A liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, porém, esse direito não é absoluto e pode ser limitado em casos de conflito com outros direitos fundamentais, como o direito à vida e à saúde. No caso das Testemunhas de Jeová, a recusa em receber transfusão de sangue é uma prática religiosa, mas a vida e a saúde são direitos fundamentais que devem ser protegidos pelo Estado. Por isso, os tribunais têm entendido que, em casos de risco de morte ou de grave comprometimento da saúde, é possível autorizar a transfusão de sangue mesmo contra a vontade do paciente ou de seus familiares. Essa decisão é baseada no princípio da dignidade da pessoa humana, que é o valor máximo da Constituição Federal e deve ser protegido em todas as situações. Assim, o direito à vida e à saúde prevalecem sobre a liberdade religiosa em casos de conflito. É importante ressaltar que a decisão de autorizar ou não a transfusão de sangue deve ser tomada caso a caso, levando em consideração as circunstâncias específicas de cada situação. Por isso, é fundamental que a paciente e sua família conversem com os médicos e busquem orientação jurídica para tomar a melhor decisão possível.
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