A ADPF nº 347, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu o sistema penitenciário brasileiro como um estado de coisa inconstitucional. Isso significa que as condições precárias e desumanas das prisões violam os direitos fundamentais dos detentos. Essa decisão não foi surpreendente, uma vez que as condições das prisões brasileiras são amplamente conhecidas. O Estado de Coisas Inconstitucional é uma técnica desenvolvida pela Colômbia que visa proteger os direitos fundamentais diante da omissão estatal que resulta em violações em massa e contínuas desses direitos. No caso das prisões brasileiras, a falta de ressocialização dos presos devido às condições deploráveis contribui para altas taxas de reincidência, violência e marginalização. Além disso, o sistema prisional brasileiro também apresenta um perfil de segregação racial, com jovens negros sendo os mais afetados. Essa situação configura uma nova forma de escravidão, pois as pessoas negras entram nas prisões e são estigmatizadas, dificultando sua reintegração na sociedade. Vale ressaltar que as prisões como conhecemos hoje nem sempre existiram e que desde o Iluminismo surgiram teorias que buscavam humanizar e ressocializar os presos.
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