos, monografias, dissertações e teses), 
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre 
questões citadas em cada unidade, associando-o a 
suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu 
cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES .............. 9 
1.1 LÚDICO NA EDUCAÇÃO ........................................................................................... 9 
1.2 MUSICALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO ............................................. 11 
1.3 EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS EMOCIONAIS ........................................................... 12 
1.4 LÚDICO E BRINCADEIRAS NO ENSINO INFANTIL ................................................... 14 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 17 
TENDÊNCIAS DO ENSINO DE MÚSICA E A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
NO ENSINO INFANTIL .............................................................................. 21 
2.1 MÚSICA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL ........................................................ 21 
2.2 ENSINO LÚDICO E MUSICAL PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL ............................... 24 
2.3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A MUSICALIZAÇÃO ............................................ 26 
2.3.1Os sons na primeira infância....................................................................26 
2.4 BRINCADEIRAS MUSICAIS PARA O ENSINO INFANTIL ........................................... 28 
2.5 TECNOLOGIA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL: NOVAS TENDÊNCIAS DE 
ENSINO ............................................................................................................... 30 
2.5.1 Como trabalhar mídias digitais dentro da Sala de Aula.........................32 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 34 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) ................................. 38 
3.1 ANÁLISE DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) - HABILIDADES DO 
ENSINO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA. ................................................................ 38 
3.2 ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO ENSINO INFANTIL DA BNCC 41 
3.2.1 Atividades lúdicas na Educação Infantil......................................................41 
3.2.2 O Trabalho com a Música e a brincadeira na Educação Infantil Música.44 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 47 
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO ............................................................. 51 
4.1 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO – ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS, HABILIDADES 
E COMPETÊNCIAS .............................................................................................. 51 
4.2 DEFINIÇÃO E CONCEITO DE PLANEJAMENTO ...................................................... 51 
4.3 DAS ETAPAS DO PLANEJAMENTO .......................................................................... 54 
4.3.1 Data de Elaboração.......................................................................................54 
4.3.2 Objetivos de aprendizagem...........................................................................54 
4.3.3 Habilidades e Competências da aprendizagem........................................55 
4.3.4 Materiais para a aula......................................................................................56 
4.3.5 Metodologia de ensino para aplicar em uma aula de Arte.....................57 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 60 
BRINQUEDOTECA LÚDICA VIRTUAL ........................................................ 63 
5.1 IDEIAS INOVADORAS PARA ENSINO LÚDICO ....................................................... 63 
5.2 BRINQUEDOTECO VIRTUAL DO CURSO DE PEDAGOGIA (EAD) ........................... 65 
5.3 NAVEGANDO PELA BRINQUEDOTECA VIRTUAL .................................................... 66 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 69 
 
 
 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO ......................................................................... 73 
6.1 ELABORAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS ................................................. 73 
6.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE PROJETOS PEDAGÓGICOS ...................... 73 
6.3 ETAPAS DE PRODUÇÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO ...................................... 75 
6.3.1 Idealização do Projeto....................................................................................75 
6.3.2 Plano de Atividades e Avaliação..................................................................77 
6.3.3 Espaço, materiais e tempo para realizar um projeto educacional..........78 
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................81 
 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................... 85 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Nesta unidade veremos alguns conceitos e definições sobre a arte 
em um contexto histórico geral. Experiências artísticas e formas de 
expressão serão abordadas de forma conceitual para embasar o 
conhecimento teórico do processo de ensino aprendizagem na 
disciplina ARTE. 
Estudaremos nesta unidade as tendências do ensino de arte na 
educação básica, o ensino para alunos especiais e a inserção de 
novas tecnologias em sala de aula baseando em referências 
educacionais. 
 
 
Nesta unidade analisaremos as competências e habilidades 
vigentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino 
de Arte na Educação Básica no Ensino Infantil e Ensino Fundamental 
anos iniciais. Serão abordadas ainda as linguagens artísticas que 
devem ser trabalhadas em sala de aula. 
Esta unidade orientará o planejamento de atividades com 
habilidades, competências, metodologias e materiais para a 
execução das aulas de arte na Educação Básica. As etapas do 
planejamento de aulas serão orientadas de acordo com a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC). 
 
 
Esta unidade irá tratar sobre a importância da avaliação 
educacional no processo ensino aprendizagem da disciplina ARTE 
bem como as ferramentas avaliativas que poderão ser utilizadas de 
diferentes formas e abordagens. 
Nesta etapa vamos finalizar o nosso estudo compreendendo a 
importância da elaboração de projetos pedagógicos dentro da 
disciplina ARTE na Educação Básica. Vamos entender as etapas de 
um projeto pedagógico para trabalhar conteúdos da disciplina na 
Educação Infantil e Ensino Fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
INTRODUÇÃO 
Atualmente a educação tem sofrido um processo de evolução tecnológica 
nas aplicabilidades educacionais interativas. Cada vez mais os professores estão 
desenvolvendo atividades lúdicas que proporcionem um melhor aproveitamento do 
conteúdo abordado instigando a aprendizagem através de jogos ou brincadeiras 
virtuais. 
 A utilização de novas brincadeiras na educação utilizando jogos didáticos já 
existentes ou tecnológicos representam um grande avanço educacional com o 
intuito de tornar o aluno o seu principal construtor de conhecimento tornando-se 
protagonista da sua história. 
O professor pode tornar-se uma peça importante na mediação do 
conhecimento de seus educandos utilizando técnicas diferentes de ensino 
aprendizagem. O planejamento de aulas dinâmicas e interativas com conteúdos 
diversos impulsionam a compreensão ativa no processo ensino-aprendizagem. Após 
a socialização do conteúdo e da realização de atividades discursivas ou objetivas, 
realizar atividades lúdicas com jogos ou brincadeiras para solidificar o conhecimento 
contribuem na fixação de um conteúdo. 
A participação efetiva dos alunos na busca pelo conhecimento tem se 
tornado um foco no processo educacional devido às diversas oportunidades de 
conhecimento presentes na atualidade vinculados ao desenvolvimento cognitivo 
dos alunos. É importante que as aulas proporcionem momentos diversificados para 
desenvolvimento do conhecimento oportunizando os educandos a construção de 
seus conceitos com diversas atividades. Assim, o professor além de mediar o 
conhecimento instiga o seu aluno a se tornar protagonista da sua história. 
Neste livro veremos conceitos e definições sobre a ludicidade e a brincadeira 
no processo ensino aprendizagem bem como técnicas e metodologias que podem 
ser aplicadas em sala de aula. Termos dicas sobre como trabalhar a ludicidade e a 
musicalização no ensino infantil embasados pela Base Nacional Comum Curricular e 
as novas tendências educacionais que surgem a todo momento. 
É com grande entusiasmo que convido a todos (as) para esse grande 
momento de conhecimento e novas ideias sobre o Lúdico e a Musicalização no 
Ensino Infantil! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO: 
CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
 
 
 
1.1 LÚDICO NA EDUCAÇÃO 
A educação no ensino infantil tem um grande papel no desenvolvimento 
social e humano ao ofertar oportunidades de práticas educativas de diversas formas 
a partir das vivências escolares. Através da educação a concretização dos direitos 
sociais e a cidadania da infância oportunizam que a criança desperte suas 
habilidades emocionais e criativas. A formação pedagógica dos professores 
representa um ponto essencial para o desenvolvimento das atividades escolares 
através de estudos e pesquisas sobre as formas e meios de ensinar. 
Compreender as faixas etárias e as habilidades que podem ser desenvolvidas 
durante o processo ensino aprendizagem na educação é essencial para 
organização e planejamento de atividades. A Resolução Nº 2, DE 9 DE OUTUBRO DE 
2018 do Ministério da Educação define o ensino na Educação Infantil inicia desde a 
pré-escola compreendendo a faixa etária de 0 até os 5 anos e 12 meses de idade. 
Os profissionais da educação que trabalham no ensino infantil devem ter 
engajamento pedagógico com pensamento, reflexão e diálogo sobre a infância. É 
importante possuir um conhecimento amplo de como as crianças aprendem e se 
desenvolvem na oportunidade de atender às necessidades e interesses individuais 
de cada um. 
A utilização de atividades e propostas pedagógicas na primeira infância 
representa a iniciação educacional de todo aprendizado que haverá ao longo da 
vida. De acordo com os Parâmetros Nacionais de qualidade da Educação Infantil 
(2018, p. 12) é na primeira infância que ocorre o desenvolvimento do controle 
emocional e de suas habilidades que afetarão sua vida e sua aprendizagem: 
Áreas de desenvolvimento altamente importantes, como controle 
emocional, habilidades sociais, linguagem e aritmética, alcançam seu 
auge nos primeiros três anos de vida infantil. A importância de prestar 
serviços de qualidade para a Primeira Infância é sustentada por 
evidências dessa natureza. Isso mostra que as experiências específicas 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
de uma criança nos seus primeiros anos de vida têm o profundo efeito 
de limitar ou expandir seu potencial social, físico e cognitivo 
(SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2018, p. 12) 
Planejar atividades educacionais para o ensino infantil com práticas lúdicas 
demonstra preocupação do docente em propor para as crianças a oportunidade 
de criação e contato com diferentes habilidades. Ao elaborar uma atividade com 
orientação e prática lúdica o docente consegue colaborar para o desenvolvimento 
cognitivo e psicomotor do aprendizado na primeira infância. 
O entendimento sobre o lúdico compreende o conhecimento prévio para que 
o docente desenvolva as atividades pedagógicas de forma segura e preparada. A 
palavra lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que significa jogo. Apesar 
dessa definição objetiva o lúdico é visto na educação como uma ação que reflete 
o brincar para tornar o aprendizado mais agradável. Rolim , Guerra e Tassigny (2008, 
p. 177) fazem um estudo de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no 
desenvolvimento infantil e refletem sobre o lúdico: 
Ao consultar um dicionário, deparamo-nos com diversos significados 
para a palavra brincar, e todos eles nos passam a ideia de diversão, 
distração, agitação, faz de conta. A brincadeira é o lúdico em ação. 
Brincar é importante em todas as fases da vida, mas na infância ele é 
ainda mais essencial: não é apenas um entretenimento, mas, 
também, aprendizagem. A criança, ao brincar, expressa sua 
linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais estão repletas de 
significados, visto que ela investe sua afetividade nessa atividade. Por 
isso a brincadeira deve ser encaradacomo algo sério e que é 
fundamental para o desenvolvimento infantil (ROLIM; GUERRA; 
TASSIGNY, 2008, p. 177) 
Como dito por Rolim , Guerra e Tassigny (2008) analisando o posicionamento 
de Vygotsky o lúdico pode ser utilizado como entretenimento sendo ferramenta 
facilitadora do processo ensino aprendizagem ao relacionar a emoção à 
aprendizagem de conceitos educativos. 
Ao pensar em atividades educacionais que possuem propósito educativo com 
prática lúdica o docente instiga o conhecimento, a descoberta e a prática 
pedagógica de forma prazerosa e significativa para o educando. Utilizar atividades 
pedagógicas de forma lúdica propõe ainda à participação das crianças em suas 
diversidades emocionais e habilidosas com personalidades diversificadas interagindo 
entre si. 
Portanto, o trabalho com bebês e crianças da educação infantil necessita que 
o educador procure formas de atrair a atenção da criança com propostas dinâmicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
e interativas garantindo a exploração de habilidades emocionais e cognitivas 
educacionais. A utilização de brincadeiras educativas e/ou objetos interativos que 
tenham uma proposta de aprendizagem pode provocar a curiosidade do aluno e 
oportunizar o ensino de forma leve e atrativa. 
 
 
 
1.2 MUSICALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO 
Percebemos atualmente uma evolução da educação diante da diversidade 
de propostas e metodologias de ensino que a sociedade se encontra. Novas 
ferramentas e novas propostas pedagógicas despertam novas ideias nos docentes 
que precisam mediar o conhecimento do educando atendendo às diversidades de 
aprendizagem encontradas na sala de aula. 
Diante dessas mudanças e novidades pedagógicas é possível intensificar o uso 
da música na educação propondo inúmeras possibilidades de escuta com 
concentração, percepção de mundo e manuseio de objetos interativos sonoros. 
Através da escuta a criança desenvolve habilidades como a fala, o canto, a escrita 
e a interatividade com outras pessoas ouvindo ou reproduzindo atividades musicais. 
Por não ser um objeto visível, o som deve ser ouvido para ser compreendido e 
a partir da escuta o professor pode propor atividades de reprodução e brincadeira 
tornando-o um objeto de aprendizagem. Para iniciar o uso da música na educação 
é possível partir do princípio do ouvir sons diversos e identificá-los em suas diversas 
características. Através da prática da escuta musical a criança reconhece os sons à 
sua volta de objetos, animais, pessoas, instrumentos, entre outros, construindo e 
desenvolvendo seu repertório imagético. 
A educadora Enny Parejo (2008, p. 06) nos fala sobre a importância do “ouvir”: 
O OUVIR, segundo estratégias bem definidas, é o ponto de partida. A 
escuta musical cria as condições necessárias para que a pessoa se 
torne receptiva ao ambiente sonoro, à escuta de si próprio e à música, 
naturalmente; é também através do ouvir que as condições 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
fisiológicas, psicológicas e emocionais do indivíduo se transmutam, 
levando-o a estados de relaxamento, concentração, percepção e 
bem-estar que permearão todo o processo. 
Ainda sobre a importância do ouvir, Brito e Mifano (2003, p. 187) nos diz que 
Aprender a escutar, com concentração e disponibilidade para tal, faz 
parte do processo de formação de seres humanos sensíveis e 
reflexivos, capazes de perceber, sentir, relacionar, pensar, comunicar-
se. Escutar é perceber e entender os sons por meio do sentido da 
audição, detalhando e tomando consciência do fato sonoro. Mais do 
que ouvir (um processo puramente fisiológico), escutar implica 
detalhar, tomar consciência do fato sonoro. 
A utilização da música no processo ensino aprendizagem a partir das vivências 
da primeira infância pode contribuir na formação da identidade cultural dos alunos. 
Ao propor atividades que impliquem na apreciação sonora o docente estará 
oferecendo às crianças a oportunidade de conhecimento da diversidade sonora 
que existe desenvolvendo ainda as habilidades de percepção, escuta e reprodução 
de sons. Para perceber a importância da escuta lembre-se de como o ser humano 
se interage e reage ao ouvir uma música em diferentes situações do cotidiano seja 
em algum evento festivo, em trilha sonora de filmes, em momentos de reflexão ou no 
próprio dia a dia. 
 
 
 
1.3 EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS EMOCIONAIS 
A vivência ou experiência artística contribui de forma significativa para 
formação de um educador. Participar de uma atividade de produção oferece a 
oportunidade de apresentar nossas emoções e sentimentos bem como nossas ideias 
sobre um determinado assunto ou fato. Essa vivência contribui significativamente na 
composição do nosso repertório criativo imagético onde podemos desenvolver 
habilidades socioemocionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
Aos 7 anos de idade eu ingressei em uma escola especializada em Arte 
chamada Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes na minha cidade 
natal, Montes Claros-MG. Lá tive várias experiências artísticas com música, dança, 
teatro e desenho desde a minha infância até o meu ingresso na Faculdade de Arte. 
As minhas experiências artísticas vividas dentro do Conservatório eram voltadas para 
a prática musical em orquestras, atuação com grupos de teatro, desenvolvimento 
de projetos de expressão artística, entre outros. Com esta experiência pude 
desenvolver minha habilidade de criação para elaborar novas ideias sobre projetos 
artísticos emocionais. Aulas teóricas e práticas nesta escola me despertaram o 
interesse em atuar na área como professora de Arte na Educação Básica. 
Realizei o Ensino Superior de Licenciatura em Arte pela Universidade Estadual 
de Montes Claros – MG (Unimontes) e percebi através das disciplinas ofertadas no 
meu curso a necessidade de elaboração de projetos artísticos para serem 
trabalhados na Educação Básica. Através do desenvolvimento de aulas criativas, 
diversificadas que pudessem instigar as mais distintas habilidades artísticas nos alunos 
seria possível realizar um ensino de arte com qualidade e criatividade em qualquer 
escola de Educação Básica. 
Em todas as experiências artísticas práticas que vivenciei percebi o quanto era 
importante ter um novo olhar sobre a expressão e emoção de cada pessoa. Através 
das expressões podemos entender o que cada um sente de acordo com sua 
bagagem cultural. 
Na vida de uma criança, a arte faz parte do seu cotidiano. Vivenciar a arte na 
infância desperta os sentidos e o seu olhar sobre o mundo de forma criativa e lúdica. 
O estímulo corporal através da fala, do som, do desenvolvimento do repertório 
imagético contribui para o seu desenvolvimento socioemocional e social através das 
suas expressões artísticas. 
Portanto, ter uma vivência artística ou pesquisar e assistir ideias voltadas para 
a elaboração de atividades com ludicidade e musicalização faz diferença na 
capacitação de um professor na Educação Básica. Neste livro veremos caminhos 
alternativos para essas vivências ou pesquisas artísticas para aqueles que não tiverem 
acesso à uma escola especializada em Arte a fim de instigar o processo criativo do 
professor de Educação Básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
1.4 LÚDICO E BRINCADEIRAS NO ENSINO INFANTIL 
Ao pensarmos em lúdico, ludicidade e brincadeiras nos remetemos às 
atividades com propostas de brincadeiras. Refletindo a verdadeira concepção do 
lúdico em formato educacional não podemos nos atrelar às brincadeiras sem um 
objetivo pedagógico que envolverá o conhecimento e desenvolvimento das 
habilidades do aluno. 
 
 
 
A utilização de jogos, brincadeiras e músicas no processo ensino 
aprendizagem representa uma organização educacional diversificada e pensada 
estrategicamente para desenvolver habilidades diversas nos alunos. As atividades 
podem ocorrer desde o início da aula com perguntas simples até a criação de umconceito sobre um determinado assunto. Ao propor essas atividades o professor pode 
explorar o conhecimento prévio e bagagem cultural do seu aluno formando o seu 
repertório de habilidades e desenvolvimento de sua identidade. 
O conhecimento das diferentes formas de aplicabilidade do lúdico e da 
musicalização é de suma importância para desenvolver um trabalho educacional 
de qualidade. Conhecer as técnicas de aplicação e desenvolver projetos musicais 
com os alunos trará benefícios expressivos para o desenvolvimento socioemocional 
e criativo dos mesmos. 
A prática lúdica no ensino infantil deve ser pensada como uma ferramenta de 
avanço educacional e aprendizado do aluno através de desafios, propostas de 
criação e interação com o meio e com o outro. 
A experiência musical de quem estuda em uma escola específica não é a 
mesma de outra pessoa que teve aula somente na educação básica. A falta de 
A educação está se transformando em diversas situações de propostas pedagógicas. 
Refletir sobre a utilização de jogos e/ou brincadeiras em uma sala de aula é definir 
estratégias pedagógicas que estejam ligadas à diversidade de aplicabilidade de jogos 
educacionais para propor a ludicidade na aprendizagem. Diante desse cenário reflita: 
Quando utilizar jogos ou brincadeiras na sala de aula? Sempre que utilizo a música estou 
realizando uma proposta lúdica? A música pode contribuir na intenção de propor 
ludicidade no ensino infantil? Responder esses questionamentos trará uma visão sistêmica 
de aplicabilidade de jogos, brincadeiras e música de forma lúdica na sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
material ou mau planejamento de atividades de experiências passadas deve servir 
de inspiração para um melhor desenvolvimento da sua carreira como professor. 
Acreditar que atividades como “somente assistir um vídeo no youtube” ou cantarolar 
uma música na entrada do turno sejam formas de musicalização para toda aula é 
firmar o conceito da falta de pesquisas ou práticas educacionais lúdicas, musicais e 
inovadoras. Se tornar um (a) professor (a) que consegue elaborar atividades criativas 
que despertem o senso crítico e desenvolva o repertório imagético do seu aluno 
representará total competência pedagógica para a instituição que você atuará. 
O ensino de música na educação básica foi implementado regularmente pela 
Lei nº 9.394/96 favorecida pela Lei nº 11.769/08 sendo reconhecido como conteúdo 
obrigatório da disciplina de ARTE mas não conteúdo exclusivo da mesma. A 
implementação da música na educação básica reitera a importância das atividades 
lúdicas e musicais para o desenvolvimento psicomotor das crianças e adolescentes. 
Discussões sobre a importância da música no ensino da educação básica tornaram-
se recorrentes pela Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM) realizando 
seminários, palestras, rodas de conversas e debates sobre o tema. 
 
 
 
Portanto devemos utilizar a música e a ludicidade na educação como forma 
de liberdade de expressão com respeito às diversidades culturas ampliando a visão 
de mundo do aluno, desenvolvendo sua criatividade e assegurar o acesso à cultura. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta, no campo de 
experiências “Traços, sons, cores e formas”, que produzir e conviver com as diferentes 
manifestações artísticas e as diversas formas de expressão das Artes Visuais, como 
pinturas, colagens, desenhos, gestos, traços, dentre outras, contribui para que as 
crianças, desde pequenas, desenvolvam senso crítico, o conhecimento de si e dos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
contextos que as cercam (BRASIL, 2016). 
O aproveitamento de atividades criativas e lúdicas para desenvolver 
habilidades socioemocionais e cognitivas contemplam o embasamento teórico 
fundamental para a formação educacional dos alunos. É preciso compreender as 
limitações do seu aluno e conseguir aproveitar ao máximo a criatividade e a 
espontaneidade durante uma atividade. Assim, o professor trará uma experiência 
artística rica e significativa para o desenvolvimento do repertório imagético dos 
alunos através de novas ideias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. O trabalho do professor da disciplina Arte deve se atentara aos conceitos 
educacionais e teóricos sobre os conteúdos. Na visão educacional sobre o ponto 
de vista pedagógico, o ensino de Arte deve ser considerado como 
 
a) obra artística criadas em sala de aula que representam formas de expressão. 
b) processo de criação da identidade cultural baseada em vivências 
socioemocionais dentro e fora da escola 
c) forma de expressão das linguagens como música, desenho, pintura, entre outros. 
d) criações artísticas que os alunos produzem fora do ambiente escolar. 
e) experiências estéticas vivenciadas pelos alunos na sua cultura familiar. 
 
2. A arte não é simplesmente uma técnica para fazer coisas. Para que algo seja arte, 
é necessário um sentido ou uma intenção. Não há função cotidiana na arte, 
como encontramos em outros objetos, mas sim uma função 
 
a) filosófica. 
b) provocativa. 
c) objetiva. 
d) expressiva. 
e) literal. 
 
3. Alguns historiadores afirmam que a História iniciou quando a humanidade 
inventou a escrita. Nessa perspectiva, o período anterior à criação da escrita é 
denominado Pré-História. Sobre esse período podemos afirmar que 
 
a) foi um período de grandes descobertas científicas baseadas nas crenças naturais. 
b) todas as culturas evoluíram com a escrita, por isso podemos dizer que o homem 
das cavernas não se comunicava com seu semelhante. 
c) os estudos arqueológicos sobre as pinturas rupestres contribuíram na descoberta 
dos hábitos vividos na época. 
d) durante a pré-história a forma de comunicação se dava por meio de desenhos e 
escritas feitas com símbolos. 
e) os historiadores que defendem as pinturas rupestres como forma de comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
vão contra aos ensinamentos históricos 
 
4. A busca pela significação da vida e a compreensão do lugar do ser humano no 
universo têm sua necessidade respondida, tanto pela arte quanto pela ciência. 
Mediante a construção de objetos de conhecimento que, juntamente com as 
relações sociais, políticas e econômicas, sistemas filosóficos e éticos, há a 
formação do conjunto de manifestações simbólicas de uma determinada cultura. 
 
Nesse viés de pensamento, podemos afirmar que: 
 
a) a obra de arte situa-se no ponto de encontro entre o particular e o universal da 
experiência humana refletindo as emoções e vivências estéticas unificadas. 
b) a obra de arte revela para o artista e para o espectador uma possibilidade de 
existência e comunicação, além da realidade de fatos e relações normalmente 
desconhecidos. 
c) o que distingue essencialmente a criação artística das outras modalidades de 
conhecimento humano é a qualidade de comunicação entre os seres humanos 
que a obra de arte propicia, tornando-se uma linguagem universal. 
d) a percepção estética contempla a criação da arte mas não sua apreciação. 
e) as experiências vividas pelo artista e pelo espectador nem sempre contribuem na 
sua arte. 
 
5. As funções da arte são diversas, variando de acordo com a cultura e com os 
povos que a criam. Atualmente, sua função está relacionada ao 
desenvolvimento social e democrático do ser humano. 
 
Considerando essa perspectiva, pode-se dizer que outra possível função da obra 
de arte é 
 
a) possuir um caráter de decoração visual ou de entretenimento. 
b) separar em categorias os monumentos culturais. 
c) desenvolver o senso crítico. 
d) ser autêntica por meio da produção de trabalhos idênticos entre si. 
e) ser agradável aos sentidos, principalmente aos olhos ou aos ouvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
6. A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valoresjunto 
à sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para 
compor uma obra. Ela é uma necessidade que faz o homem 
 
a) expressar-se através de desenhos para estabelecer uma relação de ligação 
constante com a natureza. 
b) comunicar-se, porém, se manter sempre crítico e emotivo quanto às suas obras. 
c) comunicar-se e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade. 
d) distanciar-se das questões sociais e culturais dentro da sociedade. 
e) tornar-se parte dispensável na criação de obras artísticas. 
 
7. Toda arte possui uma materialidade intrínseca que está relacionada ao universo 
de referência dos artistas. Cenários e figurino, na dança e no teatro; instrumentos 
musicais, na música; pigmentos e suportes, nas artes visuais, são exemplos de 
materiais que, partindo do universo do artista, compõem a produção artística. 
Com base nas informações apresentadas e no seu conhecimento sobre o 
conceito de arte, pode-se dizer que a ideia de materialidade nas artes 
 
a) trata-se do padrão utilizado por escolas e movimentos artísticos para criarem suas 
obras. 
b) tem por base o princípio de que toda arte é uma criação livre, sem relação com 
a realidade. 
c) refere-se aos diversos materiais utilizados na produção da obra que possibilitam 
ao artista criar um universo próprio, carregado de singularidade. 
d) refere-se à maneira de compor com base na reprodução do mundo como ele é. 
e) trata-se da venda e do valor comercial de cada obra de arte. 
 
8. A história da Arte se desenvolveu ao longo dos anos acompanhando os 
acontecimentos históricos. As expressões artísticas marcam as ações políticas, 
religiosas, econômicas, sociais, afetivas e emociais dos homens desde a pré-
história até a atualidade. Sobre os períodos artísticos podemos afirmar que 
 
a) representações artísticas com sentido mágico e ritualístico marcam a arte 
contemporânea. 
b) o período que compreende as civilizações (mais expressivas): Egípcia, Grega e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Roma utilizou da arte para representar crenças religiosas, histórias heroicas e 
mitológicas e na educação do povo. 
c) na arte moderna a expressão era voltada para a religião do catolicismo 
impulsionada pela influência da Igreja Católica nas questões sociais, políticas e 
econômicas. 
d) o surgimento de novas técnicas artísticas baseadas nas inovações tecnológicas a 
partir do Renascimento Cultural até a Revolução Francesa marcaram a Idade 
Média. 
e) arte revolucionária nas formas de expressão que impulsionou novas técnicas e 
artísticas dando liberdade para a criação sem influência tecnológica marcam o 
movimento contemporâneo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
TENDÊNCIAS DO ENSINO DE 
MÚSICA E A IMPORTÂNCIA DO 
BRINCAR NO ENSINO INFANTIL 
 
 
 
2.1 MÚSICA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL 
O ensino de música tem se desenvolvido de forma mais intensa na educação 
infantil contemplando não somente as técnicas específicas para o conhecimento da 
teoria musical, mas reconhecendo culturas e músicas que representam a identidade 
de uma sociedade. A valorização e o reconhecimento da música em suas diversas 
possibilidades tem sido implementada na educação como uma ferramenta lúdica 
para o ensino sobre as diversidades. A utilização da música na educação remonta 
desde a idade antiga onde gregos e romanos já utilizavam em seus rituais a música 
como um elemento de representação cultural. Durante a idade média temos uma 
grande influência da música na educação dos cristãos através de hinos religiosos 
entoados em missas ou outras cerimônias. 
No Brasilo ensino de música iniciou durante o período colonial através da 
catequização dos índios pelos jesuítas que aqui chegaram. A educação baseada 
nos conceitos religiosos e a implantação de uma nova língua – português- 
desenvolveu-se através de imagens, músicas, orientações de fala e escrita. Durante 
os séculos seguintes a educação musical evolui com as tendências educacionais 
implantadas em nosso território tornando-se conteúdo e ferramenta lúdica no 
processo ensino aprendizagem. 
A evolução da educação musical tem sido relevante diante da modernização 
e da contemporaneidade que a sociedade vive. Entretanto é possível utilizar a 
música como ferramenta de ensino com interdisciplinaridade com outras áreas como 
salienta Queiroz (2010, p. 114): 
Como campo que se dedica ao estudo do ensino e aprendizagem da 
música, a Educação Musical tem estabelecido diálogos e 
intersecções com diferentes áreas do saber humano, a fim de 
compreender os aspectos fundamentais do seu universo de estudo, 
tendo como base a gama de valores e significados sociais que 
circundam a música enquanto fenômeno artístico e cultural . 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Assim, como conteúdo obrigatório do ensino de ARTE, a educação musical 
deve ser desenvolvida desde a primeira infância podendo ser utilizada de forma 
interdisciplinar para criar conceitos e reconhecimentos da diversidade cultural e do 
desenvolvimento psicomotor da criança. 
Read (1986) na sua obra “A redenção do robô – Meu encontro com a 
educação através da arte” considerou que a arte e a educação estão ligadas ao 
homem como indivíduo e que a arte deve ser baseada na expressão e na liberdade 
de criação desde a infância. Read (1986, p. 12)nos diz: 
[...] quando falo em arte, quero dizer um processo educacional, um 
processo de crescimento; e, quando falo em educação, quero 
designar um processo artístico, um processo de autocriação. Como 
educadores, olhamos o processo do lado de fora; como artistas, 
vemos por dentro; e ambos os processos integrados constituem o ser 
humano completo. 
Esse pensamento de Read está relacionado às concepções do envolvimento 
e da prática artística do educador com o aluno e ao processo educacional pela arte 
onde se aborda todas as linguagens artísticas sendo a visual, literária, musical e 
poética. Através desse modelo educacional o indivíduo trabalha o seu olhar 
questionador e cria novas concepções sobre o mundo através da leitura de obras 
pré-existentes e a partir das suas criações. 
Na educação a música e a ludicidade têm o objetivo de promover o 
desenvolvimento das habilidades criativas de cada aluno e é função do professor 
promover e instigar o processo criativo do mesmo valorizando suas experiências e sua 
bagagem cultural e apresentar-lhe novas formas de se expressar reconhecendo sua 
identidade e respeitando novas culturas. 
 
 
 
A valorização do repertório cultural construído ao longo dos tempos, através 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
das vivências de cada um, compõe a formação de identidade cultural do ser. 
Durante muito tempo a música era utilizada como ensino específico para aprender 
sobre a execução de instrumento musical. A partir do momento em que a música é 
trabalhada como conteúdo onde o aluno se torna protagonista na sua expressão do 
canto, do ritmo e desenvolve o reconhecimento cultural, o desenvolvimento do seu 
repertório torna-se ferramenta educacional que instiga da imaginação e da visão 
crítica do aluno. 
Logo, nessa perspectiva de criação do seu repertório e do conhecimento de 
mundo através da música Queiroz (2004, p. 100) nos mostra que: 
[...]podemos conceber Educação Musical como um universo de 
formação de valores que deve não somente se relacionar com a 
cultura, mas, sobretudo, compor a sua caracterização, ou seja, 
desenvolver um ensino da música como cultura. 
Assim, a utilização da música no processo ensino aprendizagem garante uma 
diversidade dinâmica de uma aula e pode tornar-se um ensino de música como 
cultura reconhecendo e valorizando as diversas manifestações culturais. 
Ao utilizar a música na educação é imprescindível a valorização da bagagem 
cultural do aluno, da sua vivência cultural que traz consigo e da valorizaçãodas suas 
formas de expressão musical. Por mais simples que seja a atividade, as valorizações 
da sua expressão vão instigar no processo criativo e no desenvolvimento das 
habilidades de coordenação motora e emocional. 
Esse tema é bastante peculiar pois envolve diversas questões como as funções 
da música em uma sociedade, as propostas metodológicas do ensino de música em 
diversos contextos, a formação pedagógica do docente, entre outros. É importante 
ressaltar inicialmente a necessidade de utilizar a música no contexto escolar 
ressignificando as manifestações artístico-musicais a partir de novos contextos e 
olhares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
2.2 ENSINO LÚDICO E MUSICAL PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL 
A compreensão do processo evolutivo de cada faixa etária da Educação 
Infantil é um objetivo de extrema importância para o professor regente ou 
especialista. Através da compreensão dos desenvolvimentos criativos e de 
coordenação motora o professor pode planejar ou desenvolver uma atividade a 
partir desses dados gerais. Além dos dados estudados cientificamente sobre o 
desenvolvimento de cada faixa etária é necessária à compreensão das habilidades 
dos alunos com necessidades especiais. O processo de adaptação educacional 
para atender a demanda de crianças com necessidades especiais está em 
desenvolvimento e cabe ao(a) professor(a) regente ou especialista está atento às 
questões metodológicas para o ensino em geral. 
Na lei de Diretrizes e Bases (LDB- 9.394/96) há determinação e defesa sobre o 
ensino de educação básica à alunos com necessidades especiais: 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, 
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na 
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 
§ 2o O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes 
comuns de ensino regular. 
Art.59 – Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com 
necessidades especiais: 
II - Terminalidade específica para aqueles que não possam atingir o 
nível exigido para conclusão do ensino fundamental em virtude das 
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o 
programa escolar para superdotados. [...] (BRASIL, 1996). 
A Resolução Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009, do Conselho Nacional de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Educação Básica apresenta a implementação de atividades curriculares com 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com necessidades 
especiais. O documento ainda visa a plena participação do educando bem como 
sua participação na sociedade e no desenvolvimento da sua aprendizagem. 
Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de 
ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas 
classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou 
em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede 
pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas 
sem fins lucrativos. 
 Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a 
formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos 
de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua 
plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua 
aprendizagem. Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, 
consideram-se recursos de acessibilidade na educação aqueles que 
asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com 
deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos 
materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e 
equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos 
transportes e dos demais serviços. 
Art. 3º A Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e 
modalidades de ensino, tendo o AEE como parte integrante do 
processo educacional (BRASIL, 2009). 
Através dos documentos oficiais percebemos que o direito à educação 
inclusiva é irrevogável e é preciso o desenvolvimento de atividades que 
proporcionem aos educandos uma experiência dinâmica que instigue o seu 
desenvolvimento emocional e cognitivo. A adaptação de atividades lúdicas e 
musicais servem como um impulso para o desenvolvimento de habilidades uma vez 
que, através dessas práticas educacionais o aluno poderá expressar suas vivências 
com a diversidade e a inclusão que merecem. 
A elaboração de atividades com músicas e brincadeiras trará ao aluno com 
necessidades especiais a oportunidade de ser personagem principal na composição 
das suas emoções colocando-o em situação de igualdade com os outros colegas. O 
reconhecimento de mundo sobre suas vivências e o desenvolvimento emocional 
através das atividades diversificadas contemplam o desenvolvimento desses alunos. 
Preocupar-se com a elaboração de atividades que contribuam no processo 
ensino-aprendizagem dos alunos com necessidades especiais trará benefícios de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
inclusão aos alunos atendidos pela instituição em que o professor estiver atuando. 
Compreender as dificuldades e utilizar a música de forma lúdica como mecanismo 
de inserção social e educacional deste aluno servirá como uma ferramenta 
impulsionadora de suas habilidades emocionais e do desenvolvimento da sua 
capacidade intelectual. 
Sobre a formação de professores e o uso da música na Educação Inclusiva 
Ferreira (2010) nos diz que torna-se necessário e urgente uma formação de 
professores mais ativa, contínua e inclusiva, sobretudo de ação e transforma. A 
principal meta é conscientizar os professores e as instâncias administrativas da 
importância da música na formação da cidadania e de sua contribuição no 
processo de desenvolvimento humano e social dos alunos na educação inclusiva. 
Assim, a busca pelo conhecimento sobre as necessidades do seu aluno e o 
desenvolvimento de atividades que sejam adequadas ao mesmo o tornará um 
profissional capacitado e interativo. 
 
 
 
2.3 DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A MUSICALIZAÇÃO 
Nesta seção compreender a relação da música no processo de 
desenvolvimento infantil bem como as tendências para utilizar a música no processo 
educacional de forma interdisciplinar e no desenvolvimento de conceitos musicais. 
 
2.3.1 Os sons na primeira infância 
Os sons fazem parte da nossa vida desde o momento em que estamos no 
útero. O feto estabelece um contato com sons produzidos pelo corpo da mãe desde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
a gestação que nos ligam aos sons diversos da vida. O ambiente acústico promovido 
pelo útero proporciona ao bebê uma vivência sonora rica através de vibrações e 
pulsações do corpo da mãe. Após o nascimento há uma forte relação do bebê com 
a música através de melodias entoadas pela mãe para acalmar ou adormecer. Estas 
vivências compõem os nossos primeiros contatos com a música em nossa vida 
através de melodias e ritmos já existentes. 
Este contato inicial com a música nos fazem perceber os diversos sons 
existentes ao nosso redor e fazem parte da composição de repertório musical da 
infância. Sobre essa relação 
As cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e todo tipo de 
jogo musical têm grande importância, pois é por meio das interações 
que se estabelecem que os bebês desenvolvem um repertório que 
lhes permitirá comunicar-se pelos sons; os momentos de troca e 
comunicação sonoras musicais favorecem o desenvolvimento afetivo 
e cognitivo, bem como a criação de vínculo fortes tanto com os 
adultos quanto com a música (BRITO; MIFANO, 2003, p. 49). 
A relação das crianças com os sons à sua volta vem dessa ligação inicial e se 
desenvolve ao longo da infânciana sua composição de repertório e aprendizagem 
sobre o mundo e as relações sociais. A vivência na infância com os sons existentes 
como os dos seres vivos, de objetos, cantigas e ruídos que estão à sua volta 
despertam sua curiosidade e influenciam nas suas expressões corporais com gestos 
evidenciando ativamente a sua relação com os sons, a música e o meio em que vive. 
É possível perceber durante uma apreciação musical o movimento corporal 
de uma criança dentro de um ritmo musical com balanço de braços e pernas 
mantendo viva a relação entre a música e o reconhecimento do seu corpo. 
Trabalhar com a música na primeira infância é instigar esse processo educacional e 
promover um momento lúdico de aprendizagem sobre si e sobre o mundo à sua 
volta. Realizar imitações de sons de animais, de fenômenos da natureza (como o 
vento, trovão, chuva, etc.) fazendo parte do desenvolvimento da fala e da 
compreensão de mundo. 
Jeandot (1993)nos apresenta características do desenvolvimento do musical 
na infância que podem ser vistos na tabela a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Quadro 1: Características do Desenvolvimento Musical 
FAIXA ETÁRIA DESENVOLVIMENTO MUSICAL 
0 à 2 anos Primeiro contato musical com os sons já 
existentes. Tentativas de falas através da 
repetição de sons incentivados por alguém. 
As primeiras tentativas de fala ou produção 
sonora pela boca ocorre nesta etapa. 
2 à 3 anos A criança canta parte de canções e 
prefere movimentos ritmos marcando com 
o corpo o ritmo musical que está cantando. 
3 á 4 anos Reprodução de canções inteiras com 
processo de memorização de letras com 
dificuldade ainda de cantar afinado com 
música. 
4 á 5 anos A criança já tem um maior controle da voz, 
consegue desenvolver na música com 
ritmos e melodias, já é capaz de 
reconhecer as notas musicais e os nomes 
dos instrumentos identificando-os em suas 
qualidades. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
A partir dos 5 anos a criança tende a desenvolver ainda mais a sua 
concepção de mundo para interpretar canções, compreender melodias, 
desenvolver habilidades rítmicas e até composição de letras quando instigada à este 
feito. 
 
2.4 BRINCADEIRAS MUSICAIS PARA O ENSINO INFANTIL 
A utilização de jogos e brincadeiras na educação representam a 
implementação da ludicidade no processo ensino aprendizagem. Esta utilização 
pode ser feita em diferentes conteúdos e temas educacionais e podem ser atrelados 
à canções durante a sua prática. A compreensão sobre o que são jogos e 
brincadeiras determinam inicialmente a preparação do docente para executar uma 
atividade com objetivo de aprendizagem que será realizada de forma lúdica. 
Em algumas palavras o jogo proporciona uma aprendizagem sobre algo e 
proporciona comportamentos diversificados durante a sua prática. Durante um jogo 
é comum que as crianças se comportem de forma diferente contribuindo na 
intensidade do aprendizado e no desenvolvimento do ser humano. Os jogos são 
fontes de prazer e descoberta e podem influenciar dependendo da aplicação 
pedagógica e condução direcionadas pelo docente. 
Ao unirmos as metodologias pedagógicas clássicas com a utilização de jogos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
para o processo ensino aprendizagem nos deparamos com concepções diferentes 
para esta aplicação. Existem os jogos pré-existentes como xadrez, dama, futebol que 
são utilizados durante a prática de educação física e que são definidos como jogos. 
Então como realizar jogos e brincadeiras musicais durante uma aula com temas 
diversos? 
 
 
 
Ao pensar em uma atividade lúdica de qualquer assunto que será tratado 
durante uma aula no ensino infantil o professor deve definir o objetivo de 
aprendizagem e desenvolver sobre esse objetivo uma atividade em formato de jogo 
ou utilizar a música como ferramenta educacional. Para exemplificar podemos 
imaginar uma aula sobre o meio ambiente onde os alunos devem compreender os 
elementos que compõem a natureza como as árvores, rios, animais, etc. Ao propor 
o tema na aula o professor pode apresentar de forma lúdica desenhos, cartões com 
exemplos dos elementos da natureza ou utilizar um livro infantil ilustrado sobre o tema. 
As crianças podem observar alguns elementos e já identificarem algumas 
características trazendo esses conceitos em sua bagagem cultural adquirido em seu 
meio social familiar. O docente pode cantarolar uma música que contenha gestos 
de fácil compreensão e que poderá ser repetida durante as aulas posteriores com as 
crianças para que este conceito seja firmado. Durante essas práticas educativas o 
professor instiga o conhecimento e a imaginação do aluno para compreender o 
meio em que vive e as suas relações com este meio. 
Ao propor uma aula como descrita no parágrafo anterior o professor tratará 
um tema geral (o meio ambiente) de forma lúdica e musical acrescentando 
elementos educativos à sua aula para construção de conceitos e reconhecimentos 
culturais de elementos existentes. Essa preparação faz parte do planejamento 
escolar que falaremos de forma detalhada no capítulo 4 deste material. 
Coma estas colocações vemos que o brincar é uma ação livre que pode surgir 
em uma aula guiada pelo professor e que pode proporcionar a formação de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
conceitos e a imaginação da criança. 
Além da utilização da música como ferramenta facilitadora do processo 
ensino aprendizagem o professor ainda pode ensinar conceitos particulares da 
música durante o ensino infantil. O reconhecimento de instrumentos musicais, o 
desenvolvimento do ritmo corporal e a compreensão das notas musicais podem fazer 
parte do conhecimento de mundo para as crianças. O contato com instrumentos 
musicais proporciona o desenvolvimento motor e a criatividade musical dos alunos 
durante o ensino infantil. 
 
Figura 1: Aula de reconhecimento de instrumentos musicais 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
2.5 TECNOLOGIA E LUDCIDADE NO ENSINO INFANTIL: NOVAS TENDÊNCIAS DE 
ENSINO 
Ao longo do tempo em toda a história da humanidade a evolução 
tecnológica ocorreu e promoveu grandes mudanças nas práticas artísticas. 
Surgimento de novos materiais, desenvolvimento de novas técnicas e a criação de 
novas tendências nas formas de expressão marcaram diversos momentos da história 
da arte por suas inovações ideias e tecnológicas. 
A BNCC (2016, p. 57) trata sobre a relação das crianças, adolescentes e jovens 
quanto ao uso de novas tecnologias digitais. Ressalta que, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
[...] a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas 
sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da 
multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do 
crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, 
telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão 
dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como 
consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como 
protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas 
formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social 
em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez, 
essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao 
imediatismo de respostas e à efemeridade das informações, 
privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas de 
expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar 
característicos da vida escolar (BRASIL, 2016, p. 57). 
No momento atual que vivemos, a tecnologia tornou-se uma ferramenta 
impulsionadora de novas técnicas de expressão e de promoção das obras em larga 
escala pelo mundo todo. O acesso à informação e as novas tendências conectados 
através da internet tem se tornam mais acessíveis a cada dia. Novos aplicativos, 
melhores conexões de rede, desenvolvimento de novos softwares além de gravações 
de filmes, séries, entre outrosestão cada vez mais criativos e frequentes. 
Jordão (2009, p. 10)retrata bem a realidade quando aponta sobre a influência 
que a tecnologia vem causando na vida de crianças e adolescentes no processo 
educacional. Diz, portanto, 
[...] a cada dia, mais os professores se deparam, em suas salas de aula, 
com alunos que convivem diariamente com as tecnologias digitais. 
Estes alunos têm contato com jogos complexos, navegam pela 
internet, participam de comunidades, compartilham informações, 
enfim, estão completamente conectados com o mundo digital. 
Jordão (2009, p. 10)enfatiza ainda que 
As tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito próximos dos 
alunos, pois a rapidez de acesso às informações, a forma de acesso 
randômico, repleto de conexões, com incontáveis possibilidades de 
caminhos a se percorrer, como é o caso da internet, por exemplo, 
estão muito mais próximos da forma como o aluno pensa e aprende. 
Portanto, utilizar tais recursos tecnológicos a favor da educação torna-
se o desafio do professor, que precisa se apropriar de tais recursos e 
integrá-los ao seu cotidiano de sala de aula. 
É enriquecedor elaborar atividades gamificadas em sala de aula com intuito 
de promover a interatividade com novas tecnologias e desenvolver uma atividade 
colaborativa a partir das novas mídias digitais. Assim, é possível realizar a integração 
dos alunos com a tecnologia otimizando o processo ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
2.5.1 Como trabalhar mídias digitais dentro da Sala de Aula 
Estamos vivendo em constante transformação social e tecnológica onde as 
crianças possuem grande contato com celulares, tablets, computadores e outros 
objetos digitais que proporcionam jogos, vídeos, filmes, entre outros, de forma rápida, 
criativa e interativa. Apropriar-se desses meios digitais e promover o desenvolvimento 
do repertório imagético e a sensibilidade através de práticas educacionais é um 
grande desafio. 
Jordão (2009)aborda sobre a diferença de aprendizagem que tivemos em 
nosso período escolar relacionada ao momento atual que estamos vivenciando e 
afirma sobre a importância de mudar as estratégias na educação. Diz-nos que 
“temos que nos adaptar à agilidade de pensamento e à velocidade do acesso à 
informação que nossos alunos possuem atualmente”. É possível compreender, 
portanto que crianças e jovens aprendem de forma diferente da que aprendemos 
no passado. 
Para se trabalhar uma atividade digital no contexto escolar é importante 
definir o objetivo que será alcançado na atividade bem como a metodologia a ser 
aplicada. É possível desenvolver uma atividade caso as crianças possuam aparelhos 
eletrônicos ou a escola disponibilize um laboratório com computadores ou outras 
máquinas tecnológicas. 
Tratando de atividades feitas voltadas para qualquer conteúdo, configura-se 
atividade utilizando mídias digitais na educação infantil a escuta e apreciação de 
vídeos musicais, os jogos disponíveis em plataformas diversas e a utilização de 
recursos tecnológicos como computador, Datashow, caixas de som para propor 
novas dinâmicas em uma aula. São diversas formas que podem ser utilizadas para 
atrelar música e a ludicidade à tecnologia utilizando uma metodologia ativa e 
prática no desenvolvimento da atividade. 
Utilizando a tecnologia a favor do processo ensino aprendizagem a aula se 
torna mais dinâmica, interativa e criativa proporcionando ao educando a 
oportunidade de trabalhar habilidades tecnológicas na criação de obras digitais. 
Desde o início da pandemia em Março de 2020 um momento histórico na 
educação ocorreu devido ao isolamento social. As escolas têm-se adaptado à 
elaboração de atividades remotas utilizando recursos tecnológicos, novas 
tendências educacionais e novas práticas que surgiram para atender essa realidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
que afetou diretamente o processo educacional. Alguns professores utilizam 
plataformas e ferramentas tecnológicas digitais para realizar atividades diversificadas 
e propor novas formas de aprendizado onde o contato inicial ocorre através de 
vídeos ou instruções por meio de aplicativos de conversa. A utilização de jogos 
pedagógicos tem contribuído na formação educacional das crianças que não 
podem ter a prática educacional de forma presencial na escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Dentro da educação infantil a brincadeira é muito importante, pois as crianças 
vão aprendendo vários conceitos que a professora irá ensinar. As brincadeiras 
lúdicas possibilitam a criança 
 
a) vivenciar somente na teoria o conteúdo que está sendo trabalhado. 
b) vivenciar uma relação extrínseca onde a criança aprende a agir numa esfera 
apenas afetiva e não cognitiva. 
c) desenvolver através de brincadeiras e jogos várias aptidões entre elas as 
linguagens oral e escrita. 
d) desenvolver a aprendizagem de forma teórica com conceitos metodológicos. 
e) despertar o gosto por atividade física. 
 
2. Durante os séculos a educação musical evolui com as tendências educacionais 
implantadas em nosso território tornando-se conteúdo e ferramenta lúdica no 
processo ensino aprendizagem. Sobre o início da utilização da música como 
ferramenta educacional podemos afirmar que 
 
a) no Brasil o ensino de música iniciou durante o período moderno através da 
semana de arte moderna. 
b) a evolução da educação musical tem sido relevante mas não segue a 
modernização e a contemporaneidade que a sociedade vive. 
c) a utilização da música na educação remonta desde a idade antiga onde gregos 
e romanos já utilizavam em seus rituais a música como um elemento de 
representação cultural. 
d) durante a idade média temos uma grande influência da música na educação 
dos cristãos através de canções populares entoados em missas ou outras 
cerimônias. 
e) há impossibilidade de utilizar a música como ferramenta de ensino com 
interdisciplinaridade com outras áreas 
 
3. Na educação a música e a ludicidade são elementos pedagógicos pois 
 
a) têm o objetivo de promover o desenvolvimento das habilidades criativas de cada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
aluno respeitando a diversidade do outro. 
b) promover o processo criativo do mesmo firmando a necessidade da sua 
individualidade na sociedade. 
c) valoriza as experiências, mas limita sua bagagem cultural. 
d) proporciona ao educando novas formas de se expressar priorizando o eu. 
e) desenvolve habilidades educacionais como a locomoção em espaços diversos. 
 
4. Os sons fazem parte da nossa vida desde o momento em que estamos no útero. 
O feto estabelece um contato com sons produzidos pelo corpo da mãe desde a 
gestação que nos ligam aos sons diversos da vida. Este contato inicial com a 
música nos fazem perceber os diversos sons existentes ao nosso redor e fazem 
parte da composição de repertório musical da infância. Sobre essa relação 
podemos afirmar que 
 
a) as cantigas de ninar cantadas na infância geram traumas de difícil superação na 
escola. 
b) as canções de roda, as parlendas e todo tipo de jogo musical são importantes, 
pois é possível desenvolver a comunicação pelos sons. 
c) os momentos de troca e comunicação sonoras musicais desfavorecem o 
desenvolvimento afetivo e cognitivo. 
d) através da música podemos desenvolver repertório, mas não criamos vínculo 
afetivos. 
e) durante a gravidez a mãe pode cantarolar canções para ter contato com o filho, 
mas isso não irá afetar sua relação com a música na infância. 
 
5. A respeito da música e o lúdico como instrumentos de aprendizagem, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) como função pedagógica da aprendizagem, os jogos e brincadeiras apresentam 
aspectos importantes, tais como a individualidade e a criatividade na busca de 
soluções. 
b) a música pode ser utilizada como ferramenta pedagógica desde que sejaensinada com técnica e teoria desde a primeira infância. 
c) embora a construção de conhecimentos possa estar presente nessas atividades, 
não se pode esperar que isso aconteça pela interação e troca de ideias com os 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
colegas, mesmo sendo atividades pedagogicamente planejadas. 
d) as atividades lúdicas não visam somente a diversão, mas objetivam também a 
formação pedagógica, a socialização e a incorporação de valores morais e 
culturais com objetivos didáticos que preparem as crianças para futuros 
aprendizados curriculares. 
e) as brincadeiras e jogos na educação infantil visam estimular a competição a fim 
de prepará-lo para o enfrentamento de problemas da vida adulta. 
 
6. No que se refere ao trabalho do professor de arte na educação especial 
podemos afirmar que: 
 
a) preocupar-se com a elaboração de atividades que contribuam no processo 
ensino-aprendizagem fará o aluno especial se sentir parte da turma. 
b) uma de suas atribuições consiste em atender o aluno com necessidade especial 
sem apoio. 
c) compreender as dificuldades e utilizar a ludicidade e a música como mecanismo 
de inserção social e educacional deste aluno servirá como uma ferramenta 
impulsionadora de suas habilidades. 
d) as atividades desenvolvidas devem sempre ser facilitadas para os alunos com 
necessidades especiais. 
e) adaptar atividades de arte significa que o professor irá oportunizar o aluno 
especial um desenvolvimento igual aos seus colegas. 
 
7. Na lei LDB- 9.394/96 o artigo 58 que trata da educação especial determina: 
 
a) entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
transtorno bipolar. 
b) entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência e dificuldades de aprendizagem. 
c) entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação. 
d) entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
e) entende-se por educação especial, modalidade de educação para alunos com 
deficiência física, mental ou psicomotora. 
 
8. No Ensino Infantil a música tem o objetivo de promover o desenvolvimento das 
habilidades criativas e coordenação motora de cada aluno. A função do (a) 
professor(a) é: 
 
a) realizar uma abordagem pedagógica com conceitos sem promover a prática. 
b) elaborar atividades unificadas que desenvolvam a coordenação motora. 
c) apresentar ao seu aluno formas distintas de se fazer música que limitem suas 
capacidades cognitivas. 
d) elaborar todas as apresentações musicais de eventos da escola. 
e) promover e instigar o processo criativo do aluno, desenvolver sua habilidade de 
fala e coordenação motora e valorizar sua bagagem cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR (BNCC) 
 
 
 
 
3.1 ANÁLISE DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) - HABILIDADES 
DO ENSINO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA. 
Em linhas gerais a BNCC é definida por 
[...] documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico 
e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem 
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação 
Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que 
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento 
normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a 
define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) e está orientado pelos princípios 
éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e 
à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como 
fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação 
Básica (DCN) (BRASIL, 2016). 
A BNCC é hoje o documento de referência educacional no Brasilque contém 
as competências e habilidades que devem ser trabalhadas em todas as faixas etárias 
do Ensino Infantil ao Ensino Fundamental da Educação Básica. 
A Educação Básica segundo a BNCC (2016)deve assegurar aos estudantes o 
direito à aprendizagem a partir de competências e habilidades que englobam a 
mobilização do conhecimento bem “como as atitudes e valores para resolver 
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do 
mundo do trabalho. ” É possível perceber nas habilidades voltadas ao ensino Infantil 
o estímulo ao desenvolvimento de habilidades fundamentais como criação, reflexão, 
crítica e expressão. 
No texto da BNCC (2016, p. 07) podemos identificar as competências gerais 
da Educação. Entre elas podemos citar: 
[..]1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos 
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de 
uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria 
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a 
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das 
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da 
produção artístico-cultural. 
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como 
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como 
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, 
para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e 
sentimentos em diferentes 
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, 
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva. 
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-
se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as 
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao 
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, 
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões 
comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a 
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito 
local, regional e 
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si 
mesmo, dos outros e do planeta. 
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, 
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas 
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar 
com elas. 
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro 
e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da 
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, 
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de 
qualquer natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base 
em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular)documento que atualmente 
define e rege o desenvolvimento de todas as habilitadas que os educandos devem 
desenvolver durante a educação básica nos diz: 
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e 
cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, 
aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável 
requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o 
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber 
lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com 
discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, 
aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para 
tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma 
situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e 
as diversidades (BRASIL, 2016, p. 12). 
Ao compreender as habilidades gerais percebemos como o ensino lúdico e 
musical contribuem na formação do ser oportunizando o conhecimento através de 
diversidades metodológicas com atividades lúdicas e musicais para este processo. 
Ao longo do texto da BNCC (2016)podemos perceber a evolução do processo 
ensino-aprendizagem que ocorre na Educação Básica desde o ensino Infantil ao 
Ensino Fundamental (Anos Finais). Sobre a interação social e essa evolução 
educacional reflete que, 
[...] as atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas 
por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, 
e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. 
Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e 
com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, 
estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais, morais e 
éticos (BRASIL, 2016, p. 59). 
Como professor regente de turma, trabalhar conteúdos diversos com 
atividades lúdicas e musicais na Educação Infantil representa uma contribuição 
significativa na formação do educando em seu pensamento criativo, nas suas 
habilidades sociais e emocionais, na formação crítica e respeitosa sobre a 
diversidade cultural bem como o desenvolvimento da utilização da tecnologia como 
ferramenta de conhecimento amplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
3.2 ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO ENSINO INFANTIL DA 
BNCC 
Vimos anteriormente que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o 
documento que atualmente vigora na orientação pedagógica das habilidades e 
competências do ensino na Educação Básica. A partir da análise das habilidades e 
dos componentes curriculares do ensino infantil na BNCC, podemos entender como 
é possível elaborar atividades que contemplem o desenvolvimento educacional no 
ensino infantil. 
 
3.2.1 Atividades lúdicas na Educação Infantil 
Na Educação Infantil o processo Ensino-aprendizagem ocorre de maneira 
gradativa onde a relação entre família e escola reforça o laço da criança ao 
aprendizado. Ao trabalhar uma atividade artística como pintura, desenho, jogos, 
brincadeiras, músicas, teatro de bonecos, colagens entre outras formas de expressão 
a criança torna-se personagem principal de suas atividades gerando sua 
independência emocional e criativa. Nesse processo a BNCC (2016)reforça o uso de 
objetivos de aprendizagem que norteiam a elaboração de atividades artística. 
Nos objetivos de aprendizagem a BNCC (2016, p. 34) ressalta que a criança na 
Educação Infantil deve: 
1 - Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes 
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento 
de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre 
as pessoas. 
2 - Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços 
e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais, 
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. 
3 - Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do 
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo 
educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais 
como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, 
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, 
decidindo e se posicionando. 
4 - Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, 
emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, 
elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes 
sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a 
ciência e a tecnologia. 
5 - Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas 
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, 
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes 
linguagens. 
6 - Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, 
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de 
pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, 
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu 
contexto familiar e comunitário. 
Analisando os objetivos gerais acima podemos compreender as propostas 
educacionais através das seguintes dicas: 
 
Quadro 2: Objetivos de Aprendizagem e algumas propostas educacionais para a Educação 
Infantil. 
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM 
PROPOSTAS EDUCACIONAIS 
Conviver Realizar atividades coletivas com outras crianças como 
música, pintura, desenho. 
Brincar Conhecer brincadeiras do cancioneiro popular; explorar a 
coordenação motora. 
Participar Garantir que a criança seja incentivada para realizar a 
atividade proposta. [Ser uma(um) educadora (educador) 
amorosa (o) para que a criança acolha a proposta da 
atividade]. 
Explorar Elaborar atividades artísticas diversificadas para garantir o 
objetivo de conhecer novas práticas. 
Expressar Promover a expressão artística garantindo a liberdade 
criativa sem imposição de certo ou errado, bonito ou feio. 
Conhecer- se Reconhecer seus trabalhos artísticos bem como suas 
composições de personagens como membros da família 
e/ou outros. 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
As habilidades desenvolvidas durante a Educação Infantil estão dividas em 
campos de experiência sendo eles: “o eu o outro e nós”; “Corpo, gestos e 
movimentos”; “Traços, sons, cores e formas”; “Escuta, fala pensamento e 
imaginação”; “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”. 
Cada campo de experiência contempla as habilidades que devem ser 
desenvolvidas nas faixas etárias seguintes: de zero à um ano e seis meses; um ano e 
sete meses à três anos e onze meses; quatro anos à cinco anos e onze meses. Essa 
faixa etária identifica os objetivos de aprendizagem que é possível de atingir na 
Educação Infantil. Veremos a seguir um exemplo de como essas habilidades são 
apresentadas: 
 
Figura 2: Habilidades do Campo de experiência: Traços, sons, cores e formas 
 
Disponível em: https://bit.ly/3xkuvFZ . Acesso em: 12 fev. 2021. 
 
A imagem acima apresenta claramente como são apresentadas as 
habilidades e competências que os alunos da Educação Infantil devem desenvolver 
no campo de experiência: Traços, sons cores e formas (BRASIL, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Exemplificando as habilidades citamos a (EI02TS03) para crianças de um ano 
e 7 meses a 3 anos e 11 meses que podem expressar-se através de fontes sonoras 
disponíveis no ambiente em brincadeiras, músicas e canções. O professor ao 
identificar a habilidade condizente com a disciplina arte pode elaborar uma 
atividade sobre um determinado assunto (orientado pelos componentes curriculares 
de acordo com a LDB 9394/96) que aborde uma dessas práticas relacionadas à 
habilidade (EI02TS03). Assim o professor garante o desenvolvimento da habilidade dos 
alunos

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