“Pode-se dizer, portanto, que a globalização exibe nos últimos 25 anos um crescimento espetacular da transnacionalização das relações econômicas, sociais, políticas e culturais. Embora suas origens remontem ao início do capitalismo de séculos atrás, a globalização sobre a qual se fala hoje está associada à III Revolução Industrial e suas grandes inovações tecnológicas que trouxeram mudanças decisivas na organização da produção, nas relações de trabalho, na estruturação das empresas, enfim, nas relações econômicas de modo geral, o que, por sua vez, obrigatoriamente têm fortes repercussões sobre o Estado Nacional em sua autonomia e capacidade de ação. Não à toa, alguns chegam a alardear nos anos noventa o fim do Estado ou o seu deslocamento do centro da análise política” (Lima; Coutinho, 2005, p. 1).
Fonte: LIMA, Maria Regina Soares de; COUTINHO, Marcelo Vasconcelos (2005). Globalização, regionalização e América do Sul. Análise de Conjuntura OPSA, Rio de Janeiro, n. 6, maio.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais e o trecho citado acima, análise as afirmações abaixo, acerca dos processos de integração regional:
I. A integração de Estados em blocos políticos e econômicos regionais tem sido interpretada exclusivamente como um obstáculo ao fluxo transnacional de bens, serviços, pessoas e informações, dadas as políticas protecionistas e nacionalistas que tais blocos costumam adotar.
II. Processos de integração regional, tal como o da União Europeia, produzem novas institucionalidades, com caráter decisório supranacional, que colocam em xeque os parlamentos nacionais como esferas exclusivas da atividade legislativa.
III. A integração de Estados em blocos políticos e econômicos regionais tem sido interpretada tanto como um processo de abertura mais gradual à globalização, criando assim condições preparatórias para movimentos futuros mais ambiciosos de integração no nível internacional, quanto como uma estratégia de defesa contra as consequências econômicas geradas por essa mesma globalização.
IV. Autores neorrealistas, como Kenneth Waltz, têm sido os mais otimistas quanto à possibilidade de regionalismos robustos, dada a centralidade que os Estados nacionais continuam mantendo nesses processos de integração.
Agora, assinale a alternativa que indica as corretas:
A
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
B
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
C
Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
D
Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
E
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
Com base no trecho citado e nos conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, podemos analisar as afirmações sobre os processos de integração regional: I. A integração de Estados em blocos políticos e econômicos regionais tem sido interpretada exclusivamente como um obstáculo ao fluxo transnacional de bens, serviços, pessoas e informações, dadas as políticas protecionistas e nacionalistas que tais blocos costumam adotar. II. Processos de integração regional, tal como o da União Europeia, produzem novas institucionalidades, com caráter decisório supranacional, que colocam em xeque os parlamentos nacionais como esferas exclusivas da atividade legislativa. III. A integração de Estados em blocos políticos e econômicos regionais tem sido interpretada tanto como um processo de abertura mais gradual à globalização, criando assim condições preparatórias para movimentos futuros mais ambiciosos de integração no nível internacional, quanto como uma estratégia de defesa contra as consequências econômicas geradas por essa mesma globalização. IV. Autores neorrealistas, como Kenneth Waltz, têm sido os mais otimistas quanto à possibilidade de regionalismos robustos, dada a centralidade que os Estados nacionais continuam mantendo nesses processos de integração. A alternativa correta é a letra E) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
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