Leia a reportagem abaixo divulgada pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBV) em 08 de junho de 2022:

Pesquisa aponta que fome atinge 33,1 milhões de pessoas no país.

Foram feitas entrevistas em 12.745 domicílios

 Levantamento divulgado hoje (8) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no país. Os dados constam do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. A sondagem foi realizada pelo Instituto Vox Populi, com apoio e parceria de Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Serviço Social do Comércio (Sesc).

De acordo com o levantamento, o número de novos brasileiros em situação de fome aumentou em 14 milhões em pouco mais de um ano. Mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau, seja leve, moderado ou grave. Segundo a pesquisa, o país retornou a um patamar equivalente ao da década de 1990. Na pesquisa feita no ano passado, a fome no Brasil tinha voltado para patamar equivalente ao de 2004.

Em números absolutos, os dados do segundo inquérito apontam que 125,2 milhões de brasileiros passaram por algum grau de insegurança alimentar. Foram feitas entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal, entre novembro de 2021 e abril de 2022. Os resultados foram medidos pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando a reportagem acima, o contexto atual e sabendo quais são as dimensões do estado nutricional, e como estas influenciam a condição nutricional de indivíduos e populações, observe a figura abaixo e avalie quais são os fatores que podem ser mais fortemente afetados pelo cenário atual, relacione-os à reportagem acima e marque a alternativa correta.

a.

O aumento da fome no Brasil esta indiretamente relacionada à dimensão social, uma vez que são as classes sociais mais baixas que estão em insegurança alimentar pela diminuição do poder aquisitivo. Em relação a figura, o consumo alimentar é fortemente afetado pelo fator cultural, onde as escolhas alimentares são feitas de acordo as preferências individuais, sem considerar a composição nutricional dos alimentos. 

b.

O aumento da fome no Brasil está diretamente relacionada à dimensão social, uma vez que esta diz respeito à relação homen-natureza-alimento, com influência de fatores ambientais, econômicos, políticos, sociais, culturais e ideológicos. Em relação a figura, o consumo alimentar está sendo afetado pela diminuição do poder aquisitivo e consequentemente pior acesso ao alimento.

c.

O aumento da fome no Brasil está diretamente relacionado à dimensão social, uma vez que esta diz respeito à relação homen-cultura-alimento, com influência de fatores ambientais, econômicos, sociais, culturais e ideológicos. Em relação à figura, o consumo alimentar está sendo afetado pela diminuição do poder aquisitivo e escolhas alimentares baseadas nas preferências alimentares, fortemente influencias pelos fatores culturais. 

d.

O aumento da fome no Brasil está diretamente relacionado à dimensão biológica, uma vez que, independentemente da causa base, o consumo alimentar diminuído vai influenciar no estado nutricional dos indivíduos. Sendo assim, a figura mostrada não tem nenhuma relação com a realidade atual do país, visto que não há necessidade nutricional afetada quando a população tem conhecimento sobre o valor nutricional dos alimentos e faz boas escolhas, mesmo em situação de insegurança alimentar.

e.

O aumento da fome no Brasil está diretamente relacionada à dimensão biológica, uma vez que esta considera a condição de saúde do indivíduo, com influência de fatores fisiológicos e metabólicos relacionados ao consumo e utilização dos alimentos. Em relação a figura, as necessidades nutricionais estão sendo afetadas porque as pessoas não sabem fazer boas escolhas alimentares quando há diminuição de poder aquisitivo.