por favor é pra hj
Filmeconta a história da juventude do co-fundador da Apple e, ao mesmo tempo, a história da própria empresa e da computação.
As histórias que cercavam o criador da Apple se tornaram mitos tão grandes quanto o sucesso de suas invenções. Discutir a importância ou a influência que ele teve no mundo moderno demandaria um esforço suscetível a erros e reclamações de todos os lados. Com isso em vista, Aaron Sorkin criou em Steve Jobs (2014) uma cinebiografia pautada pelo drama pessoal de Jobs, que durante anos negou a paternidade de sua primeira filha. A partir daí, o filme discute manias, criações e erros com uma agilidade capaz de dar espaço para Michael Fassbender e o elenco de apoio brilharem. São situações que distorcem a realidade e propositalmente constroem um retrato multifacetado de uma das mentes mais importantes dos últimos anos.
Sorkin adapta a biografia escrita por Walter Isaacson, jornalista que cobriu grande parte das apresentações de Jobs. O roteirista pega um livro extenso e transforma em um longa de três atos, focados nos lançamentos do Macintosh, da NeXT e do iMac. Dessa maneira, detalhes dos computadores são obrigatoriamente discutidos, mas servem de pano de fundo para o verdadeiro tema que o filme tenta discutir: a psicologia por trás das decisões e dos feitos de Jobs. Entre surtos repentinos e sacadas geniais, Steve Jobs mostra a imponência de seu protagonista sem pudor, mas constantemente o rebaixa a um sujeito com problemas familiares. A sua adoção (e o uso de John Sculley, CEO da Apple, como uma figura paterna) é um caso tão discutido quanto a paternidade de Lisa - e combinados mostram-se o grande eixo da cinebiografia, pois, sem entrar no mérito de quem está certo ou errado, não simplifica a figura de Jobs em broncas, design e gagdets. Para isto existem inúmeros documentários produzidos depois da morte dele.
Entre surtos repentinos e sacadas geniais, Steve Jobs mostra a imponência de seu protagonista sem pudor, mas constantemente o rebaixa a um sujeito com problemas familiares. A sua adoção (e o uso de John Sculley, CEO da Apple, como uma figura paterna) é um caso tão discutido quanto a paternidade de Lisa - e combinados mostram-se o grande eixo da cinebiografia, pois, sem entrar no mérito de quem está certo ou errado, não simplifica a figura de Jobs em broncas, design e gagdets. Para isto existem inúmeros documentários produzidos depois da morte dele.
O roteiro de Sorkin não seria tão forte se o elenco não tivesse sido tão bem escolhido. De Michael Fassbender a Kate Winslet, passando por Seth Rogen, Michael Stuhlbarg e Jeff Daniels, ninguém se parece de verdade com seus personagens reais - e isso pouco importa. Tal qual a encenação exagerada de cada lançamento/ato, cada indivíduo carrega nas falas um caminhão de personalidade. É como se cada frase fosse pensada para definir uma pessoa, cada situação fosse feita para transmitir uma mensagem. A velocidade com que eles entram e saem de cena dão um ritmo equilibrado ao filme, que ao final não parece ter os 122 minutos descritos na ficha.
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