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quais são os momentos em que o julgador deve se valer da utilização desse meio, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)?

Atualmente, confere-se grande valor às formas alternativas de resolução de conflitos. O Judiciário está demasiadamente sobrecarregado, e tais formas alternativas auxiliam na solução do litígio, muitas vezes, em um momento prévio, evitando-se a tramitação de um processo judicial, que, além do custo financeiro, também demanda um bom tempo para ser finalizado.

Seu cliente pretende entrar com um processo contra o antigo empregador, porém você o aconselha a evitar litígios. Assim, qual é o princípio que privilegia essa forma alternativa de resolução de conflitos? E quais são os momentos em que o julgador deve se valer da utilização desse meio, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)?


💡 2 Respostas

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Tota Prp

O princípio do Direito Processual do Trabalho que evidencia o valor das formas alternativas de resolução de conflitos é o princípio da conciliação. Isso pode ser comprovado por meio do art. 764 da CLT: "os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação”. No rito sumário, o juiz deve tentar promover a conciliação logo no início da sessão. No rito ordinário, essa tentativa deve ocorrer em dois momentos distintos, quais sejam: quando da abertura da audiência inicial e antes da apresentação da defesa, conforme dispõe o art. 846 da CLT; e após as razões finais e antes da sentença, de acordo com o art. 850 do mesmo diploma legal.


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Rosangela Xavier de Alcantara Nascimento

O princípio que privilegia essa forma alternativa de resolução de conflitos é o princípio da conciliação. É um principio de direito material e processual do Direito do Trabalho. Tem-se que os dissídios coletivos ou individuais sempre serão sujeitos à conciliação, como tentativa de resolução do feito através de um acordo, vez que o acordo é a melhor forma de solucionar o conflito porque as duas partes saem satisfeitas. O art. 764, CLT , diz que " Os juízes empregarão sempre bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos." Essa proposta se dá em dois momentos: na abertura da audiência e após as razões finais. Aceita a conciliação o termo respectivo será lavrado materializando-se em um Titulo Executivo Judicial (art. 876, CLT), que caso nao seja cumprido será executado diretamente. Em se tratando de recursos, de acordo com o art. 831, paragrafo único, da CLT, seria possível um recurso de oficio quando a previdência social de alguma forma perder nesse acordo, razão esta que geraria a possibilidade de recorrer desse acordo. Ainda, a Súmula 259/TST traz a figura da ação Ação Rescisória aduzindo que somente por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação, observando, para tanto, um prazo decadencial de 2 anos quando são comprovados fatos novos ou alguma situação que nao seria possível de trazer naquele momento e, então, após o trânsito em julgado, torna-se factível propor essa peça. É uma ação autônoma que visa reparar vícios sanáveis e graves dessa sentença.

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