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HISTORIOGRAFIA

Na prNa primeira metade do século XIX, no Brasil, é fundado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Esse Instituto tinha como missão fazer o relato histórico relativo ao processo de formação do Brasil enquanto nação. Com isso, nossa historiografia no período se reveste das características que marcaram a prática da História enquanto disciplina nessa época, a saber: um forte interesse no processo de gênese nacional. Disserte por que a História é fundamental na constituição de um Estado Nacional.

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Jordan Duailibe


Em todos os tempos, o ensino de História foi permeado por escolhas políticas. No Brasil, após a proclamação da República, em 1889, a construção da identidade do país tornou-se prioridade. As elites tinham de garantir a existência de um estado -nação, escolhendo para ser ensinado aos alunos conteúdos que exaltavam grandes "heróis" nacionais e feitos políticos gloriosos. Desde então, pouca coisa mudou em termos do quê e como ensinar nessa área, sempre sob a influência, sobretudo, não estavam em sala de aula, mas que hoje devem ser vistas com destaque. Por isso, tornou-se premente o trabalho com diversas fontes e o relacionamento do passado com o presente para que se entenda que contra fatos há, sim, argumentos. Tudo depende do olhar que se lança sobre eles.

Antes de a República ser instaurada no Brasil, não se ensinava a disciplina. Os jesuítas, que chegaram em 1549 e fundaram as primeiras escolas, usavam os textos históricos com visões bíblicas tão somente para ensinar a ler e escrever. Os conteúdos não eram discutidos e existia apenas uma verdade que jamais era contestada (leia sobre alguns mitos pedagógicos no quadro abaixo). Em 1837, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, História passou a ter presença obrigatória no currículo (leia a linha do tempo abaixo). A ênfase principal era a formação da civilização ocidental e o estudo sobre o Brasil era relegado à situação de mero apêndice.

A maioria dos professores da escola carioca era formada por membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado no mesmo ano e adepto de uma visão política e romantizada da formação do país. Além de pautar o ensino pela questão da identidade de maneira ufanista, a instituição defendia que essa era a oportunidade em que os educadores deveriam moldar, também houve a influência do historiador prussiano Leopold van Ranke (1795-1886), que via a história como uma sucessão de fatos que não aceitavam interpretação. Segundo ele, pesquisadores e educadores deveriam se manter neutros e se ater a passar os conhecimentos sem discuti-los, usando para isso a exposição cronológica. Na hora de avaliar, provas orais e escritas eram inspiradas nos livros de catequese - com perguntas objetivas e respostas diretas.
 

Visões distintas: racionalidade x patriotismo

Essa postura em sala de aula só seria questionada no início do século 20, quando operários anarquistas de São Paulo e Porto Alegre, que lutavam por melhores condições de trabalho, criaram escolas inspiradas na pedagogia do espanhol Francisco Ferrer y Guardia (1849-1909). Nelas, valorizavam-se a racionalidade e o cientificismo e não havia espaço para a exacerbação...
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