O Movimento Negro Unificado (MNU) se consolidou no Brasil na década de 1970, durante a ditadura militar. Ele relacionava o resgate da cultura africana às reivindicações periféricas. Em 1978, o MNU lançou seu manifesto, que tinha como princípio básico o trabalho de denúncia permanente de todos os atos de discriminação racial e a organização constante da comunidade para enfrentar qualquer tipo de racismo. O MNU propôs a criação de centros de luta do movimento negro unificado contra a discriminação racial em diversos locais, como bairros, cidades, prisões, terreiros de candomblé, terreiros de umbanda, trabalho, escolas de samba, igrejas, entre outros. Durante a Constituinte de 1988, o MNU e outras organizações negras tiveram um papel fundamental, propondo normas a serem inseridas na nova constituição, abordando temas como direitos e garantias individuais, violência policial, condições de vida e saúde, direitos da mulher e do menor, educação, cultura, trabalho, questão da terra e relações internacionais.
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