O final do Séc. XIX foi marcado pela euforia tecnológica iniciada com a Revolução Industrial, pela ascensão do conhecimento em diversas áreas e por...

O final do Séc. XIX foi marcado pela euforia tecnológica iniciada com a Revolução Industrial, pela ascensão do conhecimento em diversas áreas e por grandes transformações sociais, políticas e econômicas. Estas transformações impulsionaram novas formas de olhar os processos educativos.  Foi neste período, que surgiram novos princípios educacionais evolvendo a relação professor e aluno. O papel do professor não é compreendido como uma autoridade, mas seu papel é auxiliar no livre desenvolvimento da criança. Assim assevera o autor Aranha (1996, p. 167): “Escola Nova surge no final do século XIX justamente para propor novos caminhos à educação, que se encontra em descompasso com o mundo no qual se acha inserida. Representa o esforço de superação da pedagogia da essência pela pedagogia da existência. Não se trata mais de submeter o homem a valores e dogmas tradicionais e eternos nem de educá-lo para a realização de sua 'essência verdadeira'. A pedagogia da existência volta-se para a problemática do indivíduo único, diferenciado, que vive e interage em um mundo dinâmico”. (ARANHA, 1996, p. 167).
Neste sentido, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova tinha como ideais:


Foco na perspectiva do aluno, com ideias educacionais concretos, de acordo com a época histórica. O ambiente escolar deve se aproximar em características com a vida e a realidade dos estudantes.
Foco na perspectiva do professor, como elo principal no processo de transmissão de conhecimentos. Cabe ao docente em aplicar métodos didáticos de aprendizagem
Foco na perspectiva da liberdade como princípio constitucional. A liberdade está associada à autonomia em agir com consciência no contexto social e político
Foco na perspectiva ligada às classes populares, com o objetivo à socialização e as práticas da participação coletiva e da solidariedade para superar a opressão
Foco na valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhes o direito pertinente às políticas salariais e ao aperfeiçoamento profissional constante.