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Fisioterapia Aquática em Crianças com Paralisia Cerebral


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BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA 
AQUÁTICA NO TRATAMENTO DE 
CRIANÇAS PORTADORAS DE 
PARALISIA CEREBRAL 
ESPÁSTICA 
Munique Mobrise Cabrera
RA D4563G-6
Orientadora: Lilian Marques
DEFINIÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL
PC não deve ser considerada uma doença e sim uma condição não progressiva, que
ocorre no sistema nervoso central (SNC), em que este sistema, ainda imaturo, se desenvolve sobre
lesões que podem ocorrer nos períodos: pré-natal (má formações congênitas, gravidez de gêmeos
em uma única placenta, hipertensão maternal, infecções uterinas, uso de álcool e drogas,
prematuridade e asfixia intra-uterina), peri-natal (traumatismo mecânico (mal uso do fórceps na
tentativa de facilitar a passagem do bebê), anestesias, parto prolongado e descolamento de
placenta)) e pós natal (acidentes vasculares, intoxicações, encefalites e traumatismos), causando
distúrbios que afetam o desenvolvimento fetal ou infantil do cérebro, alterando o movimento e
postura e restringindo as atividades.
DISTÚRBIOS APRESENTADOS
 espasticidade
 contratura 
 coordenação reduzida e 
seletiva 
 controle motor involuntário 
 alteração do tônus muscular 
 perturbação da função 
cardiorrespiratória 
 deglutição 
 sono 
 crises de irritabilidade 
 prevalência dos reflexos 
primitivos 
 sensação
 percepção 
 cognição 
 comunicação
 cegueira 
 deficiência auditiva 
 comportamento 
 epilepsia 
 fadiga 
 osteoporose 
 dor crônica
CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA 
Hemiplegia: metade do corpo foi comprometido.
Hemiplegia bilateral: quatro membros são afetados, porém um hemicorpo é mais afetado que o
outro.
Monoplegia: um membro afetado
Diplegia: dois membros afetados, porém é maior o acometimento nos MMII.
 Triplegia: três membros afetados.
Quadriplegia: os quatro membros são afetados.
TIPOS DE TÔNUS MUSCULAR
 Tipo espástico: apresenta quadros de hipertonia, hiperreflexia, espasmos, rigidez articular e
muscular, e resistência ao movimento passivo, sendo mais comum a espasticidade flexora de
membros superiores e extensora de membros inferiores.
 Tipo discinético: há presença de movimentos involuntários e descontrolados, como morder os
lábios, piscagem rápido dos olhos e protusão da língua.
 Tipo atáxico: o indivíduo possui uma lesão cerebelar, incapacitando-o de manter posturas,
coordenação e equilíbrio.
 Tipo misto: apresenta variação do tônus, que se manifesta de acordo com a postura ou
movimento realizado pelo indivíduo .
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 Sistema de classificação motora grossa (GMFCS): discrimina as funções motoras em cinco
níveis: grau I: quando o indivíduo é independente para sentar, caminhar, correr e pular; grau II:
pode andar, porém com algumas limitações, como a resistência e falta de equilíbrio; grau III:
muitas vezes a criança precisará de dispositivos auxiliares para poder se locomover, em curta ou
longa distância; grau IV: sua mobilidade é bem limitada e normalmente é preciso uso de cadeira
de rodas para locomoção, é preciso auxílio na transição da posição deitada para sentada e
equipamento para conseguir ficar em pé; e grau V: possuem limitações severas com controle de
tronco e cabeça e sua auto mobilidade se faz apenas com o uso de cadeira de rodas.
 Sistema de classificação de habilidade manual (MACS): avalia o uso típicos das mãos e membros
superiores ao manusear objetos durantes as atividades diárias, fornecendo uma nova perspectiva
para classificar a habilidade manual da criança e adolescente.
 Sistema de classificação de funções de comunicação (CFCS): avalia todos os métodos de
comunicação, como as informações são expressas e recebidas, sejam elas através de palavras,
sinais, imagens ou qualquer outro dispositivo.
 Sistema de classificação de capacidade de comer e beber (EDACS): viabiliza uma escala de três
níveis, que descreve o quanto a criança é independente, precisa de assistência para se alimentar
ou é totalmente dependente. Refere-se aos principais recursos de segurança (aspiração e asfixia)
e eficiência (quantidade de comida perdida e tempo gasto para comer).
ARTIGO: EFFECTS OF AN AQUATIC PROGRAM ON THE GROSS 
MOTOR FUNCTION OF CHILDREN WITH SPASTIC CEREBRAL PALSY. 
(EFEITOS DE UM PROGRAMA AQUÁTICO NA FUNÇÃO MOTORA GROSSA DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA)
Foram selecionados 12 pacientes com idades entre 13 e 20 anos, diagnosticados com PC espástica diplegia e
tetraplegia, capazes de deambular com ou sem ajuda e de seguir comando. Foram excluídos quem havia
passado por cirurgia ortopédica recente e que ingerisse algum medicamento para espasticidade.
Os participantes foram divididos em 2 grupos: experimental e controle. O tratamento ocorreu 2 vezes por
semana durante 10 semanas, com exercícios de aquecimento por 10 minutos, natação por 30 minutos e 5
minutos para descanso.
Após a realização do tratamento, confirmou-se que exercícios em meio aquático proporcionam efeito positivo na
função motora grossa, na amplitude de movimento e na espasticidade, devendo ser incluídos em programas de
reabilitação e educacional.
ARTIGO: EFFECTS OF AQUATIC AEROBIC EXERCISE FOR A CHILD 
WITH CEREBRAL PALSY: SINGLE-SUBJECT DESIGN
(EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO AQUÁTICO PARA UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: DESIGN DE SUJEITO ÚNICO)
Uma criança de 5 anos diagnosticada com PC diplegia espástica grau III na GMFCS, sem histórico de cirurgia
ortopédica recente e injeções de toxina botulínica participou do estudo .
A intervenção ocorreu 3x na semana durante 12 semanas, a uma intensidade de 50% a 80% da FC de reserva,
iniciando com aquecimento de 5 minutos, exercício aeróbico de 40 minutos e finalizou com 5 minutos de
relaxamento. Após as 12 semanas, apresentou-se melhora significativa na função corporal, atividade e
participação do modelo de classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.
Após o tratamento, concluiu-se que o ambiente aquático diminui o impacto na articulação e o estresse, aumenta
a motivação e interesse da criança, tornando as atividades mais divertidas, resultando em maior intensidade nos
exercícios aeróbicos
ARTIGO: GROUP AQUATIC TRAINING IMPROVES GAIT EFFICIENCY 
IN ADOLESCENTS WITH CEREBRAL PALSY. DISABILITY AND 
REABILITATION
(O TREINAMENTO AQUÁTICO EM GRUPO MELHORA A EFICIÊNCIA DA MARCHA EM ADOLESCENTES COM PARALISIA CEREBRAL. 
DEFICIÊNCIA E REABILITAÇÃO)
Foram selecionadas 12 pacientes com PC espástica em uma escola adaptativa, com diferentes níveis
funcionais, capazes de caminhar por pelo menos 5 minutos e excluídos quem fazia uso de toxina botulínica nas
extremidades inferiores e que tenha passado por alguma cirurgia nos últimos 8 meses.
Todos os participantes realizaram 2 sessões de 45 minutos por semana, durante 10 semanas. As sessões se
iniciaram com 5 minutos de aquecimento, 15 minutos de fortalecimento, 5 minutos de relaxamento e depois
participavam de polo aquático ou vôlei por mais 15 minutos.
A eficiência da marcha melhorou após essa intervenção e participantes com grau entre I e II do GMFCS,
conseguiram permanecer o dobro do tempo em um exercício de intensidade superior a 40%m se comparado
com participantes com grau v.
Nenhuma lesão ou queixa foi apresentada durante a intervenção e apenas 2 participantes desistiram na 5ª
semana do ciclo, devido à desmotivação, por isso o incentivo por parte da família é de extrema importância.
ARTIGO: AQUATIC AEROBIC EXERCISE FOR CHILDREN WITH 
CEREBRAL PALSY: A PILOT INTERVENTION STUDY
(EXERCÍCIO AERÓBIO AQUÁTICO PARA CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: UM ESTUDO PILOTO DE INTERVENÇÃO)
Foram selecionadas 8 pacientes com PC espástica entre 6 e 18 anos, onde os critérios eram a capacidade de ambular com ou
sem dispositivo, capazes de seguir instruções para acompanhar o programa proposto por 14 semanas de exercícios aquáticos
sobre a resistência, função motora grossa, capacidade aeróbica, força funcional e equilíbrio. Pacientes que apresentavam feridas
abertas, históricorecente de injeções de toxina botulínica e cirurgia ortopédica recente foram excluídos da seleção.
A intervenção ocorreu 2 vezes na semana durante 14 semanas, com duração de 60 minutos cada. Iniciou-se com 2 a 5 minutos
de aquecimento, 40 a 45 minutos de aeróbico, 5 a10 minutos de treino de força e 5 a 10 minutos de relaxamento, minutos que
variaram de acordo com a resposta de cada um. Todos começaram com aquecimento e conseguiram progredir para exercícios
com maior intensidade, onde os terapeutas frequentemente avaliavam a FC de cada um.
As sessões ocorreram em uma piscina hydroworx, que possui profundidades variáveis, jatos de diversas intensidades, barra
paralela, esteira e câmeras subaquáticas, com temperatura entre 32º a 34ºc.
Todos os participantes obtiveram respostas positivas em relação aos exercícios em meio aquático, apresentando melhorias nas
habilidades de função motora grossa e na resistência ao realizar uma caminhada.
Constatou-se que a hidroterapia é eficaz na realização de exercícios, que seriam impossíveis em plano terrestre.
•
ARTIGO: TRAINING AEROBIC CAPACITY THROUGH THE AQUATIC 
THERAPY IN CHILDREN WITH CEREBRAL PALSY TYPE SPASTIC 
DIPLEGIA
(TREINAMENTO DA CAPACIDADE AERÓBIA POR MEIO DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL TIPO 
DIPLEGIA ESPÁSTICA)
Foram selecionadas crianças entre 8 e 12 anos com PC do tipo diplegia espástica, com liberação médica,
consentimento dos pais e um responsável para acompanhamento durante o tratamento. Foram excluídos
pacientes com convulsão não controlada, feridas não tratadas, infecções respiratórias e cardiovasculares não
tratadas
Foi proposto um descanso inicial de 5 minutos, 3 minutos de aquecimento sem resistência, na velocidade que
cada um consegue até acabar o tempo, fadigar ou apresentar dispneia, em 3 sessões por semana de 45
minutos durante 6 meses. Avaliou-se a VO2 , a FC, a capacidade de trabalho físico e a duração dos exercícios
sem descanso, para observar o comportamento do sistema cardiovascular antes e após a intervenção
Notou-se que portadores desse tipo de paralisia possuem alterações na capacidade aeróbica e a terapia
aquática gera maior segurança de movimento e respostas fisiológicas nos sistemas musculoesquelético e
cardiovascular.
ARTIGO: PEDIATRIC AQUATIC THERAPY ON MOTOR FUNCTION AND 
ENJOYMENT IN CHILDREN DIAGNOSED WITH CEREBRAL PALSY OF 
VARIOUS MOTOR SEVERITIES 
(TERAPIA AQUÁTICA PEDIÁTRICA NA FUNÇÃO MOTORA E PRAZER EM CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE PARALISIA CEREBRAL DE 
VÁRIAS GRAVIDADES MOTORAS)
Foram selecionadas 24 crianças de 4 a 12 anos diagnosticas com PC espástica, com níves de GMFCS de I a V, que possuíam
capacidade de seguir as orientações e que não apresentavam distúrbios não controlados, como o retardo mental e a epilepsia.
Participantes foram divididos em 2 grupos: terapia aquática e terapia convencional. O primeiro grupo realizou um programa de 2
sessões de 1hora cada durante 12 semanas. O segundo grupo, realizou exercícios de habilidades básicas em terra, em sessões
de 30 minutos de 2 a 3 semanas.
A terapia na água foi baseada no conceito Halliwick, que busca a melhora da força muscular, da postura, do equilíbrio estático e
dinâmico e controle de tronco.
De acordo com a evolução satisfatória de cada criança e seu grau de GMFCS, era aumentado a intensidade do programa, que
partia da caminhada na água, treino de resistência com uma prancha, elevação dos calcanhares e ficar em monopodal.
O apoio dos pais foi essencial para que seu filho se adaptasse no meio aquático, pois é uma alternativa segura e eficaz, e
apresentam resultados significativos na capacidade motora grossa e maior segurança na deambulação, gerando maior prazer se
comparado a terapia terrestre.
ARTIGO: THE EFFECT OF AQUATIC EXERCISE ON SPASTICITY, QUALITY 
OF LIFE, AND MOTOR FUNCTION IN CEREBRAL PALSY
(O EFEITO DO EXERCÍCIO AQUÁTICO NA ESPASTICIDADE, QUALIDADE DE VIDA E FUNÇÃO MOTORA NA PARALISIA CEREBRAL)
Foram selecionados 32 pacientes de 4 a 18 anos com diagnóstico de PC espática grau I, de acordo com a escalda de ashwoth modificada
(MAS), onde o critério era: pacientes capazes de responder sobre seu estado de saúde e capaz de seguir as instruções. Pacientes que
apresentavam feridas abertas e qualquer doença cardiovascular e intervenção cirúrgica ortopédica foram excluídas
Os pacientes foram distribuídos em 2 grupos. O grupo 1 com 17 pacientes passaram por intervenção aquática, onde foram realizadas 5
sessões de 60 minutos durante 6 semanas, sendo 10 minutos de aquecimento e alongamento, seguidos de 25 minutos de aeróbicos. O
grupo 2 com 15 participantes, passaram por exercícios terrestres, com 5 sessões de 60 minutos durante 6 semanas, sendo10 minutos de
exercícios ativos e de alongamento, seguidos de 30 minutos de aeróbico e de fortalecimento e para finalizar, 20 minutos de treino de
marcha.
Do grupo 1, 6 crianças foram classificadas como nível I de acordo com a GMFCS, 6 com nível II, 3 com nível III e 2 com nível IV. Do grupo
2, 6 crianças classificadas com GMFCS nível I, 2 com nível II, 4 com nível III e 3 com nível IV. Os exercícios propostos para cada grupo,
foram realizados por todos os participantes, de forma segura e de acordo com a capacidade de cada um.
Todos os participantes que realizaram os exercícios em meio aquático, também apresentaram melhores resultados em relação a
espasticidades de MMII e função motora grossa, mostrando que o tratamento é eficaz assim como os exercícios em meio terrestre, além
disso, a terapia aquática tira impacto das articulações, promovendo melhora da marcha, mobilidade, equilíbrio e redução da dor.
ARTIGO: THE CARRY-OVER EFFECT OF AN AQUATIC-BASED 
INTERVENTION IN CHILDREN WITH CEREBRAL PALSY 
(O EFEITO RESIDUAL DE UMA INTERVENÇÃO DE BASE AQUÁTICA EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL)
Foram selecionadas 10 crianças de 8 a 12 anos diagnosticadas com PC, com grau variável de I a III no GMFCS. Foram
excluídas do estudo pacientes com grau acima de III, presença de convulsões e alguma contraindicação a hidroterapia.
Os participantes foram divididos em 2 grupos: grupo de intervenção e grupo de controle, onde todos realizaram 2
sessões por semana, durante 8 semanas. Cada sessão durava 30 minutos, distribuídos em 5 minutos de aquecimento,
20 minutos no conceito Halliwick e 5 minutos de relaxamento.
As crianças que apresentavam alguma experiência negativa, pré-intervenção, se recusavam a subir e descer escadas
com ou sem o corrimão, porém o teste durante e pós-intervenção, mostrou que as mesmas crianças conseguiram
realizar movimentos como andar e levantar os pés na água.
A intervenção aquática produz ganhos na função motora grossa de portadores de PC, tornando capaz a execução de
movimentos que antes eram considerados impossíveis, porém deve ser considerado como um tratamento contínuo e
essencial para melhorias a longo prazo, pois assim como a falta de qualquer outra atividade, todos os resultados já
alcançados, são reversíveis.
ARTIGO: EFFECT OF A 10-WEEK AQUATIC EXERCISE TRAINING PROGRAM 
ON GROSS MOTOR FUNCTION IN CHILDREN WITH SPASTIC CEREBRAL 
PALSY 
(EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS AQUÁTICOS DE 10 SEMANAS NA FUNÇÃO MOTORA GROSSA EM 
CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA)
O estudo foi realizado com 30 crianças de 2 a 12 anos diagnosticadas com PC espática e mobilidades semelhantes, através de
treinamento de exercícios na água para avaliar a função motora grossa. O atendimento inicial foi de 2 sessões por semana,
durante 10 semanas, na qual o membro a ser exercitado ficou totalmente submerso em água cuja temperatura variava de 28º a
32ºc .
Os exercícios foram divididos em 2 categorias: nº 1 alongamento passivo, por 60 segundos e repetidos por 5 vezes. Nº 2:
treinamento funcional, onde cada participante, de acordo com sua capacidade, mudava de posição, como ajoelhar, ficar em pé e
caminhar, durante 15 minutos.
Os participantes foram reavaliados na 4ª semana, na 8ª semana e na 10ªsemana para comparar as alterações na função motora
grossa dentro de cada grupo e notou-se uma diferença significativa em todas as dimensões, favorecendo a intervenção aquática,
no entanto, os exercícios precisam ser devidamente estruturado para no mínimo de 10 semanas.
Os objetivos foram alcançados por todos os participantes após as 10 semanas de tratamento e concluiu-se que os exercícios
realizados na água melhoram e muito a função motora grossa, facilitando movimentos considerados simples. Isso é possível
devido ao efeito de flutuabilidade da água.
ARTIGO: INFLUENCE OF AQUATIC THERAPY
IN CHILDREN AND YOUTH WITH CEREBRAL PALSY: A QUALITATIVE 
CASE STUDY IN A SPECIAL EDUCATION SCHOOL
(INFLUÊNCIA DA TERAPIA AQUÁTICA EM CRIANÇAS E JOVENS COM PARALISIA CEREBRAL: UM ESTUDO DE CASO QUALITATIVO EM UMA 
ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL)
Em uma escola de educação especial, com auxílio de terapeutas, professores e pais, foram selecionados 14
participantes, com idade de 3 a 21 anos, onde as regras do programa foram esclarecidas e consentidas pelo
próprio paciente ou responsável.
A intervenção aquática ocorreu 2 vezes por semana período de 8 meses, com sessões de 45 minutos, incluindo
técnicas de Watsu e Halliwick. Após as sessões, os alunos continuaram com suas atividades rotineiras.
Além de toda a retirada no impacto e redução de espasticidade que a água oferece, o tratamento aquático
trouxe resultado positivo entre os participantes, pois se sentiram motivados, felizes e calmos, para participar de
outras atividades no restante do dia, explorando cada vez mais suas capacidades.
Todas as sessões foram concluídas de forma segura, analisando a relação dos pacientes com o ambiente.
Apresentou-se melhora da postura e da mobilidade, capacidade de aprendizagem, com maior envolvimento
cognitivo, sensório motor, emocional e social também em outras áreas escolares.
CONCLUSÃO
A PC espástica causa muitas sequelas motoras no paciente, como rigidez articular, alteração na espasticidade
muscular que varia do grau I a V, dificuldade e medo em deambular, falta de coordenação motora, falta de equilíbrio estático e
dinâmico, baixo controle postural, alta dependência funcional e baixa autoestima, podendo apresentar também casos graves de
depressão.
Com a inclusão social, o apoio intensivo recebido pelas mães e/ou responsáveis e o reconhecimento da importância
em se exercitar, a terapia aquática ganhou espaço no mercado tanto preventivo como reabilitador, pois ela é uma das
intervenções que mais proporcionam segurança e resultados satisfatórios entre todos os envolvidos.
No passado, qualquer indivíduo que apresentasse um quadro neurológico, principalmente os de maiores
dependências funcionais, eram excluídos de atividades em grupos, baseando seu tratamento apenas em medicamentos para
evitar maior progressão da doença até o fim de sua vida, devido a rigidez que a articulação apresentava e o medo em exercitar
tal região.
Diante dos artigos apresentados, se faz evidente a importância da integração de portadores de PC espástica em
exercícios físicos que tragam maior conforto e segurança durante sua execução e a água oferece diversos benefícios para tal
efeito. Quando o exercício é realizado na maneira e intensidade correta, o indivíduo irá apresentar melhora nos níveis de força
muscular, na capacidade aeróbica, no equilíbrio postural, na correção da espasticidade, na independência funcional nas avds,
além do apoio psicológico ofertado pela inclusão social, influenciando diretamente sua qualidade de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cerebral palsy. 2009
 Retarekar, r., Fragala-pinkham, M. A., & Townsend, E. L. Effects of aquatic aerobic exercise for a child with cerebral palsy: single-subject design. 2009
 Ballaz, l., Plamondon, S., & Lemay, M. Group aquatic training improves gait efficiency in adolescents with cerebral palsy. Disability and rehabilitation. 2011.
 Fragala-pinkham, m. A., Smith, H. J., Lombard, K. A., Barlow, C., & O’neil, M. E. Aquatic aerobic exercise for children with cerebral palsy: a pilot intervention
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 Fajardo-lópez, nandy. & Moscoso-alvarado, fabiola. Training aerobic capacity through the aquatic therapy in children with cerebral palsy type spastic diplegia.
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 J. B. Samantha, naidoo R. The carry-over effect of an aquatic-based intervention in children with cerebral palsy 2018
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children and youth with cerebral palsy: A qualitative case study in a special education school. 2020

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