O recurso extraordinário (REF) é um instrumento jurídico previsto na Constituição Federal brasileira que permite a revisão de decisões proferidas por tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele tem como objetivo principal manter a supremacia constitucional e garantir a uniformidade da interpretação das leis em todo o país. Existem dois tipos de recurso extraordinário: o recurso extraordinário com repercussão geral e o recurso extraordinário sem repercussão geral. O recurso extraordinário com repercussão geral é aquele que possui relevância social, política, econômica ou jurídica, e sua decisão terá impacto em um grande número de casos semelhantes. Para que seja admitido, é necessário que o STF reconheça a existência da repercussão geral, ou seja, que a questão discutida no recurso tenha relevância para além das partes envolvidas no processo. Já o recurso extraordinário sem repercussão geral é aquele que não possui a mesma relevância para além do caso concreto em análise. Nesse caso, a decisão do STF não terá efeito vinculante para outros processos. A regulamentação do recurso extraordinário é feita por meio de leis, como a Lei nº 48 e a Lei nº 4.045, que estabelecem os procedimentos e requisitos para sua interposição e julgamento. É importante ressaltar que o recurso extraordinário é uma via excepcional de recurso, sendo utilizado apenas em situações específicas em que há afronta à Constituição Federal.
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