A peça jurídica cabível para a situação narrada é a Defesa Preliminar, que deve ser apresentada no prazo de 10 dias após a citação da acusada. Na Defesa Preliminar, o advogado de Elisete Armani deve apresentar as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes ao caso, a fim de demonstrar a ausência de justa causa para a ação penal. Entre as teses que podem ser apresentadas, destacam-se: a atipicidade da conduta, tendo em vista que a subtração de alimentos foi realizada em razão da necessidade de sobrevivência de Elisete Armani e sua filha; a ausência de dolo, uma vez que a acusada não teve a intenção de cometer o crime de furto; e a aplicação do princípio da insignificância, considerando que o valor dos bens subtraídos foi ínfimo e não causou prejuízo significativo ao Hipermercado. Além disso, o advogado deve apresentar documentos que comprovem a situação de vulnerabilidade econômica e social de Elisete Armani, como declarações de pessoas que a conhecem e atestem sua condição de moradora de rua e a falta de recursos financeiros para se alimentar e alimentar sua filha. Por fim, o advogado deve requerer a rejeição da denúncia oferecida pelo Ministério Público, com base nas teses apresentadas, e a consequente absolvição sumária de Elisete Armani.
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