Em dificuldades financeiras, a Tenda (TEND3) convocou assembleias de credores para negociar uma licença (waiver, no jargão de mercado) que permita ...

Em dificuldades financeiras, a Tenda (TEND3) convocou assembleias de credores para negociar uma licença (waiver, no jargão de mercado) que permita à construtora manter um nível de endividamento bem mais alto do que o acertado quando pegou o dinheiro emprestado. (...) A Tenda propôs aos credores a licença para que a sua alavancagem de 33% possa subir para até 80% em 2022, atingindo o pico de 85% no primeiro semestre de 2023. A partir daí, prevê redução para 80% e 75% no terceiro e quarto trimestres de 2023, respectivamente, recuando para até 50% na primeira metade de 2024 e até 30% no fim do mesmo ano.

Do ponto de vista dos credores, a preocupação com o nível de endividamento da construtora deve-se ao fato de:

Aque a empresa atua, principalmente, em imóveis para o público de baixa renda.

Bque o endividamento das famílias brasileiras tem aumentado nos últimos anos.

Cque a construtora usa capital de terceiros para as suas obras.

Dque as vendas da companhia não estão acontecendo no ritmo desejado.

Eque um grande nível de endividamento pode comprometer o resultado financeiro e, por consequência, o resultado da empresa