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Elisete Armani era casada com Adalberto Romeu, marido que a agredia fisicamente e psicologicamente, diariamente. Em determinada data Adalberto Rome...

Elisete Armani era casada com Adalberto Romeu, marido que a agredia fisicamente e psicologicamente, diariamente. Em determinada data Adalberto Romeu transtornado de raiva expulsou Elisete Armani do imóvel em que residia na cidade de São Paulo, SP, juntamente com a filha do casal de apenas 02 anos de idade. Elisete Armani, sem dinheiro e não conhecendo nenhuma pessoa e nem possuindo qualquer familiar, passou a dormir com a filha em abrigos e outros locais de acesso público, comendo somente quando pessoas desconhecidas ajudavam. Nessa época, Elisete Armani conheceu e fez amizade com Rosimeire, outra moça em situação de rua que dormia nos mesmos locais que ela. No dia 20 de outubro de 2021, Elisete Armani, não aguentado mais a fome que ela e sua filha passavam e não conseguindo qualquer emprego ou outro meio de sustento, bem como vendo a sua prole chorar e ficar doente em razão da ausência de alimentação, entrou no Hipermercado da localidade, onde subtraiu 1 pacote de feijão de 1 kg e um de arroz, cujo valor totalizava R$15,00 (quinze reais). O segurança do Hipermercado percebendo a conduta delituosa de Elisete Armani, a abordou no instante em que ela saia do Hipermercado sem pagar pelos alimentos, e apreendeu com ela os dois produtos escondidos na sua sacola de plástico vermelha. Elisete Armani foi presa em flagrante pelo Delegado de Polícia. Na Delegacia, ela confessou os fatos, ratificando a ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico de sua filha de 2 ano de idade. Segundo à Folha de Antecedentes Criminais Elisete Armani é ré primária. De acordo com o laudo do perito, os bens subtraídos foram avaliados em R$ 15,00 (quinze reais). Na fase do Inquérito Policial foram ouvidos os envolvidos, inclusive o segurança e o gerente do Hipermercado. Posteriormente, o auto de prisão em flagrante e o Inquérito Policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Elisete Armani pela prática do crime de furto na modalidade tentada ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O Juiz da 4ª Vara Criminal de São Paulo/SP, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade provisória à acusada e determinou a citação da denunciada. Diante disso, em 18 de novembro de 2021 (quinta-feira), Elisete Armani é citada para a apresentação da medida cabível. Em razão disso, Elisete Armani procura um advogado e informa que Rosimeire, hoje residente na rua Abacaxi nº 18, Centro de São Paulo/SP, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de suas dificuldades. Elisete Armani e seu defensor não possuem interesse no benefício do “sursi” processual. Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Elisete Armani a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo. (Valor: 5,00)

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A peça jurídica cabível para a situação narrada é a Defesa Preliminar, que deve ser apresentada no prazo de 10 dias após a citação da acusada. Na Defesa Preliminar, o advogado de Elisete Armani deve apresentar as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes ao caso, a fim de demonstrar a ausência de justa causa para a ação penal. Entre as teses que podem ser apresentadas, destacam-se: a atipicidade da conduta, tendo em vista que a subtração de alimentos foi realizada em razão da necessidade de sobrevivência de Elisete Armani e sua filha; a ausência de dolo, uma vez que a acusada não teve a intenção de cometer o crime de furto; e a aplicação do princípio da insignificância, considerando que o valor dos bens subtraídos foi ínfimo e não causou prejuízo significativo ao Hipermercado. Além disso, o advogado deve apresentar documentos que comprovem a situação de vulnerabilidade econômica e social de Elisete Armani, como declarações de pessoas que a conhecem e atestem sua condição de moradora de rua e a falta de recursos financeiros para se alimentar e alimentar sua filha. Por fim, o advogado deve requerer a rejeição da denúncia oferecida pelo Ministério Público, com base nas teses apresentadas, e a consequente absolvição sumária de Elisete Armani.

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