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Utilizam o poder do Estado, a violência concentrada e organizada da sociedade, para ativar artificialmente o processo de transformação do modo feudal de produção em capitalista e para abreviar a transição” i. (MARX, Karl. O capital: crítica da economia política, livro I, vol.II. Capítulo XXIV, seção 6. Pg. 256) Todavia, desde o início da história o Estado brasileiro foi forte “o Brasil se caracterizou até recentemente pela presença de um Estado extremamente forte, autoritário, em contraposição a uma sociedade civil débil, primitiva, amorfa” (p. 176 Carlos Nelson Coutinho), a ditadura civil militar, iniciada em 1964, expandiu a estrutura e o poder do Estado na sociedade, a partir da prática do monopólio, ocasionando uma intensa força produtiva - que atendia aos interesses burgueses - e, consequentemente, reprodução do capital “a ditadura conseguiu fazer com que se desenvolvessem as forcas produtivas, as relações de produção e, em consequência, a reprodução do capital”. (Ianni p. 43). Desse modo, podemos dizer que o Estado em função da classe burguesa, garante os interesses do capital. Segundo Antonio Gramsci, há o conceito do Estado Ampliado, no que se refere a divisão deste em dois tipos de sociedade, a política e a civil. A sociedade política é detentora dos aparelhos estatais de coerção, como a burocracia e judiciário; já a civil é formada por aparelhos privados de hegemonia que tem a função de transmitir as ideologias, como as escolas e mídia. É também antagônica, pelo fato desses aparelhos serem formados por diferentes classes sociais. Gramsci também diferencia dois tipos de Estado, um denominado oriental e o outro ocidental, mas não se referem a forma geografia. O primeiro é praticamente onipresente, ocupa todas as esferas da sociedade, de forma funcional e estrutural e faz uso da coerção, já que possui uma sociedade civil fraca. Por outro lado, o ocidental mantém uma relação equilibrada com a sociedade civil, por ela ser forte e é por isso que a Revolução passiva ocorre nesse Estado, ou seja, o que a caracteriza é a emergência do Estado Ampliado e a transição da sociedade a partir de uma modernização conservadora, na qual traz concordância por parte das classes a partir da construção da hegemonia. Como diz Carlos Nelson Coutinho, a “hegemonia é um modo de obter o consenso ativo dos governados para uma proposta abrangente formulada pelos governantes” (p.183) Assim, manutenção da ordem burguesa no Brasil se dá a partir de aparelhos hegemônicos e com o autoritarismo para garantir a ordem burguesa. A disparidade das classes é essencial, pois assim continuará havendo exploração por parte da burguesia e, consequentemente, produção de capital, de forma incentivada pelo Estado desde o início da história.


Essa pergunta também está no material:

Castelo - Estudos prova II
3 pág.

História da Psicologia Universidade Federal FluminenseUniversidade Federal Fluminense

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