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Na minha visão, a análise proferida pelo Supremo Tribunal Federal foi pobre no tocante aos aspectos ideológicos da questão e, portanto, não chegou ...

Na minha visão, a análise proferida pelo Supremo Tribunal Federal foi pobre no tocante aos aspectos ideológicos da questão e, portanto, não chegou ao tema central que deveria ser discutido. Por um lado, se analisada somente a natureza da sociedade maçônica, a minha conclusão seria de que o entendimento proferido pelo STF está correto, pois uma vez que o grupo estabelece a aceitação de pessoas religiosas sem a necessidade de renunciar ao seu credo, mostra-se que a filosofia do primeiro não interfere na filosofia do segundo. Como foi retirado do site do Grande Oriente do Brasil, uma das potências maçônicas no Brasil localizadas: “A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção. (...) A Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus.” Contudo, vejo esta análise como restritiva e extremamente superficial e, que não levou em conta o leque histórico e as diferentes formas de manifestação religiosa que podem ser encontradas ao longo da História. Isto porque, a Maçonaria trata-se de uma organização que prega a religiosidade, isto é, o conceito amplo de conjunto de dogmas e práticas que inclui a liberdade individual de crença dos indivíduos pertencentes, mas não trata-se de religião, ou seja, de uma entidade unificada em prol da crença em uma única linha ideológica. Portanto, acredito que no caso de uma interpretação restritiva do artigo de lei citado no Recurso Extraordinário em questão, o art. 150, IV, da Constituição Federal, então seria possível negar a imunidade tributária dos prédios pertencentes à maçonaria. Contudo, se feita interpretação extensiva, levando em conta aspectos sociológicos e históricos do grupo, caberia dizer que apesar de não ser configurada como religião, a Maçonaria exerce atividade religiosa e poderia sim, ser dotada de imunidade tributária. Sendo assim, acredito que o STF errou ao não analisar a fundo uma questão portadora de tamanha


Essa pergunta também está no material:

TDE 2 DE DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO
2 pág.

Direito Tributário I Humanas / SociaisHumanas / Sociais

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