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APS - Fenomenologia

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU)
José Antônio Filho RA: 2163550
APS
Intervenções Fenomenológicas e Existenciais
Entrevista a ser realizada com um psicoterapeuta de abordagem
 fenomenológica-existencial
Professor: Daniel Ballester Marques
São Paulo, SP.
2021
Apresentação
 Baseado nas orientações para a realização da APS da matéria Intervenções Fenomenológicas e Existenciais deste semestre, que diz: “deve ser feita individualmente e consiste numa entrevista a ser realizada com um psicoterapeuta de abordagem fenomenológica-existencial. No entanto, levando em conta as dificuldades do cenário atual, os alunos que não conseguirem realizar uma entrevista com um profissional podem entregar uma entrevista imaginária, colocando as perguntas que gostariam de fazer e as respostas que imaginam ser possíveis com base em nossas aulas”. 
 Elaborei as perguntas embasadas nas aulas expostas da referida matéria, e em vídeos que busquei no youtube. Escolhi vídeos com palestras da Diretora Geral do Instituto Carioca de Gestalt-Terapia, Teresa Amorim, Psicóloga e Palestrante Motivacional. Respondi as perguntas baseadas nas respostas que ela dá em seus vídeos. Confira nos link na referência bibliográfica.
Perguntas
1-Na Gestalt-terapia o terapeuta pergunta e não responde. Como se dá o processo dessa técnica do Gestalt-terapeuta fazer perguntas? 
 Resposta: Não é incomum a gente perceber que os Gestault-terapeutas, fazem perguntas em cima das suas observações. Isso é um clássico. Todas as perguntas de um Gestalt-terapeuta partem de uma observação, uma observação fenomenológico, de todos os fenômenos que estão acontecendo naquele momento. E aí ele precisa ter habilidade de fazer as intervenções necessárias. Essas intervenções verbais encima das suas observações. E é aí, que a gente pode estruturar as perguntas. 
 Aqui é precisa compreender verdadeiramente como podemos estruturar melhor essas perguntas. Como: o que você está sentindo? Como é isso pra você? A gente precisa entender qual o objetivo dessas perguntas tão conhecida de um Gestalt-terapeuta. Você sabe qual é o Objetivo? O objetivo clássico dessas nossas falas, dessas nossas perguntas, é a conscientização do nosso cliente, a gente quer que o nosso cliente entre em contato com aquela situação, o que está acontecendo ali, com ele naquele momento, com o seu organismo. Esse é o objetivo. 
 Agora, que técnica é essa então de fazer perguntas? É isso mesmo. É uma técnica de fazer perguntas e não afirmações. O Gestalt-terapeuta não afirma, ele pergunta. E pode em algum momento sim, querer saber do cliente se isso faz sentido na vida dele. Mas, todas as perguntas precisam ser estruturadas dessa forma, através dessas Observações, tudo precisa ser baseado nessas observações, pela mesma lógica. Você não pode fugir disso. É claro não pode fazer nenhum tipo de pergunta fora desse contexto da sua Observação. Eu acho que fica mais claro você entender que essas perguntas de um Gestalt-terapeuta não são perguntas, vamos dizer aleatórias, elas têm que partir dessa habilidade do terapeuta, dessa habilidade de observar fenômenologicamente o que está acontecendo com o cliente naquele momento. É isso que precisa ficar bem claro. E aí, se vai entender que um Gestalt-terapeuta, não faz as perguntas sem embasamento. Tudo isso está lá, tudo o que ele está vendo, escutado fenomenológicamente. 
 A idéia é sempre essa. De uma técnica específica para fazer essas perguntas. Está na hora então, de você entender melhor isso, e, entender que essas perguntas tem que partir daquele momento e não, apenas com perguntas clássicas. É importante que se tenha muito claro a sua presença e toda a sua conservação, é a partir desse momento que você vai poder ter a capacidade de fazer a pergunta certa, e, essas perguntas clássicas que a gente já conhece, o que você está sentindo agora(1). 
2) Quais são os princípios básicos no atendimento em Gestalt-terapia?
Resposta: Para tentar entender como é o atendimento em Gestalt-terapia, ou melhor os primeiros passos desse atendimento, o que ele traz de diferencial. A primeira coisa é que a gente abandona qualquer coisa de anamnésia, de entrevista estruturada, abrimos mão disso, o mais importante é que esse cliente possa chegar no nosso consultório e que a gente possa, a princípio perceber o que ele traz no seu campo fenomenológico: O que ele faz? Como vive? O que quer da sua vida hoje? Em alguns momentos o cliente chega já trazendo algum tipo de queixa, é assim que a gente conhece na faculdade. 
 Aqui a gente fala de sintoma, claro que para o Gestalt-terapeuta o sintoma não é o mais importante, o mais importante é a própria relação que o terapeuta estabelece com o cliente. Assim ao chegar esse clientes, o terapeuta acolhe, e no primeiro momento já quer saber como ele entra em contato com ele mesmo. Quais são as suas reais necessidades, como é a sua autoregulação orgânica. Por isso pergunta-se logo de cara: O que você quer trazer hoje aqui? O que você sente? O que você quer? O que espera da terapia? E percorremos um pouco, explorando fenomenologicamente esse presente do cliente, como é a sua vida. Sendo um pouco mais claro é quer saber qual é a real necessidade do cliente nesse momento. E é ele quem vai definir o que ele quer trabalhar. As entrevistas estruturados são simplesmente abandonadas pelo Gestalt-terapeuta.
 O Gestal-terapeuta trabalha no ritmo que o cliente quer, e, ele escolhe o que quer trabalhar nesse momento da sua vida. Por isso para o Gestalt-terapeuta não existe simplesmente uma primeira entrevista ou uma certa triagem, ao chegar a o terapeuta já começa esse atendimento. É mais ou menos isso. Esses são digamos os princípios básicos. Talvez para um aluno, talvez pra uma outra pessoa fique meio inseguro, mas, a terapeuta não começa do nada, do tal ele começa tendo encontro com o outro, com o humano e querendo ouvir o que ele precisa neste momento, o que ele quer trabalhar terapeuticamente, essa é a escuta fenomenológico proposta pela Gestalt-terapia(2). 
3) O processo de tomada de consciência, que denominamos Awareness, é um dos principais pilares do trabalho clínico em Gestalt-terapia. Qual é a tradução do conceito de Awareness, e, qual é a sua importância na Terapia Gestalt?
Resposta: A tradução de Awareness, é em português, consciência. Só que quando se traduz parece que o consceito não fica tão claro assim, o que efetivamente a gente quer como proposta na Gestalt-terapia. 
 A gente entende Awareness é algo como que tomar consciência de alguma coisa, e, vai muito além da consciência mental, que normalmente usamos essa palavra em português. Assim podemos lembrar sempre de uma forma mais fácil de entender. TU BE AWARENESS ou TU BE AWARENESS OF, que significa está em contato consciente de algo, é mais ou menos isso. Então podemos dizer que em Gestalt-terapia estamos falando em tomada de consciência, conscientização, dar-se conta. É mais ou menos esse campo que a Gestalt está presente, toda vez que o nosso cliente entra em contato com algo, fazemos perguntas que são próximas a isso: O que você está sentindo? O que você se dá conta nesse momento? Acho que a gente precisa parar e pensar um pouco qual é a proposta da Gestalt-terapia com o próprio criador Fritz Perls. Ele pensava numa terapia da concentração. É assim que ele vai falar num dos seus primeiros livros “Ego, Fome e Agressão”, e, ele vai falar de uma proposta nova de terapia que não havia nenhum nome na época de Gestal-terapia, ele pensava até na possibilidade dessa terapia de concentração.
 Qual era o grande objetivo? Era uma terapia de contato. Uma terapia que se diferenciasse de um outro método chamado de “Associação Livre”, usado na psicanálise. Assim, a grande proposta é que o sujeito possa entrar em contato com o que ele sente naquele momento, do seu estado presente. Sempre nesse processo, então, no aqui e agora. Assim, Awareness é uma forma de experienciar o aqui e agora. É uma formade se dar conta. O Fritz já falava que sem consciência não há nada. É preciso lembrar que num processo neurótico, possivelmente esse sujeito tem muita dificuldade de estar num processo Awareness, de ter algum tipo de Awareness no seu momento presente.
 Quando se fala de Awareness, falamos de um processo muito importante em que o sujeito que se dá conta da possível Gestalt aberta, de uma possibilidade mesmo de uma compulsão repetitiva que ele carrega em sua vida. A Awareness é sempre uma maneira de você fazer ahaaaa... de você se dá conta, de você fechar uma Gestalt. Assim a gente não vê apenas que o terapeuta aja de forma fenomenológica, mas o seu cliente também possa agir de uma maneira fenomenológica. É muito importante que o seu cliente se dando conta e até mesmo se dar conta das suas próprias evitações de contato. 
 Acredita-se que é fundamental no processo terapêutico que o cliente tem o seu processo Awareness, seu processo de interação criativa da sua vida. As interações fenomenológicas em Gestalt-terapia propõem sempre essa condução, em que o cliente possa se dá conta do seu momento presente. E não apenas dessa consciência que foi falado anteriormente... mental. Se quer muito mais do que isso, se que algo que envolve o sensório, o motor, cognitivo e mesmo o energético desse cliente. É preciso que aja oportunidade dele mastigar e assimilar verdadeiramente o material quem tem dentro de si.
 Diante disso, acredita-se que a grande proposta da Gestalt é isso, que o sujeito possa ver esse processo de dar-se conta, de ver a sua grande tomada de consciência. E ao final, entendemos que é fundamental que o cliente possa ver a sua tomada de Consciência diante do seu problema, diante da sua vida(3).
4) Para você, quais são as contribuições que a abordagem pode oferecer para o cliente. Cite uma experiência.
Resposta: São inúmeras as contribuições da psicologia fenomenológica existencial. A principal delas é trabalhar com o cliente as suas escolhas e sua responsabilidade sobre elas. Conduzindo-o no processo de se tornar mais consciente e inteiro na sua existência, através da presentificação de acontecimentos passados e futuros. O psicoterapeuta fenomenológico existencial é uma companhia capaz de acolher as dificuldades e angústias atuais do paciente e auxiliá-lo a perceber em seu próprio modo de ser, sustentação para se manter em movimento e ser capaz de fazer escolhas que o tornem cada vez mais livre.
5) Como é realizada a intervenção durante o atendimento, e como você realiza esta intervenção?
Resposta: A base das intervenções terapêuticas sob a abordagem fenomenológica existencial é a escuta e a fala do psicólogo e elas são realizadas com o objetivo de auxiliar o paciente a entrar em contato com suas emoções e através da análise da sua existência, reconhecer aquele dinamismo que lhe é próprio e identificar o que está impedindo que as suas exigências fundamentais sejam atendidas e o que poderia ser feito para que ele se sinta mais plenamente realizado enquanto ser.
A terapia fenomenológica existencial acontece no encontro entre o terapeuta e o paciente, e é através dessa relação que emergirão as falas e a escuta que poderá intervir e ampliar o olhar e a compreensão sobre o que o paciente está vivendo. A fenomenologia existencial não é um conjunto de técnicas, mas uma maneira de se posicionar frente ao paciente que compreenda a sua estrutura humana que tem necessidade de se realizar enquanto um ser autentico e de agir no mundo de maneira responsável e coerente consigo mesmo.
Sendo assim, todas as intervenções são realizadas através da minha fala e da minha maneira de escutar. Eu conheço várias técnicas e formas de manejar e conduzir a conversa de maneira a favorecer o emergir do conteúdo simbólico trazido pelo paciente através do seu discurso/silêncio e comportamento. E também maneiras de deixar mais evidente as incoerências vividas pelo paciente, para que o mesmo consiga não só percebê-las, mas que juntos consigamos identificar o que elas estão sinalizando que precisa ser visto e/ou alterado na sua vida, para que o mesmo se sinta mais realizado e sua vida flua de maneira mais natural e coerente com suas reais necessidades.
6) Como a Gestalt-terapia entende o conceito de Fronteira de Contato e como se estabelece o contato entre indivíduo e o meio ambiente?
Resposta: Como se pode definir fronteira do ego e fronteira do contato. O Fritz Perls falava que seria o relacionamento entre o organismo e o meio ambiente. É mais ou menos isso, como poderemos também falar que é o que é algo que delimitao indivíduo do meio ambiente. 
 Perls falava sobre a diferenciação entre o Self e outro, a gente pode dizer isso em dois aspectos fundamentais na fronteira do ego, que é a identificação e a alienação. São dois conceitos fundamentais para a gente entender esse processo. Pode dizer que, é lógico, que a fronteira do ego quando se fala na identificação, o cliente está sempre se sentindo confortável ele acredita que é algo familiar, conhecido e não há nenhum perigo aparente, por outro lado a alienação é quando eu quero expulsar alguma coisa, quando eu sinto que aquilo pode ser ameaçador, não familiar, de alguma maneira me traga algum tipo de alerta, eu simplesmente expulso isso e ficou apenas com o que me identifico. 
 Seria mais ou menos assim que vivemos, sempre delimitando o que é conhecido, que é diferente e que muitas vezes as pessoas não querem contratar, o que é na verdade um grande erro, porque a gente cresce mesmo quando a gente tem contato com que é diferente. Você sabia disso? Precisamos entender como esta estabelecida essa fronteira do nosso cliente, existem pessoas/clientes que trazem fronteiras muito rígidas e que se estabelece na própria relação terapêutica. As vezes é muito difícil se aproximar desse cliente, já que ele precisa ter uma fronteira mais enrijecidas. Claro que estas fronteiras são estabelecidas na maior parte das vezes em situações na própria história do indivíduo, e a gente percebe que muitas vezes precisamos investigar melhor fazendo mergulho na própria história pessoal do sujeito.
 Às vezes essa fronteira rígida, apenas se manifesta como maneira de se proteger. É uma proteção que precisamos ter, além disso, podemos pensar num outro tipo de fronteira, que a fronteira frouxa. É preciso entender que toda fronteira ela é fundamental, crucial para qualquer pessoa. Assim a fronteira frouxa mostra quase uma ausência de proteção, de relação, de delimitação entre o sujeito e o meio ambiente. E claro isso também não é bom. Precisamos entender de que maneira a pessoa se estabelece com o outro. Às vezes essa fronteira frouxa vai mostrar um cliente que normalmente cria muita confluência com o mundo, que seria algo parecido com uma simbiose.
Confluência é o termo que usamos na restaurar na Gestalt-terapia. Bem, precisamos de qualquer maneira entender essa fronteira, e dentro do que é possível trazer para uma fronteira mais flexível, esse é o termo que usamos para tentar definir o que seria uma fronteira que faz ajustamento criativo, e que consegue lidar com o meio de uma maneira saudável e ao mesmo tempo se proteger desse meio quando aparece ser ameaçador(4).
Referências:
(1) https://www.youtube.com/watch?v=-PpxG09ppvQ
(2) https://www.youtube.com/watch?v=F2npjwWJwE0 
(3) https://www.youtube.com/watch?v=mVwuR0uuhrk
(4) https://www.youtube.com/watch?v=cIAEdFD6bGs
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